Sobre o Horário de Paços de Ferreira

… de 7 horas para o grupo 600.

Depois de uma longa conversa com elementos da escola foi-me informado que o critério de autor ou coautor de obras publicadas de carácter pedagógico ou científico já se aplica há 3 anos e a intenção única desse critério é a valorização de trabalhos no âmbito de especializações, mestrados ou outros e que nunca foi pratica dessa escola colocar horários na “gaveta” para atribuição a determinado professor específico.

Vivemos todos momentos de enorme stress com este tipo de concursos e é perfeitamente normal que a desconfiança aumente de ano para ano. No caso em apreço o que disse e volto a dizer é que pouca justificação existe para que um horário “pequeno” possa ter critérios que levem a pensar que o horário tem um rosto atribuído, não é o caso, porque como disse esse critério é aplicado nessa escola há já 3 anos para qualquer tipo de horário.

A primeira questão absurda é que se o horário tivesse mais uma hora letiva ele seria entregue em reserva de recrutamento, ou para um docente do quadro sem componente letiva ou para um docente contratado, seguindo apenas a graduação profissional.

A segunda questão absurda é que as escolas TEIP e com Autonomia tiveram um “cardápio” de subcritérios que deles não podiam fugir e as escolas “normais” estão livres para definir os seus subcritérios fugindo a esse “cardápio”.

Tudo isto seria evitável se a transferência da contratação para as escolas fosse previamente sujeita a debate e estudos sérios que permitissem que as opções das escolas (neste caso dos Conselhos Pedagógicos) seguissem critérios padronizados de entre um leque reduzido, mas versátil de escolhas.
Sempre admiti que a graduação profissional possa não estar adequada aos tempos atuais e a novas exigências das escolas, que se comece o debate sobre a graduação profissional e elimine-se definitivamente os subcritérios que mais não servem para eliminar a graduação profissional como a conhecemos.

Quando coloco os post dos “tesourinhos” não tenho qualquer interesse que se ofendam as decisões das escolas no  nome pessoal do diretor ou de alguém em particular, nem que sejam apontados rostos para os possíveis colocados nos horários, em tempos cometi erros desses que não voltarei a fazer.
Interessa-me mais mostrar esta realidade que existe e procurar denunciar os erros destas opções e procurar soluções alternativas a este tipo de colocações.
Por essa razão irei apagar comentários que ofendam pessoalmente as pessoas em causa.
E que esse debate fosse feito com os professores.

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91 comentários

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    • Teixeira on 20 de Outubro de 2014 at 17:29
    • Responder

    A graduação profissional, tal como é feita atualmente é absurda. Em nenhuma profissão, os candidatos são apenas escolhidos com base na antiguidade. Deveriam ser acrescentados outros elementos, como a posse de graus académicos ou até mesmo a realização de provas de conhecimentos (não confundir com a pacc). Este critério da escola, parece-me justo, ainda para mais quando se aplica em todos os horários.

      • Bruno Reis on 20 de Outubro de 2014 at 17:41
      • Responder

      “Em nenhuma profissão, os candidatos são apenas escolhidos com base na antiguidade.” – Esta afirmação é duplamente falsa. Nem a graduação profissional dos professores traduz apenas a antiguidade, como também existem de facto profissões na função pública em que o mesmo se verifica. Quem faz uma afirmação destas ou ignora a realidade ou pretende induzir os outros em erro.

      • Benvinda Branquinho on 20 de Outubro de 2014 at 18:02
      • Responder

      Ora, ora ! Se até a Mãe do Ronaldo publica… Somos um País de escritores !
      Gostaria era de saber quantos trabalhos tem publicado esse senhor diretor e respetivo staff.

        • Sapiens on 20 de Outubro de 2014 at 18:18
        • Responder

        Apenas o sr director não mencionou correctamente…,se tivesse escrito tese ou dissertação não teria havido este equívoco.

          • Sapiens on 20 de Outubro de 2014 at 21:38

          mas que é um tanto exigente é…espero que essa exigência não seja só na contratação de professores e que ele próprio dei o exemplo.

          • Benvinda Branquinho on 20 de Outubro de 2014 at 21:41

          Por norma ninguém pública Teses ou Dissertações de Mestrados e, raramente, de doutoramentos, Sapiens. Ainda mais estes novos mestrados que correspondem às licenciaturas antigas. São completamente ridículos, muitos diretores de escola, isso sim ! E muitos deles são, também, desonestos e velhacos porque fazem erros conscientemente.

        • dafundo on 20 de Outubro de 2014 at 21:38
        • Responder

        Nenhum provavelmente os pavões gostam de pousar em sítios altos.se tivesse publicado alguma coisa o senhor diretor já estava a lecionar numa universidade de vão de escada em vez de resolver as brigas de adolescentes

      • Sapiens on 20 de Outubro de 2014 at 18:14
      • Responder

      Concordo porque dessa forma está-se a dar relevância ao conhecimento em vez de contabilizar apenas anos a fio o tempo de serviço. Qualquer pessoa de bom senso sabe que experiência por si só não traz benesses ao ensino, agora adquirir experiência com conhecimento faz toda a diferença.

      • MTF on 20 de Outubro de 2014 at 18:31
      • Responder

      Não podem haver dois pesos e duas medidas, se a graduação profissional é absurda para o concurso do professores contratados também não pode servir para os professores efetivos.

      • Ivo Mariano on 20 de Outubro de 2014 at 18:42
      • Responder

      O Sr. Teixeira é Professor? Conhece a realidade? Não me parece que a antiguidade seja a única forma de se graduar. Como refere e bem, existem vários elementos, como a posse de grau académico, isto é, só nos podemos candidatar a um horário se tivermos habilitação profissional no grupo para os quais nos estamos a candidatar, dias de serviço antes da profissionalização, dias de serviço depois da profissionalização, grau de Bom ou Muito Bom na Avaliação de Desempenho, mínimo de 25 horas de formação contínua por ano etc. Para lecionar temos de possuir no mínimo, licenciaturas no pré-bolonha ou mestrados no pós-bolonha. volto a perguntar: é professor? Conhece a realidade?

        • Teixeira on 20 de Outubro de 2014 at 19:15
        • Responder

        Conheço perfeitamente. Em primeiro lugar, a formação contínua não é obrigatória para contratados. Quando falei em graus académicos, falei em graus extra, ou seja, para além daqueles que são os mínimos para lecionar (mestrados e doutoramentos). Por exemplo, no Ensino Supeior, pode-se lecionar com licenciatura, mas as instiuições preferem mestes e doutores. Quem tivesse graus extra, poderia ter a GP valorizada em 2 ou 4 valores, por exemplo.

