De um documento demasiado longo e, como já foi dito, cheio de redundâncias, sai a nova Matriz do 1º Ciclo. As novidades não são muitas, mas há algumas a registar.
A obrigatoriedade das 25 horas letivas.( se é que em alguma escola se optou por menos como poderiam com a Matriz de 2014)
O aumento de 30 minutos de Apoio ao Estudo e Oferta complementar nos 1.º e 2.º anos, e a redução nos 3.º e 4.º anos em 90 minutos.
A possibilidade de coadjuvações a Educação Artística e Educação Física. (será que é a preparação para novos grupos de docência?)
A introdução da Cidadania e Desenvolvimento e das TIC, em regime de transdisciplinaridade, embora não seja nada de novo, é o reconhecer do trabalho já desenvolvido em sala de aula.
Diretores e FENPROF garantem que absentismo aumentou este ano e que vai agravar-se cada vez mais por causa do envelhecimento da classe docente.
Em março, mais de seis mil professores estavam em casa doentes com baixas superiores a 60 dias, à espera de ser convocados para uma junta médica, apurou o JN junto da ADSE. O Ministério da Educação não divulga o total de baixas, mas diretores e Federação Nacional de Professores (FENPROF) garantem que o número de atestados nas escolas públicas aumentou este ano. E que vai agravar-se por causa do envelhecimento da classe docente. De acordo com os últimos dados disponíveis, havia em 2015/16, 122 452 docentes, 45,3% dos quais com mais de 50 anos e apenas 1,4% com menos de 30.
À semelhança da matriz do 2.º ciclo é introduzido no 3.º Ciclo a Cidadania e Desenvolvimento e o Complemento à Educação Artística (que no fundo é oficializar a oferta de escola numa área artística). Ao longo de todo o 3.º ciclo mantém-se o mesmo tempo curricular para a Educação Artística e Tecnológica em cada ano letivo.
Também à primeira vista parece ser mais simples tornar a TIC e a Cidadania e Desenvolvimento em disciplinas semestrais de 50 minutos.
A oferta complementar continua como disciplina de oferta facultativa, mas de frequência obrigatória.
Também olhando para esta Matriz e para quem se imaginava a tornar a História e a Geografia em duas disciplinas semestrais vai encontrar aqui um obstáculo porque no 7.º ano uma delas poderá ter 150 minutos e a outra 100 minutos. O mesmo acontece com as Ciências Naturais e a Físico-Química.
A não ser que as semestrais possam ser feitas entre as disciplinas de 150 minutos e as de 100 minutos também.
E neste caso até podiam funcionar 6 disciplinas por semestres (Cidadania e Desenvolvimento/TIC, História/Ciências Naturais e Geografia/Físico-Química). Isto no 7.º ano, porque no 8.º e 9.º ano já deverá ser mais difícil.