Do Colega HELP

… a propósito do concurso para o IEFP, que termina já dia 28 de Maio.

Não quero influenciar ninguém, mas tenho quase certeza que a “mobilidade especial” que está prevista acontecer em Fevereiro de 2015 para o pessoal docente sem componente letiva dificilmente se concretizará nessa data por duas razões:

  • está previsto um concurso interno para 2015;
  • é ano de eleições e a pequena diferença entre a coligação PSD/CDS e o PS pode empurrar esta mobilidade para o período pós-eleitoral que irá ocorrer em 2015.

Quanto ao concurso para o IEFP, a dúvida maior que tenho é como se vai processar a seleção dos candidatos para as entrevistas, porque, como diz numa nota do convite à manifestação de preferências, “a entrevista visa confirmar o interesse do serviço do IEFP, I.P. na requisição do docente, podendo não ser realizada a todos os interessados, caso as vagas já estejam todas preenchidas“. Por esta razão não sei de que forma serão selecionados os docentes para as entrevistas, visto que na candidatura não é colocado qualquer dado para ser elaborada uma lista de graduação.

Se tiverem mais informações sobre este concurso para o IEFP podem relatar na caixa de comentários deste post.

 

 

 

Colegas preciso da vossa ajuda
Como achei tudo o que li tão mau, liguei para o centro de formação da minha zona de residência e falei com um dos técnicos.
Pelos vistos temos mesmo que dar formação fora do centro em toda a zona da NUT e não têm viatura de serviço para nos deslocarmos, temos que ir em carro próprio.
O horário é de 22h/25h letivas mas temos que fazer 40h semanais, sendo as restantes passadas no centro, vai haver um cartão para picar à entrada e à saída, mesmo no período do almoço, que o regulamento obriga a que seja de uma hora.
A formação não é sempre a mesma, uma vez que os cursos não começam e terminam todos na mesma altura, pelo que o horário também não é fixo.
Quanto ás interrupções apenas são de 15 dias no verão e 5 dias no natal, havendo formação no carnaval (mesmo dia de carnaval) e na páscoa.
As reuniões são mensais e como poderemos ter uma média de 10-15 cursos ao mesmo tempo, podemos ter o mesmo número de reuniões por mês.
Eu pensava que era um exagero de quem não nos queria lá mas pelos vistos é mesmo verdade.
Posto isto tudo pergunto?
Não tendo até ao momento qualquer informação se terei horário no próximo ano ou não na minha escola e não tendo sido até ao momento definidas as linhas do que irá acontecer aos professores de horário zero, ou seja, até ao momento não há nada legislado relativamente a este assunto (certo?), será que devo concorrer para o IEFP e sujeitar-me a este CAOS, enquanto alguns colegas continuam no bem bom?
O que devo fazer?
Estou com muitas dúvidas…

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28 comentários

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    • Margarida on 26 de Maio de 2014 at 17:35
    • Responder

    É assim e muito mais …não é exagero nenhum boquejos colegas que lá estão relatam.

    • Victor Zabumba on 26 de Maio de 2014 at 17:43
    • Responder

    No bem bom? O colega por acaso está a lecionar atualmente? Eh pá por favor não invente mais por favor


    1. Eu sou formador no Iefp! Fui professor em 15 escolas! Não estou numa escola porque não tive colocação! Isto no IEFP é 10 vezes mais trabalho, 50 vezes mais stress e chatices e metade do dinheiro.


    2. Caro Victor, já trabalhou alguma vez no IEFP? Não parece. O que o colega disse é verdade. É isso e mais. Inventar? LOL era bom.

    • Margarida on 26 de Maio de 2014 at 17:46
    • Responder

    E mais … Os módulos a lecionar podem afastar-se bastante da formação base, o que implica a preparação constante de materiais e está regularmente a preencher grelhas de avaliação e planificações que não têm fim.
    A hierarquia também é muito diferente da escola os “chefes” , alguns coordenadores consideram-se num patamar muito superior, dirigindo-se aos formadores de uma forma impensável numa escola e muito haveria a contar, deixo para os colegas que lá estão continuarem ….


