Apesar de o António Costa poder vir a dizer que nada disto é da sua autoria. Mas também deixem que vos diga, a proposta do PS pouco muda em relação ao que já existe.
Como já foi amplamente anunciado a próxima BCE verá os efeitos das colocações ao dia 1 de Setembro.
De acordo com informação deixada neste post, que passo a citar:
“segundo a informação da DGAE (presencial) dos que entraram na RR2, apenas que tem horário completo anual é que não estão para as listas da BCE. Os outros podem obter colocação podendo denunciar o horário da RR2.”
Assim, na minha opinião e por configurar um tratamento desigual para quem ficou colocado em horário completo e anual na RR2 deve ser obrigatoriamente reconhecido o tempo de serviço a partir do dia 1 de Setembro de 2014. Não faria sentido se isso não acontecesse.
Mas o mais lógico seria que todas as colocações da Contratação Inicial e da Reserva de Recrutamento 2, bem como da antiga BCE estivessem em concurso na NovaBCE e que os docentes colocados pudessem optar por uma das colocações, ou pelo completamento de horário de colocação anterior.
Claro que nada disto seria necessário se a lista de colocações fosse única.
Para: Exmo. Sr. Ministro da Educação e Ciência, Professor Doutor Nuno Crato
Os abaixo-assinados vêm pela presente solicitar a modificação do nº 2 do artigo 42.º, presente no Decreto-Lei n.º 83-A/2014 de 23 de maio, o qual “procede à terceira alteração ao Decreto -Lei n.º 132/2012, de 27 junho, (…) que estabelece o novo regime de recrutamento e mobilidade do pessoal docente dos ensinos básico e secundário e de formadores e técnicos especializados.”; por violar diversas leis da Legislação nacional, sendo exigível que o mesmo crie condições igualitárias de acesso à carreira docente.
Nas colocações do ano passado de 12 de Setembro que retroagiram ao dia 1 de Setembro foi permitido a denúncia do contrato no período experimental até ao dia 12 de Outubro.
Independentemente das colocações de dia 9 de Setembro terem como limite máximo da denúncia do contrato em período experimental o dia 9 de Outubro ou o dia 30 de Setembro (que terminou ontem) não devemos comparar com o ano passado pelo seguinte:
Quem ficou colocado no dia 9 de Setembro em horário anual e completo não deverá ser colocado novamente na BCE, nem na RR.
Quem foi colocado no mesmo dia em horário anual e temporário só poderá regressar à RR e presumo que também à BCE para nova colocação no fim do contrato e desde que indique na aplicação esse regresso à lista.
Ou seja, quem pensa denunciar um contrato no período experimental não tem outra forma de colocação a não ser através das contratações de escola. E como praticamente não vão existir grandes horários até Janeiro de pouco adianta pensarem em denunciar o contrato.
Se julgam que denunciando uma colocação da CI ou da RR2 podem regressar à lista para colocação em BCE mais vale deixarem de pensar nessa hipótese, porque só está previsto o regresso às listas no fim do cumprimento do contrato.
Segundo o que diz a minha mãe, aprendi tarde a perceber qual é a esquerda e qual é a direita; e ainda hoje me baralho com as coisas relacionadas com a orientação espacial. Por outro lado, de política, seja ela de esquerda ou de direita, também não percebo muito. Contudo, reservando-me a humildade, penso que sei o suficiente para perceber que neste momento “todos os lados” parecem ter alguma dificuldade em identificar e colocar em prática princípios que connosco se identifiquem e nos orientem.
AS MUDANÇAS no sistema de Educação têm sido inúmeras. Desde o momento em que me deram um papelinho (que não sei por mais quanto tempo será válido) onde está escrito que posso ser professor, passaram apenas 6 anos. Neste período, tivemos 3 ministros da Educação, duas reformas curriculares, novas políticas educativas e demasiados confrontos entres os diferentes profissionais que trabalham neste setor.
A Educação, os professores, todos os outros profissionais que trabalham neste sistema digno e, principalmente as crianças, sejam elas GRANDES ou pequeninas, precisam de tempo. Tempo para conhecerem e se adaptarem, tempo para pensar e para consolidarem aquilo que fazem e aprendem. De facto, não pode dizer-se que aqueles, lá no topo, não têm criatividade e vontade de mudança. Respeito-os imenso e tento compreender a dificuldade em exercer o seu trabalho nos dia de hoje. Contudo, já dizia Paulo Freire, que para ensinar é preciso querer bem aos educandos. Valha-nos a relativa autonomia que temos para exercer a nossa profissão, o bom senso de cada um, a vontade de auto-aperfeiçoamento e partilha com outros profissionais daquilo que fazemos e vivemos no nosso dia a dia nas escolas.
Por outro lado, devemos lembrar-nos: as mudanças FAZEM-SE COM AS PESSOAS e não para elas. Eu posso até querer mudar completamente a sala de estar da casa da minha mãe; isto é, torná-la melhor (na minha opinião, que é muitas vezes subjetiva). Contudo, tenho a certeza que ela prefere participar nesse momento dado que, apesar das minhas boas intenções e porque eu não sou muito bom com a esquerda e com a direita, posso até colocar as plantas no lugar mais isolado e escuro da sala. E remorsos é coisa que eu não quero, principalmente porque nunca tive nada contra as plantas e muito menos contra as crianças que também gostam de respirar. Os diferentes intervenientes que “fazem educação” não devem trabalhar de “costas voltadas”. Os alunos precisam de todos nós para que o serviço que lhes prestamos continue a ser de qualidade; porque o (ainda) é.
Há que parar com as experiências avulsas, averiguar mais junto dos professores se estes concordam com as tais alterações e porquê e se, inclusive, for para mudar, DEVEM, em conjunto, BIPENSAR* COMO é que se deve IMPLEMENTAR, gradualmente, ESSE PROCESSO.
*porque queremos bem aos outros (ou pelo menos devemos querer); ato de pensar, pelo menos, duas vezes antes de agir.