Trata-se de um instrumento de apoio que carece de eventuais sugestões que o melhorem e que antecipadamente agradecemos e de valores que ainda não podem ser previstos, como é o caso do EFI. De qualquer forma, não impede a sua utilização uma vez que os indicadores/ parâmetros são independentes.
Os estudantes vão passar a ter os dados da empregabilidade de cada curso, na altura de fazerem as escolhas para o ingresso na Universidade, revelou hoje o secretário de Estado do Ensino Superior, João Queiró.
Os documentos com a proposta das metas curriculares para o ensino básico não foram ontem, quinta-feira, disponibilizados aos responsáveis das associações de professores que compareceram na sessão de apresentação promovida pelo ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, e que decorreu durante todo o dia.
Os alunos do ensino básico serão obrigatoriamente avaliados, a partir do ano lectivo de 2013/2014, de acordo com as metas curriculares definidas pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC) para as disciplinas de Matemática, Português, Educação Visual, Educação Tecnológica e Tecnologias de Informação e Comunicação. Para o próximo ano lectivo, o documento, em discussão pública até 23 de Julho, será apenas “fortemente recomendado”.
O desaparecimento da Educação Tecnológica como disciplina obrigatória no 3º ciclo deverá atirar mais professores para o desemprego.
Os professores de Educação Tecnológica (ET) estão revoltados com a nova gestão curricular, em que a disciplina é penalizada e cujos docentes do grupo 530, em especial, sentem-se prejudicados pelo Ministério da Educação, mas também pelos sindicatos que aparentemente não deram a devida atenção à questão, num dia em que o ministro Nuno Crato afirmou que serão obrigatórias, a partir de 2013/14, as metas curriculares que lançou para discussão pública. Numa era em que a tecnologia tomou conta do mundo global – já não passamos sem internet, sem redes sociais, etc… –, os educadores têm dificuldade em entender como se quer alcançar um ensino mais inovador e virado para as novas tecnologias, em que as disciplinas são mais práticas e abrangentes, e se pretende, com a nova gestão curricular, prejudicar a Educação Tecnológica do 3º ciclo, onde as vagas serão escassas e não vão chegar para os professores do quadro quanto mais para os contratados, entre os quais com mais de 20 anos de serviço. Conclui-se, por isso, que estejam para aumentar o número de professores no desemprego. No passado dia 7 de junho, a Associação Nacional dos Professores de Educação Técnica e Tecnológica (ANAPET) criticou o desaparecimento da ET como disciplina obrigatória no 3º ciclo da nova estrutura curricular dos ensinos básico e secundário, aprovada pelo Ministério da Educação. ‘Cumpre-nos continuar a manter fidelidade ao princípio fundamental de que esta disciplina deve regressar, quanto antes, ao currículo, com os fundamentos que são conhecidos e que têm obtido eco na sociedade civil. Temos consciência dos múltiplos problemas que esta circunstância acarreta e vai colocar aos alunos, aos pais, aos professores e às escolas. Por isso, manteremos uma postura pró-activa na busca das melhores soluções’, lê-se no comunicado da associação de professores. ‘Colegas, estamos, coletivamente, convocados – professores dos quadros e contratados – para lutar pelo regresso da Educação Tecnológica ao currículo. Todavia, cada um por si, na respetiva escola, tem um importante papel a desempenhar. Não se dispensem de cumprir esse dever e exigir esse direito!’, apelou a Direcção da ANAPET. O ministro da Educação e Ciência afirmou, ontem, que serão obrigatórias, a partir de 2013/14, as metas curriculares que lançou para discussão pública e que visam um ensino ‘bem estruturado’, baseado num modelo anglo-saxónico. Em conferência de imprensa na Secretaria Geral do Ministério da Educação, Nuno Crato indicou que, para o próximo ano letivo, as metas para as disciplinas de Matemática, Português, Educação Visual, Educação Tecnológica e Tecnologias de Informação e Comunicação do ensino básico serão ‘fortemente recomendadas’,
Elaboradas ano a ano, as metas, que estarão em discussão pública até 23 de julho, destinam-se a ‘definir com clareza o que se quer que cada aluno aprenda’, São ‘objetivos cognitivos muito claros’, para professores e alunos, indicou, rejeitando que se ponha em causa a ‘liberdade de método’, dos docentes para ensinarem as matérias. Nuno Crato afirmou que as metas vão ‘clarificar aquilo que, nos programas, deve ser prioritário, os conhecimentos fundamentais a adquirir e as capacidades a desenvolver pelos alunos ao longo dos diversos anos de escolaridade’, ‘Não pretendemos atuar de uma forma dirigista em relação à pedagogia’, garantiu Nuno Crato, que defendeu a necessidade de um ‘ensino bem estruturado’, ‘Julgamos que este processo corresponde a uma ambição de muitos professores’, apontou o ministro.
