Fev 11 2025
Avaliar os alunos, esconder os resultados – Andreia Sanches
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15 comentários
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Provas de Ensaio de quê?
O que deveria ser um teste piloto para as provas de junho cai por terra quando não são efetuadas todos ao mesmo tempo!( ou em junho vai ser assim às pinguinhas) …
Enfim…hoje faz o 9A, amanhã faz o B , etc…
É assim que se testam as coisas tais como, o acesso ao servidores e rede? Uma coisa é estarem a fazer ao mesmo tempo centenas de alunos, outra é milhares de alunos no mesmo dia!
É assim que alguns agrupamentos querem incluir isto numa avaliação?
Enfim …
Concordo inteiramente com o CNE!
O que importa é a monitorização das aprendizagens para que o MECi as possa reformular ou não. O que estão em causa são os programas e o currículo. Disso é que devemos tirar ilações.
Estas provas são formativas para os alunos. Ainda que impliquem alguma formalidade. O que não lhes faz mal nenhum. Habituam se a lidar com a formalidade do digital.
Concordo inteirar com a recomendação do CNE não deve haver lugar a malfadados rankings, inventados pelo José Manuel Fernandes quando esteve como diretor do Público . Um jornalista que veio da extrema esquerda para a extrema direita. Um grande adepto do privado e do capitalismo. Devia ter vergonha do seu percurso. Abastardou se. Renegou os seus ideias de juventude. Um nojo.
A seriação das escolas não deve existir nem na comunidade municipal nem ao nível nacional.
O estigma agarra se à pele das crianças e jovens. E se já são produto de meios desfavorecidos, mais desfavorecidos ficam no retrato dos rankings capitalistas e cruéis.
O exame de 9 o ano( uma treta de avaliação externa) há muito que devia ser também uma prova de monitorização das aprendizagens.
Importa que as escolas saibam o que se passa internamente para se reformularem, aperfeiçoarem.Mas isso não interessa a mais ninguém a não ser ao MECI que é o seu tutor e supervisor.
As pessoas gostam muito de rankings e sangue .Estão habituadas as notícias do CM e do mesmo canal de televisão. Leiam mais. Informem se. Cultivem se.
Aos pobres basta serem pobres, não têm que ser enxovalhados na praça pública. E as escolas não têm que ser estigmatizadas porque não têm os meios para fazer “crescer”as suas crianças como as escolas ricas e privadas.
As escolas têm que ser ajudadas não é estigmatizadas com rankings.
Ou vivo uma realidade diferente dos demais ou, perdoem-me, mas andamos todos distraídos com questões laterais.
Admito, até poderiam ser questões prementes, não fora a profunda degradação a que chegou o sistema educativo português.
Partilho convosco, uma carta aberta, sob a forma de reflexão, que recentemente enderecei ao Presidente do CNE.
“Exmo. Sr. Presidente do Conselho Nacional de Educação, Professor Domingos Fernandes,
O meu nome é Luciano Vitorino e escrevo-lhe porque nutro pela educação uma paixão imensa. Revejo-me, totalmente, na conceção de que “os professores são os pedreiros do mundo”, no sentido de que a educação está na base da construção da sociedade, uma sociedade que deveria alicerçar-se no conhecimento como meio de permitir o chamado “elevador social”.
Leciono há 30 anos, sou professor do grupo 500, isto é, professor de Matemática do Ensino Secundário. Para além da docência, possuo no currículo cargos como Diretor de Turma, Coordenador dos Exames Nacionais, Diretor de uma Escola Profissional e Presidente do Conselho Geral da Escola onde leciono. Apesar da carga burocrática e do assoberbamento de tarefas com que a tutela nos vem sobrecarregando, gosto de pensar a escola, gosto de refletir, gosto de teorizar, fundamentadamente, sobre o estado da educação.
