6 de Junho de 2013 archive

Mobilidade por Doença

MOBILIDADE INTERNA DE PROFESSORES POR MOTIVO DE DOENÇA OU DE ASSISTÊNCIA A FAMILIARES

 

O Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova de Almeida, assinou um despacho com o objetivo de «permitir a mobilidade interna dos professores dos quadros da rede pública de Portugal e das Regiões Autónomas por motivo de doença sua ou de familiares», segundo comunicado de imprensa do Ministério da Educação.

Desta forma, dá-se «a possibilidade de – na gestão anual das necessidades docentes – serem prioritariamente mobilizados os professores que comprovadamente necessitem de deslocação do local de exercício para aquele onde os cuidados de saúde impreteríveis são prestados», explica o comunicado.

Esta mobilidade poderá ser requerida «pelos docentes portadores de doença incapacitante nos termos do Despacho conjunto nº A-179/89-XI, de 22 de setembro, ou que tenham a seu cargo cônjuge, pessoa com quem vivam em união de facto e descendente ou ascendente a cargo nas mesmas condições». Desta forma, «as doenças consideradas são as definidas na lei como incapacitantes», refere o despacho.

Do despacho constam os mecanismos de controlo e verificação das situações, aguardando este documento publicação em Diário da República.

A entidade responsável pelos procedimentos relativos à mobilidade por doença é a Direção Geral da Administração Escolar.

 

Despacho para publicação em Diário da República

 

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Ponto de Situação

… às 22h45, com a manutenção das Greves às avaliações onde a FNE foi mais longe que a Fenprof nas exigências junto do MEC, curioso.

A Fenprof insistiu que só haveria acordo se fosse consagrado que a mobilidade especial não se aplicaria de todo aos professores. A FNE foi mais longe e estendeu esta exigência a toda a administração pública.

E no entanto algumas garantias foram dadas à FNE que a Fenprof não teve conhecimento.

Antes do final das rondas negociais, o líder da Federação Nacional da Educação, João Dias da Silva, já tinha dado conta aos jornalistas da disponibilidade do MEC para criar “condições especiais” de aplicação deste regime aos docentes, nomeadamente a garantia de que pelo menos até 2015 nenhum deles entrará em mobilidade.

O líder da Fenprof, quando questionado pelos jornalistas, afirmara que nada disso lhes foi comunicado e que na versão final do projecto de mobilidade especial, entregue aos sindicatos à noite, o MEC se limitou a mudar um “em” e a acrescentar uma linha com a correcção de um “erro jurídico”.

Entretanto tenho conhecimento que a Pró-ordem vai requerer negociações suplementares.

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Só Falta Mesmo Dizer

… que são os professores que estão a prejudicar o futuro dos jovens com taxas de desemprego jovem que quase chegam aos 50%.

 

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=B6NG7f1E4SI]

E porque se fala em jovens coloco hoje a carta de um estudante Grego que tem circulado nos últimos dias na caixa de comentários daqui do blog e já foi publicada no blog aventar.

Aos meus professores… e aos outros:

O meu nome é K. M., sou aluno do último ano num liceu em Drapetsona, Pireu.

Decidi escrever este texto porque quero exprimir a minha fúria, a minha revolta pelo atrevimento e pela hipocrisia daqueles que nos governam e daqueles jornalistas e media mainstream que os ajudam a pôr em prática os seus planos ilegais e imorais em detrimento dos alunos, dos estudantes e de todos jovens.

A minha razão para escrever é a intenção dos meus professores de fazer greve durante o período dos exames de admissão à Universidade e os políticos e jornalistas que choram lágrimas de crocodilo sobre o meu futuro, o qual “estaria em causa” devido à greve.*

De que falam vocês? Que espécie de futuro tenho eu devido a vocês? E quem é que verdadeiramente pôs em causa o meu futuro?

Deitemos uma vista de olhos sobre quem, já há muito tempo, constrói o futuro e toda a nossa vida:

– Quem construiu o futuro do meu avô? Quem vestiu o seu futuro com as roupas velhas da administração das Nações Unidas para a ajuda de emergência e reconstrução e o obrigou a emigrar para a Alemanha?

– Quem governou mal e estripou este país?

