Parece que ainda ninguém acordou e que cada um se preocupa demasiado com a sua quinta.
Os que renovaram contrato nos últimos 3 anos e assim pensam continuar em 2012/2013, os colocados a 31 de Agosto em horário anual e completo e aqueles que nas primeira bolsas também tiveram um horário de trabalho para todo o ano.
O grande receio para o próximo ano letivo é que os docentes dos quadros sem componente letiva vão de alguma forma ocupar os lugares que tem sido ocupados pelos contratados.
Inventar-se-ão habilitações para permitir que um excedentário ocupe um desses lugares.
Quando todos acordarem poderá ser demasiado tarde.
Não queria fazer este post, mas senti que precisava de o fazer.
38 comentários
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Concordo…
Infelizmente!…
Colega,
fazer o quê?
Todos os contratados se deviam unir e organizar para uma mega greve às avaliações, vigilância de exames. Fazer parar o sistema, porque somos muitos e fazemos falta!
Mas como? Quem avança?
Não sou contratado, mas também vou!!!!
Concordo plenamente porque, quando falo com colegas sobre o próximo ano, não me parecem muito preocupados… Somos um povo muito especial no que toca ao “deixa ver o que isto vai dar”… Mas eu estou muito preocupada porque fiquei colocada apenas na primeira bolsa e perspectivo o desemprego no próximo ano. Junte-se a esta questão uma outra, a da suspensão das reformas antecipadas, e será certo o desemprego.
A verdade é que somos muitos e unidos poderámos ter muita força, no entanto cada um só pensa em si e o resto que se lixe…
Não somos nada amigos uns dos outros… e até há quem seja da opinião que tudo isto já devia ter acontecido há mais tempo; enfim… uma tristeza
Os contratados ao longo dos anos ajudaram a manter o sistema a funcionar, com enormes sacrifícios pessoais e familiares e foram sempre pagos como mão-de-obra barata, sem mérito e sem remuneração adequada ao seu esforço e dedicação. Fomos sempre tratados pelo Ministério como professores de segunda, sujeitos nas escolas a pegar nas sobras (os colegas dos quadros perdoem-me a sinceridade) e a ter de sobreviver com salários bem mais baixos e geralmente com gastos em deslocações, ou em alugueres bem superiores, ainda por cima sem ter o direito de subir na carreira…
Desculpem, entrar na carreira…
Chegamos a um ponto que se torna urgente dizer BASTA! Torna-se urgente publicar em lei uma medida que garanta a continuidade da docência para estas vidas dedicadas ao ensino.
Um professor, quarentão, contratado, com 16 anos de atividade docente, muita experiência em contratos precários, uns completos, outros incompletos, com um ano de desemprego pelo caminho e com Kms percorridos, quer em carro (do Minho ao Algarve), quer em avião (Açores – 7 anos) que envorgonhariam muitos condutores de carros de aluguer, por um lado, quer turistas, por outro…
Infelizmente Arlindo, penso que és realmente o único preocupado ( e o Ricardo Montes também) com o desastre que está acontecer na nossa profissão. Ainda hoje na minha escola, ao falar sobre a nova revisão curricular, os colegas afirmavam que “até nem está mau” e outros “isto nunca vai ser assim, é só mesmo para assustar” , é para veres a falta de informação, a despreocupação e a ignorância total dos colegas quer contratados quer do quadro. Parece que estou sozinha, união nem vê-la. Sou contratada e estou assustadíssima assim como o meu marido que é do quadro. Não prevejo nada de bom. Sei que é utópico mas se todos os docentes de todos os grupos se unissem, certamente não se atreveriam a esmigalhar a nossa classe. Estou farta de ser maltratada pelo sistema e de ver o nosso povo que tanto lutou outrora ser passivo e indiferente, até tenho vontade de chorar. Foram-se os subsídios, a reforma anticipada, a qualidade no ensino e até com a melhor maternidade do país querem acabar…. Vivemos num regime totalitário….Até quando isto vai durar? Será que ninguém vê o que está a acontecer? TEMOS QUE FAZER ALGO E RAPIDAMENTE…
ERRATA *reforma antecipada
Colegas podiamos utilizar este ponto de encontro para unir esforços e tomar medidas! Que acham? Pelo menos nós, contratados, que estamos informados e receosos pelo nosso futuro a curto e a longo prazo….Façamos notar ao sistema o quanto ele precisa de nós!!!Boicote aos exames nacionais como sugeriu a colega Ana Rocha??Talvez seja uma boa ideia…Que acham disto??
Adorei a ideia, Ana. Fico muito contente por ver colegas que têm noção do drama que estamos a viver. Já não me sinto tão só…Adorei a ideia e estou disposta a segui-la!
