Existem algumas que não percebo o timing que lá é colocado e outras que nem conhecimento tive que tivesse sido já concluído.
A questão do timing prende-se com a realização da componente específica da prova de avaliação de conhecimentos. Para quem não se lembra os concursos de ingresso na carreira geralmente ocorriam entre Janeiro e Fevereiro de cada ano devido à necessidade de serem apuradas listas de colocações no mês de Junho. Estranho a possibilidade desta prova poder ser realizada até Abril.
A dúvida maior tem a ver com a questão sublinhada. Se quisesse levar à letra o texto até podia pensar que a partir de agora quem fazia a formação dos professores eram os sindicatos, mas não levarei. O que não sabia é que já estava concluído qualquer acordo para a formação dos professores e eu não dei por nada.
No âmbito da seleção inicial de professores, para integrar no sistema “os mais bem preparados e vocacionados,” prevê a realização de uma prova de acesso à carreira cuja componente comum deve ter lugar em dezembro deste ano.
A realização das componentes específicas da prova de avaliação de conhecimentos de acesso à profissão docente decorrerão entre fevereiro e abril de 2013, “a tempo dos próximos concursos de recrutamento de professores”, lê-se no documento.
…chegou-me este comentário do Luís Sottomaior Braga.
Amigo que me considera, e a quem por isso perdoo ter-me feito esse mal, remeteu-me noticias de uma libélula ribateja que se propõe enviar para as terras nevadas da Heidi e do Mylka, os alunos do Cerco e Vialonga. Alegadamente, no texto de tal voador que, de tão superior se arroga o direito de chamar parvo a um pequeno (1,65m) “zeco” básico como eu, invoca-se e propala-se a desonestidade intelectua…l (que o é mais por não ser mentira mas um torção) de que foram esses os agrupamentos de escolas que fizeram mais contratações este ano. Quem for às portas do sol em Santarém percebe agora porque topa pouca água no Tejo: correu toda para certos blogs da internet. A explicação é simples: primeiro, as escolas TEIP estavam impedidas de pedir professores de quadro no concurso nacional. Foram postas fora do concurso em nome de um dogma lurdista (e não só….) de que as escolas deveriam escolher os professores. Por isso, professores de quadro não podiam concorrer para lá….(por exemplo, na minha há 4 anos que não tenho nenhum professor de quadro do grupo 400 porque tinham de ser todos contratados). Segundo, e paradoxalmente, esse facto tinha também uma explicação financeira: os contratados podiam ser imputados ao programa comunitário que sustentava o TEIP e eram pagos, não pelo OE, mas pelas verbas comunitárias (como trabalhadores contratados fora do quadro). Assim, o Estado poupou com os TEIP e realmente não gastou a mais: POUPOU o Orçamento do Estado. E com os CEF, PIEF, EFA (e os CNO, não esquecer estes enjeitados) e outras coisas ainda foi imputar na chamada CPN (comparticipação publica nacional) parte dos salarios dos professores de quadro. No proximo ano a colocação só de professores de quadro por rearrumação (mesmo que isso gere contratações noutro lado que o OE pagará e se se conseguir) vai fazer com que os salários todos das escolas TEIP (mesmo que sejam menos os professores) venham todos do OE. Assim, para o ano as TEIP, cheias de DACL, vão custar mais dinheiro ao OE, que se poupou neste ano dessa fonte de financiamento. Este ano, mesmo o Cerco ou Vialonga, foram mais baratos às contas nacionais do que serão para o ano. E ao absorverem DACL vão gerar contratações noutro lado que o OE vai pagar sozinho. O calor fervoroso que vem da Leziria bem nos podia poupar ao achismo….PS: além disso o pressuposto está todo errado, ou será que um contratado do 1º indice custa mais que um professor de carreira de 3º ou 4º escalão…..?
Os Agrupamentos de Escolas do Cerco no Porto e da Vialonga em Vila Franca de Xira são os agrupamentos que mais horários pediram em contratação de escola ao longo do ano letivo 2011/2012.
Estes dois agrupamentos são escolas TEIP e pelo que conheço a nova escola do Cerco foi construída com salas para 20 alunos, pelo que será impossível de todo pensar alguma vez alargar neste contexto as turmas para 26/30 alunos. Aliás este é um dos problemas nos edifícios novos que nunca foram preparados para acolher 30 alunos numa sala de aulas.
As necessidades de contratações que apresento nestas duas escolas são a demonstração que grande parte das escolas nunca tiveram um quadro estabilizado e que ao longo dos anos sempre recorreram ao uso das chamadas necessidades “transitórias/residuais”.
Acredito que caso fosse dada possibilidade dos docentes contratados optarem por estas escolas para ingresso na carreira todos os lugares seriam ocupados de forma permanente sem o abuso pela sucessiva contratação.
Mais vale adiar os sonhos, dizem. “Vou para a universidade para daqui a três anos arranjar o emprego que vou ter agora?” Por isso, decidem trabalhar ou pensam em emigrar. Os exames nacionais começam nesta segunda-feira.
Existe já um grande conjunto de jovens que terminando o ensino secundário vão optar por tentar ingressar no mercado de trabalho procurando ganhar alguma experiência profissional ou ficar um ano a tentar a melhoria de notas de forma a evitar os custos com as propinas em cursos com reduzidas saídas profissionais.
Parecem-me opções sensatas quando o custo médio das famílias em 2010/2011 com a educação atingiu perto de 2000 euros.
A necessidade de muitos jovens por uma independência financeira poderá também levar a que alguns deles optem por abandonar o pais à procura de um emprego, apesar da imaturidade para o mercado de trabalho.