… enviada no seguimento de um email da Diretora do Agrupamento que vários candidatos receberam na noite de dia 24 e que consta deste post.
Exma Sra Diretora do Agrupamento de Escolas Cardoso Lopes, espero sinceramente que a IGEC e a DGAE faça uma visita ao Agrupamento de Escolas que a Sra. dirige, tal como já estão a surgir visitas a alguns Agrupamentos. Exatamente para averiguar situações anómalas, no processo de seleção de candidatos em concursos de ofertas de escolas.
Devo informar que tomei a liberdade de enviar esta reclamação aos demais interessados e instituições competentes.A resposta da sua Direção à minha reclamação, não podia ser mais explicita da má interpretação intencional ou não, da lei, e da manipulação de dados dos candidatos, com prejuízo dos docentes mais experientes e graduados.É aliás por demais estranho que centenas de Agrupamentos de Escola, tenham efetuado o procedimentos de seleção cumprindo os pontos 8 e 9 do artigo 39 da referida Lei dizendo:8 — Os candidatos são primeiro ordenados de acordo com o critério da alínea a), sendo a lista divulgada na página eletrónica do agrupamento de escolas ou escola não agrupada.9 — A aplicação do disposto na alínea b) é feita por tranches sucessivas de cinco candidatos, por ordem decrescente de graduação até à satisfação das necessidades.Não será estranho que centenas de Agrupamentos e Escolas, executem da mesma forma os procedimentos descritos na Lei, e que 4 ou 5 Agrupamentos sejam mais “iluminados” e interpretem de outra forma?A urgência de que fala, não pode atropelar a Lei, a Justiça, a Ética e a Moralidade da classe a que a Sra. e a sua Direção pertencem. Haja respeito Sra. Diretora.Para rebater as suas respostas e sobre o ponto I:Em nenhum artigo do DL 132/2012, de 27 de Junho, é referido que a colocação urgente de docentes pode atropelar a Lei, tal como o faz o Agrupamento de Escolas Cardoso Lopes nos procedimentos que adotou. Não cumpre o ponto 8 e 9 como já mencionei anteriormente.O ponto II é muito bem descrito mas novamente não cumpre os pontos já mencionados. É aliás o cerne de toda esta questão e a prova cabal do não cumprimento da Lei.Sobre o ponto III Sra. Diretora, é uma vergonha a resposta que é apresentada. Falar de igualdade de oportunidades e processo transparente, utilizando um subcritério de 35% para: Continuidade pedagógica e desenvolvimento de projetos efetivados no Agrupamento de escolas Cardoso Lopes, durante o ano letivo de 2011/12. É simplesmente vergonhoso.Diga-me Sra. Diretora quantos docentes da lista de centenas de candidatos, preenchiam este subcritério?Apenas um correto? O único candidato que lecionou nesse Agrupamento no ano letivo passado, o colega Hugo Mendonça com graduação 17.362 e número 1806 na lista de ordenação nacional. Que ficou em 1º lugar obtendo 85.43%, e bastante distanciado do 2º melhor candidato que apenas obteve 61.19%. Candidato esse que tem graduação 22.637 e é o nº 532 da lista de ordenação nacional.Ainda sobre o ponto III Sra. Diretora prove em como foram “solicitados esclarecimentos superiores às estruturas tutelares sobre como proceder a fim de contornar os problemas técnicos que inviabilizavam a correta escolha dos candidatos”, prove que obteve “a anuência do Sr. Diretor Regional da Educação de Lisboa e Vale do Tejo para os procedimentos em causa”.É muito estranho que apenas o Agrupamento Cardoso Lopes e mais 4 ou 5 Agrupamentos, tenham-se debatido com “problemas técnicos que inviabilizavam a correta escolha dos candidatos”.Sérgio Silva25/09/2012
22 comentários
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Caro colega Sérgio Silva espero que esta senhora tenha a coragem de assumir os erros para com os seus colegas, pois parece-me que alguns diretores se esquecem que em primeiro lugar também são professores e que o cargo é apenas um papel secundário!! Mas o poder parece que lhes aniquila a pouca sabedoria que poderiam ter. Desejo-lhe boa sorte, e espero que todo o enredo à volta das OEs seja alterado, pois é simplesmente vergonhoso.
