14 de Fevereiro de 2018 archive

Se tudo Estava Previsto Para o Descongelamento…

Pergunto porque não se recenseou tudo durante o mês de Novembro e Dezembro de 2017?

Havia dúvidas que o Orçamento de Estado para 2018 não fosse aprovado pelo Presidente da República?

E depois da especialidade em estatísticas parece que vou ter uma nova especialidade este ano. 🙂

 

 

Atrasos em recenseamento e software adiam aumentos dos professores

 

 

Salários só deverão ser revistos em abril, uma fatura que deve equivaler a 90 milhões

 

 

 

Desde o início do ano, por força do descongelamento das carreiras, muitos professores reuniram as condições para mudar de escalão e começar a beneficiar do respetivo aumento salarial. Mas as questões técnicas e burocráticas associadas ao processo ameaçam adiar a revisão dos ordenados até março ou mesmo abril.

Em causa não estão ainda os aumentos decorrentes da contagem do tempo de serviço congelado ao longo dos últimos anos, os quais estão em negociação e, de acordo com estimativas da Fenprof, poderão rondar os 600 milhões de euros quando todo o processo estiver finalizado, o que deverá levar vários anos. Nesta fase, trata-se apenas de reposicionar os professores que, pelo simples facto de o tempo ter voltado a contar, garantiram o direito à progressão. No caso concreto, o Ministério das Finanças estimou a fatura em 90 milhões.

Há cerca de um mês e meio que as escolas têm vindo a fazer, a pedido do Ministério da Educação, um recenseamento das carreiras de todos os docentes ao seu serviço. Um processo que acontece habitualmente para efeitos de concursos, mas que neste ano tem requisitos acrescidos por estar em causa a progressão para muitos deles. As dificuldades têm sido muitas, com sucessivos adiamentos. Neste momento decorre a fase de análise das reclamações dos docentes que discordaram dos seus processos, e é sobretudo devido a estas etapas burocráticas que os salários revistos ainda não foram processados.

“É o que estamos a fazer na escola neste momento”, confirmou ao DN Manuel António Pereira, presidente da Associação Nacional de Diretores Escolares (ANDE). “Em princípio, se tudo correr bem, a situação ficará resolvida. As verbas para o mês de março já estão solicitadas”, adiantou, acrescentando no entanto ser “muito difícil” que os docentes vejam o aumento refletido nas folhas salariais antes do mês de abril. “Ainda estamos no processo de validação das reclamações, no recenseamento, até esse processo estar concluído não podemos avançar com nada”, disse, defendendo que “não faz sentido, antes de o processo estar concluído, estar a pagar a uns e não pagar a outros”.

À questão dos recenseamentos, Arlindo Ferreira, diretor de um agrupamento de escolas e autor do blogue Arlindovsky, especializado em questões laborais dos docentes, acrescenta os detalhes técnicos necessários para que o processo avance: “Ainda não há software para aplicar os vencimentos atualizados, pelo que, a menos que o fizéssemos manualmente para todos os professores, teremos de esperar”, contou. “Parece que a Direção-Geral da Administração Escolar estará a empurrar o pagamento para março, com efeitos retroativos a janeiro.” O ministério não respondeu às questões do DN.

Apesar do atraso, não parece estar em causa a garantia de que os aumentos produzirão efeitos retroativos ao início do ano. Até porque, lembra Manuel António Pereira, “o descongelamento está contemplado no Orçamento do Estado de 2018 e a prática no passado foi sempre essa”. Ainda assim, admite, “existe alguma expectativa por parte dos professores. Os aumentos não serão muito significativos e, em alguns casos, poderão mesmo receber um pouco menos por mudarem de escalão de IRS”, lembrou. “Mas todos querem progredir.”

O reposicionamento salarial será feito em parcelas de 25% a cada semestre, o que significa que só ao fim de dois anos os docentes terão o aumento correspondente ao novo escalão. Para já, dependendo do escalão, o ganho mensal será de 20 a 50 euros. Já em relação ao tempo de serviço congelado, existe um compromisso da parte do Ministério da Educação de começar a repô-lo também a partir deste ano, mas as partes ainda estão em negociações sobre esta matéria. Um dos pontos de discordância é o tempo a considerar, com o Ministério da Educação a apontar para cerca de sete anos e os docentes a acrescentar perto de um ano e meio a estas contas.

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Divulgação: ASSP – Consultoria Jurídica

 

 

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1.201 professores estão em condições de progredir para o 5.º e 7.º escalões diretamente

1.201 professores podem progredir para o 5.º e 7.º escalões

Cerca de 1.200 docentes estão em condições de progredir para os 5.º e 7.º escalões, progressão que nos últimos oito anos esteve dependente de uma portaria nunca publicada, revelou hoje a Federação Nacional da Educação (FNE).

 

No final de uma reunião no Ministério da Educação (ME) para negociar o reposicionamento dos docentes indevidamente retidos no 1º escalão, Lucinda Dâmaso, da FNE, revelou dados avançados pela tutela relativos ao acesso aos 5.º e 7.º escalões.

