Já depois do final do ano letivo surge o “problema”, é ou não “permissível” a retenção?
O CNE desaconselha, o Ministério da Educação defende a interpretação livre da lei pelos agrupamentos, cabendo às escolas decidir no âmbito do carácter de excepcionalidade das retenções previsto na lei.
Segundo o ultimo estudo da OCDE, Portugal encontra-se entre os países em que os alunos mais são retidos, encontrando-se em 8º lugar.
Esta prática já se pode verificar em algumas escolas portuguesas, mas faltam os estudos para verificar os “números” e poder comparar. Lá fora, esta prática é corrente em muitos países. Há até países em que os alunos podem começar a frequentar o ano seguinte, antes do ano letivo terminar, desde que os objetivos para esse ano sejam alcançados pelo aluno.
Esta discussão irá prolongar-se pelo tempo, a não ser que, o Ministério tome uma posição mais firme.
O que é que pode acontecer? Pode acontecer, que haja escolas onde alunos com muitas negativas transitem para o ano seguinte, e que em outras escolas sejam retidos alunos com menos negativas.
Quais as consequências? As escolas onde a taxa de retenção seja mais elevada poderão perder alunos. As retenções em anos terminais de ciclo podem aumentar. As retenções em anos não terminais aproximar-se-ão dos 0%.
O que é dado a entender tanto pelo Ministério da Educação, como pelo CNE, é que em anos não terminais de ciclo se erradiquem as retenções, a não ser que seja por faltas.
Estamos perante uma mudança de práticas. Até agora, só os “entendidos” tiveram direito a “opinião”. E os professores? Aqueles que têm a decisão, ou não, sobre a aprovação e a retenção de um aluno. O que pensam eles? Qual a opinião dos profissionais que, todos os dias estão dentro de uma sala de aula e observam em primeira mão a evolução das aprendizagens dos seus alunos? Que dizem eles acerca deste assunto?
3 comentários
Um tema que merece uma reflexão profunda… Mas aconselho a rever as regras da utilização da vírgula, dá erros gravíssimos e cuidado com o “à cerca” que não existe. Nesse contexto, devia escrever acerca (quando pode substituir por sobre aquele assunto… depois existe o “Há cerca”de um ano e “a cerca” de 100 Km. Espero que seja assim que ensine aos seus alunos do 1ºciclo, caso contrário vão reprovar a Português. Já agora, nunca coloque uma vírgula após uma conjunção substantiva completiva… (uns determinados que…).
Poderia nada escrever, mas quem cospe para o ar… Maria, não é «ensine», mas «ensina»; não «1º Ciclo», mas «1.º Ciclo»; não «vão reprovar«, mas «vão ser reprovados» (o professor reprova o aluno; o aluno fica reprovado). Já viu que no melhor pano cai a nódoa…
Obrigada pela suas observações, mas não me considero o melhor pano. De todo o modo, aconselho-a a refletir sobre as suas certezas e ver a utilização do presente do conjuntivo.