Já tinha ouvido que as mudanças estavam a ser organizadas e que o Plano Casa iria deixar de ser “uma ocupação a tempo inteiro” para os docentes. A sua “escolha” também vai sofrer alterações sendo a sua responsabilidade dividida entre as instituições e as escolas. Resta saber quem vai definir perfis mais e menos adequados…
90 PROFESSORES COLOCADOS EM INSTITUIÇÕES PÚBLICAS PARA APOIAR CRIANÇAS E JOVENS EM SITUAÇÃO DE ACOLHIMENTO
O Governo assinou o protocolo Casa, que visa colocar 90 docentes em instituições da rede pública e solidária – a tempo integral ou parcial – para dar respostas específicas às crianças e jovens em situação de acolhimento.
Com início no ano letivo 2017/18, as crianças e jovens institucionalizados em lares de infância e juventude, centros de acolhimento temporário e casas de acolhimento já terão um acompanhamento orientado para a sua inclusão nas escolas.
O regime de colocação destes professores será ajustado às necessidades e à natureza do trabalho desenvolvido, permitindo que as instituições – em articulação com as escolas – escolham os docentes com os perfis mais adequados.
Estas respostas temporárias têm como objetivo integrar crianças e jovens em situação de acolhimento num contexto social sustentável, garantindo-lhes as condições necessárias para um projeto efetivo de reintegração.
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Estas vagas já abriram? É para todos os professores ou só os.que pertençam ao quadro?
Como se vai processar essa escolha? O meu pedido de mobilidade estatutária(68 al.b) foi indeferido hoje. Será que ainda posso ser colocada na instituição onde estou há 4 anos com estas alterações no Plano Casa?
Boa pergunta. Estou na mesma situação, e ainda hoje não existem respostas nenhumas…
Mas que “GANDA” palhaçada… realmente só visto. Vai uma vista de olhos no “compromisso de cooperação para o sector social e solidário” – protocolo para o biénio 2017/2018 :
(http://cnis.pt/wp-content/uploads/2015/09/Protocolo-de-compromisso-2017-2018_3-maio-2017.pdf).
Anexo III – ponto IV, diz de uma forma grosseira que vai deixar de se aplicar o regime de mobilidade estatutária aos professores que se encontravam nos Lares de Infância e Juventude ou Centros de Acolhimento Temporário.
Vejam a data 3 de maio de 2017, assinado pela elite toda encabeçada pelo Sr. Ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues.
A piada disto tudo é que a 23 de maio do mesmo ano, ou seja 20 dias depois da celebração deste protocolo, a DGRHE pede às entidades proponentes o seguinte:
“De: DGAE.MEC@dgae.mec.pt
Data: 23 de maio de 2017 às 15:40
Assunto: Mobilidade Estatutária
Para:
Exmos. Senhores,
Tendo a V. entidade beneficiado da colocação de docentes em regime de mobilidade estatutária no ano letivo 2016-2017, para que seja possível uma avaliação de uma eventual renovação da situação de mobilidade, o Ministério da Educação solicita o envio de resposta às seguintes questões:
1. Qual a atividade desenvolvida por cada um dos docentes afetos à V. entidade durante o ano letivo 2016-2017 (máx. 2 páginas com descrição do horário semanal típico e afetação do horário às diferentes funções desempenhadas)?
2. Quais os resultados obtidos pela ação específica de cada um dos docentes afetos à atividade?
3. Em que medida as funções desempenhadas requerem a afetação de um docente, tendo em conta o conteúdo funcional da profissão docente, conforme previsto no art.º 35.º do Estatuto da Carreira Docente?
4. O que justifica que os encargos com a contratação do docente não possam ser suportados pelo orçamento da entidade requerente?
Pretende-se com este inquérito a obtenção de dados para que se possa fazer uma apreciação de cada um dos requerimentos.
As respostas devem ser enviadas no prazo de 10 dias úteis para mobilidadeestatutaria2017@dgae.mec.pt .
Com os melhores cumprimentos,
A Diretora-Geral da Administração Escolar
Maria Luísa Oliveira”
Ou seja… o regime de mobilidade estatutária deixa de se poder aplicar nestas condições e parece que a Srª. Diretora-Geral da Administração Escolar não sabia, 20 dias depois da celebração do protocolo.
Realmente,a “gingajoga” no seu melhor!!!!
http://cnis.pt/wp-content/uploads/2015/09/Protocolo-de-compromisso-2017-2018_3-maio-2017.pdf
…bota para lá e… depois vê-se!
[…] Ainda ninguém por parte do ME ou a representa-lo oficialmente clarificou, por escrito, seja o que for sobre o “novo” Plano Casa. A única explicação oficial já a publiquei aqui: O Plano Casa mudou… […]