Quem não acredita que a carreira docente vai sofrer alterações?

O Arlindo já tinha avisado, até elaborou uma proposta em que esclareceu a sua visão do que podia acontecer. Esperem pela proposta da Alexandra Leitão para ver se é melhor, mas esperem sentados…

Durante a reunião de hoje entre a ministra Alexandra Leitão e os sindicatos foi apresentadas as linhas gerais para um “programa plurianual”.

A discussão da proposta do governo para aumentos salariais na função pública fica adiada para quarta-feira, com o governo a dar prioridade à exposição de linhas gerais para um “programa plurianual” de medidas que passarão pelo acesso a pré-reformas, regime de avaliação de trabalhadores, investimento em serviços públicos, revisão das carreiras especiais, entre outras matérias do que expõe como um “quadro estratégico para a Administração Pública”.

“O que fizemos nesta primeira reunião foi entregar a proposta de articulado da Administração Pública, que tem um quadro estratégico que pretendemos desenvolver já a partir do primeiro trimestre de 2020, negociando com as estruturas sindicais um acordo plurianual que engloba uma apreciação mais estrutural da área da Administração Pública, com aspetos como um programa plurianual de saídas e entradas na Administração Pública, como a conciliação da vida pessoal, profissional e familiar, a saúde e segurança no trabalho e outros”, explicou Alexandra Leitão.

Em relação à discussão de possíveis aumentos para o ano de 2020 dos funcionários públicos, o governo chegou à conclusão que é coisa secundária e que pode, muito bem, esperar…

O adiamento da discussão de aumentos desapontou as estruturas sindicais, que dão prioridade à atualização de vencimentos e que não viram também ainda um calendário para a negociação das restantes matérias.

A expectativa dos sindicatos para a valorização de salários em 2020 parte nos 3%, pedidos pelo STE, e dos 3,5% reivindicados pela Fesap, indo até uma proposta de aumento em 90 euros, uma proposta da Frente Comum, para todos os trabalhadores.

 

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12 comentários

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    • José justo on 10 de Dezembro de 2019 at 0:13
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    Tu queres muito alterações na carreira docente, já se viu! E, aqui, és o maior propagandista dessa coisa, funcionando como uma espécie ponta de lança do (des) Governo). Mas, espera sentado também, porque, mesmo que venha alguma coisa, e virá, não virá tão cedo como te querias. E, sobretudo, não virá como a proposta do Arlindo (e tua). Mais, meu caro: nesta legislatura vai se muito difícil fazer alterações. Por razões óbvias: pelas dificuldades do governo em concretizá-las, pois não tem apoios para isso, e nota-se uma inflexão do estado de graça do PS, e porque, a carreira como está, é muito boa para o Governo e muito má para os professores. O Governo sabe disso… E sabe que tu e eu ,e outros como tu e eu, nunca chegaremos o topo da carreira nem coisa que se pareça. Por isso, mantêm-te sereno e aborda outras questões mais importantes como a recuperação do tempo de serviço, os horários de trabalho, a indisciplina nas escolas, a desvalorização da profissão, enfim, coisas que nos sufocam… Não te especializes tanto em “carreira docente”. Sabes que um especialista é, cada vez mais, um tipo que “sabe cada vez mais sobre cada vez menos…”!

      • Fartinho da Silva on 10 de Dezembro de 2019 at 12:55
      • Responder

      Parabéns José Justo análise clara! Mais… Não será, nenhuma revisão, como alguns sonham: alguns queriam uma espécie de volta ao ”penacho” dos titulares, bem sei, ou a criação de uma carreira, tipo de gestor, para os directores… É um sonho lindo, permitiria maiores remunerações a uma minoria… não houvesse ele um ligeiro problema: os professores estão velhos, são velhos, também na manha, e não vão aturar de bom modo o que uns quantos estão a pensar que seria bom para eles e para quem manda… Já o disse … vão por aí e verão como as coisas se pintam de negro!!! É que o pessoal está farto de aturar iluminados e de ser continuamente enganado…
      Porque é que alguns não vão buscar a MLR para fazer uma perninha neste governo? Dividir para reinar é a sua especialidade…
      Não levarão a coisa por barato se se meterem por certos caminhos… Acho ridículas certas ameaças de que” ainda suspirarão por certas propostas”, péssimas,do Arlindo e quejandos… Mais, tornam a coisa como uma inevitabilidade… Fiquem a saber, meus amigos, que em política não se vai até onde se quer mas até onde se pode… Se a reação for dura, como será, por parte dos professores terão de meter a violinha no saco, como já fez o animal feroz… Tudo o resto são tentativas de condicionamento que alguns fazem , para que os professores aceitem a forca como uma inevitabilidade… Esperai sentados!

    • João on 10 de Dezembro de 2019 at 0:34
    • Responder

    O comentário do Justo é parvo ou é o Justo que é parvo no seu comentário?

