Uma República Mal-Educada, (In)disciplinada e com (Des)respeito pelos professores.

Texto de opinião de João Ferrer.

 

Uma República Mal-Educada, (In)disciplinada e com (Des)respeito pelos professores.

 

Licínio Lima inicia com a frase seguinte um notável artigo na revista, a página da educação.

“Se, como afirma o Manifesto para a Educação da República, a República estiver a “educar mal os seus filhos”, estaremos então condenados à condição de uma República mal-educada.

Cabe aos pais e Encarregados de Educação a maior tarefa de educar seus filhos, estabelecendo limites e orientando-os a terem respeito e consideração para com todos e, principalmente, para com os professores que tem a missão de prepará-los para a vida. Verifiquemos o Exemplo do Estado! Como tratam os governos estes profissionais? Que exemplo dão? Que sinal dão à sociedade? Aos alunos indisciplinados? Aos pais que todos os dias agridem os docentes?

Vejamos o que nos aconteceu desde 2005 até à Gerigonça do Ministro Tiago Brandão Rodrigues.

 

O primeiro “congelamento” ocorreu entre 30 de agosto de 2005 e 31 de dezembro de 2007, num total de 854 dias. A Lei n.º 43/2005, de 29 de agosto, determinou a não contagem do tempo entre 30/08/2005 e 31/12/2006, tendo depois a Lei n.º 53-C/2006, de 29 de dezembro, prorrogado os efeitos da primeira por mais um ano, até 31/12/2007.

Nos anos civis de 2008, 2009 e 2010, o tempo de serviço foi contabilizado, para todos os efeitos, de forma normal.

A 1 de janeiro de 2011, o tempo de serviço voltou a “congelar”, situação que se manteve em 2012, 2013, 2014, 2015, 2016 e 2017. Neste caso, têm sido as sucessivas Leis do Orçamento do Estado a estabelecer estes novos “congelamentos”.

Caminhamos para os 10 anos sem progredir.

Então e agora, que chegamos às fraldas do tão esperado ano de 2018?

Temos um descongelamento das carreiras dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico, Secundário e Superior, assim como dos demais trabalhadores da administração pública, no dia 1 de janeiro de 2018, para todos, mas o tempo até agora congelado não será repercutido no reposicionamento dos Educadores e Professores no escalão que, por direito e justiça, deveriam ser integrados.

Esta situação não se verifica nos restantes funcionários públicos.

Que sinal dá o estado à sociedade? Que respeito tem o governo pelos professores?

E o presidente Marcelo, das selfies e dos afetos, o que está em todo o lado. Nestes meses de mandato, Marcelo esteve, oficialmente, em mais de meia centena de localidades. Cá dentro ou lá fora, avistou-se com cerca de 30 líderes mundiais. Comenta tudo, dá nota a tudo, não dá nota a esta vergonha, não comenta a situação dos professores. Ele não é o presidente de todos os portugueses?

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2017/10/uma-republica-mal-educada-indisciplinada-e-com-desrespeito-pelos-professores/

14 comentários

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    • Ab Sinto on 31 de Outubro de 2017 at 19:25
    • Responder

    … continuem a votar pseudo-sócras e outras costas…

    • Pela união da classe on 31 de Outubro de 2017 at 20:06
    • Responder

    Realmente este país é uma vergonha, estou com vergonha de ser portuguesa. Existe respeito por todos, mesmo pelos que não merecem, e por quem se devia ter mais respeito – os professores, não existe respeito nenhum. Os políticos deste país ainda vão a tempo – honrem com obras e menos discursos.

      • Pedro on 31 de Outubro de 2017 at 21:47
      • Responder

      Concordo plenamente. Não respeitam quem os ensinou a ler e a escrever.

        • Contribuinte Indignado on 31 de Outubro de 2017 at 22:03
        • Responder

        .
        Desculpe!….Pode repetir….Será que li bem?…..”quem os ensinou a ler e a escrever”……..Tenham Juízo…..

        Esta gente só pensa em dinheiro……..

        Se estão mal. Se entendem que estão mal pagos. MUDEM…..venham trabalhar no Sector Privado e pagar impostos para sustentar uma Função Pública ineficiente, incapaz, negligente…….

        MUNICIPALIZEM A EDUCAÇÃO rapidamente e, PRIVATIZEM, em seguida.

        Os CONTRIBUINTES não estão dispostas a sustentar esta gente sem brio profissional que só pensa em greves e em dinheiro.
        .

