Questões a Nuno Crato

Documento em pdf que me chegou com uma série de questões levantadas a Nuno Crato por professores contratados.

Já que o Ministro não visita blogues aconselho a enviarem para a Judite de Sousa ou para a TVI o documento em PDF para a entrevista de amanhã no Jornal das 8 na TVI

 

 

Questões às quais todos os professores contratados desejariam obter uma resposta por parte do Ministério da Educação e Ciência (MEC).

 

Como é possível o MEC abrir um concurso público para contratação de professores a 13 abril 2012, onde o aviso de abertura  refere claramente  que os diplomas  que regularão o concurso são os Decreto-Lei n.º 20/2006, de 31 de janeiro, na redação dada pelo Decreto -Lei n.º 51/2009, de 27 de Fevereiro e aquando a manifestação das preferências do concurso, em julho 2012, o mesmo concurso passa a ser regulado pelo DL 132/2012? Isto é a mesma coisa que um jogo de futebol ter um regulamento na 1ª parte do jogo e após o intervalo a 2ª parte será jogada com regras diferentes…

 

Porque têm os professores contratados de andar meses a fio preocupados com o seu concurso? Não entendemos. O concurso é realizado numa plataforma eletrónica, iniciou-se em abril 2012 e só terminou em finais de Julho 2012. Será que os professores contratados não têm direito a férias e a um processo menos desgastante?

 

– Os professores contratados são avaliados todos os anos desde que cumpram mais de 180 dias de serviço, não acontecendo o mesmo com as restantes categorias de professores. Apesar do processo da avaliação de desempenho ter sofrido uns pequenos ajustes, será que os professores contratados não mereciam igual tratamento aos demais professores e só deveriam ser avaliados quando cumprissem pelo menos 500 dias de serviço ao longo de dois anos letivos? Ou seja, bianual?

 

– Diz o senhor ministro da educação e ciência que existem professores a mais nas escolas. Perguntam os professores contratados, mas com as escolas a serem agrupadas em mega agrupamentos e outras centenas a serem encerradas, com as turmas a ficarem com 30 alunos e com a extinção de algumas disciplinas, será que são os professores que estão a mais ou será que as medidas do MEC é que estão a colocar os professores contratados no desemprego?

 

Em que factos  se baseou  o sr. ministro  para colocar as turmas  com 30 alunos? Centenas de estudos e centenas de exemplo dizem-nos que muita quantidade significa um abaixamento  da qualidade. Sr.  ministro,  até os planteis  de futebol só querem 23/24  jogadores no máximo e é para colocar os jogadores  num espaço de 90*45 metros e não numa sala de aulas com pouco mais de 20 metros quadrados.

 

– Os professores contratados têm famílias e vários encargos. Várias vezes ao dia, tâm de estar os professores contratados em frente ao seu computador pessoal a ver se é hoje que são publicadas listas, ou se foram lançadas ofertas de escola, etc. Será pedir muito o MEC  colocar a informação na sua página ou na página da DGAE com o agendamento da publicação das variadas listas?  Ou não terá o MEC e a DGAE pessoas competentes para tal tarefa?

 

– É da opinião geral que todos os exames nacionais realizados no último ano letivo foram de uma dificuldade extrema e tal como o MEC anunciou, os resultados baixaram muito. Será que este ano letivo os exames serão mais acessíveis de modo a que se obtenham melhores resultados e o MEC possa  afirmar que todas as medidas que tomou para este ano letivo foram as melhores? Medidas  como colocar milhares de professores contratos desempregados? Haverá algum tipo de correlação aqui?

 

– Em relação  às ofertas de escola (contratação de escola), são centenas de casos com irregularidades. Muitas são já as reclamações.  O que tem o sr. ministro a dizer em relação:

 

  – Às escolas que colocam os docentes menos graduados à frente dos mais graduados?

 

                  – Aos diretores de escola que aceitam a prestação de dados falsos, como a contagem  do tempo  de serviço por exemplo, para que a pessoa  que lhe interessa seja colocada? Não deveria um diretor ser punido por tal situação? Não deveria o candidato que presta falsos dados ser imediatamente excluído?

 

                  – Às  escolas que convocam todos os professores  para realizarem  um entrevista, quando o DL 132/2012  (o que regula o concurso) diz que só os primeiros 5 é que são chamados?

