Já todos percebemos que as vagas a abrir para acesso ao 5.º Escalão representam cerca de 50% dos docentes que estão presos na lista de acesso e 1/3 para os docentes presos na lista do 6.º escalão.
Todos os anos estes docentes tem prejuízo do tempo de serviço, pois para a lista conta todo o tempo de serviço de permanência no escalão e começa novamente a contar o tempo de serviço a partir do dia 1 de janeiro para o 5.º ou 7.º escalão, caso o docente entre nas vagas de acesso.
Quem deveria subir em Fevereiro (é o meu exemplo) vê logo perdido 330 dias de serviço, mesmo que esse tempo exceda o necessário para estar dentro das vagas de acesso ao escalão seguinte. Também perde o tempo de serviço faseado de 339 dias entregues em 1 de junho de 2021 (é também o meu caso). Ou seja, só aqui são quase dois anos de serviço perdidos e nada garante que seja o suficiente para progredir ao 5.º escalão com efeitos de tempo de serviço ao dia 1 de janeiro de 2022, mas apenas com efeitos remuneratórios ao dia 1 de fevereiro de 2022 (aqui mais um mês perdido, mas de salário) .
Se vale a pena estar na carreira de professor?
Não, claro que não.
E daqui até mudar é só encontrar vontade para procurar um novo caminho profissional.
Este ano serão quase 6 mil docentes que vão ter de aguardar pelo menos mais um ano para progredirem.