A partir do momento que as retenções passaram a ser apenas em casos excecionais, estamos a inverter o papel que devia ser o da escola: promoção do empenho e da dedicação, valorizando o mérito.
Na última década, mas sobretudo nos últimos anos, tem-se generalizado a ideia de que para os alunos aprenderem não necessitam nem de esforço, nem de empenho, nem de comprometimento. Não haverá narrativa mais errónea a transmitir, sobre o processo ensino-aprendizagem.
3 comentários
“(…) tem-se generalizado a ideia de que para os alunos aprenderem não necessitam nem de esforço, nem de empenho, nem de comprometimento. Não haverá narrativa mais errónea (…)”
Não poderia estar mais de acordo!
Os nossos Conselhos Pedagógicos, os nossos Diretores e o nosso Ministério que mudem esta realidade e se deixem do “Faz-de-Conta” que todos trabalham e se esforçam e de que está tudo bem quando, simplesmente, NÃO ESTÁ!
Corroboro plenamente o texto.
Estamos todos no País das Maravilhas e fingimos a toda a hora que tudo está bem.
Preocupa-me a falta de rigor e exigências e a falta de atenção em cuidar bem quem quer cingrar na vida académica. E estou a falar de alunos logo ao nível do 1 ciclo. Esses são atualmente preteridos em favor de um ensino que premeia anualmente a falta de trabalho, responsabilidade e de respeito por quem todos os dias está em sala de aula a “tentar” formar mais uma geração.
Confesso que cada um pro seu lado os docentes nunca verão ser reconhecidas as suas virtudes e capacidades.
Concordo em absoluto. Andamos todos a fingir. Os alunos são fracos, não apresentam competências altitudinais nem conhecimento. Infelizmente somos obrigados a fingir que está tudo bem. A escola pública está mal, muito mal.