          • raquel on 20 de Outubro de 2014 at 21:44

          Haja paciência! Comparar o grau de exigência do Ensino Superior que leva a preferirem mestres e doutores com a necessidade de iguais graus para lecionar 7 horas de Educação Visual!

          • anonimo idem on 20 de Outubro de 2014 at 22:04

          Acho bem. E quem tiver três mestrados deveria contar 9 (CADA UM)!

          • André on 21 de Outubro de 2014 at 12:18

          Senhor Teixeira, o senhor deve ser apaniguado do Senhor Nuno Crato… para trabalhar o que é fundamental é EXPERIÊNCIA e saber lidar com situações concretas!!!! De que nos serve apenas o conhecimento, títulos académicos se depois não o conseguimos pôr ao serviço de quem realmente necessita dele?? Hoje em dia fazem-se mestrados às pazadas com qualidade muito duvidosa e muitos deles nada têm a ver com a área pedagógica! O que interessa é saber transmitir a informação, motivar os alunos e isso não se avalia unicamnte por meros títulos académicos! Haja paciência para gente tão facciosa!

          • Eureka on 21 de Outubro de 2014 at 20:29

          Justo e sensato seria a ordenação dos candidatos pelo o grau de habilitação mais elevado e respectiva gp/critérios?…1º os doutorados….2º os mestres….3º os licenciados..e em ofertas de escolas residuais todos, inclusive os formadores….

    • Bruno Reis on 20 de Outubro de 2014 at 17:51
    • Responder

    Arlindo, devo dizer de antemão que discordo em absoluto com a tua posição relativamente à graduação dos professores. Ou devia dizer professores contratados? A graduação dos professores deve ser o mais objectiva possível, evitando portanto toda a subjectividade na sua seriação, o que é precisamente o que a introdução de outros critérios de selecção fazem. Qualquer subjectividade lança suspeitas sobre a honestidade dos envolvidos nos concursos, principalmente sobre aqueles que têm responsabilidades na selecção ou na autoria desses mesmos critérios.

    Agora, tomando como boa a tua posição, devemos então assumir que TODOS os professores estariam sujeitos à mesma forma de cálculo para serem seriados e que TODOS concorreriam em pé de igualdade aos lugares a concurso. Significa isto que, se defendes que a graduação profissional não dá resposta às exigências das escolas actuais, os professores de quadro teriam de concorrer em pé de igualdade com os professores contratados e não em concursos separados e prévios, pois se forem esses critérios de selecção que permitirão escolher o candidato mais indicado para determinado local, devem de facto ser esses critérios a determinar o resultado da colocação e não o facto de se ser professor de quadro ou contratado.

      • PROF.HR on 20 de Outubro de 2014 at 18:24
      • Responder

      Resumindo, pela sua opinião, deduzo que os professores mais novos, por mais competentes que sejam, nunca poderão exercer a profissão. Não obstante, os professores que conseguiram fazer bastante tempo de serviço em tempos de vacas gordas, alguns com médias finais de 11 ou 12 valores, estarão sempre à frente dos que saem agora com 16 ou 17 valores do Ensino Superior… Realmente, a graduação profissional, sem qualquer subjetividade é justíssima!!!

        • Bruno Reis on 20 de Outubro de 2014 at 18:33
        • Responder

        Caro Prof HR, não sei o que considera por “professores mais novos”, pelo que não sei se me incluo ou excluo nessa definição. Comecei a minha carreira em 2001, peço-lhe portanto que me esclareça se sou ou não um “professor mais novo”.

          • laurentino on 20 de Outubro de 2014 at 22:01

          Fornicando em vez de fornecer

        • Sapiens on 20 de Outubro de 2014 at 18:34
        • Responder

        A GP deveria ter calculada com ponderação de 75% (nota final do curso+grau de ensino= licenciatura ou mestrado ou doutoramento) e 25% ponderação do tempo de serviço.

          • Bruno Reis on 20 de Outubro de 2014 at 18:37

          E como é que se calcula 25% do tempo de serviço?

          • Sapiens on 20 de Outubro de 2014 at 18:46

          não posso dar a papinha toda, os “entendidos” têm de justificarem a remunerações que recebem…

          • Bruno Reis on 20 de Outubro de 2014 at 19:05

          O que lhe peço não é a papinha, mas apenas a lógica do seu raciocínio.

          • Sapiens on 20 de Outubro de 2014 at 20:25

          Bruno Reis seja coerente, então se explico a lógica do meu raciocínio é o mesmo que explicar como se faz…Digamos que é possível fazer mas saliento o seguinte: só depois das percentagens feitas com o resultado da graduação destas ponderações é que se junta no fim mais pontos conforme o grau de habilitações- mestrado ou doutoramento. Isto é uma hipótese mas há outras…a criatividade importa para haver evolução.

          • Bruno Reis on 21 de Outubro de 2014 at 0:50

          Tanto esforço e criatividade para inventar uma roda quadrada… Mas o importante e que haja evolução! Quanto a mim, vou continuar a usar rodas redondas que sempre funcionaram bem desde que foram inventadas, são simples e o seu funcionamento é perceptível para todos.

          • Sapiens on 21 de Outubro de 2014 at 21:04

          “quanto a mim vou continuar a usar rodas redondas” que metáfora!!! eheheheh Bruno Reis tá visto que é daqueles que ainda usa telemóvel da geração 90…Nada contra… até tem o seu “encanto” eheheh mas nada prático quando tem-se de ir à net ver o email…. convenhamos…

          • Bruno Reis on 21 de Outubro de 2014 at 22:09

          O que quis dizer, e que pelos vistos ficou aquém da compreensão do sapiens, é que “o fazer diferente” não é pode ser um fim em si mesmo nem tal é sinónimo de evolução.

          • Sapiens on 20 de Outubro de 2014 at 18:43

          e para que esta fórmula fosse ainda mais justa, acrescentaria 1 ponto para os mestrados e 2 pontos para os doutoramentos.

          • PROF.HR on 20 de Outubro de 2014 at 19:17

          Estou de acordo Sapiens. Mas valorava ainda mais esses graus académicos.

