Uma grande amiga dizia-me que a melhor solução para fazer uma reclamação numa escola, ou noutro serviço, era pedir o Livro Amarelo e escrever por ali abaixo sem muitas preocupações uma queixa bem fundamentada.
Não tenho dúvidas que esta é uma excelente solução para quem pode presencialmente dirigir-se a uma escola onde foram colocados candidatos com graduação inferior sem que outros mais graduados tivessem conhecimento da marcação de uma entrevista ou da entrega da avaliação curricular.
No entanto quem quiser seguir a via mais oficiosa pode usar esta minuta em formato word enviada pela Inês.
Depois contem-me qual a reação das escolas quando pedirem o Livro Amarelo.
A maioria PSD-CDS chumbou hoje o requerimento do PS para ouvir, na Comissão de Educação, o ministro Nuno Crato sobre os problemas relacionados com o processo de colocação de professores, disse à agência Lusa fonte socialista.
“Temos tido contactos de dezenas de docentes, contestando e verificando em concreto erros técnicos nas suas colocações, problema que abrange todo o território nacional“, disse na altura Rui Santos, exemplificando casos de professores que têm mais anos de serviço do que de idade, professores aposentados que foram colocados e docentes que foram colocados em horários já ocupados.
…é o papel a que se sujeitam diretores e adjuntos em actos puramente burocráticos e administrativos quando deviam estar concentrados na preparação de um novo ano letivo.
Escrevo-lhe para lhe dar conhecimento de que a supra citada escola pôs a concurso um horário de 20h para o grupo 330 – Inglês, era o “horário 14”.
Concorri e submeti devidamente a candidatura. Apercebo-me que hoje tinham no site deles as listas ordenadas e qual não é o meu espanto quando verifico que o dito horário nem aparecia, termina a lista no horário 13. Não havendo aliás nenhuma lista para horário de Inglês grupo 330.
Ligo para a escola, onde uma funcionária me informa que ninguém me podia atender, pois o diretor estava a fazer entrevistas e um outro membro da direção estava a tratar de “reclamações” às listas publicadas. Expliquei que o meu problema não era sobre as listas publicadas, era não ver o horário a que concorri enunciado, mas sem sucesso, a resposta foi a mesma.
Poderá este horário ter sido absorvido por alguém da mobilidade interna que foi alvo de erros no concurso nacional? Afinal o grupo 330 tinha muitos colegas em mobilidade…
Tentarei obter respostas ainda durante o dia de hoje e o de amanhã, mas caso saiba de alguma informação e não faça post da mesma no seu blog, agradecia que que ma fizesse chegar.
Muito obrigada e melhores cumprimentos
M. A.
Sobre a questão em si o mais provável é que esse horário tenha sido ocupado por um docente com ausência da componente letiva. Ver aqui a lista de MI do grupo 330 e confirmar se esse horário foi ocupado.
Pertenço ao Grupo 510-Física e Química e após ter concorrido a mais de 50 escolas TEIP, até agora ainda não fui seleccionada. Tenho uma graduação elevada e vejo pessoas com graduação de 15,000 a passarem à frente.
Estes resultados são francamente fabulosos e ilustram o estado de corrupção , degradação e desrespeito pelos mais graduados e com mais tempo de serviço.
Os Diretores dos Agrupamentos deviam ser processados por infringirem a Lei e cometerem fraude.
Já fiz um reclamação à DGAE onde peço explicações para a violação de tantos artigos.
Junto em anexo Print screen com os resultados dos selecionados que aparece na DGAE, acrescentei o nº de ordem (constante nas Listas das Escolas) dos seleccionados para terem uma ideia da situação.
A percentagem de alunos entre os 15 e os 19 anos vai aumentar 10% ou mais por comparação com a última década. A previsão é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e contraria as projecções apresentadas pelo ministro Nuno Crato nos últimos dias.
Chegou-me este mail oportuno para fazer um debate sobre a vinculação “extraordinária” de professores contratados. Coloco entre aspas o extraordinária porque tenho uma opinião muito própria sobre o assunto que mais tarde darei conta.
Por enquanto coloco esta reflexão da Isabel Ferreira e durante a semana voltarei a este assunto para encontrar formas e soluções para uma vinculação do maior número de professores contratados em 2013., isto se entretanto os anonymous me deixarem sossegado.
O MEC veio hoje manifestar a intenção de integrar permanentemente, ainda este ano civil, um número não quantificado de professores (neste Blog também já o tinhas adiantado e até manifestaste alguma satisfação). Mas como somos governados por políticos portugueses gostava de levantar algumas dúvidas, que coloco à reflexão de todos. Vamos pelos critérios desta vinculação extraordinária:
Critério nº 1 – Tempo de serviço:
Para aferir as necessidades permanentes de uma escola (e neste caso do sistema) podíamos estabelecer que quem leccionasse há mais de 10 anos deveria ser imediatamente vinculado (10 anos a trabalhar é sinal mais do que suficiente da necessidade desse professor). Mas porquê 10 anos? Porque não 9 ou 11? Porquê uma permanência mínima no sistema? Não seria mais justo ter como critério a graduação? Parece-me que sim. Só este critério é válido. A graduação e não o tempo de serviço (que embora estejam associados não são uma e a mesma coisa).
Critério nº 2 – Permanência em determinada escola ou a famosa “recondução”:
É um critério aparentemente válido; se uma determinada escola precisou durante 3 ou mais anos de um professor de Inglês isso é uma necessidade permanente. O problema é que o Professor de Inglês não tem necessariamente que ser o Zé Manel (que entretanto viu o seu contrato renovado 3 anos seguidos). Se há necessidade de um Professor de Inglês que se vincule um professor de Inglês com o critério da…. óbvio, da graduação. Como? Se a Escola de Santa Coisa precisa há 3 ou mais anos de um Professor de Inglês, o que significa que precisa permanentemente de um professor de Inglês (e não necessariamente daquele que entretanto por lá tem ficado) tem que se fazer…. um concurso nacional para se poder escolher o Professor mais graduado para aquele horário!
Se a Escola de Santa Coisa precisa de um tal Professor tem que se dar a oportunidade a qualquer Professor daquele Grupo de manifestar a preferência por aquele horário e desta forma colocar o melhor graduado. Mas se assim for, ao horário de Santa Coisa vai concorrer o professor colocado em Assobio, professor este que será vinculado permanentemente em Santa Coisa em Dezembro tendo, no entanto, que terminar o ano em Assobio?!
Critério nº 3 – Não fazer a vinculação extraordinária – fiquemo-nos pela ordinária – com calma e critério
fazer a dita vinculação, mais do que justa, no decorrer do ano lectivo, permitindo que todos manifestem as preferências e colocar todos os que forem necessários pelo critério da…. Graduação.
Porque isto, assim feito à pressa, é uma forma do MEC passar a mãozinha nas costas de alguns como forma de calar todos…. E se a graduação for o critério (porque é o único aceitável) os problemas que criará serão muito mais graves do que aquilo que resolve. Espere-se pelo concurso ordinário e isto faz-se à mesma!!