Para o ano muitos vão ficar de fora.Os do quadro vão ocupar lugares como História, 1º ciclo e por aí.Julgo que só Matemática e Inglês é que ficarão a salvo, pois precisam mesmo de ser dados por professores do grupo.
Qd eram os colegas de ET a lecionar Informática tava tudo caladinho, ai não se inventaram habilitações.
Abram este link e vejam o que o nosso mumistro não quer ver !!!!!
http://www.ted.com/talks/ken_robinson_changing_education_paradigms.html?source=email#.T4R0olwUnDu.email
ET A DAR TIC É RIDICULO, TAL COMO O CONTRÁRIO SERIA
Exactamente! Agora é que estão preocupados com a invenção de habilitações.
Colegas de TIC, toca a abrir a pestana – vamos exigir a clarificação urgente do estuto da nova disciplina nos 7º e 8º anos já que ainda não se percebe qual é a relação com as ofertas de escola, e atenção ao documento que limita as ofertas de escola a um mínimo de 20 inscrições!
Fazer deste blog o ponto da contestação??
Impossível.
Quanto dos nossos colegas conhecem este e blogs do género?
Muito poucos. A maioria anda completamente a leste. Fala-se com algum sobre concursos e o que se ouve é: “ah, vão mudar umas coisas, não é… parece que agora vai ser assim…”.
A maioria quer dar a aulinhas e ir para casa, o resto não lhe interessa. Só vão abrir a pestana quando nõa tiverem aulinhas para dar.
Somos uma vergonha como classe.
Para o ano 2012-13 já estarão agregados os mega-agrupamentos e aí os ajustamentos nos quadros vão deixar ainda mais contratados de fora.
Eu sou Técnica Especial, contratada e já nos últimos anos os colegas do quadro ficavam com horários para os quais não têm habilitações…
E realmente, também penso que no próximo ano, vai ser pior…muito pior..
Será que temos força para propôr (nós utlizadores deste blog) à FENPROF que agende um boicote aos exames??
Assim colega Miguel Castro, era uma maneira de fazer chegar esta forma de luta a outros profs que não utilizam este blog.
Acho que fazer parar a época de exames ia doer a muita gente lá no MEC…
E quantos choninhas de colegas iriam furar o boicote na expectativa de poderem renovar o contrato no ano seguinte? Ou com receio de consequências sobre a sua “carreiar”.
Pois… muitos. Pois a maioria anda aqui para ver andar os outros.
Aulinhas-Casa-Casa-Aulinhas.
O pior é que eu sei que o colega tem razao…
Partilhado no Facebk
Sou contratada e professora de E.V.T. e pelas escolas parecem que quem se encontra já na “carreira” não está desperto para o desespero que irá ser o próximo ano letivo.
Os de quadro continuam a sua vidinha de sempre pois… julgam que continuam seguros!
Os contratados e apenas alguns grupos é que realmente estão sóbrios pois… cada vez mais vêm portas a fechar-se e ao fim de anos de “alguma” segurança começam a ver cada vez mais de perto a sua morte anunciada.
Cada dia que passa a ansiedade aperta mais …
Certamente que o dia 1 de setembro de 2012 irá fazer história na vida dos atuais contratados, futuros contratados a longo prazo e lindas manchetes de todos os telejornais do país*
ERRATA
“…futuros desempregados…”
Finalmente!!
Até posso admitir que esta recente preocupação com os contratados tem uma genese utilitarista, mas mesmo assim e muito bem vindo este post.
Comecava a achar que estava só nesta visao do apocalipse em Setembro!
Para quem ainda tiver algumas dúvidas, junto a resposta que me foi dada pela IGE no inicio deste ano letivo, relativamente às habilitações:
“Atendendo à sua questão, datada de 09/09/2011, endereçada à IGE através do e-Atendimento, informa-se que as regras e princípios orientadores a observar, em cada ano lectivo, na organização das escolas e na elaboração do horário semanal de trabalho do pessoal docente em exercício de funções, encontram-se previstos no Despacho nº.5328/2011, de 28 de Março. O artigo 3º do referido Despacho, nos seus pontos 2,3 e 4 define que:
2 – “A distribuição de serviço docente deve ser pautado por critérios de bom aproveitamento dos recursos disponíveis, maximizando o potencial da Formação dos docentes”.
3 – “Os docentes podem, independentemente do grupo pelo qual foram recrutados, leccionar toda e qualquer disciplina no mesmo ou noutro ciclo ou nível de ensino, para a qual detenham habilitação adequada”.
