Quero uma escola de qualidade – Alberto Veronesi

 

Quero uma escola de qualidade

Há uns que defendem a Escola Pública, outros a Escola Privada. Eu cá prefiro defender a Escola de Qualidade, independentemente de ser pública ou privada.

Para este governo, assim como para o anterior apoiado pelas esquerdas, pouco importou que se tenha fechado tantas escolas com contrato de associação com excelentes resultados, se isso significou ter mais alunos na Escola Pública!

Defendo uma escola de qualidade, qualidade essa que se tem vindo a perder ao longo dos últimos anos, como é visível e sentido por quem está no terreno.

Começou com a Ministra de má memória e continua com o Ministro “invisível”!

A primeira quis destruir a reputação dos professores, retirando-lhes autoridade, “jogando-os” uns contra os outros, dando infinitos direitos e nenhuns deveres aos alunos e terminando com a frase “perdi os professores e ganhei os pais”. Daí para cá foi sempre a crescer…a indisciplina, e a descer a dignidade da profissão docente!

Quanto ao atual, pouco ou nada há a dizer uma vez que as aparições são, geralmente, em estádios de futebol, tem três ou quatro frases de uma enorme demagogia que profere de quando em vez e sobre a educação, nada!

Já percebemos que os maiores defensores da Escola Pública, os partidos de esquerda, são aqueles que menos querem investir nela, são os que mais a degradam com legislação desajustada, com ideologias forçadas, com DL 54 utópicos…

Perante estes factos desejo para todos a liberdade escolha das escolas! Se é verdade que há escolas públicas bem equipadas, bem fornecidas com ótimas condições, também é verdade que as há completamente desajustadas à realidade atual, sem as mínimas condições e onde a tecnologia só se encontra no dicionário.

Já percebi que o investimento vai continuar a ser pequenino, já vimos que a exigência tende a baixar, todos passam, todos são incluídos, independentemente das condições ou de terem de ficar em casa por falta de meios e recursos, e que por isso quem puder foge para os privados!

Como não considero justo que só os que podem fujam, considero que qualquer contribuinte com filhos em idade escolar deveria poder escolher a escola para estes. Para isso, o dinheiro que o estado poupa, com a sua não permanência no ensino estatal, seria convertido num cheque ensino atribuído a estas famílias para investirem na educação do filho.

Já percebi que o que importa para este governo é seguir a cartilha ideológica, mesmo que seja a qualidade do ensino a sofrer as consequências.

O cheque ensino e os contratos de associação são as formas mais igualitárias de todos poderem escolher a escola e não estarem sujeitos à sorte!

Ao aplicarmos estas medidas, quer as escolas públicas, quer as escolas privadas passariam assim a ser frequentadas por quem quisesse e não apenas por quem pudesse. É isso a liberdade de escolha!

A desigualdade de oportunidades depende do facto da escola ser boa ou má e não de a escola ser pública ou privada. Boas e más tanto há públicas como privadas!

O que me parece ser relevante é que não sendo proibido, em Portugal, o ensino privado, este deve  ter financiamento público, sobretudo se concretizado através do contrato de associação ou, em alternativa, usando o cheque ensino, que são os modelos de financiamento mais equitativos que se conhecem, para que assim a liberdade de escolha seja uma realidade.

Caso contrário, teremos a educação a três velocidades: as privadas, as públicas com condições e as públicas sem condições. Nesse caso continuamos a ver os que podem a poderem e os que não podem a sujeitarem-se!

No final, o sistema de ensino será cada vez mais desigual e, em última instância, o país pagará caro estas opções ideológicas…

 

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16 comentários

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    • Alexandra Almeida on 16 de Dezembro de 2019 at 16:38
    • Responder

    A mensagem tem o seu de verdade mas não concordo com o cheque ensino. Estive 25 anos num Colégio de meninos ricos e saí de lá quando me puseram a dar aulas ao Secundário e me “obrigaram” a dar notas… para “facilitar” o exame do 12º… E depois o “numerus clausus” e os desgraçados do ensino público é que se lixavam?
    Não! Sou pela escola pública! É preciso defendê-la! Insurgirmo-nos contra os DL 54 e todas as lérias… mas NÃO, NUNCA, atribuir um cheque para ajudar os privados que não merecem.
    Estou farta de escrever para a AR e “pôr a nu” as ideologias do PS. Enquanto estiver no ativo não desistirei. Não é “está tudo perdido, liberdade de ensino, cheque ensino” e ponto final… Não! Não! e não!
    É obrigar o Estado a dar condições, pois os professores do público não são “bestas nenhumas”. Se nos dão condições, fazemos tão bem ou melhor o trabalho do que os do privado, atendendo à disparidade de alunos que temos. No privado são selecionados… o público recebe todos.
    Em defesa de uma política decente para a educação, SIM!

