Há risco de alunos acederem a dados internos do ministério e das escolas
A Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência diz que há alunos com privilégios de acesso à internet em escolas que só deveriam ser de professores e administrativos, o que constitui “um risco de segurança gravíssimo” .
Há escolas que estão a dar aos alunos privilégios de acesso à internet que só deveriam ser de professores e administrativos. A alerta parte da própria Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), que o usa para justificar os bloqueios na rede da educação das últimas semanas, e que numa mensagem recente enviada aos diretores escolares lembra que a situação se “afigura como um risco de segurança gravíssimo”, por poder expor aos estudantes informação dos servidores das escolas e dos sistemas do Ministério da Educação.
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Quanto a testes, Filinto Lima adianta que os enunciados não estão disponíveis nos servidores e que os exames nacionais são sempre entregues pela polícia fisicamente. Quanto às provas de aferição que estão a decorrer este mês, “são enviadas pela internet”. Já Arlindo Ferreira, diretor do agrupamento de escolas Cego do Maio, da Póvoa de Varzim, e autor do blogue Arlindovsky, onde publicou a mensagem da DGEEC, lembra que os privilégios dos professores e administrativos no acesso à internet têm que ver com a velocidade de navegação, embora não saiba se “um especialista em informática consegue chegar a outra informação por ter acesso a essa rede”.