O facto de ser um operacional, de estar no terreno, na minha perspetiva, dá-me uma visão privilegiada sobre esta área. Lamento muito que, tantas e tantas vezes, a tutela e órgãos como aquele que V.ª Ex.ª preside olhem para os professores como meros tarefeiros, meros executores de decisões superiormente emanadas, quase sempre aplicáveis no 1.º ciclo do Ensino Básico, em que cada docente leciona cerca de vinte crianças, mas totalmente desadequadas a partir daí. Recorde-se que um professor de Línguas Estrangeiras ou de História, que lecione no 3.º ciclo do Ensino Básico, tem entre 150 a 180 alunos (sem horas extraordinárias). Lamento muito que os professores não sejam tidos nem achados, não sejam ouvidos, não sejam considerados na tomada de decisão, não sejam vistos como parceiros privilegiados. Falo de Professores representantes de todos os ciclos de ensino. Também pelo facto desta premissa não ser considerada, assiste-se à infantilização/gamificação da abordagem do conhecimento no Ensino Secundário.
É necessário que V.ª Ex.ª, assim como a tutela, tenham bem presente os resultados dos últimos estudos comparativos internacionais, o PISA, o TIMSS, o relatório da UNESCO, “Global education monitoring report, 2023: technology in education: a tool on whose terms?”, entre outros.
Uma questão concreta: quando apenas 0,7% dos alunos, a nível nacional, na prova de aferição do 5.º ano, consegue identificar a Península Ibérica no mapa, em sua opinião, deve-se a quê? Que o sistema educativo está pejado de maus profissionais? Ou reflete um tremendo fracasso das políticas educativas?
Em minha opinião, NÃO!
NÃO são os professores que falharam. Têm sido os responsáveis pelas diretrizes inadequadas que falharam e, inexplicavelmente, insistem em falhar. Resultados como esse e os obtidos nos suprarreferidos estudos comparativos internacionais atestam um falhanço total e absoluto das políticas educativas nacionais. São consequência de experiências, nunca sujeitas a qualquer tipo de avaliação séria, decretadas por sumidades bem instaladas num qualquer gabinete da urbe.
Leciono, sobretudo, Matemática A, ou seja, uma disciplina objeto de exame de 12.º ano, crucial na vida de futuros adultos nas áreas das ciências. Posso afiançar-lhe que, no espaço de 2 anos letivos, as condições em que os alunos nos estão a chegar ao Ensino Secundário são substancialmente diferentes, absolutamente desastrosas. É o reflexo de políticas educativas gritantemente facilitistas e calamitosas, implementadas nos últimos anos. O produto dessas políticas são jovens que se revelam muito pouco trabalhadores, pouco resilientes; pouco autónomos e responsáveis; denotam uma imensa falta de pré-requisitos; evidenciam gritantes dificuldades ao nível da leitura, interpretação e compreensão de enunciados; são parcos na expressão escrita e manifestam grandes dificuldades ao nível do raciocínio. O mesmo sentem os meus colegas das Humanidades.
É evidente que o facto de se tratar da “geração do imediatismo” também não ajuda, porque usam e abusam de redes socias como o instagram e o tik tok, o chat GPT e outras plataformas de inteligência artificial, em que os alunos nem sequer se dão ao trabalho de pensar, limitando-se a dar uma instrução prompt e aceitam a resposta sem qualquer análise crítica da mesma. Acham que tudo está à distância de um pequeno clique! Assim, temos uma geração que desiste ao primeiro obstáculo. Uma geração que desiste se não tiver logo o que quer. Uma geração que desiste se tiver de procurar. Uma geração que desiste se demorar a concretizar o objetivo desejado.
O neurocientista Michel Desmurget, no seu livro Fábrica de Cretinos Digitais já antecipava este descalabro.