  1. Caro colega, eu também não sei se vou ter horário mas não tenho intenção nenhuma de me candidatar, espero para ver. Estamos no mesmo barco, só não acho nada bem e não era necessário terminar a frase com ” …enquanto alguns colegas continuam no bem bom”. Se a aplicasse aos governantes e ao Crato… . Nenhum professor está no dito bem bom, estamos todos é no bem mau!

    • Cristina Almeida on 26 de Maio de 2014 at 18:10
    • Responder

    “Enquanto alguns colegas continuam no bem bom?!!!” É assim que classifica o trabalho dos professores? ! São este tipo de expressões que nos vão deitando abaixo o trabalho que se faz nas escolas ….e dos profissionais que nelas trabalham.


  2. Eu acho piada aos colegas duvidarem da palavra de outros. Sempre se ouviu falar, e agora ainda mais, das condições de trabalho no IEFP. Não é novidade para ninguém. Aquilo que o colega foi averiguar porque duvidava dos relatos que lhe faziam é exatamente as condições de trabalho atuais no IEFP, mas isso o MEC recusa-se a comentar. Portanto, os colegas do quadro que estão a ponderar concorrer que pensem muito bem. Será que vale a pena sair da escola, onde tenho um horário fixo todos os dias e tenho algum descanso durante as pausas letivas para ir trabalhar num contexto completamente diferente, onde o modus operandi é diferente, onde tenho que muitas vezes deslocar-me à aldeia ou vila do concelho X, da NUT Y na minha própria viatura, preparar e elaborar imensos materiais para as mais diversas formações porque o IEFP não funciona com manuais, ter um horário que de fixo não tem nada (nunca se sabe quando começa e quando termina), ter dezenas de reuniões por mês, e para além de dar formação também tenho que me sujeitar a receber formação porque o IEFP considera importante ter formação em primeiros socorros, por exemplo. Sim, isto é o dia a dia no IEFP. Bem-vindos à escravatura dissimulada do século XXI.

    • António on 26 de Maio de 2014 at 19:57
    • Responder

    Sou do quadro, em risco de ficar com horário zero e longe de casa… conheço e tenho colegas/amigos que estão em IEFP. Só se fosse obrigado com caçadeira é que iria concorrer para lá. Aquilo que eles desde sempre me contaram do que se lá passa é de bradar aos céus! As 22 horas são uma utopia. No convite que nos fazem fala no MÍNIMO em 22h. Com estes tipos do MEC isso traz muita água no bico. Além disso também referem que o local pode não ser sempre o mesmo.
    Deixa-me é estar onde estou, que do mal o menos!


  3. Caro colega, há algumas imprecisões nas informações que lhe deram. O horário de trabalho é de 35h incluindo a componente letiva de 22 ou 25h e as restantes horas são não letivas, isto para os colegas que estão em mobilidade (colegas dos quadros). Quanto às férias tem direito ao mesmo número de dias a que teria direito se estivesse numa escola. A marcação de férias é efetuada de acordo com o interesse do próprio e aprovação das mesmas por parte da entidade patronal. Não perde nenhum dos direitos que já adquiriu, nomeadamente, o escalão em que se encontra, contagem de tempo de serviço, atestados por doença, adse… O técnico deu-lhe a informação que lhe convinha. As pessoas que estão à frente do IEFP gostam de mandar nos outros. E é mais fácil mandar numa pessoa contratada a “recibos verdes” do que numa pessoa do quadro que se encontra em mobilidade… Assim sendo, os colegas dos quadros que estão em situação de poderem ir para a requalificação não devem arriscar ser apanhados nessa teia. Esta mobilidade é apenas por um ano; permite ao docente não ser encaminhado para a requalificação; permite-lhe concorrer ao próximo concurso interno 2015/2016; e ainda lhe permite quebrar a contagem do tempo para a requalificação…


    1. Componente letiva de 22h, só diz isso quem de facto está a leste da realidade do IEFP. O IEFP não é como nas escolas, em que o horário é certinho do princípio ao fim. Não é à toa que diz no convite que no mínimo são 22 horas. As horas extra horário letivo têm que ser declaradas. E não pode ser em preparação de materiais. Têm que ser em horas presenciais ou de facto com trabalho feito para o IEFP. Corrigir testes etc. etc. Isso é tudo extra.


