Texto enviado por Jorge Costa com pedido de publicação.
Acabo de receber um desmentido do Mário Nogueira dizendo que as suas palavras terão sido mal entendidas pela jornalista do DN.
Aceitando essas explicações, não deixei no entanto de questionar o dirigente máximo da Fenprof acerca da atuação da organização sindical ao longo dos últimos anos, nomeadamente dos últimos 13 anos:
” Caro colega Mário Nogueira
Folgo em saber que a notícia apresentava esta lacuna, pelo que lhe agradeço desde já o desmentido que proferiu e espero que ajam em conformidade com o que acaba de me dizer.
Gostaria no entanto de lhe formular outra questão que me parece pertinente para esclarecer todos os professores, alguns dos quais representa.
A Fenprof terá conhecimento da Diretiva 1999/70/CE seguramente desde 1999, ano em que foi publicada, porque acredito que uma organização sindical do calibre da FENPROF não poderia desconhecer tão importante legislação até ao momento atual. Tendo esse conhecimento, pergunto-lhe:
Porque é que a FENPROF não agiu há treze anos atrás da forma que parece que vai agir 13 anos depois da publicação desta Diretiva?
Caro Mário Nogueira, treze anos para concluírem que é necessário agir! Porquê esse “esquecimento” que custou 13 anos de precariedade a juntar em alguns casos a tantos outros pois em 1999 já haviam professores contratados no sistema há muito tempo? Treze anos de precariedade e de mau viver de milhares de colegas, infelizmente também de alguns que já cá não estão e que por isso nunca chegaram a ver reconhecida a sua dignidade profissional.
A FENPROF certamente não precisava de que viesse o Provedor de Justiça defender como defendeu recentemente os professores contratados para avançar com uma queixa ao Tribunal de justiça da UE.
Neste momento, a FENPROF deve explicar tudo isto, sem rodeios, para que os professores possam saber se podem confiar daqui para o futuro numa organização sindical que diz defender todos os professores.”