Educação. Nuno Crato afirmou que serão obrigatórias, a partir de 2013/14, as metas curriculares que lançou para discussão
DR
O Ministério da Educação e Ciência apresentou hoje a representantes das sociedades científicas, associações profissionais de professores, Conselho de Escolas, autores de programas, consultores e editoras a proposta de Metas Curriculares do Ensino Básico para as disciplinas de Português, Matemática, Educação Visual, Educação Tecnológica e Tecnologias da Informação e Comunicação. Inicia-se hoje um período de consulta pública.
Apesar do adiantado da hora, quem anda desperto, quase ou nunca dorme. Chegados de Lisboa e ainda depois de alguns telefonemas, aqui estamos a dar a todos vós algum feedback da “Sessão de Apresentação da propostas de Metas Curriculares”. Claro que devem ter acompanhando as informações escritas no nosso bloco de notas, mas estas, apesar da hora tardia, sempre se conseguirão ler melhor.
O que temos a dizer?
Muito já foi dito nas notas. Curtas, claras e bem objetivas.
Antevia-se um cenário complexo que veio a concretizar-se…
Metas de EV e ET? Perceberam-se pouco, muito pouco (ou mesmo nada). É difícil assim contribuir…
Algumas questões óbvias e que tinham que ser colocadas, ficaram sem resposta ou quase sem ela…
Por exemplo, quando se diz “Conjuntamente com os atuais programas de cada disciplina, as metas constituem as referências fundamentais para o desenvolvimento do ensino. Clarifica-se o que nos programas se deve eleger como prioridade, definindo os conhecimentos a adquirir e as capacidades a desenvolver pelos alunos nos diferentes anos de escolaridade”, perguntámos nós onde estão os programas de EV e ET do 2º CEB. Não estão, é a resposta, serão feitos depois das metas… Temos então propostas de metas de EV e ET, para programas que não existem (apenas o de EVT existe, no 2º CEB) e com manuais de EVT no próximo ano.
Não vamos explicar ao pormenor como foi a sessão de apresentação. Também correríamos o risco de, contado, até ninguém acreditar. Não parecia ser verdade… A ver vamos os próximos dias mas foi evidente que para Português, Matemática e TIC houve apresentação de metas com clareza, rigor, contextualização e que se percebem com “clareza” (palavra essencial). Para EV e ET, sinceramente, pouco ou mesmo nada se percebeu. Um exercício que é demasiado complexo… E deu perfeitamente a entender muito trabalho ainda cru e a precisar de clareza e rigor…
Terminamos aqui, pois já se faz madrugada dentro, referindo que a prova do muito pouco trabalho feito é consubstanciada pelo telefonema do Público, pelo jantar, ainda em Lisboa, de alguém na redação, que queria ver no site do MEC as metas… Sim, mas as metas estão lá: as de Português, Matemática e TIC. EV e ET, NÃO…
Podem comprovar aqui: http://www.portugal.gov.pt/pt/os-ministerios/ministerio-da-educacao-e-ciencia/mantenha-se-atualizado/20120628-mec-metas-curriculares-ensbasico.aspx
E pelo que se constatou, vai ser difícil apresentar rapidamente as metas de EV e ET. Ou, se até publicarem rapidamente, de certeza que não se conseguirá o rigor e consistência das que se apresentam nas outras áreas…
Quem esteve lá, como nós (e muitos outros), percebeu que era impossível publicar algo assim… Pelo menos, para tão cedo…
Naturalmente que muitas questões se colocaram, quase nenhumas respostas foram dadas mas muitas contradições foram evidentes…
Saudações da APEVT
José Alberto Rodrigues
03:08 horas de 29 de junho de 2012
Fundo de resgate vai poupar as contas públicas dos estados quando comprar divida no mercado e quando recapitalizar os bancos directamente. Tudo o que Roma e Madrid pediam.
Agora imaginem se a final fosse entre Portugal e Grécia.