24 de Junho de 2025 archive

Secretismo rima com amadorismo?

O secretismo imposto pela Tutela na realização das provas finais do Ensino Básico, exclusivamente em suporte digital, “deu raia”, que é como quem diz resultou em asneira, descambou para o desastre e para a barafunda:

– Alguém conseguiu, de alguma forma, aceder às questões presentes na prova final de Matemática relativa ao 9º Ano de escolaridade, realizada no passado dia 20 de Junho, procedendo à sua divulgação…

– O enunciado da prova de Matemática acabou, assim, divulgado publicamente e profusamente difundido, contra as expectativas do Ministério da Educação que, alegadamente, pretenderia utilizar o mesmo conjunto de questões no próximo ano lectivo…

– Com forte probabilidade, os alunos do segundo turno poderão ter sido beneficiados face aos seus pares do primeiro, tendo em consideração a expectável transmissão de informações, como habitualmente acontece em situações semelhantes…

– Também terão existido os mais variados constrangimentos de ordem técnica em muitas escolas do país, que conduziram a um certo caos e à atrapalhação de alunos e professores, impotentes para resolver tais limitações informáticas…

À luz do que já se tinha verificado aquando da realização das Provas ModA, avisos não faltaram quanto às previsíveis limitações técnicas, que poderiam vir a repetir-se nas provas finais do Ensino Básico…

E parece que em muitas escolas acabaram mesmo por se repetir, a acreditar nos relatos dos directamente envolvidos na realização das referidas Provas Finais, naturalmente alunos e professores vigilantes…

O Ministério da Educação preferiu não valorizar os muitos avisos que foram sendo feitos, acabando por persistir num erro que teria sido evitável se tivessem sido levados em consideração os muitos alertas para a existência de problemas e acauteladas as falhas técnicas e de equipamentos que foram sendo reportadas…

Quanto ao secretismo exigido, e tratando-se de Provas em suporte digital, onde alegadamente são possíveis certos expedientes técnicos, apenas se pergunta:

Ingenuidade? Incompetência? Amadorismo? Displicência?

Ingenuidade, incompetência, amadorismo e/ou displicência de uma Tutela que não foi capaz de antecipar a ocorrência de possíveis problemas?

Torna-se difícil qualificar a decisão da Tutela em persistir numa situação que, à partida, tinha tudo para correr mal… E efectivamente correu mal, culminando num desastre anunciado há muito…

Escusam de vir agora apontar “bodes expiatórios”, eleger “profetas da desgraça” ou continuar na tentativa de branquear algo que, pelas suas dimensões, se torna impossível de ignorar ou de escamotear…

Neste caso, secretismo rima com amadorismo? Talvez…

Mas claro está que a culpa será sempre atribuída a terceiros…

Ao que tudo indica, estaremos perante mais uma manifestação de imaturidade crónica que tem assolado o Ministério da Educação ao longo dos últimos anos, quase sempre incapaz de assumir os próprios erros…

Ao longo dos anos, tem-se repetido, e repetido, fatidicamente, essa incapacidade, assim como a negação constante dos muitos problemas que assolam a Educação, em particular a Escola Pública…
Definitivamente, assim não iremos a lado nenhum que seja bom…

Se o objectivo é credibilizar a avaliação externa pela realização de provas finais/exames, dir-se-á que esta é a pior maneira de o conseguir alcançar…

A continuar a ser da forma já conhecida, torna-se praticamente impossível reconhecer às provas finais do Ensino Básico o desejável rigor, a imprescindível imparcialidade e a obrigatória equidade ao nível da sua realização…

Não é, de todo, aceitável que a realização de tais provas se transforme numa espécie de “lotaria” ou “jogo de sorte ou de azar”…

Num regime democrático, também não é, de todo, aceitável que a Tutela imponha um tal secretismo, que chegue a raiar a discricionariedade…

Não é assim que se ajuda os alunos a interiorizar e a praticar os Valores inerentes a uma Democracia, desde logo o da transparência e o da justiça…

Até porque a aprendizagem desses Valores se faz, sobretudo, pelo exemplo…

Paula Dias

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Ministério da Educação admite renovar contratos com mediadores culturais nas escolas

 

Números provisórios do ano lectivo de 2024/25, que constam no Programa do Governo, dão conta de que há 172.279 alunos estrangeiros, do pré-escolar ao ensino secundário, nas escolas públicas.

Ministério da Educação admite renovar contratos com mediadores culturais nas escolas

 

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Quantas salas do Pré-escolar não cumprem?

 

 

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Mobilidade de docentes por motivo de doença 2025/2026 – Validação do pedido

 

Aplicação eletrónica disponível entre o dia 24 e as 18:00 horas de 27 de junho de 2025 (hora de Portugal continental).

SIGRHE – Validação do pedido de mobilidade de docentes por motivo de doença 2025/2026

 

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Nota Informativa N.º 16 Professores Bibliotecários – Ano Escolar 2025/2026

 

O processo de designação de docentes para o exercício das funções de professor bibliotecário encontra-se regulamentado na Portaria n.º 192-A/2015, de 29 de junho.

Nota Informativa N.º 16  Professores Bibliotecários – Ano Escolar 2025/2026

 

 

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