    • ilda on 10 de Dezembro de 2019 at 1:14
    • Responder

    O Justo pode ser parvo, mas é inteligente e toca no ponto certo.
    Mas pronto… o Marito gosta de negociar com a Leitão. Vamos vê se os sindicalistas não arrancam mais umas benesses para os próprios.

    • José justo on 10 de Dezembro de 2019 at 10:43
    • Responder

    Nem repondo, ao comentário do (tal) “João”, por motivos óbvios. E reafirmo tudo o que escrevi…. Quanto à proposta do Arlindo sobre a carreira, o Paulo Guinote, que é esclarecido intelectualmente, e já mostrou ser ISENTO, foi muito claro. Revisitem o que ele disse.
    Por fim, quero dizer que não é a primeira vez que o Rui Cardoso apresenta as coisas de forma, para mim, superficial e estranha (no mínimo). O meu comentário vai ao encontro disso. Estamos aqui para participar. Eu faço-o de forma clara e educada, mas frontal.

    • P.da Silva on 10 de Dezembro de 2019 at 12:33
    • Responder

    Comentário que já deixei no “Quantas horas trabalha um Professor?”
    “A revisão do ECD só pode ter um caminho: salário igual para trabalho igual (onde é que eu já ouvi isto?). Somos todos professores e, com mais ou menos turmas, fazemos todos a mesma coisa ou não? As diferenças salariais entre os escalões devem ser residuais e a compensação do tempo de serviço deve ser feita com redução da componente letiva. Os cargos intermédios, como coordenador, não deve ter compensação remuneratória mas sim redução da componente letiva. O que se passa atualmente é que temos professores no topo da carreira com 14 horas letivas e um vencimento quase em dobro de outro com 22 horas letivas, contratado, quantas vezes longe de casa, com as piores turmas (cef e profissionais) e 4 ou 5 níveis! Isto não é carreira não é nada! As diferenças salariais entre o início da carreira e o topo são discriminatórias para os professores mais novos e não se justificam. Até parecem 2 carreiras paralelas. O ECD deve ser revisto, distribuindo de forma mais equitativa os índices remuneratórios entre o 1º e o último escalão. Convém também não esquecer outra das grandes injustiças provocadoras de desigualdade , desconfiança e revolta – as quotas de acesso aos 5º e 7º escalão. Estas devem ser eliminadas e a primeira das nossas lutas.
    No entanto, com este Governo costista e um ministro da educação invisível parece-me ser difícil evitar a proletarização docente e a degradação irreversível da Escola Pública. Desejo estar enganado!”

    • Pardal on 10 de Dezembro de 2019 at 19:18
    • Responder


    A valorização da Carreira Docente implica revisitar o ECD. O Governo colocou no seu programa esse desígnio e irá cumprir.

    A generalidade dos docentes é favorável a uma revisão do estatuto. Apoiam também a valorização daqueles que, nas Escolas, possuem um trabalho acrescido desenvolvendo conteúdos funcionais inerentes ao seu papel de Chefias Intermédias.
    Nas escolas o trabalho desenvolvido pelos professores não é exactamente o mesmo e, por isso, deve ser diferenciado em termos de Carreira e, logo, remuneratórios.

    Quem está contra a revisão da Carreira Docente é uma minoria, a qual não deve ser levada a sério.

    Combater os elevados níveis de absentismo, valorizar o trabalho e o esforço, premiar o mérito, rejuvenescer a classe, valorizar os docentes é uma tarefa a desenvolver na presente legislatura.

      • A verdade escondida on 10 de Dezembro de 2019 at 22:14
      • Responder

      Não passa de uma provocação… É exactamente o contrário do que você diz e você sabe-o… Não passa de um provocador!

    • 550 on 10 de Dezembro de 2019 at 20:25
    • Responder

    «Chefias Intermédias» como uma fascizóide populista duma escola da margem Sul do Mondego, que «valoriza o trabalho e o esforço e premeia o mérito» fechando os olhos aos erros científicos das amigas do círculo íntimo (ignorantes na área que leccionam) e assinando por baixo todas as asneiras que estas fazem desde que lhe lambam as botas.

    Arrebanha 99% dos professores, funcionários, EE e alunos. Nem a diretora tem mão naquela fanática do poder, que recorre aos estratagemas mais rasteiros para enlamear o nome de certos “colegas” “impuros” que não têm medo de dizer o que pensam e que não lhe lambem as botas.

