Escolas de Lisboa com mais chumbos do que as do Norte

 

Percentagem de alunos que não conclui o secundário em três anos é de 30% na Grande Lisboa e 17% no Norte.

Escolas de Lisboa com mais chumbos do que as do Norte

A taxa de conclusão do ensino secundário (10.º ao 12.º ano) revela uma enorme disparidade entre regiões, com os resultados a piorarem à medida que se caminha para sul. A região Norte tem o melhor resultado, com 83% dos alunos a concluírem o secundário em três anos, enquanto a Grande Lisboa apresenta o pior registo, com apenas 70%. Ou seja, a percentagem de alunos que reprovam na Grande Lisboa (30%) é quase o dobro da do Norte (17%).

Na região Centro, a taxa de conclusão é de 80%, no Oeste e Vale do Tejo, 74%, na Península de Setúbal, 72%, no Alentejo, 75% e no Algarve, 74%. Divulgados pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, estes são os últimos dados oficiais conhecidos dos cursos científico-humanísticos, embora já do ano letivo 2022/2023.

Rui Cardoso, diretor do Agrupamento de Escolas de Viso, em Viseu, aponta algumas explicações: “Na Grande Lisboa e no Sul há mais alunos imigrantes, cujos resultados escolares são piores, e isso tem impacto nos dados. Por outro lado, no Norte estão os professores mais experientes, enquanto no Sul estão os mais novos, muitas vezes colocados em escolas de áreas carenciadas e também com piores resultados.”

Na análise por municípios, Paredes de Coura foi o único com uma taxa de 100%: todos os alunos terminaram o secundário em três anos. Seguem-se Ponte da Barca (98%) e Fafe, Armamar e Sabrosa (97%). Os piores foram Pampilhosa da Serra (43%), Mora (50%), São João da Pesqueira e Vila Flor (52%). Quanto aos dados a nível nacional, a taxa de conclusão do secundário caiu em 2022/23 três pontos percentuais para 77%, após quase uma década a aumentar de forma exponencial, tendo passado de 55% em 2014/15 para 80% em 2021/22.

“Penso que esta inversão de tendência é o resultado de duas décadas de políticas de facilitismo e desvalorização da Educação a nível social e também dos professores, que culminaram na pandemia, cujas consequências também contribuem para estes resultados”, afirma Rui Cardoso, apontando o dedo ao “decreto-lei da inclusão, que retira recursos às escolas e dificulta o apoio a todos os alunos”, e ao da “flexibilidade curricular”, defendendo uma “nova alteração de currículos”

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10 comentários

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    • Leal on 3 de Fevereiro de 2025 at 16:44
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    Chumbos?!

    Como um “profissional”, deves usar linguagem formal, ó meu “cabeça de chumbo”!

    • Mainada on 3 de Fevereiro de 2025 at 18:24
    • Responder

    Raposas…

    • Anónimo on 3 de Fevereiro de 2025 at 18:40
    • Responder

    Numa cidade, capital do país, onde os cursos profissionais fecham em vez de abrirem, o que se espera?
    Em Informática foi vê-los fechar.
    Dar oportunidades aos jovens para profissões de futuro, nada. E depois querem-se milagres.
    Vamos pagar bem caro por estas escolhas.

      • Hugo on 3 de Fevereiro de 2025 at 18:51
      • Responder

      Com ofertas de redecescolar estúpidas, que visam concentrar cada vez mais, do que se estava à espera?
      Ainda por cima a profissão está desvalorizada. E no caso da Informática ainda mais.
      Graças a este e ao anterior ministério já qualquer um dá aulas de Informática. Basta ter um mestrado via ensino da treta, ou ter umas cadeiras num curso qualquer de eord e powerpoint, e dá Informática.
      Isto afasta qualquer bom profissional.
      E acabam-se assim os cursos.
      A culpa é dos tontos que pupulam o ministério há anos.

    • Teresa Calema on 3 de Fevereiro de 2025 at 20:59
    • Responder

    Tal como já foi aqui escrito por outros comentadores, em Lisboa (pelo menos dentro da cidade), muitos cursos profissionais foram extintos. Realmente vários deles em Informática.
    No centro de Lisboa foi uma razia. Há cerca de 15 anos quase todas as escolas secundárias tinham um destes cursos, na área da Informática.
    Agora há uma ou duas escolas.
    São cursos que dão grandes possibilidades de empregabilidade, até dentro da cidade, aos jovens. Mas têm de trabalhar com afinco.
    Claro que se não abrem estes cursos, também ninguém de Informática quer ir para essas escolas, pois não há oferta de emprego para professores.
    O resultado é simples. Algumas escolas (poucas) abrem estes cursos fora da cidade. O que é um absurdo, pois muitas empresas até estão dentro. Mas é o que temos.
    Os cursos profissionais que têm aberto são aqueles em que está tudo virado para o turismo. Ou seja, andamos a formar gente para servir bebidas e fazer pastelaria barata.
    Nada contra, mas depois não cenham com a conversa de que é preciso dar oportunidades aos jovens e empregos de futuro, competitivos com os outros países.
    Deste modo é só para formar gente para ganhar uma miséria a servir cafés.
    Triste país, com uma triste capital. O futuro está entregue aos bichos.

    • Joana santos on 3 de Fevereiro de 2025 at 23:14
    • Responder

    No meu caso posso partilhar minha experiência.Vim de Lisboa,mais propriamente santo amaro de oeiras, com o sexto ano,em dezembro de 1986, música, flauta, Lisboa 5porto,0, português, Lisboa, matemática,Porto, francês equivalente, inglês igual nas duas, história Porto, geografia, zoologia Lisboa,moral, ganha Porto., físico-química,Porto,física,Porto,Bem os métodos são ,a metodologia do estudo,e como explicar, é diferente,o interesse, muda,de pessoas…a vontade depende de cada um,o querer aprender,o aproveitar e claro professores , que se interessam pelos alunos, dando ânimo e incentivo… acreditando neles,depende do professor…boa sorte, bom ano,jo

    • zé das couves on 4 de Fevereiro de 2025 at 13:20
    • Responder

    está na hora de acabar com a loucura de ter os miúdos e professores tanto tempo dentro da escola

    • bdbdkdk on 4 de Fevereiro de 2025 at 16:09
    • Responder

    Nos tempos livres, gosto de explorar novas formas de entretenimento, e os jogos online sempre foram uma ótima opção. Descobri https://1win-aviator.net.br/ recentemente e me surpreendi com a experiência. O site tem uma interface intuitiva e diversas opções para quem curte apostas. Além disso, o suporte ao usuário é excelente, o que faz toda a diferença. Claro, é sempre essencial jogar com responsabilidade, mas sem dúvidas, essa é uma plataforma que vale a pena conhecer para quem busca diversão online!

    • Anónimo on 4 de Fevereiro de 2025 at 23:39
    • Responder

    Tanto tempo os alunos dentro da escola?
    O que é tanto tempo?
    Talvez bastasse ir à escola passar o cartão e voltar para casa.
    Com pensamentos desses só teremos mediocridade.

      • This gun kills fascists on 6 de Fevereiro de 2025 at 0:12
      • Responder

      Toda a gente tem que andar hiperativa, a dar curvas e contracurvas como insetinhos cheios de tiques maníacos, mesmo que seja uma inutilidade total. É a atualidade! É o progresso! Hurra! Cala a boca, fascistoide. Vai dar beijinhos ao xexé Trump e ao autista Musk.

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