Este ministério ainda não acabou com esta injusta forma de vincular professores, assim como com as reconduções que irão fazer as suas vitimas daqui a uns tempos…
Entretanto as vitimas “amontoam-se” por esse país fora…
Docentes e sindicatos apontam injustiças da norma travão que exclui, por exemplo, docentes que tenham mudado de grupo de recrutamento. As 100 vagas nos quadros contemplaram só os que somam cinco contratos sucessivos, no mesmo grupo de recrutamento e com horário completo.
Sandra Jacob é professora contratada pelo Ministério da Educação desde 1996 e, descontados os três anos em que tentou uma profissão no estrangeiro, leccionou em escolas públicas ininterruptamente nos últimos 16 anos. Mas, porque mudou de grupo de recrutamento (primeiro foi professora de português, depois de francês e, nos últimos anos, de espanhol) não conseguiu integrar o grupo de 100 docentes que vão agora ser agora contratados para os quadros do Ministério da Educação (ME), ao abrigo da chamada “norma-travão”.
A lista de colocações foi publicada esta quinta-feira tendo os colocados até ao dia 7 de Julho para aceitar o lugar ou para entregar o recurso. E, como Sandra Jacob, foram várias centenas os professores que não disfarçam o amargo de boca por se verem preteridos na vinculação ao Estado por colegas com menos anos de serviço. “Há colegas com cinco anos de serviço a ultrapassarem colegas com dezasseis ou mais! O Ministério da Educação tem a obrigação de acautelar estas injustiças”, considera a docente.
(clicar na imagem) in Público by Natália Faria
11 comentários
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Infelizmente NÃO É SÓ A norma travão a fazer vítimas entre os que dedicaram a sua vida ao ensino e agora vão para o desemprego.
Sempre a olhar para o umbigo…
O principal problema, é a vinculação não ser pelo tempo de serviço, ponto. Até porque, como as coisas estão, também não deixaria de ser igualmente injusto, ver alguém de outro grupo cair de para-quedas no nosso e ainda por cima vincular.
“Sempre a olhar para o umbigo”???? não percebi.
Então os que são injustamente ultrapassados, olham para o seu umbigo???? não falo apenas dos que vincularam pela norma travão, porque esses, apesar de tudo, trabalharam 5 anos no ensino público, há outros que apenas trabalharam 365 dias.
A norma é injusta a todos os níveis e ponto final. Claro que se a colega Sandra Jacob tem 16 anos de serviço é de total justiça vincular, assim como outros docente, com 17, 18, 19… anos de serviço que não tiveram a sorte de ter sempre horários anuais ou completos.
A injustiça não é só para essa história dos grupos, é sim, haver um número escandaloso de pessoal com anos a fio de serviço ao estado e continuar na precariedade.
Andar a querer que a norma seja “aperfeiçoada” não chega…ou se calhar interessa a alguns.
No dia que acabarem com a norma-travão os docentes dos colégios privados vão esfregar as mãos (ainda mais).
No dia que acabarem com a norma travão ninguem vai esfregar as mãos porque nibguem vincula.
Esquecem-se todos que estas vagas só existem porque existe a norma travão.
Sem norma travão para os contratados ficam as vagas que sobrarem dos Concursos Internos
Pois, ficam as vagas que sobram para contratados, como diz. Mas sabe para que contratados? Para os que estão no topo das listas. Sabe quais são? São contratados, muitos já efetivos e/ou despedidos dos colégios. Ou seja, as vagas acabam de ser para eles. Aos outros só resta desemprego quando já deviam estar efetivos (se as políticas fossem outras)
Norma criada à medida de alguns é o que é.
Se a norma travão não existisse aqueles que saíam agora dos colégios privados com muitos anos de serviço vinculariam e aí sim os lugares para contratados acabavam. Se a passarem para 3 anos, mais fácil é para aqueles entrarem e mais injustiças vão acontecer porque mais serão as entradas (especialmente por aqueles que conseguiram apanhar lugar nas teips), e consequentemente menos restam para os outros.
Lembro-me de há uns anos ver as listas de vinculação do grupo de Espanhol, referido na noticia, e tal como na Educação Especial entravam os candidatos com 0 dias no grupo. Não se vincula um candidato sem tempo de serviço num grupo, é imoral.
Assim como está é o melhor (especialmente agora sem a BCE), obriga a 5 anos no ensino publico e não permite subterfúgios, quem quer alarga o leque de escolas a que concorre. Se alterarem o sistema apenas o vão piorar.
Muito bem dito Ana
Os chicos-espertos que foram ficando ao lado de casa, alguns no colégio do santinho, que agora saltitam de grupo em grupo, espezinhando todos aqueles que se lhe atravessam.
Estes serão sempre os que contestarão os direitos dos outros em proveito próprio.
Gentalha.