    Entre os atos desta sacripanta mafiosa encontram-se:
    – alteração de avaliações feitas pelos “impuros”
    – difamação dos “impuros” em reuniões e posterior expurgação das atas (para não ir a tribunal) em reuniões expressamente marcadas para esse efeito
    – convocação de reuniões ilegais para sobrepôr decisões de reuniões do CT
    – difamação dos “impuros” de “mansinho” (para não ir a tribunal) em cada oportunidade que encontra, junto de profs funcionários EE e alunos
    – quando ninguém está a ouvir refere-se aos “impuros” como “fdp”, “atrasados”, “cagalhotos” e etc. (mas isto só com os fiéis mais próximos que não piam)
    – desautorização dos “impuros” em frente a alunos, invadindo as suas aulas e fazendo comentários difamatórios e jocosos frente a alunos
    – promoção e coordenação de ações de grupos de EE e alunos, com o objetivo de afastar os “impuros”
    – influência na distribuição de serviço de exames junto do rebanho denominado secretariado de exames (que procede a distribuir serviço aos “impuros” em 99% dos dias)
    – promoção de comportamentos criminosos dos alunos tais como gravação de aulas dos “impuros” (das quais só dá conhecimento aos fiéis mais próximos mas não à diretora da escola)

    • maria on 10 de Dezembro de 2019 at 22:18
    • Responder

    Há professores e “professores”. Como tal, tem de haver uma diferenciaçâo (remuneratória, e não só) entre professores e “professores”. Entenderam, ou é necessário explicar?

    • P.daSilva on 11 de Dezembro de 2019 at 10:03
    • Responder

    Caros colegas professores. Deixem-se de MER__as e não alinhem no pensamento monolítico do sr.Pardal que, já sabemos, tem diploma mas não é professor, de verdade. Se o fosse tinha vergonha de defender o que defende, em todos os sentidos, só para enaltecer o seu querido P(artido) “S(ínico).” É um pseudo-professor sem Alma.
    A revisão do ECD deve ser feita não para diferenciar professores mas sim para valorizá-los e dignificá-los. A TODOS, do início ao fim da carreira. Somos professores, iguais em direitos e deveres e, também, por não, em remuneração. Fazemos todos o mesmo e estamos todos, com mais ou menos perfil, preparados e aptos para competentemente exercer qualquer cargo, seja diretor de turma ou coordenador. Por isso, penso que a criação de chefias intermédias e respetiva valorização remuneratória só servirá para criar a discórdia e dividir os professores nas escolas tal como aconteceu com a criação da figura do “diretor(a)”. Este Governo não quer professores, no sentido nobre, mas sim chefes intermédios que mais não serão que lacaios burocráticos que, usando a pressão direta e instigando o medo, por exemplo, com a farsante Avalição de Desempenho, tentarão arrebanhar e amansar todos os professores para, no fundo, nos CALAR.
    Não precisamos de mais tiranetes nas Escolas, já nos bastam muitos e muitos diretores(as). Chega de Fascismo. Valorizemos, pois não tem acontecido, mais as aulas, o trabalho diário com os alunos e menos, muito menos, o show-off mediático, a burocracia, a estatística do sucesso/insucesso.
    Nas escolas precisamos de Professores com ALMA não de professores-burocratas tiranóides que, muitas vezes, agarrados a uma centelha minúscula de poder, infernizam outros e o trabalho sério da grande maioria.

    • P.daSilva on 11 de Dezembro de 2019 at 10:04
    • Responder

    Caros colegas professores. Deixem-se de MER__as e não alinhem no pensamento monolítico do sr.Pardal que, já sabemos, tem diploma mas não é professor, de verdade. Se o fosse tinha vergonha de defender o que defende, em todos os sentidos, só para enaltecer o seu querido P(artido) “S(ínico).” É um pseudo-professor sem Alma.
    A revisão do ECD deve ser feita não para diferenciar professores mas sim para valorizá-los e dignificá-los. A TODOS, do início ao fim da carreira. Somos professores, iguais em direitos e deveres e, também, porque não, em remuneração. Fazemos todos o mesmo e estamos todos, com mais ou menos perfil, preparados e aptos para competentemente exercer qualquer cargo, seja diretor de turma ou coordenador. Por isso, penso que a criação de chefias intermédias e respetiva valorização remuneratória só servirá para criar a discórdia e dividir os professores nas escolas tal como aconteceu com a criação da figura do “diretor(a)”. Este Governo não quer professores, no sentido nobre, mas sim chefes intermédios que mais não serão que lacaios burocráticos que, usando a pressão direta e instigando o medo, por exemplo, com a farsante Avalição de Desempenho, tentarão arrebanhar e amansar todos os professores para, no fundo, nos CALAR.
    Não precisamos de mais tiranetes nas Escolas, já nos bastam muitos e muitos diretores(as). Chega de Fascismo. Valorizemos, pois não tem acontecido, mais as aulas, o trabalho diário com os alunos e menos, muito menos, o show-off mediático, a burocracia, a estatística do sucesso/insucesso.
    Nas escolas precisamos de Professores com ALMA não de professores-burocratas tiranóides que, muitas vezes, agarrados a uma centelha minúscula de poder, infernizam outros e o trabalho sério da grande maioria.

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