O Grande Problema dos Concursos

… prende-se com a existência de dois concursos em simultâneo para satisfazer necessidades idênticas.

E enquanto não for eliminada a contratação pelas escolas, como existe atualmente, este problema vai aumentar a cada ano que passar.

Ainda não chegou estes 5 anos de experiência para se perceber que a contratação direta pelas escolas não melhorou qualquer nível de desempenho dos alunos e que aumentou o nível de insatisfação quer nos docentes quer nas direções?

Que vantagens trouxe este modelo de contratação?

Qual a eficácia de um modelo de contratação que desde que surge a necessidade do lugar até a apresentação do docente pode demorar cerca de quinze dias?

Que justificação existe para um horário de 30 dias existir um processo deste género que ocupa quase metade do tempo da necessidade do horário?

E já agora que modelo de concursos gostavam que existisse, mantendo-se como aceitável em alguns casos a contratação pelas escolas de técnicos para áreas mais específicas.

 

Escolas com dificuldade em contratar professores

 

 

O director do agrupamento, Manuel Esperança, explica à Renascença que a dificuldade prende-se com o facto de o “número de professores que tinha sido convocado era o suficiente para dar resposta aos horários que tenho ainda por colocar”. Mas, relata o seu espanto quando na segunda-feira, na parte da tarde, foi publicada a lista da segunda reserva de recrutamento.

Aquilo foi uma debandada total das pessoas que tinha convocado”, acrescenta director do agrupamento de escolas de Benfica, onde o ano lectivo começou com 36 professores em falta.

Na segunda-feira foram colocados pelo Ministério da Educação 1.500 professores, mas nenhum deles vai para as escolas em território de intervenção prioritária. Quer isto dizer que vai ter de ser iniciado um novo processo de recrutamento, “mobilizando mais professores com graduações profissionais mais baixas”, explica Manuel Esperança.

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13 comentários

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    • prof qzp on 24 de Setembro de 2013 at 22:44
    • Responder

    Ora aí está uma grande verdade!acabem já com esta aberração das ofertas de escola!colocações pela lista e acabou!Facilitava tudinho!

    • maria on 24 de Setembro de 2013 at 22:52
    • Responder

    grande director.

    • Pestanaaberta on 24 de Setembro de 2013 at 23:24
    • Responder

    É isso mesmo Arlindo!!
    Mas estes senhores do ministério são duma burrice extrema…irra não paciência para isto!!! Não sei o que é que ainda não perceberam!!!

    • João Machado on 24 de Setembro de 2013 at 23:27
    • Responder

    O grande problema é as ilegalidades de algumas colocações. É só isso mais nada…
    Não chegaria as colocações pela plataforma? Pois… alguns nunca dariam aulas…

    • Karkov on 24 de Setembro de 2013 at 23:45
    • Responder

    E se eu disser que com esta treta já gastei quase 300 euros a ir a entrevistas?
    E até agora ainda nem houve seleção pelas escolas de nenhum candidato. Se continuar nesta vida, queimo a caducidade, o subsidio de férias e por aí fora.
    Há que acabar com esta fantochada. Se têm que meter um dos 5 primeiros, que coloquem pela RR…

    • JoanaJoana520 on 25 de Setembro de 2013 at 0:42
    • Responder

    A última vez que houve justiça nas colocações foi no ano de 2004/2005 em que houve cíclicas até ao final do ano letivo. Foi o primeiro ano que dei aulas após o estágio… Na 1ª semana de abril terminei um contrato e na segunda semana já estava a trabalhar noutra escola e ainda mais perto de casa! Claro que no ano a seguir, fiquei desempregada coincidentemente no mesmo mês e assim permaneci até ao ano letivo seguinte porque entraram nesse ano em vigor as contratações de escola e já nessa altura (ou melhor dizendo, sobretudo nessa altura, pq agora há mais cuidado nos critérios e há mais gente atenta…) havia muita coisa a correr mal. Gastei muito dinheiro a ligar para escolas e cheguei a ser insultada por uma diretora que passado meia hora me ligou de volta a pedir desculpa e a dizer que eu tinha razão e que a colega colocada tinha mentido na graduação… Se esta onda de indignação viesse já desse ano letivo, se calhar já tínhamos voltado ao sistema das cíclicas durante todo o ano… O problema é que quem estava colocado e com os seus contratos renovados estava pouco interessado em preocupar-se com estas injustiças… Este ano, como o desemprego na nossa classe está tão elevado, há mais gente a aperceber-se da situação. Revoltem-se! Chateiem os diretores das escolas com colocações injustas, queixem-se para o IGE, divulguem o mais possível! Unidos iremos mudar esta injustiça das contratações de escola, porque está mais que visto que desunidos não vamos a lado nenhum…

    • A C on 25 de Setembro de 2013 at 9:42
    • Responder

    Isto das ofertas não tem jeito nenhum, ficam colocados colegas que nas listas estão para trás e outros que nem nas listas encontro, escolas que não publicam nada dos resultados, critério duvidosos …. havia de ser pela lista e mais nada.