A semana passada ouvi com atenção a entrevista que V.ª Ex.ª deu, na sequência da apresentação do relatório “Estado da Educação 2023”, de onde sobressai a conclusão de que mais de metade dos alunos do segundo ano de escolaridade, em Portugal, mostra dificuldades com a leitura e a escrita. 56% das crianças do 2.º ano revela problemas com a escrita e a leitura? Onde é que está a novidade? Quem fica surpreendido com estes resultados? Afianço-lhe que quem está no terreno não é! Aplique o mesmo estudo à entrada do Ensino Secundário, é provável que os resultados sejam ainda mais surpreendentes. A única conclusão do estudo que lhe ouvi na suprarreferida entrevista que, em meu entender, vai na direção certa, e óbvia, é a de que este estado de coisas influencia negativamente o desempenho das crianças e jovens nas outras disciplinas.
Quando V.ª Ex.ª faz afirmações como “… é preciso transformar os métodos de ensino.”, significa que a sua capacidade de interpretar o que efetivamente se passa, anda próximo de zero. Será que V.ª Ex.ª não consegue discernir que, o que se fez nos últimos anos, foi “baixar a fasquia”, mas, quanto mais se baixou, piores têm sido os resultados escolares dos alunos?
Sobretudo, depois de 2015, foi um regabofe de políticas facilitistas. A coberto desse chavão da inclusão, veio o Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho, veio o projeto MAIA, vieram as rubricas, entre outras. Secundado por este chorrilho de disparates, vêm as lideranças de algumas escolas, que são ainda “mais papistas que o papa”.
Como receita miraculosa, vem o Conselho Nacional de Educação, que V.ª Ex.ª lidera, recomendar que se “Ensine de forma diferente”, que as escolas portuguesas sejam “centros de curiosidade”. Depois, ainda na mesma entrevista, exemplifica aquela que, no entender de V.ª Ex.ª, é mais uma razão para o descalabro do sistema educativo, na passagem do 1.º para o 2.º ciclos, a dispersão por várias disciplinas e pedagogos. Será que, o facto de, ao longo dos primeiros quatro anos do sistema, a lecionação estar concentrada num único pedagogo, não poderá ser uma possível origem do problema? A dado momento, V.ª Ex.ª vem invocar o que se passa pela Europa fora. Com certeza que conhece melhor do que eu a realidade dos diferentes modelos educativos europeus, mas não resisto a contar-lhe aqui duas vivências recentes:
1. Há cerca de 6 meses, estiveram a almoçar em minha casa dois jovens polacos, alunos de Erasmus. Na conversa, eles próprios trouxeram à baila a epopeia de Fernão de Magalhães, que descreveram minuciosamente. Disseram-me que é matéria objeto de estudo no sistema de ensino do seu país. Fiquei atónito!
Como é possível os jovens portugueses, mesmo os estudantes do Ensino Secundário de Línguas e Humanidades, com a disciplina de História no currículo, não conhecerem, com o mesmo detalhe, um dos episódios maiores da nossa história, enquanto os polacos, por exemplo, sabem? Que futuro almejamos construir para o nosso país, se não respeitamos, não honrarmos o legado dos nossos antepassados?
Dizem-me os colegas que, também em História, saber algo parece pecado. Aliás, a disciplina de História de Portugal foi banida do Ensino Secundário há mais de três décadas e os temas nacionais são mínimos, quer no Ensino Básico, quer no Secundário. Qual Gama, qual Cabral, qual Magalhães… Isso seria torturar os alunos com coisas dos tempos do Estado Novo! Só se pode concluir que somos um povo muito mal resolvido.
2. Em outubro de 2024, estive em Itália, numa mobilidade Erasmus, tive oportunidade de fazer job shadowing, assistindo a aulas de Matemática do Ensino Secundário (no caso de Itália, vai do 8.º ao 12.º ano). Fiquei surpreendido, melhor, fiquei deslumbrado!
