Para Alguns (Poucos) É Capaz de Ser um Bom Chamariz

Professores reformados que regressem à docência somarão salário base à reforma

 

 

Ministro da Educação garante que a contratação de professores reformados poderá acontecer já em setembro

 

Os professores reformados que decidam regressar à docência somarão à reforma entre 1.200 e 1.300 euros, o equivalente à remuneração base quando iniciam atividade, disse o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre.

“Estamos a oferecer para além da reforma a que têm direito, a possibilidade de, se regressarem ao sistema, receberem o correspondente ao primeiro escalão da carreira que adicionam à reforma (…). Corresponde ao salário do professor que entra para o primeiro escalão: mais de 2.000 euros brutos e cerca de 1.200 ou 1.300 euros líquidos”, disse o governante a jornalistas no Porto à margem de uma visita o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores Tecnologia e Ciência (INESC TEC).

Sobre uma das medidas que faz parte do guião de apoio à organização do próximo ano letivo que o Governo enviou às escolas e no qual colocou no topo das prioridades evitar que os alunos estejam sem aulas, Fernando Alexandre disse que a legislação sobre o regresso à profissão de docentes reformados “está praticamente concluída”.

“Terminamos a semana passada as negociações sindicais. Temos o diploma praticamente fechado. Os diretores terão todas as condições para utilizar essas novas formas de gestão”, referiu.

Questionado sobre quando os diretores poderão colocar esta medida em prática, o ministro foi direto: “Já em setembro”, disse, contrariamente à falta de garantia sobre se haverá professores interessados nesta possibilidade.

“Acreditamos que muitos docentes quando atingem a idade da reforma ainda estão em plenas condições, mantêm a paixão pela educação (…). Até há uma remuneração adicional. Não estamos a contar apenas com a disponibilidade emocional e a generosidade dos professores (…). Mas eu cheguei há quatro meses, apresentamos um plano, a medida existe”, referiu o ministro da Educação.

Fernando Alexandre falou, ainda, no número de alunos que está a aumentar.

“Foi uma surpresa. Vivemos um período demográfico muito difícil nas ultimas décadas, mas nos últimos anos, tivemos influxo de população estudantil. Para o ano vamos ter mais 20.000 alunos no básico e secundário. Obviamente cria desafios, mas são problemas bons. Temos de atrair novos professores para a docência”, terminou.

 

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18 comentários

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    • Curioso on 9 de Agosto de 2024 at 19:18
    • Responder

    Em vez de darem salários dignos aos jovens e apoios aos professores deslocados…preferem recompensar os mais velhos. Consequência: a idade média da classe docente não vai parar de aumentar!

      • Profs jovens precisam se. on 9 de Agosto de 2024 at 20:28
      • Responder

      Concordo.
      Coitados dos alunos.Tinham direito a ter profs jovens. Eles falam nisso. Só velhinhos e velhinhas doentes, cansados e amargurados nas escolas.
      Eu tive. E gostei muito. Eram jovens profs arejados que tem nham feito frente ao regime.
      Marcaram me.
      Não seria a pessoa que sou hoje senão fossem eles.

    • maria on 9 de Agosto de 2024 at 21:13
    • Responder

    E como será a carga horária para os professores reformados?Um professor com 66 ou mais anos não aguenta um horário completo. O dinheiro não pode ser a única contrapartida .Os professores reformados estao muito cansados

      • Ulme on 9 de Agosto de 2024 at 22:30
      • Responder

      Se estão cansados quem os manda voltar?
      Deem lugar aos novos

    • alcides Rego on 9 de Agosto de 2024 at 22:45
    • Responder

    Que boa ideia!
    Eu vou aproveitar!
    Vou juntar mais um ordenadito ao valor da reforma!
    Fie!
    Não sabia bem que tipo de caixão havia de comprar para o meu funeral, assim já estou a pensar num caixão mais bonito, com todas as comodidades, com vários artigos de luxo, para poder “viver” bem lá no outro mundo.
    (Não há paqchorra!)

  1. Os profs reformados devem aproveitar a vida e não voltar ao ” inferno”. Não sejam tolos. O tempo passa muito depressa. Gozem a reforma.

      • Luís on 10 de Agosto de 2024 at 11:09
      • Responder

      Os que voltam são os que pouco ou nada andaram a fazer.
      Os que trabalharam a sério nem têm saúde para continuar. Quanto mais regressar.

    • Anónimo on 10 de Agosto de 2024 at 8:48
    • Responder

    Quem mais ganha ainda ganhará muito mais.
    Em vez de darem mais a quem perdeu a sério nestes 15 anos, de modo a não terem reformas de miséria, como vão ter, vão dar mais a quem se reforma no topo da carreira (10.° ou 9.°).
    O gozo com aqueles que trabalharam no duro nos piores anos da Educação em Portugal, continua.
    Deveriam era acabar de vez com a porcaria da necessidade de quóta para aceder a escalões remuneratórios. É uma ignominia que só existe na Educação e desde a sinistra milú (letra minúscula porque não merece mais do que isso).
    Se querem um sistema a sério parem de brincar com quem trabalha.

