17 de Novembro de 2024 archive

O Que Diz O Aviso de Abertura Sobre o CEE?

Sobre a Apresentação

 

XIII — Apresentação

1 — Os candidatos colocados através do concurso externo em QZP que, à data da colocação, se encontrem:

a) Em exercício de funções com contrato de trabalho em funções públicas a termo resolutivo, na sequência de colocação obtida em contratação inicial, reserva de recrutamento ou contratação de escola, no âmbito dos concursos abertos através do Aviso n.º 6468-A/2024/2, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 60, de 25 março, devem manter-se em funções até à efetivação da sua substituição;

b) A aguardar colocação em reserva de recrutamento, passam a constar da lista de retirados do concurso aberto através do referido Aviso n.º 6468-A/2024/2, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 60, de 25 março, caso cumpram o dever de aceitação, devendo apresentar-se no AE/EnA que efetuou a validação da candidatura até à publicação das listas de colocação de mobilidade interna.

 

Sobre a Mobilidade Interna

A — Docentes opositores a mobilidade interna

1 — O concurso de mobilidade interna destina-se aos candidatos colocados em QZP no concurso externo extraordinário regulado pelo Decreto-Lei n.º 57-A/2024, de 13 de setembro, respeitando as seguintes prioridades:

a) 1.ª prioridade — docentes com habilitação profissional;

b) 2.ª prioridade — docentes com habilitação própria para a docência nos termos das disposições legais e regulamentares em vigor.

2 — Os docentes a que se refere a alínea a) do número anterior que possuam habilitação profissional para grupo de recrutamento diferente daquele em que se encontram providos podem também 15/17 Aviso n.º 20830-A/2024/2 19-09-2024 N.º 182 SUPLEMENTO 2.ª série manifestar preferências para esse grupo de recrutamento, desde que não existam, por colocar, outros docentes nele providos que também sejam candidatos à mobilidade interna e tenham manifestado a mesma preferência.

3 — Aos docentes providos em QZP através do concurso externo extraordinário que não se apresentem ao concurso de mobilidade interna é aplicável o regime estabelecido na alínea b) do n.º 1 e no n.º 3 do artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 32-A/2023, de 8 de maio.

4 — As colocações obtidas no concurso de mobilidade interna caducam no final do ano escolar.

B — Candidatura

1 — O prazo para apresentação da candidatura à mobilidade interna é de cinco dias úteis, e terá lugar, após a publicitação das listas definitivas de colocação do concurso externo extraordinário.

2 — A candidatura é apresentada através de formulário eletrónico, de modelo da DGAE, organizado de forma a recolher a seguinte informação obrigatória:

a) Elementos legais de identificação do candidato;

b) Prioridade em que o candidato concorre;

c) Elementos de ordenação do candidato, pré-carregados pela DGAE, tendo por base os dados utilizados para graduação e ordenação do concurso externo extraordinário;

d) Formulação das preferências para os AE/EnA da área geográfica do QZP a que se encontram vinculados e da área geográfica de, pelo menos, dois QZP limítrofes. Sem prejuízo das preferências manifestadas, considera-se que, no caso de a candidatura não esgotar a totalidade dos AE/EnA do âmbito geográfico dos QZP a que o docente concorre, este manifesta igual preferência por todos os restantes AE/EnA desses QZP, fazendo-se a colocação por ordem crescente de AE/EnA.

C — Elementos da candidatura

1 — A aceitação do conteúdo dos dados previamente preenchidos no formulário eletrónico é da responsabilidade exclusiva do candidato.

2 — Os elementos constantes do processo individual do candidato, existente no agrupamento de escolas ou escola não agrupada, são certificados pelo órgão de administração e gestão respetivo.

3 — O tempo de serviço declarado no formulário de candidatura é contado até 31 de agosto de 2023, devendo ser apurado de acordo com o disposto no n.º 7 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 32-A/2023, de 8 de maio. Caso o candidato tenha prestado serviço docente ao abrigo de um contrato de cooperação, nos termos da Lei n.º 13/2004, de 14 de abril, a contagem desse tempo de serviço é feita nos termos do Despacho n.º 4043/2011, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 44, de 3 de março.

4 — Os documentos que não constem do processo individual devem ser apresentados junto da entidade indicada no ponto 2.2.2.1 do formulário de candidatura, no decurso do prazo para apresentação da candidatura.

5 — A validação das candidaturas é efetuada no prazo de três dias úteis.

G — Aceitação e apresentação

1 — Os candidatos colocados por mobilidade interna devem aceitar a colocação, no prazo de 48 horas, correspondentes aos dois primeiros dias úteis seguintes à publicitação das listas de colocação, sendo a aceitação feita na aplicação eletrónica disponibilizada pela DGAE, nos termos do n.º 2 do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 32-A/2023, de 8 de maio.

2 — Os candidatos colocados em resultado do concurso de mobilidade interna devem apresentar-se no agrupamento de escolas ou escola não agrupada onde foram colocados no prazo de 5 dias úteis, contados a partir do dia útil seguinte ao da publicação das listas, nos termos do artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 57-A/2024, de 13 de setembro.