 

                   – Às escolas que colocam sub critérios de admissão à medida de determinados professores? Em alguns casos só falta mesmo colocarem o nome do candidato que pretendem.

 

Ainda, no que concerne às contratações  de  escola, perguntam os professores contratados:

 

 – As escolas TEIP ou com autonomia não poderiam entrar no dito concurso anual? Qual a lógica de terem um regime de contratação de docentes à parte e à medida dos interesses individuais?

 

                 – Faz algum sentido um professor contratado, com X anos de serviço, submeter-se a uma entrevista que muitas ou todas as vezes está “viciada”, tendo muitas vezes de percorrer  centenas de quilómetros para isso?

 

                  – Não concorda que o mais correto nestas situações fosse todas as escolas TEIP  e com autonomia  solicitarem  apenas  a graduação profissional  dos candidatos  e  nada mais?  Assim,  os  mais  graduados   seriam  sempre  os primeiros a serem colocados e traria veracidade a este tipo de concurso. Em caso de empate na graduação, seria dada sempre preferência ao docente com maior idade. Que lhe parece desta ideia?

 

 – Gostariam os professores contratados de saberem como é possível o MEC realizar uma reforma curricular e tomar outras medidas sem ouvir os professores?


Para finalizar este rol de questões e a título de curiosidade meramente, gostaríamos de saber apenas durante  quantos  anos lecionou o senhor ministro  numa escola pública e há quanto tempo?

Nós, professores contratados gostaríamos de ver todas estas questões a serem respondidas de forma clara e objetiva. Esperemos que o sr. ministro tenha coragem para tal.

Diz  o sr. ministro  que não há motivos  para os professores  o contestarem,  então sugerimos que realmente comece a ouvir os professores e se não for pedir muito leia alguns blog’s ou espaços destinados aos professores. Se não tiver tempo, tem sempre os  seus  secretários  de estado  e demais  assessores que poderão faze-lo  por si  e transmitir-lhe o que vai na “alma” dos professores, nomeadamente dos professores contratados. Aqui entre nós, há quem diga que é o pior ministro da educação desde o regime salazarista.

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2012/09/questoes-a-nuno-crato/

39 comentários

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    • Alberto Miranda on 9 de Setembro de 2012 at 18:14
    • Responder

    Perante uma classe com a “espinha quebrada” (a começar pelos contratados que estão a ser os primeiros em grande escala a apanhar uma “paulada”), prevejo que vai acontecer neste ano letivo o seguinte:
    1º- O “clube dos resignados” (não lutam e/ou metem atestados médicos);
    2º- O medo instalado entre os professores do quadro tentando salvar-se cada um por si (facilmente o “verniz vai estalar”);
    3º-Agressividade em alguns sectores da docência (basta perceber a que nível chegamos para haver uma petição para mais nenhum professor entrar no quadro).
    Penso que uma grande parte dos professores só poderão “saltam para a rua” e fazer tremer o MEC se houver a noção que 35% da classe (efetivos) corre risco de ficar com horário zero nos próximos 5 anos e do poder de compra ficar igual ao ano de 1996! (entre 2011 e 2014 os salários reais vão perder 14% do seu valor).

    • ProfessorNasHorasVagas on 9 de Setembro de 2012 at 18:16
    • Responder

    Alvíssaras a quem encontrar o email da TVI 😉

    • maria on 9 de Setembro de 2012 at 18:17
    • Responder

    COMO É POSSÍVEL OS SINDICATOS ACEITAREM A VINCULAÇÃO DE PROFESSORES QUE ENTRARAM NO DIA 31 E EM OFERTA DE ESCOLA COM CRITÉRIOS VICIADOS E CUNHAS MUITAS, DEIXANDO PARA TRÁS MUITOS COM MAIS DE 15 ANOS DE SERVIÇO QUE NÃO TIVERAM A SORTE DE COLOCAÇÃO? ESTES DOCENTES SEMPRE FIZERAM FALTA ÀS ESCOLAS, A PROVA É O SEU TEMPO DE SERVIÇO! AGORA NÃO IRÃO VINCULAR NUM PROCESSO QUE RAIA AS MALHAS DA INQUISIÇÃO!

