MEC aberto a discutir todos os cenários em reuniões decisivas com sindicatos
Secretário de Estado do Ensino reúne esta tarde com FNE e Fenprof numa última tentativa de travar greve de professores.
O secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar anunciou nesta sexta-feira que o Ministério da Educação vai para as reuniões desta tarde com os sindicatos de professores numa atitude “de total disponibilidade”, de modo a que os alunos possam realizar os exames nacionais com tranquilidade a partir da próxima segunda-feira.
João Casanova de Almeida adiou pormenores para depois das reuniões, que terão como temas os exames e de novo o regime de mobilidade especial. “Só temos possibilidade de manter consensos na Educação”, disse o secretário de Estado, que apelou aos sindicatos para terem isso em conta.
A pergunta que deixo é que cenários deviam acontecer para as organizações sindicais chegarem a acordo com o MEC?
As exigências maiores nos últimos tempos passam pela eliminação da requalificação dos professores (docentes do ensino superior e funcionários públicos dos Açores conseguiram), da manutenção da componente letiva determinada no ECD, bem como manter-se a redução da componente letiva ao abrigo do artigo 79º, não apenas para o próximo ano letivo mas para o futuro.
Seria suficiente que fossem dadas garantias nestes pontos para os sindicatos desconvocarem a greve para dia 17?
.
20 comentários
Passar directamente para o formulário dos comentários,
Deixo, aqui, outr questão que está a afetar milhares de docentes no que diz respeito ao concurso à mobilidade interna. Assim, entendo que nesta fase do concurso, os docentes deveriam ser colocados por graduação e não por prioridades.
Necessário:
1- Definir a distribuição de horas: 22+3+ ? . É que faltam 15… alguém acredita que serão todas componente individual? Mas o certo é que nisto não se fala, só se dão garantias sobre as horas letivas e esquece-se o total de horas na escola e sua utilização.
2- Requalificação sim (não podemos dizer que queremos ficar sem trabalho) mas após período de tempo que permitisse concorrer ao concurso seguinte!
Tal como isto está, com concursos a 4 anos, um professor que fique em mobilidade no ano 1 do concurso ficará eliminado do sistema. Um que fique em mobilidade no ano 3 do concurso pode concorrer para outra escola em concurso nacional e safa-se!
3- Por mim o 79 pode cair tal como está (parece um luxo quando não o é) e ser substituído por algo que fosse percebido por todos como necessário e útil:
– X horas de 5 em cinco anos (ou no ano a seguir à mudança de escalões), para todos os docentes, durante um ano escolar sendo essas horas aplicadas como trabalho administrativo na escola. Funcionaria quase como uma mini-sabática mas com utilidade para a escola. Permitia ainda ao professor recentrar o seu trabalho, evitando um burnout demasiado cedo
– X+Y horas após certa idade (em patamares crescentes) para trabalho administrativo na escola (um DT nem precisa ser professor da turma… embora isso cause espanto ao nosso sistema de coisas!)
4- Começar a preocuparem-se com a tabela única de vencimentos para a função pública. Ou avançamos e marcamos a agenda ou somos atropelados!
Colegas, desculpem a minha questão, mas qual é a proposta concreta do MEC relativamente ao artigo79º do ECD? Só para eu ficar esclarecida. Eu não beneficio desse artigo.
Obrigada!
Tu! Sim, tu… não vires a cara fazendo de conta que não sabes que é
contigo que estou a falar!
Pois, é mesmo contigo que estás a pensar ir trabalhar na tua escola
para vigiar exames aos
quais eu me recuso comparecer porque vou fazer greve! Já estás a
prestar-me atenção? Então
ouve! Se entrares no secretariado e assinares a folha de presenças
nunca mais deves abrir a
boca para te queixares que te dói a cabeça porque os trinta meninos
não se calam e tu não
consegues fazer render a aula de quarenta e cinco minutos! Não podes
voltar a dizer que
chegas a meio do ano e nem sequer sabes o nome de mais de metade dos
teus alunos, porque
eles são tantos! Tens que deixar de te lamuriar que passas os
fins-de-semana a preparar aulas, a
ler trabalhos, a preparar e corrigir testes, e que por essas razões
nunca te deitas antes das duas
da manhã! Aquela história de que mal vês os teus filhos e quase nunca
tens tempo para dar um
passeio com eles e com o teu cônjuge, que já te olha de lado, é isso
mesmo, história, porque
não terás mais forma de o dizer a ninguém! Nem sequer terás
credibilidade para dizer que te
preocupas muito com os teus alunos, aqueles que mal conheces e de quem
não sabes sequer o
nome! Vais ter que deixar de lado aquele semblante artisticamente
carregado quando dizes ter
muita pena daqueles coitados que eram contratados e que agora estão
desempregados, e
mesmo dos outros que encontras na caixa de uma superfície comercial, e
de quem até dizias
serem excelentes professores e bons profissionais, para além de muito
dedicados! Quanto ao
mês que sobra quando acaba o teu salário, esquece, poupaste 50 euros
ao assinar a folha de
presenças, lembras-te? Faz-lhes bom proveito! E aqueles desabafos
quando te vês na
obrigação de atender mais um encarregado de educação, mas tens que
registar as faltas,
escrever e imprimir algumas cartas para enviar a outros encarregados
de educação que nunca
se dignam ir à escola, a não ser para tirar satisfações contigo sobre
tudo e sobre nada do que se
passou com o seu educando mas nunca para te apoiar nas estratégias a
desenvolver para
melhorar o aproveitamento desse mesmo educando, preencher registos e
avisos de receção e
até colar os selos nos envelopes… esquece! Para além disso lembra-te
que um dia destes será a
tua vez, porque vais envelhecer e tornar-te um empecilho para a escola
que quer gente
dinâmica e será dirigida por uns senhores que só querem resultados,
custe o que custar, e por
isso, mesmo tendo tu as articulações emperradas te enviarão para a
mobilidade especial, o que
teria piada se não fosse um caso sério! Lembra-te também que para tu
teres turmas a mais com
alunos a mais há muitos outros professores que não têm turmas
nenhumas! E nunca te
esqueças que a escolha foi tua… foste tu que assinaste a famigerada
folha de presenças!