 

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“Esta geração está perdida”…

 

Nos últimos dias, andei em périplo por várias Turmas do Ensino Secundário com o objectivo de, entre outros, ouvir as opiniões dos respectivos Alunos sobre os principais traços que caracterizam a geração a que pertencem…

Em suma, o principal tema levado a debate foi este:

– Como se caracteriza a actual geração de jovens portugueses? O que têm os próprios jovens a dizer sobre a sua geração? Como percepcionam essa geração?

Entre Turmas do 11º e do 12º Anos de Escolaridade, a alegação, ipsis verbis, mais repetida pelos jovens auscultados foi a seguinte:

– “Esta geração está perdida”…

Olhos nos olhos, sem rodeios e sem complacência, foi muitas vezes afirmado pelos jovens: “Esta geração está perdida, não há solução”…

Quando convidados a justificar tal afirmação, os motivos mais invocados foram estes:

– A actual geração de jovens está dependente das redes sociais; vive, como que “anestesiada”, para as redes sociais e para os jogos online; é egoísta, não consegue ser empática e não se importa com os problemas dos outros; está habituada a ter pais que satisfazem as suas vontades em termos materiais; dá muita importância às aparências; julga os outros de forma ligeira e leviana; desiste facilmente, perante alguma dificuldade; aspira a ter alguma ocupação (não necessariamente uma profissão) que permita ganhar muito dinheiro; fica muito frustrada quando as coisas não correm bem; não quer trabalhar, só pensa em divertir-se…

Em resumo, entre os jovens ouvidos, parece existir a crença, de resto, assumida com toda a frontalidade e muita convicção, de que a sua geração estará perdida e que pouco haverá a fazer para a salvar…

Quando os próprios jovens consideram que a geração a que pertencem está perdida, evidenciando um pessimismo demolidor, é praticamente impossível não pensar:

– E, agora, o que se poderá fazer para contrariar tal convicção?

– Que futuro poderá ser auspiciado por estes jovens?

– Os adultos que rodeiam esses jovens estarão conscientes dessas expectativas tão negativas? Estarão, esses adultos, disponíveis para ajudar os jovens a ultrapassar essa desesperança?

Sem pretender fazer generalizações que se possam tornar abusivas, não poderá, contudo, deixar de se considerar tais afirmações como preocupantes, sobretudo pela subjacente “admissão de derrota”, face a uma geração que é posta em causa pelos próprios elementos que a compõem…

Infelizmente, acredito que a percepção destes jovens acerca da sua geração seja partilhada por muitos outros, um pouco por todo o país e, sob esse ponto de vista, talvez esta seja uma amostra significativa e fiável…

E o problema será justamente esse…

A desesperança anda por aí, estará até, muito provavelmente, à frente de todos…

E um desses jovens foi um pouco mais longe do que os restantes, afirmando, num determinado momento, o seguinte:

– Na nossa geração já não há nada a fazer, isto só melhora na próxima geração, quando nós tivermos os nossos filhos e os educarmos de maneira diferente… Temos que conseguir educar melhor os nossos filhos…

Depois dessa afirmação, que mais se poderá dizer?

No fim, fica no ar um certo sentimento de cepticismo, mas também de resignação e de impotência para se conseguir alterar o actual estado das coisas, expresso por muitos jovens e corroborado por outros tantos…

Mas a Escola Pública, as políticas educativas dos últimos anos e as famílias não podem fazer de conta que não têm nada a ver com o anterior:

– Uns e outros têm contribuído, de forma determinante, para enganar a actual geração de jovens portugueses, transmitindo-lhes uma mensagem subliminar dominada por um conceito de realidade deveras enganoso, deturpado e subvertido, assente na ideia de que a vida é fácil;

– A interiorização da mensagem anterior por parte dos jovens tem levado muitos deles a acreditar na sua própria invencibilidade, tornando-os pouco empáticos, egocêntricos e incapazes de assumir compromissos e de resistir à frustração, como aliás foi apontado, de certa forma, por muitos dos jovens auscultados;

– A Escola Pública, as políticas educativas dos últimos anos e as famílias têm enganado os jovens, induzindo expectativas irrealistas, dificilmente concretizáveis em vários contextos da vida real;

– O abandono afectivo e emocional a que muitos jovens são sujeitos pelas respectivas famílias, também contribuirá fortemente para a sensação de desnorte, de desorientação, de pessimismo, experienciada por uma parte significativa deles… Às vezes, tem-se tudo em termos materiais, mas muito pouco, ou praticamente nada, em termos afectivos…

Ainda assim, fazendo fé na capacidade criativa, regeneradora e de reinvenção, que tantas vezes assiste à condição humana, sobretudo em situações potencialmente catastróficas, quero acreditar que a actual geração de jovens portugueses conseguirá, apesar de tudo e apesar de todos, sobreviver e tornar-se capaz de enfrentar a maior parte das contrariedades que a fustigam…

Quero acreditar que a actual geração de jovens portugueses não esteja efectivamente perdida… Quero acreditar que ainda possa haver esperança…

Além do mais, se não se tiver essa esperança, em quem poderemos confiar para cuidar da minha geração, quando, com sorte, se chegar a “idoso”?

Paula Dias

 

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