          • anonimo idem on 20 de Outubro de 2014 at 22:08

          Discordo. Atribuir 1 ponto a mestrado (que agora até fazem parte do 1ºciclo) e apenas mais 1 (??) a Doutoramento é pouco rigoroso. Mas sim, percebo a ideia. E também percebo que ter mestrado não faz necessariamente de alguém melhor professor/a. Até me arrisco a dizer (com algum grau de certeza) que quem o tira enquanto simultaneamente lecciona… deixará muito a desejar nas aulas (que deveriam ser SEMPRE primeira prioridade).

          • Swell on 20 de Outubro de 2014 at 19:47

          E será que um professor é menos professor depois de uma ano de serviço a lecionar a 200 miúdos do que após um ano de mestrado ou dois de doutoramento?

          • Sapiens on 20 de Outubro de 2014 at 20:10

          O que está em causa é reconhecer e valorizar o “conhecimento” pois a profissão de professor nos dias de hoje exige maior nível do conhecimento e até valores humanos..e não só…. O professor de hoje não pode apenas despejar a matéria e daí muita desmotivação mútua…,ele precisa saber reflectir sobre os resultados, ajustar técnicas de ensino consoante os seus alunos…e não só… E quanto maior o grau superior de formação mais detentor de conhecimento científico, pedagógico ele tem, ou pelos menos assim deve ser, e também saliento que todos deveriam ter formação ética profissional contínua.

          • anonimo idem on 20 de Outubro de 2014 at 22:10

          Ya… a cena é que há por aí mestrados ao pontapé que de conhecimento espremido… dão 0.
          E as teses (????) copy/past são um jardim encantado.

          • Sapiens on 21 de Outubro de 2014 at 17:41

          Depois de ler estes últimos comentários, pelos vistos os mestrados não representam dificuldade nenhuma para alguns por isso não se percebe essa resiliência contra os mesmos…E faz sentido que seja o requisito mínimo para entrar nos quadros. Quanto copy-past…isso era do tempo do grancho (antes e pré- bolonha) agora a tecnologia está muito mais evoluída e já existem filtros de plágio dissuasores onde os trabalhos e as teses são submetidas e ninguém no seu perfeito juízo arrisca a ser expulso com respectiva humilhação.

          • S on 21 de Outubro de 2014 at 18:02

          Não representam dificuldade alguma….dizem… e, por isso, não entendo por que alguns/algumas se sentem tão ameaçados por quem tem mais habilitações. Se é assim tão simples, qualquer um pode tirar um mestrado e um doutoramento. Ou não?…

          • anonimo idem on 20 de Outubro de 2014 at 22:12

          Obrigar, por via da valoração quantitativa, os “profs” a irem a correr tirar mestrados = filão de diamantes para as ESE’s e companhia Lda. E no fim? Bem… no fim saem todos com 18’s/19’s. Ou seja, na verdade, ficam todos como estavam antes! Mas mais pobres de carcanhol.

        • laurentino on 20 de Outubro de 2014 at 21:56
        • Responder

        Sim mas os tais com media 11 ou 12 nos anos70 ou 80 iam para professores de liceu e os que tinham 15 eram convidados para doutoramento.talvez desconheça mas a maioria dos professores do secundário em certas escolas tem mestrados de antes de Bolonha e varias pós-graduações que não tiraram a fornecer com o diretor do mestrado como hoje .e costume nasEses’A casa dos segredos ainda não fazia parte da programação televisiva

          • laurentino on 20 de Outubro de 2014 at 21:58

          Fornecer e não fornecer

          • anonimo idem on 20 de Outubro de 2014 at 22:13

          eis a questão?

    1. Não faço qualquer separação no calculo da graduação profissional de um contratado ou de alguém do quadro. O que for feito para um deve ser igualmente feito para o outro.
      E não ponho de lado a possibilidade de um docente contratado ter mais perfil para determinado lugar do que um professor do quadro e se tal for comprovadamente mais útil para o projeto da escola que seja então o contratado a ficar com o lugar.

        • margarida on 20 de Outubro de 2014 at 23:57
        • Responder

        E o que se faz ao professor de lugar de quadro? Passa a horário zero e continua a receber ordenado enquanto é recolocado (ou não)? É que se não é adequado ao projeto da escola a a que pertence provavelmente não será adequado a outro “projeto”. Nas realidade os projetos não são assim tão diferentes… a função das escolas é ensinar alunos. Essa coisas dos projetos educativos é uma novilíngua que terá o seu fim quando a moda passar. Voltando ao professor, vai para a requalificação (que significa, em português, despedimento)? Se é um incompetente, porque não, diremos todos em coro! E se for um colega com 58 anos de idade? Alguém aqui pensa que com essa idade será tão competente como é hoje???Dificilmente um pessoa de 30 conseguirá ser menos adequada a um projeto qualquer! Como é? É o darwinismo total? Haverá sempre alguém melhor que o colega de quadro hipotético, haverá sempre alguém melhor do que eu, haverá sempre alguém melhor do que cada um de nós. Principalmente devido à completa ausência de falta de objetividade sobre o que significa “manifestamente desadequado”.

      • Sapiens on 20 de Outubro de 2014 at 21:14
      • Responder

      Não concordo! Faz sentido haver primeiro concursos para aqueles que estão nos quadros e só depois para os contratados. O corpo docente tem de ser coeso e bem qualificado para que haja estabilidade e qualidade no ensino. A contratação é necessária porque há sempre necessidade de professores mas se essas necessidades forem constantes, então é preciso abrir mais concursos externos para vincularem mais profissionais com habilitações superiores no mínimo ao nível do mestrado…. Nota não sou do quadro

        • anonimo idem on 20 de Outubro de 2014 at 22:14
        • Responder

        Sim os QE são coesos (ao nível da gravidade ao solo) e bem qualificados no que diz respeito ao “deixa andar que o meu está garantido ao fim do mês”.

          • Margarida on 21 de Outubro de 2014 at 0:02

          Comentário mesquinho e desagradável. Nem sei como é que os professores dos quadros não aparecem por aqui a dar respostas a estas coisas. Se calhar estão fartas de aturar a criançada…

          • anonimo idem on 21 de Outubro de 2014 at 11:07

          Qual, o do Sapiens?