Caro Colega Sérgio Silva,
Faço parte da CAP de um mega agrupamento ( e já fazia parte da Direção de uma das Escolas agrupadas) e admiro a forma como respeitosamente respondeu à Diretora do Agrupamento Cardoso Lopes, sem, no entanto, deixar de dizer as verdades que esta Sra. Diretora e alguns outros precisam de ouvir. Se a existência da entrevista ou da avaliação curricular com o peso de 50% já dá, na minha opinião, uma margem de manobra quase inadmissível aos Agrupamentos (para além do trabalho que dá a quem tem a responsabilidade de analisar uma das coisas), o que muitas vezes pode fazer com que nem sempre o colega mais graduado fique com o lugar, image-se quando nem o legislado é cumprido. Assim não vamos a lado nenhum. Espero sinceramente que as suas reclamações não caiam em saco roto e desejo muitas felicidades.
Colegas se todos reclamarmos as coisas vão mudar. Face a estas injustiças não se calem. Reclamem para a escola, DGAE, direcção regional e se for o caso a própria inspecção. Basta mandar um email para estas entidades. Eu estou sempre muito atento e declarei guerra a esta pouca vergonha. A pressão há-de ser tanta que eles vão abrir os olhos. Eu já reclamei sobre esta escola e enviei para as entidades competentes. Fiz a minha parte e estou de consciência tranquila. Não se calem e reclamem!
Muito bem colega!! Temos de continuar a lutar contra as vergonhas existentes nas Ofertas de Escola!
Nota: Excelente.
Caro colega Sérgio Silva,
muito bem respondido!!! Espero, sinceramente, que esta escola receba em breve uma visitinha da inspeção e acate com as consequências dos seus atos. Só assim estes diretores, que não têm o mínimo de respeito por nós, seus colegas, começam a perceber que agora a situação é bem diferente. Começam a aperceber-se que estamos atentos e agimos. Começam a aperceber-se que a justiça começa a fazer-se sentir e a era do compadrio a terminar. Também tenho reclamado de irregularidades que encontro em CE do meu grupo. A ver vamos no que vão dar… NÃO PODEMOS PERMITIR QUE NOS TRATEM COMO “PALERMAS”… Vamos acabar com esta pouca vergonha!
Penso que devemos ir mais longe. Estes diretores estão simplesmente a abusar do poder público que lhe foi conferido. Como já foi referido num artigo aqui publicado no site, há que colocar em tribunal estes diretores por abuso de poder.
É o que eu pretendo fazer se a inspeção não atuar sobre as ilegalidades em algumas ofertas escola
Isto realmente é uma verdadeira vergonha… Sei de casos em que a inspeção andou e anda pelas escolas e já anulou alguns horarios que ainda estavam em fase de seleção, mas não conheço nenhum caso em que já la esteja um contratato e seja retirado para o horario ir a concurso novamente com subcriterios dignos…Nem sei se legalmente isso será possivel porque apesar de “mal” colocados, culpa tem a Direção da Escola que escolheu os criterios manhosos e portanto não sei se o professor já colocado poderá sair prejudicado… Sou a favor da graduação e das prioridades…mais nada…um problema resolvido com pouco trabalho…Será que vamos andar nisto o ano todo?…
Eu já enviei a minha reclamação (horário do 400) para a IGEC há uns dias. Colegas, reclamem! A próxima na minha lista é a de Sto António no Barreiro, outra vergonha…
Concordo plenamente e já apresentei a minha queixa à inspeção, e vou levar essa diretora a tribunal por incumprimento da lei.
Por acaso as direções dos agrupamentos de escolas receberam uma circular a solicitar que colocassem os docentes o mais rápido possível, circular que tive acesso aquando de uma reclamação. Há coisas que são apenas para os agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas e que os candidatos não têm acesso. Vi e calei. Quanto a demitir candidatos, penso que nem se pensa em tal, porque senão demitiam também os cerca de 2000 que não aceitaram a colocação na plataforma. Não se indignam com essa situação porquê? Foram 2000 e as contratações de escola, são uma minoria. Quanto aos critérios, tanto os diretores, como as direções regionais bem como a DGAE têm culpa. Mas é a AUTONOMIA. Aliás na circular a que tive acesso dizia logo no início “no âmbito da vossa autonomia…”.