    • Alberto Miranda on 9 de Setembro de 2012 at 18:28
    • Responder

    Sobre a afirmação “Aqui entre nós, há quem diga que é o pior ministro da educação desde o regime salazarista”, discordo porque pertence ao grupo dos ministros que tem vindo a distruir a Escola Pública: Maria Lurdes Rodrigues,Isabel Alçada e Nuno Crato (se tiverem uma leitura global percebe-se que há uma linha de continuidade)…colegas tenham um exercício de cidadania ativa (e começem a pensar bem em quem votar nas próximas eleições!).

  1. Falta ainda perguntar pelas compensações por caducidade, prometidas em julho e ainda não pagas…Professores com mais de uma década de dedicação ao ensino foram, deliberadamente, empurrados para o desemprego sem o pagamento de um único vintém. IMORAL!

    • Antero on 9 de Setembro de 2012 at 18:40
    • Responder

    Parece mentira, mas tudo isto é verdade! Vamos à luta, não desistam; estou a passar pelo pior de sempre em termos profissionais, trabalho no ensino há 20 anos… pela 1ª vez quero trabalhar naquilo em que tanto tenho investido e nenhuma porta se abre; a minha esposa também está nesta situação… Nem sei se comprarei os livros ao meu filho, para iniciar o ano letivo; pois perante tamanhas injustiças: os concursos, TEIPS, entrevistas; Aecs; (tudo forjado, uma aldrabice) estamos a ponderar ir viver e trabalhar para outro PAÍS; um pouco mais transparente. Abraço

    • Ana on 9 de Setembro de 2012 at 18:55
    • Responder

    Tenho quase a certeza que este homem, que se diz ministro da educação, não vai responder a uma única questão.
    Já percebemos que a arrogância e a distância com que nos trata, não lhe “permite” essa preocupação.
    Oxalá me engane, mas deste não espero absolutamente nada, nada….
    Desejo apenas que os seus dias estejam contados pelos dedos da minha mão.

  2. para o professor nas horas vagas
    agenda@tvi.pt

      • ProfessorNasHorasVagas on 9 de Setembro de 2012 at 19:10
      • Responder

      Obrigado 😉

    • Shue on 9 de Setembro de 2012 at 19:07
    • Responder

    Apesar de pertinentes, de entre as questões faltam duas muito importantes e que não foram sequer afloradas:

    – Acha justo, para não dizer ilegal ou imoral (apesar de não o ser verdadeiramente) que alguém com menos graduação seja reconduzido em detrimento de quem mais graduação tem?

    – Acha correcto, já para não falar na legalidade, que não se cumpra o disposto no Código de Trabalho em termos do cumprimento do subsídio de caducidade de contrato?

    Enfim…

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      • mimi on 9 de Setembro de 2012 at 20:38
      • Responder

      Estas questões são muito pertinentes: a questão das reconduções é demasiadamente injusta para que continue a ser aplicada em futuros anos. Um qzp pode tirar o lugar a um contratado porque manifesta interesse por uma determinada escola, mas um contratado mais graduado não pode mesmo manifestando interesse por uma determinada escola. Que justiça é esta?? NÃO ÀS RECONDUÇÕES!!!

    • Msilva on 9 de Setembro de 2012 at 19:18
    • Responder

    Li inúmeros posts nas últimas duas semanas e acho que apesar de termos de reclamar/ protestar relativamente às escandaleiras que têm ocorrido nas colocações, devemos ter cautela enquanto classe profissional. Passo a explicar: tenho lido questões e visto reportagens nas quais colegas se referem a graduações, a estatutos, etc, mas temos de nos lembrar que a população nem sabe o que isso é. Mais: não é pos aí que se vaoi conseguir chamar a atenção da população em geral. As questões a colocar ao Sr. Ministro poderiam relacionar-se com a repercussão de colocações viciadas, ou seja, que impacto terá a educação das crianças e jovens, sabendo que em determindas escolas, nomeadamente nas TEIP, os diretores colocam à sua vontade pessoas com poucos ou nenhuns anos de experiência, passando à frente de colegas com muitos anos de experiência?
    Acho que enquanto classe profissional deveriamos ter mais cuidado com a mensagem que passamos, porque o público em geral já está cansado de ouvir-nos falar de coisas que nos dizem respeito. Acho que deveremos “atacar” mais pelo número de alunos por turma e pelo impacto dos compadrios na educação dos alunos.

