Opinião – Alexandre Homem Cristo

No meu ponto de vista a eliminação dos exames do 4º ano mais não foi do que simbolicamente marcar uma ruptura com o passado.
E António Costa apercebendo-se do que vinha aí já programou reuniões semanais às terças-feiras com os partidos à sua esquerda para travar esta vontade de serem feitas alterações legislativas pontuais.
E será nessas reuniões que António Costa vai mostrar o que vale.
Assim como PCP, BE e PEV.

 

Afinal, quem manda na Educação?

 

 

Já não há exame do 4.º ano: o PS aprovou a precipitação e escolheu a cedência ao PCP e ao BE, satisfazendo reivindicações sindicais e tornando irrelevantes tanto o seu programa como o seu ministro.

 

Não houve debate. Não houve discussão pública. Não houve período de transição. Não houve demoras – nem se esperou que o novo ministro se ajeitasse na cadeira da 5 de Outubro. Por iniciativa do PCP e do BE, no primeiro dia do governo de António Costa, o parlamento aprovou a eliminação do exame do 4.º ano. E o mais curioso é que ninguém estranhou. Afinal, são eles, PCP e BE, quem define o rumo político quando se trata, como é o caso, de uma questão que não consta das “posições conjuntas” que o PS assinou? O que fez o PS da sua promessa eleitoral, agora inserida no Programa do XXI Governo (p. 105), de “reavaliar a realização de exames nos primeiros anos de escolaridade” – já reavaliou ou reavaliaram por si? E o que pensa o ministro sobre este tema?

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6 comentários

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    • Do Contra on 30 de Novembro de 2015 at 18:20
    • Responder

    Uiiii, a direita a estrebuchar… Love it!
    Têm de gramar este governo como nós gramámos como o outro. Debate?
    Essa é boa… como se o governo passado valorizasse isso.

      • Tuga on 30 de Novembro de 2015 at 21:01
      • Responder

      Concordo plenamente… agora que grunhe a direita.

    • :-) on 30 de Novembro de 2015 at 20:18
    • Responder

    Medidas a retalho!
    Pessoalmente não defendo os exames no 4º ano mas sou contra esta “eliminação”. repentina.
    A retirada dos exames não devia ser feita numa abordagem pontual mas sim numa perspetiva ampla do problema. Assim, continuamos a ter exames no 2º e 3º ciclo e secundário; certamente teríamos motivos para eliminar os do 2º e 3º ciclo.
    A lógica dos exames (se é que havia lógica) era avaliar o aluno no final de cada ciclo e/ou no final da escolaridade obrigatória. Agora apenas há um ciclo “não” avaliado. E se fossem retirados os exames do 2º ciclo? Ficariam os do 3º que, há poucos anos era o final da escolaridade obrigatória; mas agora a escolaridade é de 12 anos…
    Que disciplinas devem ser “examinadas”? Português e Matemática? As restantes não são importantes?
    As datas previstas do exame do 2ºCEB continuam em vigor. Devem ou não ser nestas datas?
    E o PET? Com todas as questões levantadas publicamente, protocolos celebrados, professores do MEC como classificadores…. mas o PET continua…
    Estas e outras questões deveriam ser discutidas para que as decisões fossem fundamentadas numa perspetiva de escolaridade sequencial. Fora disso são as medidas a retalho ou para mostrar serviço…

    • Atenta on 30 de Novembro de 2015 at 21:32
    • Responder

    Excelente medida, abolir os exames do 4º ano, aliás todos até ao 9º ano e aí fazer-se um exame a fim de verificar se os alunos têm potencial para seguir para o secundário ou se devem enveredar pelo ensino profissional mais virado para a prática e em meio de estágio/trabalho. E só depois no fim do 12º ano é que há de novo exames para entrar nos cursos superiores quem não consegue segue a via de formação profissional pós secundária os Cets e caso queira continuar num curso superior deve sujeitar-se aos exames como os outros colegas no 12º ano e não entrar logo e ter ainda equivalências como acontece actualmente e isso é injusto para os outros que se esforçaram para passar os exames para frequentar o um curso superior. Por outro lado, as crianças podem ser avaliadas de forma contínua, o professor para isso serve, e não precisam de passar pela agonia de se submeter a exames e muitas com receio de decepcionar os pais não descansam nem conseguem se concentrar tal não é o pânico obrigando a que muitas tenham de tomar ansiolíticos pois há cada vez mais crianças a tomar Ritalina e outros calmantes e nem têm 9 anos. As crianças de hoje não são as crianças de há 40 anos, actualmente as crianças além de estarem por vezes a viver em meios problemáticos (há 40 anos não havia tantos divórcios) outras estão submersas em matérias, actividades e isso não é bom para seu equilíbrio psicológico. As crianças precisam de ter tempo para relaxar e brincar.

      • Franciscana on 1 de Dezembro de 2015 at 10:53
      • Responder

      Francamente, acho que a Educação é demasiado importante para andarmos ao sabor dos ventos.
      Quer se implementem boas ou más medidas, o facto de estas serem alteradas a cada mudança de governo são um fator de desestabilização no ensino.
      Até considero que há gente aqui com muito mais tempo de ensino que eu e que serão muito mais sábias, mas parece-me que andam todos um pouco ébrios. Andam muitos preocupados com a estética e a decoração e poucos com a solidez das estruturas.
      Em vez de pensarem tanto nos exames, que até podem ser boas fontes de informação, não deviam estar a pensar nas Metas, essas sim, assoberbantes para as crianças? Porque não, ao invés de andar tudo a comparar rankings, ser feita a boa velha verificação das respostas às questões para descobrir que uma determinada questão teve uma quantidade gigante de respostas erradas e fazer aquele TRABALHO de análise para perceber, por exemplo, que aquele conteúdo poderá ter um grau de abstração que não se adequa àquele nível de ensino.
      Estas metas até são boas… para turmas que tenham apenas excelentes alunos e onde não seja necessário “rever matéria”.
      Eliminados os exames e mantendo as Metas toda a gente as vai cumprir? Ou já não é necessário porque não há exame e ninguém fica a saber?
      Devia haver legislação que impedisse que as “regras do ensino” fossem alteradas a cada governo. Antes, que estas alterações obrigassem sempre a um consenso mínimo com a oposição no sentido de não andarmos feitos tontos sempre a a “albardar o burro à vontade do dono”. Isto desgasta a todos os níveis tanto alunos quanto professores e globalmente, a EDUCAÇÃO… e ela é demasiado importante para andarmos ao sabor dos ventos!

    • Sofia on 1 de Dezembro de 2015 at 17:59
    • Responder

    Concordo com o fim dos exames do 4º ano pois eram um absurdo da maneira como estavam a ser implementados mas o mal vai além disso. As metas curriculares são um absurdo! Deviam ser revistas com urgência pois são muito extensas além de estarem inadaptadas ao nível etário/intelectual das crianças. Ainda por cima as provas eram em maio, muito cedo. Então, o que se verificava era o “treinar” intensivamente para os exames stressando crianças, pais e professores! O resultado é um elevado número de crianças medicadas (ritalinas e afins) para se concentrarem e, assim, se mina toda uma geração!

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