    2. Ai igual como nas escolas!!!! Estou no IEFP, não há horários fixos! Tem que trabalhar com outros técnico que não são professores. Obedecer a coordenadores (vários). Das 9h às 13h num concelho e às 14h já deve estar noutro. 22 horas uma treta! Basta que os técnicos não possam dar formação e lá vai o professor assumir! Eu neste mês de Maio dou 136 horas efetivas de formação. 34 horas em média por semana! No início também prometeram que eram 22 horas por semana. Troquem comigo!!! Eu fico com o vosso horário zero e vocês vem para o IEFP. Já nem vou falar do tipo de formandos que tenho pela frente!!!!

    • Neida on 26 de Maio de 2014 at 20:17
    • Responder

    Concordo com tudo o que já foi dito… esta é a realidade dos formadores do IEFP.
    Acrescento que as horas que sobram, para lá da componente formativa, não servem para preparar os materiais, planificações (isso faz-se em casa) ou grelhas de avaliação, as sobrantes destinam-se a executar trabalhos burocráticos de secretariado e apoio à organização dos cursos.


  4. Não vão concorrer para o IEFP mesmo sabendo que não têm horário na escola?!!! Peço desculpa mas os meus impostos não são para pagar a esta gente, nem para pagar 40% do salário quanto mais horário completo. É isto que envergonha a classe docente perante o país.


  5. colega COR, isso é o que dizem agora depois de entrarem logo verá se realmente terá o horário de 22h. Quem entrou no outro concurso também era 20h letivas e 10 trabalho . E agora temos 30h letivas.


  6. Vão vão para o IEFP…logo irão ver o que é bom para a tosse…!!!!

    • Carminaburana on 26 de Maio de 2014 at 23:05
    • Responder

    A colega Cor precisa passar 1 mês a dar formação no IEFP e vir perante as chefias alegar que tem direito a marcar as férias quando lhe apetecer. Caso não saiba só havia interrupções no mês de agosto e era-nos dada a 5 feira santa nos anos bons; o 31 de dezembro às vezes. No entanto, neste ano, há cursos que não pararão nem no mês de agosto. Aqueles que estão nas escolas queixam-se, mas ainda não conheceram realidades piores. Deixo só um lamiré no que às condições materiais diz respeito: PC usas o teu portátil, videoprojector, vais à 2 feira de manhã requisitá-lo, uma vez que há 8 para todo o IEFP, internet nas salas – isso é o quê? salas com janela? Nalguns pavilhões é um achado. Todavia, ninguém como os formadores desta enorme casa conhece os cantos melhor ao concelho respetivo, pois muitas ações decorrem espalhadas por fora. Bem-vindos à realidade “real” do IEFP!!!


  7. pois é….40 horas semanais, picar o ponto…sabe que isso são as condições de trabalho da maioria dos portugueses? (formadores incluído)….custa levantar de manhã, não é?


    1. Estou numa escola de ensino básico e secundário e trabalho mais de 60 horas semanais + reuniões, às quais se somam 15 horas de viagens. Levanto-me todos os dias antes das 6h da manhã. É preciso, antes de mais, respeito!


    2. O IEFT que vá contratar escravos a Marte. O corpo docente é para ser respeitado


  8. Não queiras comparar! Fui contratado 12 anos até que me deram um chuto….Hoje estou no IEFP porque não consigo nem um horário incompleto numa escola! Vocês não tem noção do que é dar formação no IEFP. Muitos colegas não aguentaram e foram embora….


  9. Vão para o IEFP porque eu quero o vosso lugar nas escolas!!! Vão vão para a antecâmara do despedimento que é o que vos vai acontecer….