    • ProfessorNasHorasVagas on 9 de Setembro de 2012 at 19:18
    • Responder

    Já enviei. Acrescentei a sugerida pelo/a Shue e corrigi um erro que lá está em cima (tâm) por têm.

    • Nuno Pinto on 9 de Setembro de 2012 at 19:39
    • Responder

    Acrescentaria ainda a questão da equidade no concurso entre professores do ensino público que tanto sacrificaram das suas vidas e oportunistas do privado…

    • tt on 9 de Setembro de 2012 at 20:01
    • Responder

    E a redução da componente letiva em função da idade?
    E as parvas das reconducoes?
    E o incumprimento da legislação do trabalho?

    Ui! Falta aí tanta coisa!

    Importante melhorar as perguntas. Algumas nao sao perceptiveis e outras mal formuladas. Quando se faz, deve fazer-se bem.

    A ideia é boa.

    • Verbis on 9 de Setembro de 2012 at 20:19
    • Responder

    Colegas, não se esqueçam de questionar as reconduções injustas que permitem a ultrapassagem de milhares de docentes mais graduados por docentes menos graduados!!! Não deixem adormecer essa questão!!!! Como vão retificar essa situação?????

    • maria on 9 de Setembro de 2012 at 20:24
    • Responder

    a injustiça de se ver ultrapassada e nada poder fazer é frustante.nunca se viu tamanha injustiça. deveriam criar vagas para colocar os ultrapassados,numa escola da DAMAIA alem de ultrapassarem muitas,ainda escolheram entre duas que lá trabalharam no ano anterior,a que começou a meio do ano a trabalhar na escola,menos graduada,com menos tempo de serviço e…avaliacão.para tudo há argumentos,mas não se deve brincar
    com a vida de quem tem filhos para comer e vive do seu ordenado.
    NÃO HÁ PALAVRAS,QUE DESILUSÃO.

    • mimi on 9 de Setembro de 2012 at 20:43
    • Responder

    Como já referi as reconduções são uma questão muito importante, pois não é viável e é de uma tremenada injustiça! Para que serve uma lista de graduação, quando na verdade não se faz uso dela?

    • Carla on 9 de Setembro de 2012 at 20:44
    • Responder

    E a prova de acesso?
    E os professores das atividades de enriquecimento curricular que em muitos agrupamentos ainda trabalham a recibos verdes e com valores / hora vergonhosos? E o facto de alguns desses professores trabalharem há muitos anos no mesmo agrupamento e todos os anos têm que andar aflitos com os concursos? Porque não têm eles direito a reconduções!?!?

    • Ana Gonçalves on 9 de Setembro de 2012 at 21:43
    • Responder

    Muito Bem!

    • vykos on 10 de Setembro de 2012 at 10:04
    • Responder

    Peço imensa desculpa, mas porque é que as escolas TEIP não podem contratar as pessoas à medida?

    Na realidade essas escolas raramente são uma escolha para os professores trabalharem, mas sim um ultimo recurso para ganharem um ordenado. Se eu fosse Director de uma escola TEIP é claro que preferia ficar com pessoas que já em Julho tinham demonstrado interesse em ficar e que adicionalmente tinham desenvolvido um bom trabalho com os alunos, em detrimento de qualquer professor com maior graduação (tempo de serviço, ou idade como alguem sugeriu) mas menos motivado ou menos competente para leccionar neste tipo de escola.

    A realidade é que para existir um ensino de qualidade tem que se deixar de pensar que todos os que teem um curso de ensino (ou habilitações próprias) têm que leccionar. Tem que leccionar quem tem vocação e competencia para tal e o facto é que há por aí muito professor contratado e muito professor do quadro que não tem competencia para tal. Porque é que os professores não pedem que as contratações sejam por competência? Porque é que um professor do quadro por mais incompetente que seja nunca é despedido pela dita incompetência? Porque é que professores contratatos e do quadro não EXIGEM uma avaliação justa, imparcial e realizada por pessoas externas às escolas (mas não externa ao ensino) que avalie a competência dos mesmos, sendo que uma avaliação negativa teria consequências para a continuidade do mesmo do ensino? Porque é que não há avaliações negativas?