    • Maria on 25 de Setembro de 2013 at 11:52
    • Responder

    Arlindo, é isso mesmo, sem colocar ou tirar uma palavra que seja.
    E não há quem veja, quem admita, quem esteja sentada na cadeira da decisão mude isto?!

    • TPC on 25 de Setembro de 2013 at 14:31
    • Responder

    Para mim havia uma forma muito eficiente de agradar aos professores e facilitar a vida das escolas e ministério, reduzindo ainda o tempo que demora a colocar o professor.Só poderiam concorrer professores que estivessem na lista de ordenação. Todas as vagas existentes surgiriam no site com um botão à frente: “candidatar” (e ser mesmo só carregar e candidatar…). Seria possível ordenar por preferência as vagas (deslocando-as ou dando-lhes um número). As ofertas entrariam no site às 8, por exemplo e terminavam às 18. Ao fim do dia o sistema automaticamente colocaria as pessoas por número de graduação. E quem não aceitasse uma vaga ficava excluído o resto do ano. Seria uma espécie de mini-concursos informatizado. Porque se as ofertas de escola são uma aberração, a atual forma de concorrer às listas também é. Quando existiam mini-concursos podiamos gerir melhor a forma como concorriamos, começando por exemplo por concorrer só a anuais e ir alargando para temporárias e/ou incompletas se vissemos que não ficavamos colocados.

    • Nuno on 25 de Setembro de 2013 at 16:09
    • Responder

    A propósito desta trapalhada, alguém sabe se existe um limite para o nº de vezes que um professor pode rescindir um contrato (dentro do período legal)? Ou seja, há um limite para o nº de vezes que um professor pode ir aceitando diferentes OE, rescindindo com as anteriores?

    • Ana on 26 de Setembro de 2013 at 6:59
    • Responder

    Pois…5 anos..Como em todas as tentativas de melhoria na contratação…há sempre alguém acha que vai ser melhor para a sua situação em particular…nunca vi com bons olhos a contratação por oferta de escola…e continuo com a mesma opinião…A estabilidade que havia na colocação de uma lista ordenada única e nacional onde íamos sendo colocados segundo a nossa graduação continua para mim a ser a forma mais justa para todos os docentes. A valorização do profissionalismo de cada uma deve ser espelhada na avaliação de desempenho… Há 5 anos que concorro às ofertas de escola e tenho visto e sentido todo o tipo de injustiças..vendo colegas a serem colocados com pouca experiência profissional e a verem os seus contratos renovados enquanto outros ficam em casa.

    E atenção…acho que este ano na maioria das ofertas se está a respeitar a graduação…Infelizmente para mim…a sorte e o azar nos concursos passados faz com que esteja por mais uma vez atrasada neste comboio louco nos concursos…enquanto outros se vão mantendo à tona da água.

    O que eu mais desejo…O que eu mais desejo é trabalhar na profissão para a qual estudei e me dedico já lá vão 10 anos. Mas o que eu gostaria mesmo é que o modelo de concurso tivesse as mesmas regras para todos. Isto porque…vamos ser francos…Profissionalmente ninguém tem mais truques ou mais pedagogia do que outros no que se trata ao trabalho. Cada um faz o melhor que sabe, com as condições que lhe são dada pelos alunos e famílias que tem pela frente. Se há maus profissionais, quem avalia é que deveria de encaminhar os que estão em défice para um programa de melhoria das suas competências..e se não chegasse conduzir a outras alternativas ( Mas isso ninguém tem coragem de fazer. É mais fácil tentar com as margens que o sistema dá, aquele colega que «até é muito porreiro», ou aquela colega « novinha, sabes…com pouca experiência ..» mas que cabe nos desígnios de uns critérios que se conceberam para que encaixasse).

    Atentamente e muito boa sorte a todos os colegas.

    • Claudia Marina on 27 de Setembro de 2013 at 0:34
    • Responder

    O que é que se pode fazer para o MEC perceber que os alunos só perdem com esta dança de lugares de contratação de escola?! E o tempo! As pessoas desesperam com tanta espera…
    Estas contratações, além de levantarem muitas polémicas, são demoradas, trabalhosas… Não seria melhor o MEC colocar-nos nas necessidades consoante as nossas escolhas? Muito mais rápido o processo e menos trabalhoso. Há diretores que já nem poderão ver candidatos e listas à frente…
    Graduação! Pode não ser justa, mas não conheço nenhuma forma melhor…

    • Claudia Marina on 27 de Setembro de 2013 at 0:38
    • Responder

    Não deixam concorrer os contratados às TEIP, mas quem acaba por concorrer para lá somos sempre nós… Não temos as mesmas habilitações? Espero que esta palhaçada termine o mais brevemente possível… Espero que centralizem as colocações de CE

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