8 de Fevereiro de 2025 archive

Uma escola sem regras e o fim dos telemóveis

 

A escola do Luís não tem regras e como não tem regras, dizem vocês, andará ao Deus-dará e se Deus não der então é um Deus nos acuda, um por todos e cada um por si e seja como Deus quiser, ergo um regabofe daqueles só visto.
Mas não, é uma questão de léxico ou não fosse esta uma escola para alunos excluídos precisamente por não cumprirem com as regras e, portanto, como na escola do Luís não há regras temos as expectativas no seu lugar.
O mesmo se aplica quanto às sanções e acções disciplinares se no seu lugar encontramos as consequências e no meio disto tudo a relação com o aluno como elemento chave.
E com a relação, a confiança, o apoio, quase uma amizade mas não uma amizade ou não fossem as tais expectativas e as consequências e a expectativa é simples: na escola, como em todas as escolas, não são permitidos telemóveis e caso um aluno esteja a usar o telemóvel na sala de aula, o mesmo é confiscado até ao fim do dia.
Se o aluno se recusar a entregar o telemóvel, a consequência de um dia de exclusão interna numa sala em separado aplica-se.
E não, a consequência não se aplica de imediato e sim, os meandros para finalmente convencer o petiz a dar o telemóvel ao assistente operacional ou ao professor encontram a sua base e as suas raízes na relação, no tempo dedicado, no apoio à compreensão do porquê e porque não um telemóvel na sala de aula.
Esgotados os esforços e o tempo, a devida consequência e na recusa do aluno em cumprir para com a exclusão interna a manutenção da mesma até à sua resolução entre muito diálogo com os pais e demais profissionais de modo a sublinhar a expectativa da escola na ausência de telemóveis dentro da sala de aula.
Infelizmente, na escola do Luís, como em tantas escolas, o uso de telemóveis na sala de aula manteve-se com ou sem as tais consequências e como os alunos mais velhos, dos 15 aos 16 anos, acabavam por ser os mais cumpridores, passemos à fase seguinte: a expectativa para com os alunos do 3° Ciclo de entregar os telemóveis na recepção da escola à chegada à mesma, sendo os mesmos devolvidos ao fim do dia.
A data de início para a nova expectativa? Depois das férias e é sempre depois das férias, assim permitindo aos alunos e respectivas famílias o assimilar da informação fornecida seja através de uma assembleia de escola, seja através de reuniões de pais e com os pais, seja por carta ou telefone e tudo nas semanas antecedentes ao período de interrupção escolar, faseada e gradualmente, sem pressas e sobretudo sem pressas.
A quem se recusar a entregar o telemóvel não é permitida a entrada na escola e o aluno devolvido aos pais até ao dia seguinte e tentemos outra vez.
A resposta dos alunos do 3° Ciclo? À chegada à escola no primeiro dia depois das férias e nos dias seguintes tem sido a mesma e os telemóveis devidamente etiquetados e guardados na recepção e não sei se é porque os alunos vêm o seu nome escrito em letras garrafais mais o devido reconhecimento ou então é porque para aqui chegarmos se percorreu um caminho.
E como tudo tem o seu tempo a verdade é o fim deste bullying virtual no lugar da escola mais a infelicidade constante de crianças impreparadas para lidar com esta infelicidade constante e o mundo virtual como escape e fim mais os jogos, os Snaps, os vídeos, as fotografias, os TikToks, os gostos e os não gostos, os emojis, as mensagens imediatas, a gratificação imediata, a ansiedade, fazer parte do grupo, não fazer parte do grupo, o isolamento, a depressão, a saúde mental ou a sua ausência e tudo na ponta dos dedos.
Hoje, a escola do Luís prepara os alunos mais velhos para a expectativa de entregarem os telemóveis na mesma recepção (só há uma), a começar por quem, ao usar o telemóvel na sala de aula, se recusar a entregá-lo. Caso o comportamento seja sistemático entre os alunos de 15 e 16 anos então a conclusão é só uma: depois das férias todos os alunos, sem excepção, devem entregar os seus telemóveis à chegada à escola.
Mas ainda não estamos lá e para já a expectativa mantém-se para quem entre os alunos mais velhos não cumprir a expectativa.
Faseada e gradualmente com a respectiva assembleia e a reunião de pais numa escola sem regras e as expectativas no seu lugar.
Mas não é tudo a mesma coisa, perguntam? Não quando se estabelece uma relação.

 

João André Costa

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No Quintal do Paulo

O IAVE Convida E Paga Generosamente

 

Com efeito, esta nova função de avaliador, que conjuga as de classificador e de supervisor, é desempenhada em direta articulação com a Equipa IAVE, através de interação em fóruns na Plataforma de Classificação e Supervisão (PCS). Acresce ainda uma maior responsabilização em termos da confidencialidade no desempenho desta função, uma vez que as provas de avaliação externa do ensino básico não serão públicas, de forma a permitir a utilização de itens equivalentes e assegurar a comparabilidade entre anos.

Face ao exposto e dado que realizou recentemente formação promovida pelo IAVE sobre o processo de classificação, gostaríamos de o/a convidar para exercer a função de avaliador/a da prova de (…) no ano letivo 2024/2025, o que implicará a classificação digital de até 4000 respostas na plataforma de classificação do IAVE, auferindo a quantia de 600 euros, à qual será deduzido o respetivo IRS.

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