    Quando é que vão acabar @s Srs./Sras. professor@s a pintar as unhas nas aulas, a ler revistas e jornais, a faltarem constantemente a determinadas turmas, a não manter um minimo de disciplina nas aulas, a não ensinar partes da matéria porque não a sabem, a não tirar quaisquer tipo de dúvidas, a tratar de forma incorrecta os alunos porque estes não são de determinado estrato social, os professores a tratar os alunos nas reuniões por “animais” e “bestas”, a chumbar ou passar alunos com base em critérios que são tudo menos justos (por exemplo: “vamos passar este para não o aturarmos mais para o ano”)?

    Por tudo isto e por muito que me possa prejudicar, compreendo as ofertas de escola à medida, se essas reconduções forem feitas para pessoas competentes que se esforcem por fazer um bom trabalho com os alunos, principalmente com uma grande fatia dos alunos das escolas TEIP que estão em risco de abandono escolar, que algumas vezes nem comida na mesa têm (quanto mais um bom ambiente de estudo), que vivendo em Lisboa nunca viram o Rio Tejo (história real de um aluno de 8ºano de uma escola TEIP de Lisboa), que vivem em ambiente violentos, e tantos outros casos dramáticos.

    Defendo também que deve haver mais disciplina nas escolas, e que devem ser dados passos nesse sentido, mas digam-me sinceramente que uma pesoa licenciada em ensino (não lhe vamos chamar professor) cujas aulas são uma rebaldaria total e onde ninguem aprende nada (porque o professor não sabe, ou não está para impor disciplina), um alguém que diz a alunos para nem aparecerem nas suas aulas, ou ainda alguém que tece comentários racistas a alunos merece ser colocado só porque tem 10 ou
    15 ou 100 anos de serviço? Não me parece.

    Mas, como costumo dizer, os professores deviam ser melhor tratados e melhor remunerados, no entanto, como tantas outras classes, neste momento nao o merecem, visto que continuam a cobrir e defender a incompetência dos seus pares, essa é a unica razão para que professores nao sejam despedidos, e raramente (digo raramente porque não sei se alguma vez aconteceu) tenham avaliações abaixo de regular (mesmo essas são raras) todos são Bons, e só não são muito bons ou excelentes porque há quotas …

    Em vez de andarem em blogues a fazer barulho lutem pelo que é justo … mesmo que isso vos afecte negativamente ou não vos afecte de todo.
    Lutem pelo que correcto e lutem por um ensino em que os alunos aprendam, não lutem por coisas que não vos parecem justas mas que bem esmiuçadas fazem sentido. Lutem pelo fim do amiguismo e do cooperativismo no ensino, denunciem os colegas que são incompetetes.
    Apoiem os alunos que têm razão contra certos professores e terão muito mais respeito tanto dos alunos como do resto da população.
    Aconselhem alunos e encarregados de educação com base no que é legal e correcto em vez de tentarem convecer os mesmos a não prejudicar o “colega” que é incompetente. Lutem principalmente pelos direitos que são justos, por um ensino de qualidade e pelos alunos que não têm ninguém que lute por eles.

      • Sara on 10 de Setembro de 2012 at 13:52
      • Responder

      Compreende as ofertas de escola feitas à medida porque das 2 uma ou é diretor dessas escolas ou foi colocado(a) numa dessas escolas. Passo a explicar-lhe um diretor quer colocar quem bem lhe apetece não por competência mas para escravidão. Porque a maior parte das vezes quem passa e em muito à frente dos outros tem pouquíssimo ou nenhum tempo de serviço.
      É verdade que andam muitos incompetentes de quadro com as costas protegidas e várias vezes pela própria direção que conhece a situação. Mas os pais que se mexam, que abram a pestana e que tirem os filhos desses professores pois eu faria isso.

        • vykos on 10 de Setembro de 2012 at 17:08
        • Responder

        nem uma coisa nem outra, mas se lesse tudo até ao fim tinha percebido que ainda não estou colocada…
        dou-lhe todo o meu apoio e subscrevo o seu segundo parágrafo, na realidade muitos problemas existem e agravam-se porque os pais não agem quando devem (muitas vezes com medo de represálias para os alunos)

      • Antero on 10 de Setembro de 2012 at 16:34
      • Responder

      As desculpas não se pedem, evitam-se! O seu comentário é um completo absurdo. Quem se julga o colega para tecer comentários desta natureza em torno de outros colegas! Está a caluniar, difamar e injuriar os seus pares. É muito grave! Para além de compactuar com a esperteza saloia+bairrismo+compadrios do sistema=fator C. É uma ofensa grave a toda a classe. Pense bem!