          • Margarida on 21 de Outubro de 2014 at 17:38

          Lamento dizê-lo mas estava claramente a referir-me ao seu… embora tenha alguma razão… o comentário do sapiens também não foi grande coisa… 🙂

          Ainda gostava de saber porque é que ele acha que precisa de tanta doutourisse para dar aulas ao 1º,2º e 3º ciclos…. Parece aquela moda das cabeleireiras terem todas um anel de curso, se não me engano com uma pedra enooorme em rosa claro, para mostrarem que também tinham um ganda curso!!!! Vivemos no país dos labregos! Todos acham que por terem mais graus académicos são mais competentes… mentalidadezinha ultrapassada…. já há muitos anos que não é assim nenhum país normal. Mas olhe que o sapiens está a dizer a verdade: ele não é do quadro. Quer entrar à frente dos lics porque tem um mestrado. E sabe perfeitamente que ter mestrado, doutoramento, ou outra treta qualquer, na prática, não faz a mínima diferença.

          • S on 21 de Outubro de 2014 at 17:43

          Margarida, isso é complexo de inferioridade? Por que é que lhe incomoda tanto que haja quem tenha mais habilitações? Por que é que está a atacar quem tem graus académicos superiores? Lamento desiludi-la, mas a verdade é que alguém com doutoramento, por exemplo, é seguramente mais ‘sabedor’ da sua área do que alguém que só tem licenciatura. Ou acha que não? Acha que, para se ser professor, só se deve ter experiência? .

          • Margarida on 21 de Outubro de 2014 at 22:32

          Não é complexo de inferioridade… tenho um percurso académico demasiado “pomposo” para me apetecer ir por aí. Não tanto pelo grau, pois há muitos outros com o mesmo, mas pelas instituições que frequentei. Não vou dizer mais sobre este assunto.

          Lamento desiludi-la mas para ser professor é necessário: ensinar conteúdos que fazem parte da escolaridade obrigatória a crianças ou adolescentes, avaliar o grau de “conseguimento” dos alunos, fazer folhas de exel para ajudar na avaliação dos alunos, escrever atas, copiar e adaptar planificações, entender e cumprir metas que foram escritas preto no branco como se não fossem óbvias para todos, preparar uns materiais se achar que as carrradas de coisas que as enésimas editoras mandam aos professores ainda não chegam, conversar como uma pessoa normal com EE, colegas e alunos, coordenar algumas pessoas que normalmente sabem o que fazem, compreender e fazer aplicar legislação, vigiar umas provas com instruções feitas para atrasados mentais, e, de extrema importância, andar a toque para sair e entrar das aulas.

          Para fazer isto e mais umas coisitas acho que chega bem uma licenciatura… É trabalhoso mas não é propriamente complicado…. acho que conseguiremos todos imaginar empregos mais exigentes do ponto de vista intelectual… pelo menos eu consigo. E para esses? Quem é que colocaria lá?

          • S on 21 de Outubro de 2014 at 18:08

          Ainda bem que a Margarida acha que ter mestrado, doutoramento ou ‘outra treta qualquer’ não faz a mínima diferença. Se não se sente ameaçada, não entendo o porquê da sua animosidade em relação a quem tem mais habilitações. E…é curioso que, em determinados níveis ou sectores, a maoria não pensa com a Margarida… Ter um mestrado e um doutoramento faz a DIFERENÇA em relação a quem SÓ tem licenciatura. Ainda bem que pensa assim… É da forma que aqueles que têm mais habilitações se decidem a fugir para outras ‘paragens’, mas com voos mais altos. A mediocridade é o que reina no universo das escolas, onde a Margarida é o exemplo cabal dessa mediocridade e inveja! Continue assim, que nós ‘outros’ agradecemos.

          • Margarida on 21 de Outubro de 2014 at 22:52

          Não tenho nenhuma animosidade contra quem estudou. Antes pelo contrário!!! Apenas sei que isso no terreno não tem influência. Há muitos incompetentes com canudos vários e muitas pessoas competentes com menor grau académico. E quando digo no terreno refiro-me a todos os tipos de terreno…. não estou a falar apenas de escolas básicas e secundárias. Estou a falar de empresas de projeto, de investigação, da industria, da produção, da qualidade, da consultadoria, das finanças…

          …. porque é que levam tudo tão a peito???? E porque é que ofendem? Provavelmente tenho tantas ou mais habilitações do que qualquer pessoa que aqui comenta e não tiro daí que sou a mais competente…. não estou a criticar ninguém… só defendo o óbvio. O grau académico não define a competência da pessoa. Nem sequer os saberes.
          Quando escolho entre dois investigadores não tenho como critério o número de diplomas que os candidatos trazem. Olho para o trabalho desenvolvido, quais as instituições onde fizeram a formação inicial e complementar, e claro, para as recomendações e entrevistas. Não acham que estão a exagerar um bocado nas habilitações necessárias para a docência?…

          • S on 21 de Outubro de 2014 at 17:39

          Não é mesquinho. É a realidade. São muitos, aos milhares, aqueles que nunca apostaram na sua valorização e sempre contaram o facto de pertencerem ao quadro. Quantos nem sequer tinham licenciatura e viram-se obrigados a fazâ-la na Universidade Aberta e afins… E a quem é que se refere quando fala em criançada?!

          • S on 21 de Outubro de 2014 at 17:48

          Eu acrescento…Universidade Aberta, Escolas Superiores de Educação, as ‘célebres licenciaturas do IP5’, etc, etc… E eram todos professores do quadro, mas que na contingência de irem parar ao ‘olho da rua’, alguns tiveram de tirar o curso. E, dou-lhe um exemplo de um grupo onde esta situação causou ‘baixas’: os ‘antigos’ professores de Trabalhos Manuais, convertidos agora em professores de EVT. Mas alguns nem se deram ao trabalho de ter licenciatura…sofrendo depois as consequências.

          • Sapiens on 21 de Outubro de 2014 at 18:15

          Margarida o seu comentário adverte para uma situação no Ensino deplorável e se é mesmo verdade, é de algum desconhecimento público em geral. Quer-se dizer que há professores do quadro sem formação superior que foram “convertidos” em professores de determinados grupos sem nunca frequentar o ensino superior ao contrário de muitos professores tiveram de dar “ao litro” para tirar suas licenciaturas e mestrados e mesmo doutoramentos, vêm-se ultrapassados por estes “convertidos” que estão agora nos mais altos escalões, é injustificável… que país é este que permite tal coisa? Não está correcto de forma alguma e indica que talvez seja mesmo necessário aplicar a pacc, noutros moldes, para todos os professores em geral, contratados e do quadro, assim faz sentido.