      • Vanda Maria de Bragança Serrão on 16 de Dezembro de 2019 at 17:59
      • Responder

      O Estado continua com a ideologia estado novista: trabalho para os mais necessitados; instrução para os mais capazes. Realmente a estrutura mental é sempre a última a mudar.

    • Filipa on 16 de Dezembro de 2019 at 17:35
    • Responder

    Algumas partes do texto concordo é uma vergonha esta nova inclusão que obriga a baixar a nível na escola pública no entanto o problema deste país são os politicos, os “pseudo ” inteletuais que nunca lecionaram a turmas complicadas e que querem impor um decreto de inclusão onde todos passam independentemente do esforço . O autor deste texto diz algumas verdades, no entanto percebe-se claramente que tem ligações ao ensino privado , quer fazer “lobby” pelos colégios privados, provavelmente por interesse próprio claro, pois nos colégios os donos enriquecem com dinheiros públicos os colégios privados devem funcionar sem financiamento público quem quer turmas escolhidas a dedo com notas inflacionadas deve pagar . A mensagem tem o seu de verdade mas não concordo com o cheque ensino . Sei de alunos que tiravam notas mediadas no ensino público matriculou-se no 10º ano num Colégio de meninos ricos e saí de lá com média de 19 os proprio professores destes colégios admitem que são pressionados para inflacionar notas , isto é corrupção compadrio e injustiça ao mais alto nível, O solução é aposta num ensino público de qualidade em que passa apenas quem quer aprender e se esforça, valorizando os professores e diminuindo o nº alunos por turma, está provado que se retirar as “maçã” pobres das turmas e dando autoridade cientifica e pedagogicas aos professores o ensino público é melhor que o privado.

    • Filipa on 16 de Dezembro de 2019 at 17:43
    • Responder

    Algumas partes do texto concordo é uma vergonha esta nova inclusão que obriga a baixar a nível na escola pública no entanto o problema deste país são os politicos, os “pseudo ” inteletuais que nunca lecionaram a turmas complicadas e que querem impor um decreto de inclusão onde todos passam independentemente do esforço . O autor deste texto diz algumas verdades, no entanto percebe-se claramente que tem ligações ao ensino privado , quer fazer “lobby” pelos colégios privados, provavelmente por interesse próprio claro, pois muitos donos nos colégios enriquecem com dinheiros públicos. Os colégios privados devem funcionar sem financiamento público, quem quer turmas escolhidas a dedo com notas inflacionadas deve pagar . A mensagem do autor tem o seu de verdade mas não concordo com o cheque ensino isso seria destruir o ensino público de qualidade e meio caminho para meia dúzia de “finórios” ligados a políticos enriquecerem com dinheiros públicos explorando professores com salário miseráveis . Conheço um alunos que tirava notas medianas no ensino público, matriculou-se no 10º ano num Colégio de meninos ricos e saiu de lá com média de 19 valores e com entrada em medicina, os próprio professores destes colégios admitem que são pressionados para inflacionar notas , isto é corrupção compadrio e injustiça ao mais alto nível. O cheque ensino serve apenas para encher os bolsos dos donos colégios e restante caciques locais e seus familiares e amigos. O solução é aposta num ensino público de qualidade em que passa apenas quem quer aprender e se esforça, valorizando os professores e diminuindo o nº alunos por turma, está provado que retirar-mos as “maçã” pobres das turmas e dando autoridade cientifica e pedagógicas aos professores o ensino público é melhor que o privado.

    • Francisco on 16 de Dezembro de 2019 at 18:14
    • Responder

    Pode ficar com a escola e a sua qualidade, que a mim já falta pouco para ir embora desta palhaçada. Pois, pois… o único senão é que já estou cada vez mais velhote…

      • silva on 16 de Dezembro de 2019 at 19:46
      • Responder

      Colega temos o dever como professores com décadas de ensino público defender o ensino público de qualidade. Os “pseudo” inteletuais , políticos e outros treinadores de bancada (a educação por vezes parece o futebol qual um é especialista) pretende destruir o ensino público com diplomas de inclusão com turmas enormes e sem condições, deixar passar todos mesmo o aluno que nada faz e que agride colegas e professores é um erro que vai sair caro. Não podemos permitir que a escola se torne nos local para entreter meninos mal educados, devemos lutar sempre por educação de qualidade.

    • Maria Silva on 16 de Dezembro de 2019 at 19:14
    • Responder

    A inclusão nas várias vertentes; alunos com necessidades educativas especiais, outros com problemas do foro psicológico, ou com comportamentos desviantes, só são aceites na escola pública.
    Tal como nos Estados Unidos , a escola pública só vai ser para os ” coitadinhos”…
    Para lá caminhamos ….
    Com grande desinvestimento na educação , a municipalização é só para descartar responsabilidades….
    Os chineses vão fazer como na saúde, vão formar colégios….
    CHEGA, a ser vergonhoso!….

