A crescente incidência de comportamentos indisciplinados nas escolas portuguesas está a gerar grande preocupação entre os profissionais da educação. A Federação Nacional da Educação (FNE) emitiu um comunicado esta sexta-feira, alertando para um aumento significativo dos casos de indisciplina que têm sido reportados por educadores, professores e pessoal de apoio educativo.
O Crescimento da Indisciplina
Segundo Pedro Barreiros, secretário-geral da FNE, a federação recebe relatos diários de casos de indisciplina vindos de várias partes do sistema educativo. “Recebemos comunicações diárias de educadores, professores e pessoal de apoio educativo sobre casos de indisciplina, que ocorrem tanto no contexto da sala de aula quanto em outras áreas da escola”, afirmou Barreiros em declarações à Renascença.
O fenómeno é descrito como transversal a todo o país, afetando escolas de diversas regiões. Apesar de inicialmente se justificar a indisciplina com o impacto da pandemia de COVID-19, a FNE observa que, com o tempo, a situação não melhorou. “Durante algum tempo, a COVID-19 era vista como a principal causa da indisciplina. Contudo, o tempo passou e a indisciplina, especialmente em sala de aula, tem sido relatada de forma cada vez mais sistemática”, acrescentou Pedro Barreiros.
A preocupação da FNE é sustentada pelos resultados de um inquérito recente realizado a 3570 docentes. Este estudo revelou uma frequência alarmante de comportamentos disruptivos, sublinhando a necessidade urgente de intervenção.
A Federação já tomou medidas para abordar a questão a nível governamental. Pedro Barreiros revelou que a FNE entregou ao ministro da Educação um convite para uma reunião antes do início do próximo ano letivo. O objetivo é discutir estratégias para mitigar a indisciplina e a violência nas escolas.
“Este convite foi bem acolhido pelo ministro”, afirmou Barreiros. A FNE espera envolver o Ministério da Educação na procura das melhores soluções para enfrentar os desafios atuais. O diálogo entre a federação e o ministério é visto como um passo importante para encontrar estratégias eficazes que possam melhorar o ambiente escolar e reduzir os comportamentos indisciplinados.
32 comentários
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Proibir os telemóveis. Dar estatuto aos professores, o que passa pelo nível socioeconómico, como qualquer sociólogo bem sabe. Diminuir a presença dos encarregados de educação na escola (não os ver como “clientes”) e passar pelo filtro as suas queixinhas e intromissões. Não fazer os professores sentir que estão sempre “à pega” (ameaçados pelo sistema). Punir exemplarmente os comportamentos disruptivos. Atribuir classificações que correspondam à realidade, inclusive acabando com a avaliação contínua, em lugar de se exigir administrativamente que as classificações vão sempre num crescendo sem pés nem cabeça, inclusive de uns anos para os outros. Estas são algumas medidas.
Ah, e os comportamentos disruptivos não têm nada que ver com a Covid, que tem as costas largas. Já vêm de há muito tempo, num avolumar absurdo que corresponde ao centrar a escola, de forma crescente e sem ninguém que contrarie, no aluno. Se estuda, estuda. Se se balda, balda-se. Se é respeitoso, é respeitoso. Se não é respeitoso, não é respeitoso. Há muito a fazer, o que basicamente significa pôr as coisas no sítio. Se ninguém tiver coragem para isso, bem vale a pena falar-se no caso.
* nem (não bem).
Muito bem dito. Como aluna eu já achava isso, e agora como professora continua igual ou pior. Quem dera os professores pudessem ou tivessem coragem para mandar um aluno à sala da direção, ou para casa. Meus colegas arremessavam borrachas uns nos outros durante a aula e não havia consequência nenhuma. No secundário! Como vão aprender a respeitar se não é “necessário” ? Sabem q os professores não vão fazer nada sobre o comportamento
Concordo plenamente. Mas infelizmente os teóricos das pseudo-ciências da educação, controlados pela esquerda woke, têm muita influência sobre a máfia globalista PS-PSD … Não esperem milagres …
Woke serve tamɓém para desculpar tudo. O problema reside na educação que dão em casa. Os pais deveriam se comportar como pais propriamente ditos e como figuras de autoridade em vez de desempenharem o papel de amigos e de toda a brincadeira. Se não desempenham um papel de autoridade e os filhos vêm os pais como amigos, como é que estes alunos podem ver os professores como uma figura de autoridade. Se respondem aos pais e nãobos respeitem, este comportamento vem para fora de casa.