O programa é muito mais extenso e exigente, é duro! Assemelha-se ao programa com que fiz o Ensino Secundário, há cerca de 37 anos. Mas os alunos aparentam responder-lhe bem. Não me querendo alongar, destaco apenas dois factos que não são de somenos importância: o primeiro é o de que os alunos, em geral, evidenciaram uma superior capacidade de raciocínio, a outra é que, o recurso à tecnologia é episódico, ao longo de todo um ano letivo (na aulas, não há calculadoras gráficas, não há computadores, não há smartphones!, só esporadicamente). Obviamente, uma coisa não estará dissociada da outra!
Não sou um apologista de que, por cá, as coisas sejam exatamente assim, contudo, os factos falam por si: Itália é uma das economias mais desenvolvidas do mundo, sendo parte do G7 (sendo sede de tecnologia e marcas emblemáticas à escala global), nós, em Portugal, somos ótimos a produzir, por exemplo, atum em conserva. Dá que pensar, não dá?
Habitualmente, em Portugal, de cada vez que muda o governo, sem nenhuma análise séria, põe-se cobro às políticas até então implementadas e entra-se numa nova fase de experimentalismo ideológico. A bem das crianças e jovens, o futuro deste país, acabem com essa idiotice!
Por exemplo, em 2015, quando o governo anterior chegou ao poder, foi lesto em colocar um ponto final nos exames do 4.° e 6.° anos. Queremos, efetivamente, uma escola para todos, mas isso não significa que o caminho tenha que passar, inevitavelmente, pelo facilitismo, é necessário perscrutar outras soluções. Na opinião de V.ª Ex.ª, não deveriam aqueles ser repostos com o intuito de avaliar, de facto, os alunos e evitar a transição para ciclos seguintes sem o conhecimento efetivo dos ciclos anteriores? Na minha muito modesta opinião, as transições de ano para ano não podem continuar sem conhecimento efetivo! Isso significa nivelar por baixo! Para as crianças e jovens que não querem ou não conseguem, é necessário estudar caminhos alternativos, igualmente dignos e promissores. Estude, V.ª Ex.ª e os Conselheiros que o ladeiam, os diferentes sistemas educativos europeus. Veja, por exemplo, como os alemães resolvem este problema. Não é necessário inventar nada, está tudo inventado! Basta procurar e ter ousadia!
Cingindo-me à área que conheço melhor, a Matemática, os teóricos das Ciências da Educação, com certeza ressabiados, tiveram a (in)feliz ideia de banir, por exemplo, a necessidade de memorizar a tabuada e certas mnemónicas. De acordo com especialistas, factos como esses, são essenciais para desenvolver o cérebro que, dito de uma forma simplista, funciona como um músculo e, por isso mesmo, precisa de ser estimulado. É absolutamente fulcral para o raciocínio! Fará V.ª Ex.ª ideia de quão grande é a maldade que fazem às crianças, quando as dispensam de saber algo tão básico? Este ano, no 10.º ano de escolaridade, entraram em vigor novas Aprendizagens Essenciais. Pasmemo-nos, é suposto trabalhar o pensamento computacional, a formulação de conjeturas, etc. Mais uma vez, em que planeta vivem as criaturas por detrás destas ideias peregrinas? Admito que a ideia poderia ser boa, mas ignoram completamente o cenário que tracei acima, acerca das condições em que os alunos estão a chegar ao Ensino Secundário.
Não resisto a meter a foice em seara alheia, no âmbito do Português, parafraseando, mais uma vez, Desmurget, é essencial “ponham-nos a ler”!
Perdoe-me, mas tudo o que V.ª Ex.ª profere na supramencionada entrevista me faz lembrar aquela parábola bíblica: “E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.” (Mateus 7:3-5).
Insto a que, V.ª Ex.ª e os Srs. Conselheiros sejam ousados, saiam da vossa zona de conforto e desçam à terra, façam um périplo pelo país, inteirem-se dos problemas reais, ouçam a voz dos operacionais no terreno (os professores), em vez de debitarem teorias desfasadas da realidade, bem instalados num qualquer gabinete! Conheçam o Ensino Secundário, não se fiquem pelo Ensino Básico. Este país está pejado de teóricos, a que uso chamar “bitaiteiros”! Teóricos sem conhecimento do terreno e sem interesse em ser aconselhados por quem, apesar de toda a loucura legislativa, tenta levar o barco a bom porto.