MUITO BEM!!!
Eu proponho um aumento da carga horária para 30 horas letivas à malta que não fizer greve. Eles gostam de se curvar, não é? Então há que dar à malta peso suficiente para isso.
Urgente!!! vejam acabada de chegar às escolas
Mais um reforço de tentativa de furo à greve.
1
Vejam mensagem nº 9/JNE – urgente
“manter-se a redução da componente letiva ao abrigo do artigo 79º, não apenas para o próximo ano letivo mas para o futuro.”
Alguém se lembra dos educadores e professores do 1º ciclo quanto à redução da componente letiva?
Ninguém. Nem governo, nem sindicatos.
Trabalhamos desde os 40 anos de idade sem redução letiva porque a aposentação era mais cedo.
Nunca ouvi debates para esta ilegalidade. Essas horas não contam, nem como tempo de serviço, nem tão pouco somos remunerados pelas horas que demos a mais em relação aos colegas dos outros ciclos e secundária. Um exemplo: 32 anos de serviço, 56 de idade e 24 crianças (3, 4, e 5 anos de idade).
Concordo com a luta dos colegas, mas sinto que nós não existimos.
À tua pergunta, Arlindo: “Seria suficiente que fossem dadas garantias nestes pontos para os sindicatos desconvocarem a greve para dia 17?”
A minha resposta é e será sempre NÃO… é pouco, é MUITO POUCO! É preciso ir muito mais longe que isso.
MPEM
Onde está o link?…não encontro ” mensagens” no JNE.
E para quando alguma preocupação da parte dos sindicatos diretamente para com os contratados?
Sei perfeitamente que todos levarão por tabela(principalmente os contratados que imediatamente/2 meses perderão o seu ganha pão)……mas quem acredita que se faria uma greve destas, aos exames, se a reivindicação principal fossem os direitos dos contratados.
Há muita hipocrisia……..
Aposto que do total dos docentes vinculados em Portugal…. apenas 10% perderia um dia do seu salário para um dia de greve para lutar por esta causa.
Mas atenção …os contratados sabem disto……e os governantes Portugueses também.
Eu vou fazer greve às vigilâncias dos exames nacionais no dia 17 de junho.
e o número de alunos por turma ????
e fazer alguma coisa pelos contratados ????
Concordo. Ter 30 alunos torna impossível qualquer tentativa de ensino, quanto mais o ensino individualizado. E esse número prepara-se para subir… Vamos empilhar os alunos dentro das salas?
Não poderia concordar mais com o(a) framolor e com o (a)PIE e vou tentar responder às suas questões.
Chegámos a este ponto porque o MEC pegou fogo à floresta para queimar as ervas daninhas (contratados), mas, por excesso de dose, começaram a arder alguns pinheiros. A verdade é que as medidas tomadas desde há mais de um ano – mega-agrupamentos, eliminação de disciplinas, aumento do número de alunos por turma, quase eliminação dos cursos profissionais e de EFAS, etc., etc., tinham como objetivo acabar com os contratados (e todos sabiam que assim era, mas nada fizeram) e acabaram por atingir o pessoal do quadro. Era previsivel, só não viu quem não quis ver.
A questão dos contratados não é porque nunca chegou a ser. Se estas greves tivessem sido feitos a seu devido tempo, nunca se teria chegado a esta situação.
Os contratados que agora alilharem nestas greves, ou é por terem consciência que deveriam ter atuado mais cedo, ou porque andam cá para ver andar os outros, ou porque estão à espera que, de uma possível vitória nestas ações, sobrem algumas migalhas.
Mas, de qualquer modo, desenganem-se se estão à espera que alguém os defenda. Quanto muito servirão, mais uma vez, como moeda de troca.
Eu concordo com as 40 horas semanais desde que se contabilizem os intervalos entre aulas e entre tempos de trabalho na escola como tempo de trabalho.
E o alargamento dos QZPs?
E OS CONTRATADOS?
Só quando as medidas tomadas afetam diretamente os professores dos quadros é que há atuação. Até aqui, nada.
É por isso que me não quero mais ser sindicalizada.
É por isso que não quero mais ser sindicalizada.
O Ministério da Educação deverá apresentar esta tarde aos sindicatos, com quem está a manter uma série de reuniões hoje, uma nova proposta de modelo de avaliação de professores.