          • Sapiens on 21 de Outubro de 2014 at 18:47

          Talvez a pacc instrumento desajustado do seu propósito, não é a solução ideal para colmatar esses “erros” porque esses “convertidos” até podem obter aprovação à justa, e os outros com habilitações legítimas podem reprovar por uma décima e são descartáveis e perder-se-á assim professores que têm toda a legitimidade para exercer, o que é realmente eficaz é a aplicação de critérios para fazer a filtragem…critérios esses instituídos pelo mec. O sistema educativo português está numa balbúrdia.

          • Margarida on 21 de Outubro de 2014 at 23:26

          Não faço a mínima ideia se existem ou não professores sem licenciatura. Mas penso que não ou que será um número residual. Penso que ainda existem os antigos bacharelatos, que correspondem às licenciaturas atuais. E penso que em todos os países se permitiram “tais coisas”. As habilitações foram evoluindo e modificando os seus graus, umas vezes no sentido de uma maior exigência, outras vezes, (BOLONHA) no sentido oposto. Logicamente tiveram de se fazer conversões das pessoas que eram consideradas habilitadas em licenciaturas. Agora já as há para tudo e mais alguma coisa!!!! É o que eu digo, até as cabeleireiras ostentam o seu digno anel de curso!!! Qualquer dia também é uma licenciatura! Quiçá com mestrado em nuances!

          Outra coisa: quem tem uma 4º classe igual à da minha mãe, faz a PACC e é aprovado. Aquilo, aquela coisa vergonhosa, foi exactamente um exame pré 25 de Abril de 4º classe. Façam um pouquinho de pesquisa e vêm que tenho razão. Por isso se aplicasse esse teste a um serralheiro com mais de 50 anos, por exemplo, a probabilidade de ter boa nota era muito grande.

          • Sapiens on 21 de Outubro de 2014 at 23:43

          Não será legítimo que os pais queiram que o(s) seu(s) filho(s) seja educado por alguém com formação superior comprovada? E é atribuído ao professor uma responsabilidade acrescida no seu desempenho pelo facto de ter mestrado ou doutoramento? Este tem o dever de demonstrar seus conhecimentos e onde a margem de erro é cerrada quase nula, devido ao seu grau de conhecimento/habilitação? Mais facilmente se perdoa alguém que errou porque não tem formação (desconhece) do que aquele que é doutoramento e comete erros inadmissíveis, ou não? Será que não queremos os melhores educadores para os nossos filhos? Se assim não fosse, qualquer um podia ser professor e que tal dignificar a profissão de professor em vez de banalizá-la? Que tal elevar o grau de exigência no ensino com um corpo docente bem qualificado?

          • margarida on 22 de Outubro de 2014 at 17:26

          Concordo com a qualificação. Não concordo com o exagero. Não concordo que para ser funcionário de uma câmara e tratar da limpeza das ruas se tenha de ter o 12º ano. Não concordo que as pessoas que trabalham nos call centers e nas zaras deste mundo sejam licenciados em qualquer coisa. Não concordo que para lecionar ao básico e secundário seja necessário mais do que uma licenciatura (agora chamam-se mestrado mas é a mesma coisa, só mudou o nome). Os doutoramentos, as pós graduações e os pós docs é para outros voos. Se assim não fosse o que é que se pediria a um prof universitário, a um investigador? O seu a seu dono. Não faz mal nehum a pessoa ser colecionadora de diplomas por gosto ou por excesso de tempo livre mas não deve ser beneficiada por isso ao nível do concurso.

          • Sapiens on 22 de Outubro de 2014 at 0:36

          Se a prova pacc nos seus moldes actuais é congruente quanto à sua finalidade (filtrar os melhores) e além disso, fácil segundo o seu comentário Margarida, pois até alguém com a 4ª classe a faz, então não se percebe o porquê de muitos professores com mais de 5 anos de tempo de serviço espernear e recusarem-se a fazê-la…..Não se entende a razão de não alargar a mesma a todos caso esta subsista….ou melhor será que a sua observação não é mais do que um apelo para elevar o grau de dificuldade da pacc para haver mais reprovações e os mais novos são descartados do ensino? muito oportuno da sua parte…salvaguardar as ultrapassagens caso as regras do jogo mudem…Afinal será que somos uma ameaça?

          • Margarida on 22 de Outubro de 2014 at 18:10

          Todos, inclusive os que a fizeram, dizem que foi muito fácil. E sim, alguém com a 4º classe faz a prova com alguma facilidade. É só experimentar… a questão não passa por aí. Aquilo é um mediano teste de QI dos anos 80, do género que saía em algumas publicações da altura, que se fazia nas salas de espera dos dos consultórios médicos. Com muita pena minha, não me consigo lembrar do nome da revista que trazia muitos testes desse género… adiante.
          O problema é que a prova não prova nada. Pode-se ter 100% e ser péssimo professor. Não filtra os melhores. Eventualmente elimina os muito maus. Ou os que se sentiram mal durante a prova. Não servindo para nada porque é que se gasta dinheiro em logística e se humilham as pessoas colocando professores a vigiar professores? É assim tão necessário? Acho que não aceitava muito bem que pares meus me dissessem o que fazer. É o mesmo que a avaliação. Feita por pares???? Mas não há uma hierarquia? Para me avaliarem tem de ser superiores a mim no organograma da empresa.

          Os mais novos são uma ameaça para quem? Para ninguém. Se sabe ler, já deve ter percebido que não sou professora. Por isso, para mim, não deve ser. Para os profs do quadro duvido. Os mais novos já foram descartados do ensino. A média de idades entre os professores que exercem é a mais alta de toda a Europa. Se a prova for mais difícil e aplicada a todos os contratados é possível que entrem alguns recém licenciados .Por isso é que muitos defendem o seu alargamento. É o seu caso. É sinal que é inteligente. Percebe que lhe traria vantagens. Outros nem isso percebem! Aplicar a prova aos quadros não é possível porque nunca teria enquadramento legal.

          Outro motivo para não serem uma ameaça: ninguém que esteja no quadro está contente. Ganha-se muito mal, trabalha-se bastante, do ponto de vista pessoal não é uma carreira apelativa. Há muita gente a sair ou a ter fontes de rendimento alternativo. Vejo com bastante estupefacção tanta gente a querer ganhar 1000 euros e ainda por cima achar que tem de ter lic, mestrado, doutoramento e sei lá mais o quê. 1000 euros é menos do que o ordenado mínimo na generalidade dos países que têm o euro. Não é NORMAL alguém com doutoramento ganhar 1000 euros. Não pode ser. Não se habituem a isso.