Será, seguramente, um bom serviço, prestado à causa da Educação, o Conselho Nacional da Educação começar por investir em medidas básicas, como sejam: cooperar, com medidas tangíveis para a dignificação e honorabilidade da mui nobre função docente; contribuir para desburocratizar a função docente; libertar os docentes do atoleiro que é a imensidão de formulários em que se veem envoltos, permitindo-lhes que se foquem no essencial, os discentes.
É urgente reduzir o trabalho burocrático, a sobrecarga de trabalho que pouco ou nenhum benefício traz para o processo educativo e que limita o tempo disponível para apostar na qualidade, inovação e humanização da Escola, assim como o tempo pessoal/relacional dos seus profissionais.
Por vezes, dou comigo a pensar, a quem interessará este estado de coisas, a implementação de políticas educativas gritantemente absurdas? Será que o objetivo é desgastar a imagem da Escola Pública, aos olhos da opinião pública, descredibilizando-a, com o intuito de promover o crescimento das ofertas privadas? É que, não tenhamos ilusões, nas escolas privadas onde são formadas as elites, a cartilha que tentam impingir à Escola Pública, não entra.
Ou, ainda mais grave, o objetivo não é democratizar o conhecimento, mas, tão só, criar uma imensa massa acrítica porque, assim, será muito mais fácil de manipular? Criar consumistas em vez de espíritos críticos?
Portanto, urge reformular o sistema educativo! Deixemos de brincar às escolinhas e concentremo-nos no essencial, escola enquanto veículo de conhecimento. Não podemos nem temos o direito de hipotecar o futuro das novas gerações. É um ato criminoso! Eu e muitos como eu, que vestem a camisola pela Escola Pública, recusamo-nos a permanecer calados perante o descalabro a que a educação chegou, pois sabemos que temos em mãos a matéria-prima que permitirá a construção de melhores cidadãos.”
Excelente…. na muche!
Temos pena. Os colegas ainda estão aí? Nas guerras entre Castelo e Portugal. Pelo território ou pela coroa ???
Há muito que as coroas estão entregues e as fronteiras definidas. Resta o caso de Olivença para que o ministro da guerra tenha algo com que se ocupar.
Com vozes destas, QQ estamos a cantar o hino nacional nas aulas e a fazer exercícios da mocidade portuguesa no recreio das escolas.
Façam uma viagem pelos países do norte da
Europa e atualizem se. Leiam educação a partir do
norte. E não do sul. Nao valorizem os piores. O
nacionalismo dá origem a movimentos de direita
reaccionária e não tarda temos o Chega a governar nos e a liberdade foi se.
Tenham juízo e não sejam primários em educação.
A tabuada não é memorizada porque esse espaço mental foi ocupado com conteúdos mais avançados. É para isso que serve a tecnologia. Para nos deixar tempo e espaço mental para aprender conteúdos + importantes. Mais da actualidade.
Na era da física quântica querem que os putos aprendam tabuada. Assim nunca evoluíamos Tenham juízo. Coloquem a mão na consciência e não digam a 1a coisa que vos vem a cabeça.
Parados, paradinhas é que estamos bem!
Todas as gerações disseram que as anteriores não estavam preparadas. Todos os professores se queixavam de que os alunos não sabiam nada. No seu tempo é que era bom. É que éramos bem preparados!
Existe produção em História da educação sobre o assunto.É só procurarem os books certos.
Portanto nada de novo em relação ao que alguns profs sentem. Sempre foi assim e há de ser.
Em relação ao que os alunos sabem ou não sabem, ou ao pouco que a escola ensina, hoje em dia ( já percebi que durante o consulado do emérito e retrógado Crato a escola funcionou bem) tenho pra mim que eles saberão dar o salto. Se o quiserem. Se precisarem. Todos já os experimentámos nas nossas vidas. As escolas e as universidades não nos ensinaram tudo. Longe disso Tivemos que ser nós a procurar.
