Um grupo de professores lesados no último concurso de mobilidade interna, realizado em 2017, defendeu que as alterações às regras introduzidas naquele procedimento se traduziram em acréscimo de despesa, de 56 milhões de euros, e não em poupanças, como defende o Governo.
Num comunicado divulgado neste domingo, o denominado Grupo de Docentes Lesados a 25 de Agosto — data em que foram conhecidas as colocações do concurso de mobilidade interna em 2017 e em que muitos ficaram a saber que sido colocados a centenas de quilómetros de casa — afirma que pretende “rebater veementemente” os números avançados pela tutela em relação a eventuais poupanças com a colocação de professores, que foram um dos argumentos apresentados para justificar o pedido de fiscalização de constitucionalidade de uma norma relativa aos horários dos docentes.
O Governo pediu ao Tribunal Constitucional (TC) a fiscalização da norma aprovada pelo parlamento em 6 de Abril que impõe a distribuição de horários completos e incompletos no concurso de mobilidade aos professores de carreira.
Este grupo de professores questiona as poupanças de 44 milhões de euros que o Governo diz ter conseguido no último concurso, contrariando uma prática de uma década ao decidir disponibilizar apenas horários completos neste concurso, usado pelos professores dos quadros para mudarem de escola e se aproximarem da sua residência.
O Grupo de Docentes Lesados a 25 de Agosto defende que não só as vinculações do último ano não se traduziram numa diminuição do número de professores contratados neste ano lectivo, como o total de contratos já supera em quase mais três mil os do ano passado.
“Desta forma, poderemos estar a falar não de uma poupança de 44 milhões de euros como avançado pelo Ministério da Educação, mas sim de uma despesa extra, que, por defeito, poderá atingir os 56 milhões de euros (não contabilizando os custos com os docentes vinculados extraordinariamente em 2017) “, lê-se no comunicado.
Os professores questionam ainda como é possível estimar despesa para o próximo ano quando está previsto que os horários completos e incompletos a pedir pelas escolas para o próximo ano apenas sejam conhecidos na primeira quinzena de Agosto.
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Continua aqui: Professores contrariam Governo e dizem que concurso trouxe mais despesa | Educação | PÚBLICO
Outro link:
SIC Notícias | Professores dizem que concurso de mobilidade trouxe mais despesa
Professores dizem que mobilidade interna aumentou despesa em 56 milhões | TVI24
A ler:
Da Falsidade | O Meu Quintal
A SE Leitão disse há uns tempos que era colérica e não mentia, mas…
Por em 2017 só terem sido disponibilizados horários completos no concurso para professores do quadro, “através da contratação inicial procedeu-se à contratação de 2300 docentes contratados em vez dos quatro mil docentes que se teriam contratado caso não se tivesse tomado esta opção”, indicou o ME, para acrescentar que esta decisão “implicou uma diminuição dos custos da contratação inicial de 44 milhões de euros”.
Duas notas breves (para além do que o grupo dos colegas “lesados” já escreveu em comunicado):
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