          • Sapiens on 22 de Outubro de 2014 at 21:46

          Margarida concordo em parte com o que escreveu sobretudo a parte onde me elogia : )) mas agora a sério, não será preferível ser-se feliz em exercer uma profissão para a qual se estudou neste caso a docência e ainda por cima receber uma remuneração mesmo pouca que seja para fazermos o que gostamos?…… ou ambicionar “voos mais altos” ao nível monetário e só sentir frustração no que se faz? O que importa mesmo não é gostar daquilo que se faz? Esse sentido de motivação, sem a menor dúvida, reflecte-se nos resultados independentemente da área profissional.

          • Margarida on 21 de Outubro de 2014 at 23:10

          Aos alunos… claro 😀 Achou que era com alguém que aqui anda a comentar? Já têm mais de 18 anos… não poderia ser.

          Já agora imagine o seguinte: vai a um hospital com uma apendicite aguda em risco eminente de peritonite e tem 2 enfermeiros à sua escolha para a entubarem devidamente:
          1º opção: uma senhora que tirou o antigo curso que correspondia ao 9º ano e tem 50 anos mas trabalhou em urgência hospitalar nos últimos 20 anos.
          2ºopção: um jovem de 25 anos, com licenciatura e mestrado (dos novos, em versão acelerada) e podemos por também uma pós graduação em… puericultura…por exemplo, que está à um ano nas urgências e que até é bem parecido. (só para tornar a situação eventualmente mais apelativa).

          Acho que o que nos distingue relativamente ao assunto das habilitações é que eu escolheria a opção 1 e a/o S escolheria a opção 2.
          Só ficava mais dividida se ele fosse mesmo muiiiiito bem parecido…. 🙂

          • Sapiens on 21 de Outubro de 2014 at 23:28

          Realmente o seu comentário e esta comparação só demonstra tamanha imbecilidade que é deveras lamentável, e quem pensa assim nem curso superior deve ter, e talvez ocupe algum cargo de direcção….Deus nos valha se houver descentralização…passarem para as “mãos” destes directores a responsabilidade de recrutamento. Tudo indica que não há condições éticas para que o processo seja levado a sério.

          • Margarida on 21 de Outubro de 2014 at 23:42

          O sentido de humor também é uma característica apreciada pelas chefias, pelos alunos, pelos colegas, pelos clientes… e sim tenho o tal do importante curso superior e outras tretas para além disso… . Peço desculpa se ofendi alguém, novamente, mas não são demasiado novos para se levarem tão a sério? Ofendam menos, sejam mais educadinhos… Temos todos problemas… os meus nada têm em comum com os seus, muito provavelmente, mas existem e eu não venho para aqui ofender ninguém. Apenas debater ideias. É impossível??? E não sou diretora de nenhuma básica/secundária. A probabilidade de ser entrevistado por mim é pequena. Fique descansado.

          • Margarida on 21 de Outubro de 2014 at 23:44

          *há

    • Sapiens on 20 de Outubro de 2014 at 18:06
    • Responder

    Concordo em plenitude com o que o Arlindo escreveu, talvez seja pertinente padronizar os critérios numa base de dados onde cada escola poderá escolher em número mais reduzido, é preciso adequar os critérios ao grupo de recrutamento em questão e repensar a GP, no entanto continua haver ofertas para técnicos especializados muito suspeitas ou poucos transparentes.

    • Margarida on 20 de Outubro de 2014 at 20:28
    • Responder

    Na minha opinião não há uma forma inteiramente justa de seriação dos candidatos a professor. Nem nesta profissão nem em nenhuma outra. Por isso é que existem erros de casting em todo o lado. Nas empresas privadas entra-se quase sempre porque se conhece alguém que tem confiança na pessoa em questão e valoriza o seu trabalho. Nem é bem cunha… por vezes nem se gosta particularmente da pessoas apenas se lhe reconhece competência.

    A questão apenas se põe pois é um emprego público. Logicamente, uma vez que sou contribuinte, quero saber exatamente a quem estou a pagar o ordenado, quanto me custa esse ordenado e quais são os critérios que levou à admissão desse funcionário. É meu direito. Por isso, pelo simples facto de a simplicidade ser amiga da transparência, a lista graduada é a melhor opção.

    Relativamente a outros fatores que possam ser contabilizados nenhum deles traduz de forma automática a qualidade de um professor. Há excelentes profissionais sem mestrados e doutoramentos, sem nada publicado, sem terem tido cargos de relevo nas escolas, sem grandes competências de TIC. São óptimos porque são excelentes comunicadores, têm uma base cientifica suficiente, criam empatia com alunos, colegas e chefias, são imaginativos, trabalhadores e solidários. São aqueles que os alunos não se esquecem, mesmo que passem 30 anos. São aqueles que eu me lembro do meu tempo de menina e que me fizeram ter vontade de seguir história, biologia, química, português, etc. E agora??? Isto avalia-se com que subcritério?

    Já agora, quem tem muitos mestrados, doutoramentos, pós-graduações, cargos diversos atribuídos, publicações, destacamentos nas DGA, DREL, passagens pela IGE, etc, muitas vezes só o fez porque esteve desempregado ou porque optou por não dar aulas. Dos últimos, alguns não gostam de lecionar e não são bons nesse papel. Neste último paragrafo salvaguardo as muito honrosas exceções de colegas com capacidade de trabalho e de produção de se lhes tirar o chapéu.

      • anonimo idem on 20 de Outubro de 2014 at 22:19
      • Responder

      Concordo com quase tudo. Mas apenas um reparo: na/s escolas privadas (?) também entra carcanhol que sai da sua contribuição, enquanto contribuinte exemplar que é.

        • Margarida on 20 de Outubro de 2014 at 23:35
        • Responder

        Apenas nas que possuem contrato de associação. Empresas privadas para mim são “puras” privadas.

          • anonimo idem on 21 de Outubro de 2014 at 11:10

          Evidentemente. E nessas (C/ Associação) entra o dinheiro público (que não é pouco), mas no entanto não o são (públicas), muito embora o conceito de público e privado possa ser discutido. Além disso o seu número, a nível nacional, é significativo e não pode deixar de merecer igual atenção como as restantes. Ainda para mais sendo a sua gestão autónoma.