Telefonei também para a DGAE e o que disseram é que desde que seguissem as tranches poderiam colocar o candidato que lhes apetecesse. Só tinham que notificar e justificar. E muita gente também se esquece que existe uma portaria que diz que na avaliação curricular ou entrevista o candidato tem que ter no mínimo 9.5. As escolas conhecem-na e vocês? Não estou aqui a defender ninguém, porque também não estou colocado, apenas acho que se está a chegar ao ponto do exagero, uma vez que os subcritérios que as teip utilizam, já os utilizam há anos. O problema é o desemprego… Pois até hoje ninguém se importou.
Não me parece que alguns Diretores conheçam as leis. Por acaso seguiram as portarias invocadas no artigo 39 do 132 no ponto 14?Se o fizessem provavelmente a seleção não gerava tanta reclamação.Defender o que é indefensável, incumprimento da lei. Estamos num estado de direito deviam era responder em tribunal por incumprimento da lei.
Julgo que também se devia documentar, porque até ao ano passado as escolas faziam o que queriam porque não havia uma lei para a seleção de candidatos nas ofertas escolas. Tantas foram as queixas que o provedor se pronunciou o que veio dar origem à lei que regulamenta a seleção dos candidatos nas ofertas escola, a qual não é cumprida por alguns diretores. Apenas alguns esclarecimentos a quem opina que é legal porque já era feito antes. Sugiro que leia o que o provedor disse sobre este assunto.
Apanhem esses diretores numa esquina e dá-se-lhes a resposta adequada.
Boa malha Sérgio
Bem Dito – isto é uma vergonha
a vergonha é em todos os grupos.
não actuam porque não querem.isto sucede de norte a sul e pelos vistos em todos os grupos.
reclama-se ,mas os amigos continuam e nós vimos colocaçoes feitas sem respeitao pela lista de ordenação,prioridades….só a cunha
há argumentos para tudo…
Caro RR,
Se existe uma portaria que obriga a uma avaliação mínima de 9,5 na entrevista, também é verdade que, nesse caso, ao elaborar um subcritério com peso de 35% que apenas um candidato ( o escolhido) pode cumprir, os diretores sabem que estão a cometer uma ilegalidade, ou melhor, uma fraude, pois nesse caso deixa de haver concurso, pela simples razão de que é dirigido apenas a uma pessoa.
Mais, o que retiramos da leitura do dec. lei nº 132/ 2012 é que a tranche de 5 candidatos é elaborada segundo os critérios do nº 8 do art. 35º, e só a esses 5 é aplicado o disposto no nº 9 – subcritérios. Portanto se não fosse utilizado o esquema frudulento que descrevo acima, ficaria, por lei, de forma TRANSPARENTE, mais graduado dos 5 primeiros candidatos, após a soma da avaliação dos subcritérios á avaliação inicial.
Sim, a fome pode poderá lembrar-nos que temos estômago…e intestinos, que é mais adequado a tudo o que se tem passado, mas isso não invalida o direito que temos, e até o dever de lutar pelo pedaço de pão que nos pertence.
e que me dizem a receber um mail da DGAE Às 15.30H, às 21 ir verificar a aplicação do SGIRHE e ver o nosso nome dado como “a não considerar”, ir verificar a justificação e ler “não contactável”, e às 22 já haver um “candidato” colocado na escola, com graduação 4000 lugares abaixo?!?!?!?!
Boa, não?
quem quiser pode também acrescentar na sua resposta à diretora se ele gosta da cunha gigante que já dura vai para 3 ou 4 anos no grupo 260 dessa escola em que entrou, com critérios manhosos, um professor que se vai perpetuar se as regras assim continuarem e que é filho da colega do mesmo grupo que se reformou….. viva a pátria…..
Muito obrigado . Tomei a liberdade de adaptar a sua otima resposta a esta inqualificavel argumentação da Cardoso Lopes e já enviei também a minha resposta a esta gentinha que não deve ficar impune. Claro que também já enviei reclamação à DGAE, IGE e MEC de todas as situações “nublosas”. É importante faze-lo. Mesmo que não dê em nada (mas acredito que alguma coisa vai acontecer) não podem pensar que fazem o que querem e os outros nem sequer dão por isso ou concordam com isto.