        • vykos on 10 de Setembro de 2012 at 17:05
        • Responder

        não é caluniar/difamar/injuriar. é constatar factos e relatar ocorrências de eventos que vi e ninguem me contou. Realmente, é este tipo de comentários que dá razão ao que escrevi acima. É a sua atitude que perpetua a permanência de pessoas menos capazes nas escolas, pois quando os pais e EE fazem o que sugere a Sara – “Mas os pais que se mexam, que abram a pestana e que tirem os filhos desses professores pois eu faria isso.” – muitas vezes os problemas são encobertos, e nada se resolve nem na escola nem nas DRE.

          • Antero on 10 de Setembro de 2012 at 18:04

          Envie-me o seu mail para lhe enviar o meu CV… assim talvez possa comprovar se sou menos capaz…. O insulto fica mal, cai mal. Não deveria ser permitida a publicação dos seus comentários, neste tipo de blogs. São ofensivos e desafiadores. Passe bem!

    • eternamentecontratadadesempregada on 10 de Setembro de 2012 at 11:23
    • Responder

    Vykos – Lá estamos nós a denegrir os professores! Maus profissionais há em todas as profissões. Se os Diretores desempenharem bem as suas funções acabam com essas situações que embaraçam qualquer classe profissional. Quanto às TEIP, gostei do discurso, lindo! Então diga-me lá como é que eu entro para uma TEIP, porque modéstia à parte sou uma boa profissional, penso e trabalho para os alunos acima de tudo e, ainda por cima, estou bem graduada. Pois! Eu posso já adiantar um «pequeno pormenor»: não conheço ninguém da direção de uma TEIP, nem tenho familiares no ensino, sou filha de trabalhadores da têxtil.
    Para terminar, em vez da luta a que nos desafia (para denunciarmos os colegas incompetentes, para apoiarmos os alunos que …) sugiro que dê mais atenção ao seu trabalho e deixe a quem realmente deve solucionar esses problemas. Em treze anos de serviço e quase outras tantas escolas por onde passei, essas situações existem mas, felizmente, são casos pontuais e se os pais e os Diretores desempenharem bem as suas funções, essas situações desaparecem.
    Já temos gente a mais a dar-nos na cabeça e a desvalorizar a nossa profissão que considero nobre mas que cada vez mais me desilude e desgasta pelas medidas injustas que degradam a qualidade do ensino e diminuem o professor enquanto ser humano.

    «Posso não concordar com o que diz mas defenderei até à morte para que possa continuar a dizê-las».

    • DD910 on 10 de Setembro de 2012 at 11:55
    • Responder

    uma questão que eu gostava de ver colocada ao sr. ministro: Disse que era importante investir em disciplinas nucleares como a matemática e o português e evitar a dispersão que se tem vindo a observar….como é que justifica ter havido, com a nova reforma curricular, uma diminuição da carga horária, em 1 tempo letivo semanal no 3º ciclo, nestas duas disciplinas? Habitualmente, as escolas com a sua “autonomia” atribuiam mais um tempo para cada uma delas, perfazendo 6 tempos para cada, agora só há 5…

      • DD910 on 10 de Setembro de 2012 at 14:28
      • Responder

      colegas, informo-vos que já enviei a minha questão para a TVI e que eles responderam dizendo que já a entregaram à Judite de Sousa

    • VI on 10 de Setembro de 2012 at 11:57
    • Responder

    Acho que devia também ser feita a pergunta se professores contratados com 50 anos não deviam ter redução de horário como os seus colegas. Ganham menos e dão mais horas….

    • Antonio on 10 de Setembro de 2012 at 12:01
    • Responder

    Ninguém se preocupa com o facto de os professores do privado no próximo ano poderem concorrer em 1ª prioridade. Em alguns grupos os actuais professores contratados vão ser completamente substituídos pelos do privado. E ninguém diz nada! Só quando chegar a altura é que se vão andar a chorar. E aí vai ser tarde demais!