    • Mário on 27 de Maio de 2014 at 22:15
    • Responder

    Agenda de trabalho para a semana de 25 a 30 de maio 2014. (Esta foi a semana mais pesada deste mês. As semanas anteriores foram um pouco mais leves em termos de horas letivas de formação, mas a média ronda as 27/28 letivas semanais)
    – 35 horas letivas (sete horas de formação diárias por dia)
    – 5 horas de reuniões (uma em cada dia desta semana. Mas para a semana contínua, pois só eu tenho 12 cursos diferentes)
    – 400 km no carro
    – 10 horas só para deslocações entre os vários locais de formação, em 5 concelhos diferentes,
    – sem almoço (tempo utilizado para me deslocar para os diferentes locais de formação)

    • Rose Mary on 28 de Maio de 2014 at 9:11
    • Responder

    Os contratados

    que não lecionaram este ano podem concorrer a este concurso do IEFP 2014?

    • Sofia on 28 de Maio de 2014 at 10:37
    • Responder

    Lamento a última frase do seu pedido de ajuda, nem parece discurso de um professor! Colegas no “bem bom”???? Se nós não temos respeito pela nossa classe ninguém terá, não conheço nenhum colega por todas as escolas onde já passei que esteja no “bem bom”!

    • Paula Veloso on 28 de Maio de 2014 at 11:48
    • Responder

    Bom dia colegas! Tenham cuidado …. O IEFP não é solução para vocês! Mantenham-se nas escolinhas porque como lá,,,, não há! Eu já estive dos dois lados da barricada. IEFP é escravatura física e psicológica. – Obedecer a vários coordenadores que nunca deram uma aula na vida. (Chatices e muitas) – Formandos que estão obrigados (chegam a ameaçar o formador / Mediador)
    – Pausas no natal, Carnaval e Páscoa não há) – Trabalham até dia 31 de Julho e recomeçam dia 1 Setembro – Não há manuais, tudo é feito pelo professor – Nos locais de formação não há fotocopiadoras (isso é em casa…) – De manha formação numa localidade à tarde noutra a dezenas de kilómetros (Não almoçam porque tem que fazer a viagem no seu carro…) – Milhares de kilómetros percorridos por ano. – Uma dezena de turmas com uma reunião mensal, realizada na sede do IEFP e onde o coordenador manda e desmanda! – Contem com 30 horas no mínimo de formação por semana e as restantes é servir de secretário dos senhores coordenadores…. E Não esqueçam que atribuem mediações duas e por vezes três (dá muito trabalho e problemas, dirigir formandos desempregados e do RSI – Trata de papeladas faltas, atas das reuniões, dos estágios, sim porque tem que o mediador procurar locais de estágio para os formandos ( é o mediador que dá a cara nas empresas e muitas vezes fica envergonhada pelas atitudes dos formandos nas empresas). E os subsídios…sim porque há sempre problemas com os pagamento de subsídios aos formandos ( nunca batem certo e depois comparam uns com os outros)Quando chega o mediador ele é arrasado por completo (eu fui ameaçada várias vezes). Estava tão bem numa escola! Felizmente não tenho marido nem filhos! porque não daría para continuar no IEFP…IMPOSSÌVEL

    • Katia on 2 de Junho de 2014 at 17:45
    • Responder

    Boa tarde, também sou formadora do IEFP do concurso 2013 e sim tudo aquilo que os colegas dizem é verdade. Relativamente aos horários, ás deslocações, a ponto de se saír de uma formação às 14h e entrar-se noutras também às 14h para aproveitarem o pessoal ao máximo, e portanto termos que sair mais cedo de um lado para ir para o outro em 25 minutos a comer uma sandes…o termos muita parte administrativa e burocrática de receber talões dos passes dos formandos, ter que tratar do mapa das faltas, etc (tudo extra-formação e em aula que os formandos não esperam) e ainda as imensas dificuldades como não haver fotocopiadoras em todos os locais, o que obriga a uma preparação atempada das aulas no sentido de ter tempo de tirar cópias para a semana toda, o demorar 2 meses a receber material como canetas de quadro…para não falar nos dias das 8 às 20h… vi pessoal a sair do outro concurso porque recusou formação… portanto…pensem bem porque é trabalho realmente, mas não tem nada a ver com as escolas, trabalha-se o triplo se não mais….

      • Sónia Gonçalves on 7 de Setembro de 2015 at 16:33
      • Responder

      Olá,
      Todos falam em trabalho e em termos de ordenado? qual o valor mensal? Temos direito a subsídio de refeição? E de férias? E de Natal?

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