          • Margarida on 21 de Outubro de 2014 at 17:19

          Claro que tem razão. Mas falava de empresas privada de um modo geral. Não obrigatoriamente ligadas ao ensino.

    • anonimo idem on 20 de Outubro de 2014 at 22:03
    • Responder

    Deixem dizer-vos uma coisinha: se o usam há três anos… é porque tem resultado.

    i + num digo.

    • FarinhaDoMesmoSaco on 20 de Outubro de 2014 at 22:11
    • Responder

    Era isto que os srs diretores queriam do sr ministro: colocar os amigos!!!

    • Cocas on 20 de Outubro de 2014 at 23:28
    • Responder

    AgrupamentoTipo de NecessidadeGrupo de RecrutamentoNº de HorasData final de colocaçãoData final de candidaturaAgrupamento de Escolas da Bobadela, LouresGrupo de Recrutamento24062015-08-312014-10-21Agrupamento de Escolas de Sobreira, ParedesGrupo de Recrutamento24042015-08-312014-10-21Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos, ÓbidosGrupo de Recrutamento24042015-08-312014-10-21Agrupamento de Escolas João Villaret, LouresGrupo de Recrutamento24062015-08-312014-10-22Agrupamento de Escolas de Ermesinde, ValongoGrupo de Recrutamento24062015-08-312014-10-23
    Os horários com seis horas não deviam de ir para os professores com horário zero? Como é que aparecem nas ofertas de escola?

  1. A antiguidade não é um posto. Verdade. No entanto, lanço um desafio: as empresas fazem testes psicotécnicos para os candidatos pré selecionados em função das funções que irão desempenhar. Questão: porque não passarmos pelo mesmo, colegas? Serão apenas as habilitações e a antiguidade critérios de seleção? Argumento com serenidade: passei pelos mesmos em 2 fases da mha vida profissional (Formação/Educação) e, em ambos os casos, fui selecionada. Quantos de nós não ficaríamos pelo caminho, colegas que arvoram os diplomas?!

      • anonimo idem on 21 de Outubro de 2014 at 11:25
      • Responder

      Sim, mas um professor não é propriamente um administrativo, ou um técnico de vendas, ou um bancário, etc, etc.
      Aliás, presumo que estará então a favor da PACC. Aquilo mais não é do que uma amostra de um teste psicotécnico que nada diz acerca da capacidade pedagógica mínima exigida para se poder ensinar. E por isso é que é ridícula. E por isso é que se a ideia passa pelo rigor da escolha, terá, forçosamente, de se incluir nela a observação de aulas continuadamente (e não marcadas de véspera) e essa avaliação ser incluida no registo individual de cada docente. Ah, e essa avaliação deveria ser feita por pares, com comprovada preparação para tal, e servir, acima de tudo, como ferramenta de melhoria dos métodos de ensino do avaliado.

      Mas como o que se pretende não é, nem nunca foi, melhorar coisa nenhuma, mas sim uma preocupação meramente financeira, e como tudo isso custa dinheiro (muito) ninguém está para aí virado. E nisso a PACC tem o melhor dos dois mundos (politicamente falando): barata; impede que o numero de profs desempregados aumente; e lança pra sociedade menos informada a ideia de que é uma boa medida para avaliar (não se sabe bem o quê).

      1. Mas não podem ser avaliados pelos seus pares… Um exemplo do que estou a dizer? O que aconteceu com a ‘história’ dos professores titulares. É uma situação preversa e, por isso mesmo, será sempre injusta! Não se avalia a ‘qualidade’, mas se o professor ‘A’ ou ‘B’ é ‘dos nossos’ ou não.

        Nas escolas também existem ‘adeptos’ do sistema…e, infelizmente, mais do que se julga ou deseja…

          • Eureka on 21 de Outubro de 2014 at 20:47

          Concordo S!!!! esse tipo de avaliação é o mesmo que nada….

    • Sapinho Verde on 21 de Outubro de 2014 at 8:47
    • Responder

    SE TODOS os Directores fossem pessoas sérias e honestas claro que não haveria destes problemas.
    Neste blog já foram relatados vários exemplos disso, de critérios feitos à “medida do afilhado”.
    O que o MEC fez este ano, apesar de correr mal e terem erros, teve o lado positivo de ser o MEC a fazer a escolha, retirando a possibilidade de “APADRINHAMENTO” por parte dos Directores.
    A única maneira de se eliminar o factor CUNHA é única e exclusivamente a graduação profissional, apesar de isso NÃO significar que os mais graduados sejamos melhores e mais competentes.
    Também não são 25 horas de formação da treta que EQUIVALEM tanto como 5 anos de experiência profissional, e nesta BCE isso acontece.

    • PL on 21 de Outubro de 2014 at 16:06
    • Responder

    1. “OBRAS publicadas” é diferente de “TRABALHOS no âmbito de especializações, mestrados ou outros“.

    2. Os professores do quadro também são selecionados por terem escrito “OBRAS”. Ou as leis são diferentes para profissões iguais?

    3. O sr. diretor já escreveu alguma OBRA sobre Administração Escolar? Ou, só é exigente para os professores contratados (com menos de 8h)?

    4. Os professores contratados são +/- 40.000. Vão todos editar (40.000) livros?

    5. OBRAS publicadas, com RIGOR ou SEM RIGOR, de caráter pedagógico ou científico?

    6. Comprovação por declaração de honra? Não basta apresentar a OBRA?

    7. Se esse critério é aplicado nessa escola há já 3 anos, não implica que seja eticamente
    correto.

    Trata-se de concursos públicos, que devem ter regras universais!

    GRADUAÇÃO PROFISSIONAL, COMO CRITÉRIO NACIONAL!

    • sandra on 22 de Outubro de 2014 at 7:43
    • Responder

    Parabéns Margarida!
    Uma voz de bom senso com ideias equilibradas e justas…. no meio da confusão que são a maioria destes comentários.
    (Digo confusão para não dizer má fé de quem não consegue entrar na profissão dentro das regras atuais e defende naturalmente a alteração das regras a seu favor… pois! Para eles os alunos são o que menos interessa)

    • PL on 22 de Outubro de 2014 at 10:23
    • Responder

    S I M P L E S M E N T E:

    “Bastaria fazer um decreto-lei que definisse que a colocação de professores seria feita mediante uma seriação de todos os professores, nacionais, no desemprego, ordenados segundo a sua classificação académica e segundo a sua classificação profissional”, explica. “Depois as escolas contratariam os professores respeitando essa lista.”