– Quem obrigou a minha mãe a trabalhar do nascer ao pôr-de-sol por 530 euros por mês? Dinheiro que, uma vez paga a comida e as contas, nem chega para um par de sapatos, para já não falar num livro usado que eu queria comprar numa feira de rua.

– Quem reduziu a metade o ordenado do meu pai?

– Quem o caluniou, quem o ameaçou, quem o obrigou a regressar ao trabalho sob a ameaça da requisição civil, quem o ameaçou de despedimento, juntamente com todos os seus colegas dos serviços de transportes públicos quando eles, que apenas queriam viver com dignidade, entraram em greve?

– Quem procurou encerrar a universidade que o meu irmão frequenta para atingir alguns dos seus sonhos?

– Quem me deu fotocópias em vez de manuais escolares?

– Quem me deixa enregelar na minha sala de aula sem aquecimento?

– Quem carrega com a culpa de os alunos das escolas desmaiarem de fome?

– Quem lançou tanta gente no desemprego?

– Quem conduziu 4.000 pessoas ao suicídio?

– Quem manda de volta para casa os nossos avós sem cuidados médicos e sem medicamentos?

Foram os meus professores que fizeram tudo isto? Ou foram VOCÊS que fizeram tudo isto?

Vocês dizem que os meus professores vão destruir os meus sonhos fazendo greve.

Quem vos disse alguma vez que o meu sonho é ser mais um desempregado entre os 67% de jovens que estão no desemprego?

Quem vos disse que o meu sonho é trabalhar sem segurança social e sem horários regulares por 350 euros por mês, como determinam as vossas mais recentes alterações às leis laborais?

Quem vos disse que o meu sonho é emigrar por razões económicas?

Quem vos disse que o meu sonho é ser moço de recados?

Gostaria de dirigir algumas palavras aos meus professores e aos professores em toda a Grécia:

Professores, vocês NÃO devem recuar um único passo no vosso compromisso para connosco. Se recuarem agora na vossa luta, então sim, estarão verdadeiramente a pôr em causa o meu futuro. Estarão a hipotecá-lo.

Qualquer recuo vosso, qualquer vitória que o governo obtenha, roubará o meu sorriso, os meus sonhos, a minha esperança numa vida melhor e em combater por uma sociedade mais humana.

Aos meus pais, aos meus colegas e à sociedade em geral tenho a dizer o seguinte:

Quereis verdadeiramente que aqueles que nos ensinam vivam na miséria?

Quereis que sejamos moldados nas salas de aulas como mercadorias de produção maciça?

Quereis que eles fechem cada vez mais escolas e construam cada vez mais prisões?

Ides deixar os nossos professores sozinhos nesta luta? É para isso que nos educais, para que recusemos a nossa solidariedade?

Quereis que os nossos professores sejam para nós um exemplo de respeito por nós próprios, de dignidade e de militância cívica? Ou preferis que nos dêem um exemplo de escravidão consentida?

Finalmente, quereis que vivamos como escravos?

De amanhã em diante, todos os alunos e pais deviam ocupar-se de apoiar os professores com uma palavra de ordem: “Avançar e derrotar a tirania fascista!”

Lutemos juntos por uma educação de qualidade, pública e livre. Lutemos juntos para derrubar aqueles que roubam o nosso riso e o riso dos vossos filhos.

PS: Menciono as minhas notas do ano lectivo 2011/12, não por vaidade mas para cortar a palavra àqueles que avançarem com o argumento ridículo de que “só quero escapar às aulas”: Comportamento do aluno: “Muito Bom”. Classificação média: 20 (“Excelente”) [a nota mais alta nos liceus gregos].

Adenda: podem ler o original.

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Hoje é o Dia D

mas o verdadeiro aconteceu há 69 anos.

 

Na altura marcou o início do fim da 2ª Guerra Mundial, veremos se hoje também pode decidir o fim de alguma outra coisa.

Por muitas razões gosto do 6 de Junho.

 

 

 

 

 

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Pela Noite, Depois do Jantar

… Professores voltam à mesa das negociações

 

 

 

É bom que reforcem o jantar, caso contrário podem ter de chamar o “homem das Pizzas”. 😀

 

 

entregador-de-pizza

 

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