A educação dada em casa é um reflexo das políticas globalistas que nos foram impostas … Neste momento no parlamento só há um partido que luta contra a agenda woke …
O Chega , ao contrário dos partidos fofinhos do sistema corrupto, sempre alertou para a indisciplina na escola como um dos principais problemas do ensino.. Vejam as intervenções do Dr Gabriel Mithá Ribeiro e do colega João Tilly por exemplo …
Os telemoveis já são proibidos, é só alguns professores não fingirem que não os estão a ver nas aulas e atuarem de acordo… o problema é que para alguns professores dá mais jeito que os meninos estejam nos telemóveis do que terem que dar aulas.
Mas pq será que o COVID vem sempre agarrado a estas explicações de caça?
Está a crescer?!
Há 10 ou 15 anos que há indisciplina! É insuportável!
Há é muita gente a abafar o assunto! Parece que é tabu!!
Há muito mais, 10 ou 15 anos não é nada. Isto tem vindo é num crescendo. Mas ainda sou do tempo, há muito mais, em que os DTs nos pressionavam para permitir tudo e não marcar faltas porque tínhamos que ter em conta o perfil social dos aluninhos. Os alunos, nesse tempo, inclusive entre os professores, tinham sempre razão e os professores eram uns bandidos, olhados de lado. E que tal cenas como esta, do início da minha carreira, em 86/87? Toca a campainha. Vou no corredor em direção à sala, absolutamente visível. A campainha para de tocar. Os aluninhos fogem todos, aos gritos, para olado oposto. A funcionária marca-me falta porque não estava na porta enquanto a campainha tocava. E isto não é nada.
és uma vitima do sistema 🙂
Pois… Depende dos momentos, mas em algumas alturas, sim e à grande. Eu, tu, nós todos.
Os alunos são educados por pares, ou, pior, pela internet. O que temos não é só indisciplina, é apatia e défice cognitivo crescente. Dantes eram as sopas de cavalo cansado, agora são os ecrãs de cavalo cansado.
O problema da indisciplina relaciona se com a família.
As famílias não têm tempo para os miúdos e jovens.trabalham muito para poder acompanhar o poder de compra ou por comida na mesa.
As classes trabalhadoras têm 2 e 3 empregos para acompanhar o nível de vida em Portugal.
Falam tanto nas famílias. Enchem a boca com as famílias. Mas a política económica não quer saber delas para nada. A sociedade portuguesa é uma farsa de valores.
Depois há os grupos familiares que até tem tempo para os filhos mas refugiam se nos telemóveis, nos grupos de amigos. Não conversam com as crianças. Não lhes dão modelos e bons valores.
Et voilá, aí está porque a escola se transformou noum campo de batalha.
Brandos costumes!
Menos “compreensãozinha…” e uma regulamentação efetivamente mais punitiva que passe por reprovações, multas e pagamentos de dados morais e patrimoniais. Já que os meninos não podem sentir no físico (coitadinhos…mas as suas vítimas podem, o que é irónico), pelo menos que o sitam de outra forma.
Devolvam, ainda, a autoridade ao docente no sentido de, autonomamente, poder decidir quem está ou não em condições de frequentar as suas aulas e as direções que parem de fazer dos seus docentes sacos de pancada e de injúrias apalhaçados!
A Mainada tem toda a razão. É preciso nova regras mais rígidas, melhores soluções para novos problemas. Dar mais algum poder aos docentes e não docentes para que haja mais respeito. O MEIC não deve olhar para o lado e não resolver como os outros não resolveram pois o assunto já tem décadas. Ze toy
*O* Mainada. Sem problema. 🙂
Tenho 65 anos, sou contratado, e todos os dias sou insultado de uma maneira ou doutra diretamente na cara por alunos! E não desisto! – Tudo é arquivado. É que até os polícias têm filhos!