Em janeiro deste ano, o ME publicou a portaria que define as regras de acesso àqueles dois escalões e, entretanto, os serviços do ministério pediram às escolas que fizessem um levantamento da situação profissional dos docentes, que permite saber quem está em condições de subir de escalão.

Segundo dados do ME avançados hoje à FNE, existem 1.201 docentes em condições de ingressar para os 5.º e 7.º escalões.

Para entrar para o 5.º escalão é preciso ter tido uma avaliação de Muito Bom ou Excelente e, segundo Lucinda Dâmaso, “cerca de 74% dos professores está nesta situação, o que representa 743 professores de um universo de pouco mais de mil docentes.

Já no que toca à passagem do 6.º para o 7.º escalão, cerca de 44% dos docentes está em condições de o fazer: “São 458 professores de 1.044”, acrescentou em declarações à Lusa.

As vagas para a progressão aos 5.º e 7.º escalões não faziam parte dos temas da reunião de hoje, que foi agendada para discutir uma segunda proposta relativa ao reposicionamento dos professores que entraram para o 1.º escalão quando a progressão na carreira estava congelada.

“Esta segunda proposta já contempla algumas questões que a FNE considerou serem indispensáveis. O ministério acolheu algumas das nossas propostas mas temos ainda algumas questões de fundo como a não contagem do tempo de serviço como contratado”, disse Lucinda Dâmaso, lembrando que este assunto passou para as mãos da Procuradoria-Geral da República que se irá pronunciar, sendo aceite a sua posição pelos sindicatos e tutela.

Entre os pontos positivos, Lucinda Dâmaso apontou a nova proposta sobre observação de aulas necessária para poderem progredir: o ME propõe que possam ser recuperadas as aulas observadas no tempo em que eram professores contratados.

No caso de os professores que não tiveram observação de aulas, a tutela propõe que sejam dados 20 dias após a publicação do diploma para os docentes as poderem requerer.

“Esta é uma questão positiva”, sublinhou a representante da FNE.

Sobre a formação necessária para progredir na carreira, a proposta do ME vai no sentido de não serem penalizados os professores que não a fizeram por incapacidade do centro de formação da escola.

“Os professores podem ir recuperar a formação que tiveram no passado, mas há um conjunto significativo que não tem”, sublinhou Lucinda Dâmaso.

O que divide FNE e ME é o caso dos professores que não fizeram formação “por qualquer motivo da sua vida pessoal”.

Da reunião ficou ainda a promessa por parte do ME de enviar à FNE uma nova versão sobre formação dos professores que entraram nos dois últimos anos e que precisam de 100 horas de formação.

Sobre a hipótese de uma greve, “em termos sindicais está sempre tudo em cima da mesa. Ainda falta resolver muita coisa. Os professores estão a ficar descrentes, porque estão a ver que o compromisso que assinámos não está a ser tão rápido quanto necessário. Dissemos ao Ministério que é preciso um sinal forte”, sublinhou.

in SAPO24

 

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São Retomadas Hoje as Negociações no ME Sobre o Reposicionamento

FNE no Ministério da Educação para nova ronda sobre o processo de Reposicionamento

 

 

 

A Federação Nacional da Educação (FNE) vai estar no próximo dia 14 de fevereiro, 4ª feira, às 10h, no Ministério da Educação, para nova ronda negocial relativa ao projeto de portaria para reposicionamento dos docentes indevidamente retidos no 1º escalão, tema sobre o qual a tutela remeteu um novo projeto de diploma.

O novo projeto agora apresentado continua a revelar-se profundamente penalizador dos docentes que, tendo ingressado na carreira com vários – e em alguns casos mesmo muitos – anos de serviço, veem o seu posicionamento influenciado por normas de aplicabilidade injustas.

O documento apresentado para negociação continua a não corresponder à concretização do princípio ínsito no número 3 do artigo 36º do Estatuto da Carreira Docente (ECD), nem constitui a expressão do compromisso assumido em 18 de novembro passado.

Para a FNE, é essencial que os docentes posicionados e retidos indevidamente no 1º escalão vejam rapidamente reconhecido o direito a serem posicionados no mesmo escalão dos docentes com o mesmo tempo de serviço prestado e com as mesmas condições de desenvolvimento de carreira preenchidas, e com a consideração de todo o tempo de serviço prestado, incluindo o anterior à profissionalização. Esta medida tem de ter efeitos a 1 de janeiro de 2018, e não se entende que agora seja atrasada pela introdução da questão de não consideração do tempo de serviço anterior à profissionalização, e com o acréscimo de deveres que na prática visam apenas evitar a concretização do direito consignado no ECD sobre esta matéria.

Desta forma, a FNE espera que neste encontro se registe uma evolução significativa em termos de conteúdo das orientações que devem ser acordadas e desta forma construir a negociação, pois a ausência de evolução só tem feito crescer a desconfiança e o descontentamento entre os professores.

A delegação da FNE estará disponível no final da reunião para declarações à comunicação social.

Porto, 12 de fevereiro de 2018

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