E continuamos ao longo da vida.
Claro que a maior parte das pessoas não gosta de escolas nem de aprendizagens formais. Não nos iludamos. Gostariam mais de aprender em situação. Escola empresa, escola fábrica. Como bem fazem os alemães. Mestres no ensino profissional.
Isto para dizer que temos de ser flexíveis e não lamurientos, velhos do restelo, e ter esperança nos jovens e nas crianças. Ter uma atitude proativa junto deles e ver a garrafa sempre meio cheia. E acrescentar o que falta. Só assim se pode ser bom pedagógico e transmitir esperança.
Eles sabem muita coisa. Mas não as que nos sabemos ou ou os nossos pais ou avós sabiam.
Basta de lamúrias.
Não podia , estar mais de acordo.
É exactamente como escreve.
Portugal vive numa bolha – até na educação. Produzem-se avaliações, mas escondem-se para ninguém saber…. É algo tão absurdo que até faz confusão que existam mentes com tais ideias.
Valham-nos os rankings das provas europeias e dos mundos, para ser possível comparar e ambicionar ser melhor, neste planeta competitivo. Porque isto aqui em portugal é só fazer de conta e produzir propaganda.
Caro Luciano Vitorino, excelente análise.
Concordo em absoluto!
Caríssimo Luciano Vitorino, mais uma vez, “e era ver Castela contra Portugal e Portugal contra si mesmo.”Fernão Lopes.
Parabéns pelo seu excelente texto.
Há muito douto, sem interesse nenhum.
Há muita gente que não está no local certo. Sem visão.
Subscrevo em absoluto o que escreveu.
Que pena de país.
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NA FINLANDIA SOMENTE AS ESCOLAS TÊM ACESSO A ESSEWS DADOS. PARA EXPOR RANKINGS QUE JÁ SE SABE DE ANTEMÃO OQUE VAI DAR É DESNECESSÁRIO. MAS MESMO ESSES TÊM VINDO A CAIR FAZ ANOS:
Why did Finland fall from top ranking schools so radically? SEGUNDO LOCAIS AS RAZÕES SÃO ESTAS:
Because certain members of the government decided that “you have to run to stay still”, and reformed the school system, introducing a more college-like learning environment, which emphasized self-learning and collapsed the learning results of less able students.
They also introduced a ton of electronic gadgets “to add more modern ways to learn”, which collapsed especially boys’ ability to concentrate. An acquaintance of mine is a teacher, and has vented his frustration to me many times of how he has to constantly spend huge amounts of time as the IT support guy for a class of 30 pupils and their iPads, and all that time is away from teaching.
He’d rather throw these gadgets away, but can’t because their use is mandated by the curriculum.
These reforms were especially the brainchild of a peculiarly unstable parliamentarian Krista Kiuru (SDP), and as a minister has been actively foiling attempts to undo the damage she did.
A LEITÃO DA FINLÂNDIA:
https://valtioneuvosto.fi/en/ministers/-/min/krista-kiuru
Este conselho nacional de educação esta comprometido com o facilitismo, com a falta de rigor, com a bandalheira pedagógica e faz de conta, apregoada e aplicada pelos governos PS, PCP e BE… Obviamente que querem esconder tudo, inclusive fazem de conta que os nossos alunos não obtém os piores resultados nas provas internacionais… O Governo nesta área, na Escola Publica, merece um cartão vermelho, tem dado continuidade às políticas do PS que foram simplesmente desastrosas… Já deviam estar na calha medidas para acabar com o faz de conta nas escolas publicas e valorizar o trabalho dos professores e as aprendizagens, efetivas, dos alunos.
Nunca houve governos liderados pelo PCP nem pelo BE. Nem estes partidos foram governo coligados com outros partidos.
Ao contrário do CDS/PP.