    • AL Fredo on 10 de Agosto de 2024 at 10:11
    • Responder

    A estratégia é boa, do lado da gestão. Garantia de serviço sem aumentar custos permanentes. É equivalente a contratar profs, em inicio de carreira, sem o comprometimento de vínculo a curto/médio prazo. É uma amizade colorida. Uma fuga ao casamento.
    A seguir virá o aumento de alunos por turma.
    É mais troika, com outro nome, e mais evidência da falta de visão a longo prazo.
    Saltar de crise em crise.
    E

    1. Claro. Já se sabe qual a receita. É parecido com o neoliberalismo. E o resultado vais er semelhante.
      Quem mais ganha, mais ganhará. Os outros chucham no dedo.
      A estratégia é dar mais a quem já devia ir para casa gozar o que tem. Sinceramente até acho que fica mais caro, mas deve haver outros interesses por detrás.

      Seria muito mais económico distribuir horas extraordinárias por todos os docentes que são do quadro e estão em idade de trabalhar. Se o fizessem, de certeza que a falta de professores caía para menos de 1/3.
      Façam as contas e verão que é assim. Aliás, no privado já perceberam que a resposta é por aí, há muito tempo.

      Mas se não o faze,, querendo tapar o sol com a peneira e dar um salário a mais a quem já ganha líquidos 2300 euros por mês, é porque há outros interesses na calha.

        • Mainada on 10 de Agosto de 2024 at 13:28
        • Responder

        Insisto (e não falo de mim, que estou no 6 escalão e ainda tenho cerca de 5 anos para a reforma): quem se reforma no 10 não ganha 2300 (noutra versão, por aqui, era 2500) líquidos. Tirem-lhe cerca de 300.

    • OLhovtudo on 10 de Agosto de 2024 at 15:37
    • Responder

    «muitos docentes quando atingem a idade da reforma ainda estão em plenas condições..» mais um teste social e já nem escondem as intenções, se houver muita aderência, é provável que a idade da reforma aumente para mais 5 anos….( no mínimo).

      • Cláudia on 11 de Agosto de 2024 at 17:45
      • Responder

      “se houver muita aderência”, adesão, se faz favor, porque aderência têm os pneus e autocolantes.

    • Carlos Tiago on 10 de Agosto de 2024 at 17:22
    • Responder

    Passei metade da carreira a concorrer a nível nacional e a ser colocado em miniconcurso em horários incompletos sem receber nas interrupções/férias e a outra metade a labutar para chegar ao 10.º escalão e receber líquido cerca de metade do que recebo ilíquido (um roubo). Agora levo um pontapé no “cú” para me obrigarem a trabalhar até aos 67 anos de idade e com 47 anos de descontos e receber, quando me aposentar se lá chegar, um valor líquido que não será suficiente para pagar o lar. A benesse do tempo de serviço abençoada por todos não me conta/paga um único dia dos anos que me roubaram. Neste país governado por nazistas, recusarei trabalhar horas extraordinárias e para além da prolongada aposentação porque estou exausto, desde os 56 anos de idade com 36 de docência negociados laboralmente a troco de aumentos salariais sempre muito abaixo da inflação, ao contrário do que aconteceu com outros profissionais. Zé povinho de “merda” que vota sempre em quem rouba a uns para dar a outros ou que alimenta a subsidiodependência de ricos/pobres. O ministro, se é professor, que vá dar aulas se souber e receba o ordenado que propõe para os aposentados.

    • Os pais do ministro on 10 de Agosto de 2024 at 18:02
    • Responder

    Trabalhar depois de me reformar?????????
    Grande parte trabalha até aos 68, neste momento, para colmatar o que não descongelou,
    Reformam se, adoecem e morrem. Conheço vários casos.
    Não gozaram nada do merecido descanso nem dos descontos que andaram a acumul.
    Gastaram apenas com o funeral.
    Vida boa é isto.
    Vá para lá o ministro e os pais do ministro.

      • Mainada on 10 de Agosto de 2024 at 18:06
      • Responder

      Mas a esperança média de vida é tão enorme! Na TV até fazem reportagens com cidadãos que passaram os 100… E os doutores afirmam…

        • Pobreza alimentar, energética, etc stc on 10 de Agosto de 2024 at 19:49
        • Responder

        Esses, os dos 100 anos não foram professores, aposto!
        A esperança média de vida em Portugal não tem nada a ver com a dos da Europa do norte.
        É artificial. Uma farsa para as estatísticas .Prolongam nos a vida com medicamentos, mas comida boa com fruta, legumes um pouco de peixe e carne os velhos reformados não lhe chegam.
        Ná. Está esperança média de vida não a quero. Pobreza alimentar, pobreza energética, etc etc.

    • CARLOS VASCONCELLOS on 12 de Agosto de 2024 at 13:12
    • Responder

    Seria bom que o Ministro se informasse antes de falar em Conferências de Imprensa. O salário bruto de um professor no 1º Escalão é de 1 657,53 Euros e não de ” mais de 2000″. Quanto ao salário líquido, não ultrapassa os 1 100 Euros.

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