4 – “Para efeitos do disposto no número anterior, entende-se por habilitação adequada a titularidade de formação científica na área disciplinar ou nas disciplinas a leccionar que integram o currículo dos alunos dos ensinos básico e secundário”.
Cabe ao Director do Agrupamento/Escola, através da análise dos certificados de habilitações dos docentes, aferir se detêm ou não a habilitação adequada”.
Acrescento que a HABILITAÇÃO ADEQUADA, “dá pano para mangas”.
Um Abraço colegas
Não podia ficar calada perante este post. Sim, impunha-se forçar os sindicatos a mexerem-se. Mas eles assinaram a coisa. Por outro lado, e este meu nick é muito antigo nos blogs do Arlindo, do Ricardo e do Guinote, pessoalmente, eu estou cansada dos anos do socratismo-mariadelurdes. Quando fiquei isolada, tão isolada na luta da “classe” na minha escola, no meu grupo, no meu departamento, etc, etc.
Olho para os lados e vejo as colegas, tão contratadas como eu, umas com maior graduação, outras com menor, mas todas elas não dão mostras do mínimo sinal de ..de…seja lá o que for.
É muitíssimo provável que no prazo de 6 a 18 meses eu me veja no desemprego absoluto.
Mas, estranhamente, depois de ter tentado resistir nestes ´ultimos 6 anos à hecatombe auto-fágica ( lembram-se alguns com certeza deste epíteto noutras guerras), eu própria me tornei uma espécie de amiba ou glóbulo branco.
Temos, todos, uma doença auto-imune. Uns desde há meia dúzia de anos a esta parte. Outros adquiriram-ma apenas este ano, quando já se viram a soçobrar.
Não, eu não me uno, não me reuno, não me desuno. Vou estando. Por enquanto. Estou cansada. E desiludida. E acho que estes contratados todos ( como eu) que agora para aí vociferam, não estavam em lado nenhum há 1 ano, 2 anos, 3 anos.
Não é uma vendetta pessoal contra o mundo. É mesmo uma espécie de “estou a borrifar-me”. Terão ( teremos) porventura a cama onde se andaram ( andámos) a deitar nos últimos anos, na ilusão da quimera do lugar no quadro com a ADD ou da escalada fugaz anual de um ponto na lista.
Desculpem a franqueza, sou mais que velho nesta carreira, no entanto tenho sido sempre solidário com a luta de todos os professores, em particular com contratados, também conhecidos por precários. Afligi-me que só agora acordem para esta realidade que é acabar com contratados no sistema e pergunto, com alguma legitimidade porque estive sempre presente, ONDE ESTAVAM NA VIGILIA DOS PRECARIOS EM FRENTE AO MINISTÉRIO, ONDE ESTAVAM NA MANIFESTAÇÃO DA FENPROF QUANDO DA 1ª GREVE GERAL, ONDE ANDAM AS VOSSAS ASSOCIAÇÕES PROFISSIONAIS? Receio que seja tarde (no entanto eu continuo em luta!)
Eu estive em todas em Lx, nos nossos “anos da brasa”. E No Porto tb estive.
Agora, como já expliquei lá atrás, agora ..não estou. Que esteja alguém por mim, como eu estive lá há 4 anos. Se não estiver lá ninguém por mim, paciência. Afinal, parece que só ficaram mesmo as cinzas da brasa de 2008 e 2009.
Só que, eu faço parte dessas cinzas. Eu e mais para aí uns 50 contratados. Os outros 24950 que faziam parte sistemática do sistema ( número à sorte mas que não deve andar muito longe da realidade) não estavam nem aí. Diz que gastavam muito $$ a ir a LX e em greves e etc. Ok. Mas tanto ouvi isto a contratados como a quadros topo de carreira…. Agora que só têm o subsídio de desemprego, andam a ganhá-lo…?
Agora,digo eu, cada qual tem o que merece.
Sendo que muitos ( contratados mas quadros tb), que não mereceriam um chavelho, vão ter muito mais. Vão ter hiper-super-mega mais do que aquilo que mereceriam quando lhes calhar em sorte o almejado horário no próximo ano.
E mais: para os quadros de topo que embarcaram na ADD ou não pediram a reforma antecipada para ver se chegavam aquele escalão lá em cima que nc ng atingiu, bem, era bem feito que tb na FP ( ou aos professores) fosse impedida a antecipação da reforma.
Há para aí umas alminhas que eu gostava de ver a chiar, mas a chiar a sério, se as obrigassem a bulir até aos 65…… Era giro. E no final, não progrediam aos 3000 euros. Pimba.