          • António Craveiro on 31 de Outubro de 2017 at 23:24

          Você é que deve ser “parvatizado”! E você pensa em quê? Não percebe nada de nada, nem para dar a cara serve e vem para aqui mandar palpites! E a si, ninguém o ensinou a ler e a escrever? Deve ter aprendido sozinho!

          • Jorge on 1 de Novembro de 2017 at 8:33

          Se os professores só pensam no dinheiro, como é que os professores conseguiram ensiná-lo a ler e a escrever?
          Não me diga que você gostaria que os professores não tivessem salário. Você não tem?
          Sabia que muitos de nós estamos longe da família, e temos que pagar alojamento, deslocações, etc. Alguns até pagam para trabalhar, senhor contribuinte indignado.
          Coloque-se no mundo real e não no mundo virtual.

          • Manuela Cardoso on 3 de Novembro de 2017 at 18:42

          Ignorante!

    • Professor Baralhado on 31 de Outubro de 2017 at 22:32
    • Responder

    Defesa e Finanças autorizam 4.613 promoções nas Forças Armadas

    31 de Outubro de 2017

    Os ministérios das Finanças e da Defesa autorizaram 4.613 promoções nas Forças Armadas, segundo um despacho conjunto assinado no passado dia 25, e a que a Lusa teve hoje acesso.

    As promoções abrangem 4.613 militares, a maioria das quais no Exército, 2.362, das quais 1.285 para praças, 562 para sargentos e 515 para oficiais, indica o documento.

    Na Força Aérea foram autorizadas promoções para 429 oficiais, 231 sargentos e 622 praças. Na Marinha, as promoções para 2017 abrangem 930 militares no total, das quais 46 referem-se a pessoal militarizado.

    Na Marinha, foram promovidos 287 oficiais, 210 sargentos e 387 praças.

    Na Polícia Marítima foram também autorizadas 39 promoções.

    Os efeitos remuneratórios das promoções aplicam-se a partir do dia seguinte à publicação do despacho, que prevê ainda que as despesas decorrentes serão suportadas pelos montantes previstos no Orçamento do Estado para 2017.

    Estas promoções implicam uma despesa de 2,8 milhões de euros, segundo fonte da Defesa.

    A sustentabilidade futura da despesa será assegurada através da redução estrutural e permanente dos encargos com pessoal, prevê o documento.

    https://www.noticiasaominuto.com/pais/892079/defesa-e-financas-autorizam-4613-promocoes-nas-forcas-armadas

    • Manuel on 1 de Novembro de 2017 at 11:14
    • Responder

    Sem educação “vão matar-se uns aos outros” -º António Damásio

    https://www.publico.pt/2017/10/31/ciencia/noticia/sem-educacao-os-homens-vao-matarse-uns-aos-outros-diz-antonio-damasio-1791034?page=/&pos=3&b=stories_featured_a

      • Contribuinte Indignado on 1 de Novembro de 2017 at 12:17
      • Responder

      .
      Sem as casas construídas por pedreiros “vão viver nas ruas”

      Sem as estradas “vão andar de burro”

      Sem os lavradores “vão comer raspas”

      Sem os carpinteiros “vão dormir no chão”

      Sem os………….

      Sem professores (desta estirpe) eu passo bem. E sem pagar impostos para os sustentar ainda passo melhor.
      .

        • Pedro on 1 de Novembro de 2017 at 15:53
        • Responder

        O SrºContribuinte indignado, de facto está mesmo revoltado com sua vida.
        Tem que pensar seriamente, em consultar um psiquiatra, e não perca muito tempo, caso contrário quando acordar, já é tarde.

          • Contribuinte Indignado on 1 de Novembro de 2017 at 19:26

          .
          É uma indicação importante vinda de um setôr porque normalmente os setôres recorrem aos psiquiatras para ficarem de baixa durante 18 meses, depois vão dar aulas 1 mês e voltam ao psiquiatra para mais 18 meses de baixa.

          Agradeço a sua sugestão, mas eu não meto baixas.
          .

          • maria on 1 de Novembro de 2017 at 20:04

          Porque será que alguns professores chegam a esse estádio? Já pensou nisso alguma vez?

          • paulo on 1 de Novembro de 2017 at 20:06

          Se calhar é por causa da educação que os pais lhes dão aos seus filhos, que os professores recorrem à baixa média.
          E outro motivo será o excesso de tarefas, extra aulas (tarefas burocráticas), que o Ministério da Educação atribui aos professores.

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