Se me fizessem isso dáva lhes uma cabeçada ou rodopiava os no ar contra a parede do fundo.
Prendessem me.
Não pode ser porque o professor seria sempre culpado e corria o risco de ficar sem carreira , mais o que lhe estivesse ligado. Dito isso, por vezes, uma lambada bem atestada seria educativa. É preciso muito autocontrolo e um estômago forte.
Porque é que os queridos rebentos são indisciplinados? Porque podem.
Óbvio.
A culpa desta esbórnia nas escolas é dos sucessivos governos que vêm tirando o poder aos professores.
Hoje em dia, não se pode dizer nada aos meninos que não é pedagógico e temos os pais a reclamar ao portão se eles dizem um foda-se dentro de uma sala de aula a um colega, mas não era para a professora ( isto já me aconteceu. Como o seu querubim disse um palavrão para o seu colega e não era para a professora, a mãe não viu mal. A minha resposta foi: a partir do momento em que eu estou dentro da sala de aula com mais 20 crianças do 1° ano, segundo a educação que recebi dos meus pais para mim isso é má educação, a mãe ameaçou que me processava. Só disse a mãe, processe. Quando tiver novidades avise, virei costas e fui dar aulas a outra turma).
Também já tive uma miúda de 4° ano que me disse que se lhe tocasse que a mãe dela me batia. Humilhei-a à frente da turma toda, disse só para a mãe experimentar. Fazia queixa na PSP e ia ao IML fazer perícias legais para sustentar o caso e perguntei se era assim que na casa dela se resolviam os problema? Ficou uma seda o resto do ano.
O problema da indisciplina na escola são os pais, que são piores que os filhos e os apoiam nas asneiras todas que fazem. E depois hoje em dia as crianças têm demasiada impunidade. Eles batem, humilham os colegas, tratam mal os professores , auxiliares, e no fim de tudo saem impunes , não lhes acontece nada.
Estão a ficar com direitos a mais.
Não sou a favor dos castigos como tirar os intervalos, mas há imensa coisa na escola que eles podiam fazer, sem prejudicar o tempo de aula e encurtando o tempo de intervalo para os por a pensar nas asneiras.
Os alunos são educados por pares, ou, pior, pela internet. O que temos não é só indisciplina, é apatia e défice cognitivo crescente. Dantes eram as sopas de cavalo cansado, agora são os ecrãs de cavalo cansado.
As respostas a estes comentários são o reflexo do verdadeiro motivo que está na base de todos os grandes problemas na educação. Pareceres emitidos e decisões tomadas com base no “achismo” e a favor dos ventos políticos e da opinião das massas.
Acredito que dê todos estes comentários, poucos ou ninguém se tenha dado ao trabalho de consultar trabalho científico sobre o tema.
A educação é um tema muito sério para se debater no “achismo”
Perguntem ao professor Daniel Sampaio.
Ele pode ajudar nos a resolver.
As direções precisam de formação.
A índisciplina acaba no dia em que os pais passarem a ser responsaɓilizados pelos comportamentos dos filhos e os professores tiverem um estatuto capaz de poderem exercer a autoridade para poderem exigir respeito.Os meninos devem poder ser expulsos. AA escola tem que ser para quem quer aprender.
Tudo vai ficar na mesma se continuarem a votar na máfia globalista PS-PSD e noutros partidos “fofinhos”…
O Chega , ao contrário dos partidos fofinhos do sistema corrupto, sempre alertou para a indisciplina na escola como um dos principais problemas do ensino.. Vejam as intervenções do Dr Gabriel Mithá Ribeiro e do colega João Tilly por exemplo …
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Thanks for the comment. Unfortunately, in Portugal more than 95 % of teachers are totally ignorant about the globalist agenda … Where are u from ?
Tu é que és o sabichão da “globalist agenda”, mas nem sequer percebes que estás a responder a um “bot”. Com imbecis como tu, nem quero pensar no que será o futuro com a IA!