🙂
A verdade nua e crua é esta:
cada um olha pelo seu “quintal” (entenda-se pela sua disciplina) e o mal que acontece aos outros (entenda-se outras disciplinas/professores) é bom porque não acontece a mim (entenda-se a minha disciplina)… mas não é só esta situação…os mais graduados sentem-se seguros…dizem para os seus botões: “coitados dos contratados e dos quadros (entenda-se os que têm menos anos de serviço)”… fiz uma confissão do que eu acho que se passa na cabeça de muitos professores…é lamentável toda esta situação!
Completamente de acordo! é uma vergonha…
O que aconteceu com matemática e os professores engenheiros que efectivaram e deixaram os matemáticos sem emprego, acontece agora com informática e vai acontecer com muitas disciplinas graças aos horários zero.
O exemplo do bom ensino público e de qualidade.
COMUNICADO
REUNIÃO de 10 de Abril entre a APEVT e a DGRHE
Nota prévia
Trabalhar sobre os erros do MEC sobre a Revisão da Estrutura Curricular não é abdicar dos princípios que defendemos mas denunciar que as soluções apresentadas não têm consistência e que a única intensão evidente é reduzir despesas com os recursos humanos na educação. Assim, reafirmamos algumas questões que constituem motivos da nossa preocupação:
– A concretização da intenção expressa no âmbito do melhoramento do acompanhamento dos alunos, “… Fomentar, no 1.º ciclo, a coadjuvação nas áreas das Expressões, por professores de outros ciclos do mesmo Agrupamento de Escolas, que pertençam aos grupos de recrutamento destas áreas”;
– A eliminação da disciplina de EVT sendo uma solução inaceitável, pois carece, como sempre dissemos, de fundamentação consistente, surge no plano dividida pelas disciplinas de EV e ET, cada uma com 90 minutos e leccionada por um único professor. Repare-se, contudo, na contradição de criar ET no 2º ciclo e retirar no 3º impedindo a sua continuidade curricular. Por mais esta razão a eliminação da disciplina de ET no 3º ciclo é um verdadeiro absurdo. Esta morte abrupta da ET será, através da Oferta de Escola, uma morte lenta;
A omissão dos grupos de recrutamento/docência levam-nos a antecipar o princípio de que a EV e a ET, deverá ser leccionada por professores recrutados do grupo 240, por forma a manter equidade e a estabilidade nos quadros docentes das escolas. Esta medida determinará consequentemente o modo de leccionação das duas disciplinas com repercussões diretas na elaboração dos programas;
A partir destas questões primordiais apresentamos propostas na reunião com a DGAE (ex-DGRHE), de entre as quais salientamos as seguintes:
• 1º CICLO: Concretização das intenções expressas de Coadjuvação das Expressões no 1º ciclo.
É imprescindível a publicação do quadro da estrutura curricular do 1º ciclo, tal como aconteceu com os planos curriculares dos outros ciclos de estudo. É também necessário regulamentar, nomeadamente no documento Organização do Ano Letivo (OAL), a gestão de horas do plano curricular do 1º ciclo especificando horas a atribuir à coadjuvação, especialmente na área das expressões plásticas e na mobilidade vertical de agrupamento possível para o grupo 240 (refira-se apenas como exemplo que na Região Autónoma da Madeira existe o grupo 140 de Expressão Plástica para o 1º ciclo na sua grande maioria professores de EVT).
Esta medida libertaria horas letivas ao professor generalista do 1º ciclo para trabalho de coordenação das AEC’s, (revindicação antiga dos professores do 1º ciclo). A modalidade desta coadjuvação, assente em projectos de expressão plástica desenvolvidos em conjunto entre os professores, mas cuja leccionação seria realizada pelo professor coadjuvante em blocos de 90 minutos por turma.
• 2º CICLO: Explicitação dos grupos que lecionam EV e ET e regime de docência
Não se vislumbra outra solução senão a EV e a ET serem dadas pelo mesmo professor (à mesma turma) que leciona a EVT, ou seja o grupo 240. Isto permite continuidade e acompanhamento dos alunos; potencia a lecionação articulada entre as duas componentes, (agora designadas disciplinas); e evita um elevado número de turmas a atribuir a cada professor o que se revela pedagogicamente desaconselhável.
Propõe-se também que no quadro do Plano Curricular do 2º ciclo se inclua uma alínea que refira que a ET é dada em regime de par pedagógico, ou em turma dividida em dois turnos anuais de 90 minutos com o mesmo professor, garantindo um rácio de 10-15 alunos por professor em disciplinas com caráter prático e experimental como é o caso.
• 3º CICLO: Oferta de Escola e a disciplina de ET (disciplina estruturada, com quadro de professores, recursos educativos – manuais escolares, salas especificas e materiais e equipamentos específicos….)
