No regresso a casa, num curto espaço de tempo de ausência, deparei-me com algumas notícias que não contava e que nem ao diabo faziam lembrar.
Se o anúncio do regresso dos subsídios ficaram adiados para 2015 e de forma faseada era uma notícia previsível tendo em conta que o relatório da Troika aconselhava a sua eliminação já o mesmo não posso dizer da publicação do Decreto-Lei 85-A/2012 que de forma sorrateira impede sem aviso prévio a possibilidade dos trabalhadores com descontos para a Segurança Social usufruírem até 2014 da aposentação por antecipação com penalizações. Sobre este diploma também ouvi numa estação de rádio um discurso de Mário Nogueira que também nem ao diabo fazia lembrar. Então os professores estão a aguardar o fim das atividades letivas para pedirem a aposentação? Não saberá o Sr. Mário Nogueira que TODOS os professores sabem que a CAIXA GERAL DE APOSENTAÇÕES (que não se enquadra no Decreto-Lei 85-A/2012) está a demorar um mínimo de oito meses a conceder a aposentação?
Fora este aparte, a publicação do Decreto-Lei 85-A/2012 é um acto ridículo deste Governo que por muitas justificações que possa ter para o fazer não deveria ter feito desta forma, pelo menos sem aviso prévio. Este acto assemelha-se à eliminação da disciplina de ET no currículo depois de numa primeira proposta para debate público a mesma estar incluída e não ter existido debate sobre esse assunto. Estes são actos de COBARDIA, e um governo quando se torna cobarde começa a deixar de ter condições para governar.
Pela enésima vez voltei a ouvir falar-se na famosa prova de ingresso, e sempre que se fala nela diz-se que desta vez é que vai ser feita. Aconselho o Sr. Ministro a fazer como as suas antecessoras, esquecer o assunto! Tendo em conta as dispensas e despesas desta prova também não lembra ao diabo fazê-las para quem se calhar nos próximos anos não tem lugar no sistema de ensino.
No meio de tantos disparates políticos assisto a mais uma notícia que não me espanta porque já tinha falado com um dos interlocutores da mesma, O Ministério não sabe o que fazer aos professores do quadro que fiquem com horário zero. Neste caso até acho que o MEC saberia o que fazer a estes docentes e a primeira vontade seria a de um despedimento por extinção do posto de trabalho. Não sendo ainda possível esta situação na função pública e tendo em conta os disparates legislativos a que se vamos assistindo fazem-me pensar que de um momento para o outro também o poderão tentar fazer de alguma forma.
Por fim também li que o governo prepara-se para alterar a legislação que impeça o pagamento da caducidade de contrato. Esta notícia tem o seu lado positivo, se o governo vai alterar a legislação para o não pagamento da caducidade é porque sabe que tem de o fazer para todas as situações. Resta saber então porque não cumpre com a legislação em vigor.
Começo a ter muita vontade de mandar queimar o JUDAS e esperar por uma ressurreição de um novo CRISTO.