      • Silva on 16 de Dezembro de 2019 at 19:47
      • Responder

      Colega temos o dever como professores com décadas de ensino público defender o ensino público de qualidade. Os “pseudo” inteletuais , políticos e outros treinadores de bancada (a educação por vezes parece o futebol qualquer um é especialista) pretende destruir o ensino público com diplomas de inclusão com turmas enormes e sem condições, deixar passar todos, mesmo o aluno que nada faz e que agride colegas e professores é um erro que vai sair caro. Não podemos permitir que a escola se torne nos local para entreter meninos mal educados, devemos lutar sempre por educação de qualidade.

    • Silva on 16 de Dezembro de 2019 at 20:05
    • Responder

    Colega temos o dever como professores com décadas de ensino público defender o ensino público de qualidade. Os “pseudo” inteletuais , políticos e outros treinadores de bancada (a educação por vezes parece o futebol qualquer um é especialista) pretende destruir o ensino público com diplomas de inclusão com turmas enormes e sem condições, deixar passar todos, mesmo o aluno que nada faz e que agride colegas e professores é um erro que vai sair caro. Não podemos permitir que a escola se torne num local para entreter meninos mal educados, devemos lutar sempre por educação de qualidade.

    • Paulo Anjo Santos on 16 de Dezembro de 2019 at 20:16
    • Responder

    Tal como a autonomia das escolas na contratação de professores, o cheque ensino é mais uma coisa que funciona bem em teoria, na prática, em Portugal, serviria para uns poucos (sogros, primos, amigos, cunhados ou amantes das elites) enchessem os bolsos e depois arranjarem forma de explorar empregados (professores e outros) e cozinhar uns resultados interessantes que confirmassem a validade da opção… infelizmente não somos a Finlândia ou a Suécia!!

    • Sílvia on 16 de Dezembro de 2019 at 20:17
    • Responder

    O que tu queres é alunos de “qualidade”na escola pública para teres menos trabalho e vires para aqui laurear a pevide, despejando ideologia de Direita. Se trabalhasses numa “escola de qualidade” privada, não terias tanta léria.

    • Profy on 16 de Dezembro de 2019 at 21:19
    • Responder

    Eu iria mais longe: os alunos de escolas privadas deveriam realizar exames nas escolas públicas quando querem ingressar em universidades públicas.

    • Alexandra Almeida on 16 de Dezembro de 2019 at 22:48
    • Responder

    Lol! Profy: apoiado!

    • Costa on 16 de Dezembro de 2019 at 23:18
    • Responder

    Profy concordo . Um colega que já trabalhou em colégios contou que soube de situações nos colégios privados , onde o professor vigilante do exame sob ordens da direção do colégio ajudava os alunos a resolver o exame desta forma para à frente dos alunos do público e depois ainda se gabam doa ranking. Na realidade vários estudos confirmam, por exemplo em medicina os alunos do público entram com pior nota, mas depois em média são melhores profissionais pois resistem melhor às diversas situações.
    Concordo com a frase do colega ” o cheque ensino é mais uma coisa que funciona bem em teoria, na prática, em Portugal, serviria para uns poucos (sogros, primos, amigos, cunhados ou amantes das elites) enchessem os bolsos e depois arranjarem forma de explorar empregados (professores e outros) e cozinhar uns resultados interessantes que confirmassem a validade da opção” em Portugal as elites sempre usaram o dinheiro público neste caso dinheiro público para colégios para enriquecer e para explorar o “zé pagode” (professores neste caso)

    • P.da Silva on 17 de Dezembro de 2019 at 14:57
    • Responder

    O cheque-ensino só conduzirá à elitização da Escola e da Educação e, por consequência,
    a maiores desiguladades sociais que, em Portugal, são já alarmantes. A Escola Pública sempre serviu de elevador social, onde todas as classes sociais aprendem, convivem e socializam , diluindo-se muitas das suas diferenças.
    Aos defensores do cheque-ensino, pergunto: e aqueles que, mesmo querendo, não teem mais que uma escola para optar? Os pais não iriam a correr todos para as chamadas “melhores escolas”? Estas teriam lugares para todos ou, como acontece agora no privado, selecionam os melhores? Queremos separar os melhores dos piores? Que sociedade inclusiva estaremos a criar?
    O cheque- ensino é uma treta defendida por quem, na maioria, já tem os filhos nos colégios e desejam ser subsidiados por dinheiros público. Já agora, porque é que sa escolas privadas se chamam colégios e não apenas escola seguida do nome de um patrono? Não é já para marcar uma diferença? Quem optar pelas Escolas privadas, tendo Escola Pública na sua area de residência, deve pagar por isso. Nada mais justo! O Estado deve promover não a criação de elites mas uma sociedade equitativa e justa. Investir na Escola Pública é investir numa verdadeira Democracia mais aberta para Todos.

    • 550 on 18 de Dezembro de 2019 at 17:45
    • Responder

    O que esperar de alguém que assina como Alberto Veronesi? Deves ser barão ou enteado do Benito.

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