Propõe-se que no quadro do Plano curricular do 3º ciclo se inclua uma alínea que refira que a ET deve ser de oferta obrigatória em todas as escolas garantindo a continuidade pedagógica entre ciclos. Deve ser leccionada em turma desdobrada em regime semestral, garantindo um rácio de 10-15 alunos por professor.
Salienta-se, de acordo com o Relatório de Acompanhamento Global da Educação para Todos de 2006, publicado pela UNESCO, a educação para todos é importante e qualquer abordagem à Educação Artística deve ter como ponto de partida o educando. As dimensões da Educação Artística (Musica, Teatro, Artes Performativas …) não se confinam num currículo escolar mas numa oferta extra curricular pois, estruturam-se no estudo, no contacto e na participação do “eu” dos alunos no mundo das artes (exposições, ateliers, concertos etc.).
Assim, propõe-se que no âmbito da Educação Artística, nomeadamente no 3º ciclo, uma modalidade de oferta idêntica à existente para o Desporto Escolar (os grupos/equipa estão para o Desporto Escolar como as parcerias de Arte e Cultura para a Educação Artística e Tecnológica).
• Na Oferta Complementar é absolutamente necessário explicitar os critérios de atribuição do crédito horário de cada escola. Efetivamente o critério vigente de fazer depender o crédito horário do número de horas do artigo 79 não é garantia de horas em número suficiente para “fechar horários”. A utilização da Oferta Complementar para COMPLETAR HORÁRIOS é um aspeto técnico na requisição de serviço docente/elaboração de horários. Se repararmos as cargas horárias curriculares, pela ausência de blocos de 45 minutos, não permitem horários de 22 horas mas sim de 21 ou de 24. Propõe-se um crédito horário correspondente, pelo menos, a cada turma existente.
• Nas Mobilidades entre grupos disciplinares e entre os ciclos de estudo é necessário legitimar os critérios implícitos na requisição de serviço docente. Propõe-se que se explicite, nomeadamente no documento “OAL”, critérios de mobilidade de agrupamento entre ciclos e grupos disciplinares, 240, (240 com habilitação para 1º ciclo), 600, 530 e até 550). O MEC não pode deixar ao livre arbítrio dos diretores a distribuição deste serviço docente. Nem pode fomentar uma guerra entre grupos e professores no seio das escolas e nos agrupamentos.
Sobre a contratação de professores para AEC’s, propõe-se que na definição de critérios de contratação se dê primazia aos professores contratados com mais tempo de serviço e que leccionam no agrupamento.
Por último, mantém-se a dúvida sobre a existência de um calendário de implementação da revisão. Propõe-se que a nova Estrutura Curricular se implemente gradualmente, ou seja 1º, 5º e 7º ano para o próximo ano letivo 2012/2013. Esta proposta tem por base a continuidade pedagógica dos alunos que iniciaram os ciclos de estudo e o amortecimento do impacto socioprofissional das medidas.
O objetivo da reunião convocada pela DGAE visava a receção de propostas tendo em vista soluções para a distribuição de serviço docente e apenas isso. Outras questões por nós suscitadas foram remetidas para uma audição com a DGE (ex-DGIDC), que trata questões do foro de natureza curricular. Ficamos à espera de feedback sobre as nossas propostas e iremos já amanhã solicitar uma audiência com a DGE para colocar questões de caráter conceptual, como são as questões programáticas, os modelos disciplinares, o regime de docência, etc.
APEVT 10 de Abril 2012
“Propõe-se que se explicite, nomeadamente no documento “OAL”, critérios de mobilidade de agrupamento entre ciclos e grupos disciplinares, 240, (240 com habilitação para 1º ciclo), 600, 530 e até 550)“
E depois, há outra coisa de que ninguém ou muito pouca gente fala: a redistribuição do dinheiro pelos RH ( docentes): se, nos topos, ganhassem menos, haveria mais para distribuir pelas bases. A diferença de salários na função ( e não estou a dizer carreira) é um dos problemas sérios.
para_Jake
sem duvida, como é possível os professores em fim de carreira ganharem mais do dobro dos contratados, uma diferença de 500 euros ao longo da carreira parece-me mais adequado.
Para o ano vai existir a tal filtragem à muito necessária, ou seja, ou é ou não é.
Contudo deixo aqui a minha insatisfação por todo o mal que fazem aos professores.
@Serpico: que filtragem? de que fala…? “é ou não é” o quê..?
Filtragem? “é ou não é?” Vou ter que me informar… Para o próximo ano letivo?!?? Seria possível ter mais dados sobre a questão?