O Governo não parece estar interessado em acordar rescisões amigáveis com quadros qualificados e bem pagos da Administração Pública
Tendo em conta que o novo diploma de concursos já prevê regras próprias para mobilidade dos docentes e a intenção do governo é centrar-se nos funcionários públicos menos qualificados e naqueles que estejam ou sejam colocados no regime de mobilidade especial este diploma não irá afetar nenhum docente, pelo menos nos tempos mais próximos.
Se bem que possa parecer estranho que a remuneração base a considerar para o cálculo da compensação não possa ser superior a 20 vezes o salário mínimo (485 euros), ou seja 9700 euros. Haverá assim tantos trabalhadores não qualificados a ganhar cerca de 10000 euros mensais?
4 comentários
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Olá.
Sou de EVT (efectivo) e já com um pé “de fora” por obra e graça da revisão curricular.
Mais valia haver coragem e alargar isto aos docentes de EVT. Assim e antes da mega onda de DACL’s por não haver horários, limpava-se listas e alguns deixavam de estar à mercê das ideias iluminados do destino que ainda vão pensar em dar-nos!
O processo não está fechado e o Governo irá apresentar condições especiais para grupos especiais. Vamos ver como se comportam os sindicatos. Espero não ver reeditada uma fita tipo acordo das pizas! Seria aliás um bom ponto de agenda para todos negociarem a possibilidade de saída dos professores mais velhos que ficaram a pagar forte e feito, enquanto outros sairam sem penalização aos 52 anos na pensão de aposentação. Que ao menos tenha a coragem de defender equidade e justiça.
Os valores envolvidos indiciam a possibilidade de se destinarem às chefias que vão saltar fora das Câmaras, Empresas Municipais e públicas, e de restantes organismos que vão sofrer redução de chefias. Tudo o resto é só fumaça…
Nós somos peritos em pensar que o mal que vai aparecendo não se aplica a nós. É sempre para os outros. Mas virá o dia em que se vai aplicar, também, a nós, não tenhamos ilusões.
O pessoal que está no governo tem por ideologia acabar com o “peso” do Estado. A pouco e pouco vão tornar a vida dos funcionários públicos num inferno e afastar os que querem vir trabalhar para a função pública.
É bom que tenhamos a consciência das coisas e comecemos a “lutar” desde já, para estarmos preparados e para dar a perceber aos nossos (des)governantes que não estamos distraídos, nem os deixamos fazer o que querem.
Por que quem não se sente, não é filho de boa gente!