    • vykos on 10 de Setembro de 2012 at 12:08
    • Responder

    @eternamentecontratadadesempregada
    não é uma questão de denegrir a profissão de professor. Trata-se de, estando na posição de eternamente contratada como tantos outros (e portanto sendo tratada abaixo de lixo, como tantos outros), me sentir injustiçada e ofendida quando vejo alguns (ATENÇÃO – isto não é uma generalização, mas infelizmente acontece) colegas que fazem parte da “mobilia” a ter todo o tipo de atitudes condenáveis para com os alunos sem qualquer tipo de consequência….. e eu (como tantos outros) estou aqui à espera que caia um lugarzinho para poder mostrar o meu valor que, claramente e para manter a coerência, não deverá ser mantido à custa de antiguidades mas sim à custa do trabalho desenvolvido.
    Diga-me com toda a honestidade que nunca se sentiu revoltada por andar ano após ano a dar o litro enquanto vê pessoas que se acomodaram e não fazem mais do que cumprir horário sem um mínimo de preocupação e brio no que andam a fazer…. se for capaz de fazer isso então digo-lhe humildemente (mas com um nico de inveja) : é uma felizarda por ter passado todo o seu tempo de trabalho em locais onde todos dão o seu melhor e todos se preocupam com as crianças que tèm à sua frente.

    • Zaratrusta on 10 de Setembro de 2012 at 12:13
    • Responder

    Todas as questões aqui levantadas levam ao mesmo erro que tem sido cometido até agora: os professores só estão preocupados com eles próprios. É por isso que o crato está a ganhar a guerra.

    Nenhuma destas questões deixa transparecer qualquer preocupação pelos alunos ou pelo desastre que vai ser a educação a partir de agora. Espero que a jornalista não siga este caminho.

    • maria on 10 de Setembro de 2012 at 12:27
    • Responder

    têm todos razão.os ALUNOS são o mais importante para todos.;quem foi ultrapassado é tudo incompetente,,,houve justiça em tudo,
    azar o meu,ter de assistir a tudo isto
    aguardemos ….

    • sapp on 10 de Setembro de 2012 at 12:39
    • Responder

    Colegas,
    Depois de ler todos estes comentários (e de muita coisa me ter passado pela cabeça), gostaria apenas de esclarecer o seguinte: contratar os professores pela graduação profissional nem sempre é o mais transparente e justo (ao contrário do que tanto se proclama!). O mais justo seria respeitar o número de ordenação das listas nacionais. Vejamos: tenho colegas e vários amigos que todos os anos têm horários completos/anuas, pois trabalham em instituições particulares (leia-se ao lado de casa). Estes acabam por ter uma graduação superior à minha, mas concorrem depois de mim, pois como tenho andado por esse país a “mendigar” orgulhosamente horários, concorro em 1.ª prioridade. Não me parece justo…
    Relativamente às escolas TEIP e/ou Autónomas, relato o que me aconteceu já há uns 6 anos numa escola agora autónoma. Depois de o diretor não conseguir que nenhum professor do quadro da escola aceitasse uma turma PIEC (estes eram de etnia cigana), lançou o horário a concurso. Fui aceite. Correu tudo lindamente e, como se tratava de um projeto, era suposto eu continuar com esses alunos no ano seguinte. O diretor disse-me pessoalmente que gostou do meu trabalho e que sabia que os alunos também tinham gostado, mas que, no ano seguinte, precisava de colocar uma amiga e excelente professora que não tinha horário completo no ano seguinte. Conclusão: vim a saber dois anos mais tarde que as coisas acabam por correr muito mal mesmo!!
    Moral da história: o azar parece perseguir sempre os mais fracos…

    • Derfel on 10 de Setembro de 2012 at 12:44
    • Responder

    @António: nesse caso vão abrir bastantes vhagas no privado … e o que poderá acontecer é que o ensino privado poderá ficar ganhar em competencia. 90% dos professores do ensino privado não querem leccionar em escolas públicas, antes pelo contrário; aliás muitos fugiram das escolas públicas e dos “animais” que por lá andam a dar aulas para terem um emprego no ensino privado, onde algumas aulas são de chorar de detão más. Digo isto com conhecimento de causa de quem trabalha no ensino privado.

