Alunos do secundário saíram-se pior a Português e Matemática e melhor a Biologia
Resultados da 1.ª fase dos exames nacionais do ensino secundário já foram divulgados. Dos oito exames com mais inscritos, foi a História A que correu pior: média nacional não passou dos 9,5.
Nesta quarta-feira é dia de os alunos portugueses saberem os seus resultados nos exames nacionais do ensino secundário. Em 22 disciplinas alvo de prova, 14 apresentam piores classificações médias do que no ano passado, sete melhoram e uma fica igual.
Vamos por partes. A média de Português (mais de 58 mil alunos fizeram o exame) baixou de 11 valores para 10,8 (numa escala que vai até 20) e a de Matemática A (quase 33 mil avaliados) de 12 para 11,2. Isto tendo apenas em conta os alunos internos (aqueles que frequentaram a escola ao longo de todo o ano 2015/2016), que são a esmagadora maioria dos avaliados.
Já Biologia e Geologia, outro dos exames com muitos inscritos, importante para aceder a muitos dos disputados cursos superiores de Saúde, melhora: a nota média passou de 8,9 para 10,1 valores.
Filosofia baixa ligeiramente, de 10,8 para 10,7. Enquanto a Física e Química os estudantes saíram-se melhor este ano: a média passou de 9,9 para 11,1 valores.
Continuando a olhar para o conjunto das oito provas com mais alunos inscritos, o melhor resultado global está no exame de Matemática Aplicada às Ciências Sociais (cerca de 7600 alunos): 11,4 valores de classificação média, contra, ainda assim, 12,3 no ano lectivo passado.
História A (com cerca de 14 mil inscritos) apresenta-se com o pior resultado nacional, das oito disciplinas com mais alunos: 9,5 valores, apenas, menos 1,2 do que no ano passado.
As classificações obtidas pelos alunos autopropostos (aqueles que fizeram exame mas não frequentaram a escola ao longo do ano, pelo menos até ao fim do ano) são, como acontece todos os anos, mais baixas em todas as “cadeiras”.
Os exames do ensino secundário servem para concluir esta etapa da vida escolar (contam apenas 30% para a nota final de cada disciplina do ensino secundário) sendo também usados como provas de ingresso ao ensino superior (cada instituição de ensino superior define que provas de ingresso exige e quais as notas mínimas que os candidatos a alunos devem ter).
Os dados fornecidos nesta quarta-feira pelo Ministério da Educação mostram feitas as contas às notas no exame e às atribuídas pelos professores ao longo do ano, foi a Matemática A que mais alunos não conseguiram o suficiente para passar: a taxa de reprovações foi de 15% entre os alunos internos, mais 4 pontos do que no ano lectivo passado.
Em relação a 2014/15 foram mais os alunos inscritos na 1.ª fase de exames (352.301, contra cerca de 344 mil) e menos os que faltaram (6%, menos um ponto percentual do que há um ano).
A 2.ª fase dos exames arranca para a semana, dia 19. Destina-se, por exemplo, a quem não tenham obtido aprovação na 1.ª fase ou a quem quer tentar uma melhoria de nota.