Já não basta as grelhas e os grelhados… agora nem as plataformas estão acessíveis…
Dez 19 2019
Já não basta as grelhas e os grelhados… agora nem as plataformas estão acessíveis…
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Dez 19 2019
Parabéns.
Carlos Portela, 53 anos, docente de Física e Química na Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho, na Figueira da Foz, foi eleito, esta quinta-feira à tarde, o Professor do Ano 2019.
A escolha, anunciada pela EDULOG, da Fundação Belmiro de Azevedo, em conjunto com a Casa das Ciências distingue anualmente um professor a quem reconhece o mérito como docente do ensino básico ou secundário e da sua disponibilidade de partilhar a sua experiência com os colegas.
“Fiquei surpreendido com a distinção mas penso que, com toda a justiça, o prémio é extensível aos meus colegas e à escola onde trabalho há 27 anos e que proporciona todas condições, físicas e psicológicas, para que os professores possam trabalhar com gosto e sucesso”, disse ao JN. Carlos Portela leciona, elabora manuais escolares, faz formação de professores e participa em diversas publicações da área das ciências.
“O que eu gosto de fazer é dar aulas”, referiu. Atualmente, leciona apenas a turmas do 10º e, pelo menos, uma vez por semana as aulas são experimentais. “Os alunos têm sempre muitas perguntas e nós, os professores, temos de ter tempo para lhes poder responder”, afirmou o docente que faz questão de relacionar a Física e Química com as artes, a tecnologia “e o mundo em geral”. O resultado das experiências e das discussões técnicas são depois partilhadas com toda a comunidade docente.
Fonte JN
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Dez 19 2019
É evidente que a escola tem um papel essencial na resolução dos problemas dos seus alunos, especialmente os disciplinares, mas conseguirá resolver sozinha os mais profundos?
O problema da indisciplina nas escolas não é novo, encaramo-lo como uma fatalidade que apenas diz respeito às escolas. Observamos do alto na nossa preocupação moral e centramo-nos naquele espaço escolar, confinado por muros e portões, servindo-nos destes limites para reduzir a nossa preocupação e responsabilidade.
Mesmo com a perceção de que a indisciplina se tem acentuado recentemente, convencemo-nos que é um problema localizado e circunscrito a um conjunto de pessoas e a um conjunto de edifícios. De forma mais ou menos consciente, a comunidade acredita que aquela escola é a única responsável pelos casos de indisciplina que ali acontecem. Acredita-se que, enquanto especialistas da educação, devem ter a capacidade de aplicar uma fórmula científica e assim controlar todas as atitudes e personalidades dos seus alunos.
É evidente que a escola tem um papel essencial na resolução dos problemas dos seus alunos, especialmente os disciplinares, mas conseguirá resolver sozinha os mais profundos? Quando conhecemos os fatores externos à escola entendemos que a origem dos comportamentos dos alunos vem, na maioria das vezes, do mundo além portões.
Verifica-se que as famílias que vivem momentos traumáticos, muitos originados por constrangimentos financeiros, existência de violência ou de dependências, são em regra geradoras de crianças com problemas comportamentais. Questionamo-nos então, que instrumentos possuem as escolas para trabalhar os fatores externos a fim de enfrentarem o termo da indisciplina com ações preventivas e colaborativas? Talvez muito poucos.
O principal elo de ligação escola-família é o diretor de turma de quem se espera, além de muitos procedimentos administrativos, o bom senso e sensibilidade necessários para gerir todas as questões gerais da turma e de cada aluno. Quando os problemas comportamentais e/ou familiares de um aluno ultrapassam certos limites, o diretor de turma não tem, na escola, instrumentos para intervir, restando-lhe comunicar à direção do agrupamento que por sua vez terá apenas em vantagem uma maior autoridade para intervir ou em acordos com o aluno e família ou punitivamente.
A existência nas escolas de gabinetes de apoio com diferentes especialistas, como psicólogos clínicos, assistentes sociais, animadores/agentes culturais e outros, é ainda uma exceção alcançada pontualmente com parcerias dependentes da boa vontade e proatividade de alguns responsáveis locais ou regionais.
O Senhor Secretário de Estado João Costa reconheceu, esta terça-feira, em audição efetuada na Comissão Parlamentar de Educação, Ciência, Juventude e Desporto, que as lacunas em competências sociais e emocionais constituem as principais barreiras ao sucesso e que tradicionalmente não são campos trabalhados nas escolas.
Espera-se que este reconhecimento seja um bom pronúncio. Talvez um dia seja implementado um plano integrado para todo o país que preveja a existência regular e institucional de parcerias entre ministérios, como o da saúde, segurança social e justiça, e ainda a permanência na escola de outros especialistas em competências comportamentais e sociais, não se podendo esperar que todos os professores sejam peritos em gestão de conflitos, psiquiatria, ação social e outras áreas que poderão prevenir a indisciplina e violência nas escolas.
As consequências da indisciplina nas escolas não estão integralmente aferidas, parece haver um preconceito com o tema, mas é certo que os danos provocados nos processos de ensino e de aprendizagem na sala de aula e nas vítimas de violência nos espaços escolares são nocivos para todos nós, sociedade. Façamos todos um mea culpa e atuemos até onde podemos para melhorar a qualidade de vida na permanência dos alunos, docentes e não docentes nas escolas.
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Dez 19 2019
Na Checklist de Natal de qualquer professor, consta:
-Veres contabilizado o tempo de serviço que trabalhaste, garantirem-te uma aposentação enquanto ainda não estás totalmente senil e, finalmente, veres devidamente reconhecida a importância da profissão que desempenhas;
-Poderes deixar a pasta da escola no carro ou arrumada num armário fechado a cadeado e teres o sentimento sublime de deitares a chave fora (embora tenhas a noção de que daqui a pouco tempo tenhas de arrombar o cadeado, pois lembraste-te que há coisas a preparar antes de recomeçarem as aulas, o prazer de fazeres a chave voar para nenhures já ninguém te tira!);
-Num ritual de purificação, livrares-te de todos os Post-it e anotações e limpares a agenda;
– Levando em consideração que ingerir alimentos enquanto trabalhavas, abordavas e tratavas de assuntos da escola e de alunos não é considerado repasto, comeres pelo menos uma refeição por dia descansado, irá ser um feito;
-Ficares acordado até depois da meia-noite… sem ser a trabalhar;
-Sentires o apogeu da felicidade humana por teres a possibilidade de ires à casa de banho sempre que te apetecer;
-Acordares de forma natural depois do sol se levantar, pois desligaste o despertador;
-Não reconhecendo em ti mesmo nenhum indício de senilidade, sentires uma inefávelfelicidade por estares desorientado e não saberes em que dia da semana estás;
-Não receberes mais emails da escola durante estes dias;
-Longe de ser impossível, verás que vestires o teu pijama pelo menos três dias seguidos será digno de registo;
-Veres as séries da Netflix sem adormeceres nem teres de andar sempre a repetir o mesmo episódio;
-Voltares a poder ter as tuas prioridades por ordem, como um ser humano normal: dormir, escutar o silêncio, respirar, comer (por esta ordem) e voltares a dormir e sonhares com o maravilhoso momento em que deitaste fora a tal chave e ignoraste o despertador;
Depois de teres saboreado uns fragmentos de liberdade, é possível que neste momento já tenhas a sensação de que voltaste a viver novamente.
-Mas é lá possível esquecer o maior de todos os desejos?
No teu lar, depois de verificarem que cumpriste a maior parte desta lista, irão poder comemorar o facto de finalmente teres sido devolvido à tua família.
Feliz Natal
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