    Santana Castilho

    In:
    http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=166079

    COMO GOSTAMOS DE COMPLICAR O QUE É SIMPLES!

      • PL on 22 de Outubro de 2014 at 10:33
      • Responder

      E o Santana Castilho já publicou algumas “OBRAS” e “artigos em jornais”!…

      • Sapiens on 22 de Outubro de 2014 at 15:22
      • Responder

      Triste é ver quem com certa credibilidade pública até, defender e opinar sobre temas sem conhecer a realidade por dentro do Ensino e suas “nuances” e muitos ainda apoiam. Viva o “graxismo” e ignorância! Até parece que a sua fórmula é a que prevalece no meio de outras, e desde já não é exequível pois muitos teriam resultados iguais. Talvez, e sublinho talvez… a melhor opção seja 75% da nota da profissionalização e 25% do tempo de serviço ou nota da profissionalização com ponderação por critérios inerentes ao grupo de recrutamento/disciplina mas há mais soluções… uma delas é manter o que já existe.

    • PL on 22 de Outubro de 2014 at 11:13
    • Responder

    … de 7 horas para o grupo 600 ou de 8 horas?

    http://www.espf.edu.pt/index.php/professores/430-horario-n-23-grupo-de-recrutamento-600-8-horas-17-10-2014

    • Carlos Plágio on 22 de Outubro de 2014 at 12:32
    • Responder

    Curioso como a discussão divergiu das obras publicadas para as habilitações, o que me parece provar o que já disse aquando da apresentação do caso de Paços de Ferreira como (pseudo)”tesourinho contratual”:
    “É natural que nos sintamos desconfortáveis quando deparamos com critérios que não nos favorecem, mas isso não faz deles, automaticamente, um “erro” ou um “disparate” merecedor de denúncia à inspeção, nem os associa, por si só, a compadrios e cunhas. São um parâmetro de
    avaliação, entre muitos possíveis.
    Preferiríamos, obviamente, que a seleção se resumisse à graduação profissional. Como assim não é, temos de sujeitar-nos e não assumir imediata e irrefletidamente uma postura de ataque na defesa. É um critério que não nos serve? Servirá a outros, sendo que, em circunstâncias distintas (escolas diferentes, critérios diferentes), o inverso acontecerá e, provavelmente, nessa altura, talvez tudo pareça natural…”
    “E, já agora, para sermos totalmente justos, porque é que a avaliação curricular não é isso mesmo, ou seja, isenta de critérios padronizados e baseada na avaliação do currículo (lido e
    analisado) de cada candidato? Talvez não seja exequível, mas permitia a aferição de pormenores que podiam decidir verdadeiramente concursos.”
    Creio que quer as obras publicadas, quer as habilitações superiores às exigidas para a docência (excluindo-se, assim, os mestrados pós-Bolonha e as especializações) são fatores de valorização científica e, por isso, naturais numa seleção de candidatos.

      • Sapiens on 22 de Outubro de 2014 at 13:48
      • Responder

      Não percebo essa perseguição até preconceito contra os cursos pós-Bolonha chega a ser suspeito até…Os mestrados pós-Bolonha são válidos e conferem a profissionalização num determinado grupo de recrutamento com trabalhos de conteúdo científico e pedagógico e foram passados “a pente fino”, mas já não se pode dizer o mesmo quanto às teses antes e pré-Bolonha pois nesse tempo a tecnologia era rudimentar e certamente que houve muitos plágios que não foram detectados, mas se hoje essas “teses” fossem submetidas a esses detectores de plágios muito provavelmente teríamos muitas surpresas… Por outro lado, não faz sentido descartar quem tem mestrado em ensino e frequentou tais cursos ainda mais no ensino público, com intuito de seguir apenas a carreira da docência. Ao contrário de muitos que só vieram para esta profissão como segunda opção.

        • Carlos Plágio on 22 de Outubro de 2014 at 15:35
        • Responder

        Talvez desconheça que a profissionalização anterior a Bolonha também implicava, para além do estágio pedagógico, “trabalhos de conteúdo científico e pedagógico”, nalguns casos bem mais aprofundados do que as atuais dissertações de mestrado (ou deverei dizer “relatórios de estágio”? – por sinal também exigidos nas licenciaturas anteriores, para além da produção académica), com a diferença de que não conferiam qualquer grau “extra”. Quanto às suspeições que levanta, abstenho-me de comentar, mas é triste que avaliemos os outros pelos nossos padrões dúbios…
        De qualquer modo, não é nada disto que está em causa na questão levantada pelo horário de Paços de Ferreira.

      • Margarida on 22 de Outubro de 2014 at 18:18
      • Responder

      Nesse caso, se estivesse a recrutar vendedoras para a Zara, em que se pedia 12º ano, boa apresentação, conhecimentos de inglês e de informática, se surgisse uma candidata com lic ou mestrado passaria à frente. Pensava, à partida, que a candidata dobraria a roupa mais depressa, que seria mais simpática e mais arrumada por ter mais habilitações? Eu não.

        • Sapiens on 22 de Outubro de 2014 at 18:46
        • Responder

        Margarida prometo que vou me conter nas palavras para que não se sinta hostilizada, porque já vi que não é propositado e sim é por ser um tanto “naïf” e reflecte-se nos seus comentários. Então agora, compara a venda de roupa com o acto de ensinar? óhhh margarida margarida…

          • Margarida on 22 de Outubro de 2014 at 21:38

          Comparo. É um trabalho digno mas chega ter o 12º ano. Para ensinar na escolaridade obrigatória chega ter uma licenciatura e não é preciso ter publicado nada. O resto, se é bom ou mau trabalhador, não se vê nos diplomas. E obrigada por não me hostilizar. Eu também procuro não hostilizar nem ofender ninguém.

          • Sapiens on 22 de Outubro de 2014 at 22:01

          Todas as profissões são dignas e quando realizadas com qualidade, inteligência, faz toda a diferença e a nossa sociedade precisa de elevar seus padrões de qualidade muito descurados durante anos numa passiva mediocridade. Contudo, há situações incomparáveis, comparar a venda de roupa com o acto de ensinar, não me parece muito sensato, pois o grau de exigência, responsabilidade e finalidades são diferentes. E tendo em conta a sua linha de pensamento para vender roupa, nem era preciso ter o 12º ano (um tanto exagerado não é assim?) talvez a 4ª classe seria suficiente.

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