    @eternamentecontratadadesempregada

    Em primeiro lugar estou para conhecer um professor incompetente que tenha dois dedos de testa para o reconhecer, aliás quanto mais incompetentes são, mais competentes se acham (não é exclusivo dos professores, mas de outras classes como médicos, advogados, juizes, politicos, engenheiros, etc), aliás mais reivindicam a inumeras injustiças de que são alvo e de que poderão ser alvo no futuro. Prova disto é a recusa de qualquer modelo de avalacição que possa por em causa o seu trabalho ou competencia.

    Em segundo lugar qualquer director que pense sequer em por professores incompetentes na ordem é automáticamente apelidado de pidesco e tem o seu trabalho todo sabotado, mais ainda até pode levantar m processo disciplinar a um ou dois professores que o resultado é o mesmo … porque a classe protege os incompetentes.

    No que diz respeito aos concursos das TEIP diga-me, se fosse directora de uma escola e tivesse que escolher entre um professor que:
    1- esteve na escola no ano anterior
    2- desenvolveu uma boa relação com os alunos
    3- poucas ou nenhumas faltas deu
    4- participou em projectos na escola
    5- está disposto a continuar na escola e aprecia o desafio de dar aulas neste tipo de escolas.

    e um outro qualquer que até tem mais graduação, mas que:

    1- é uma perfeita incógnita quanto a competência
    2- não conhece nem a realidade da escola nem os alunos
    3- poderá a estar-se nas tintas para quaisquer projectos da escola
    4- poderá inculivamente estar a concorrer mas assim que arranjar um lugar em qualqer escola não TEIP abandona os alunos e escola poruqe não gosta de lá estar
    5- Se possivel nunca quererá voltar a dar ali aulas.

    Penso que até para si a escolha é óbvia.

    Quanto ao seu comentário final apenas o acho triste, mas na realidade indicador de muita coisa.
    O facto é que os países considerados modelo são países onde:

    – se contratam pessoas pela competencia
    – se despedem os incompetentes
    – se cumprem as leis
    – e se pagam os impostos

    Mas para isso acontecer tem sempre que haver denuncia dos casos de incumprimento … não é ser “pidesco” como parece sugerir no seu comentário … é ser justo mas isso é algo que falta à grande maioria das pessoas neste país. Porque só se preocupam com o seu umbigo, com fugir às leis e aos impostos. E com ter um “emprego”, porque trabalho é para quem não é “doutor”

    Um ultimo comentário, se em 13 anos de ensino e 13 escolas nunca consegiu colocação ou recondução, algo na realidade não está bem mas não sei se será apenas nos concursos e afins.

    • Sara on 10 de Setembro de 2012 at 14:15
    • Responder

    Sr. Ministro acha sensato milhares de professores estarem a auferir subsídio de desemprego enquanto podiam estar a contribuir para um ensino melhor?

    Sabe o que é trabalhar com 25 alunos de 2 anos de escolaridade e com alunos NEE?

    Em todas as medidas que já implementou alguma vez pensou no bem dos alunos?

    Acha que com tantos alunos numa sala de aula e muitos professores a trabalharem contra a vontade o ensino é de qualidade?

    Os professores de Quadro são melhores do que aqueles a quem designa por “candidatos a professores” e já trabalharam muitos anos?

    As medidas que tem vindo a implementar estão a contribuir para a descrença no ensino público. Não me parece que todos os professores que estão ao serviço estejam disponíveis para serem explorados e nem verem o seu trabalho reconhecido.

    Aconselho-o a visitar as escolas com frequência e sem aviso.

    As opiniões dos encarregados de educação e professores deviam ser tomadas em conta antes da colocação em prática das medidas novas.

    • Sara on 10 de Setembro de 2012 at 14:28
    • Responder

    Quanto às questões elaboradas no documento a que se refere ao aumento do número de alunos por turma, não me parece pertinente a comparação com o futebol. O problema mais grave deste acréscimo não me parece que seja o espaço da sala de aula mas a qualidade do trabalho elaborado.

    • JC Narciso on 10 de Setembro de 2012 at 20:57
    • Responder

    Desculpe lá, mas estas perguntas são… do pior. Abarcam somente os interesses de 2 ou 3% de professores.

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