Mais uma vez, tomei consciência de que não estamos todos debaixo do mesmo sol.
Circulam por aí alguns considerandos sobre a desunião da classe e de sectarismos dentro da mesma. Porém, o princípio ético em que assenta o conceito de «justiça» não se baseia em interesses particulares e norteia a ordem social evitando que nos comportemos como selvagens no seio de uma anarquia (caos que, se calhar, já reina na classe).
Foram ontem tornadas públicas as listas de colocação da fase de mobilidade interna evidenciando a perpetuação das injustiças, contra as quais a passividade é o retrato acabado de quem pretende continuar a permitir que aconteçam.
Como poderei sentir-me satisfeito sabendo que colegas atrás de mim nas listas de graduação irão lecionar perto do domicílio, enquanto eu terei de me fazer à estrada durante todo o ano (com a agravante de ter problemas de saúde)? E, como eu, o mesmo aconteceu a tantos milhares de professores que, desolados, se viram ultrapassados por colegas, consequência de prioridades criadas artificialmente.
Sendo os docentes seriados pela média de curso e pelo tempo de serviço, não é aceitável terem-se criado subterfúgios legislativos que permitem arrumar numa gaveta este critério de ordenação propiciando ultrapassagens.
Conheço casos de colegas que, nos cursos superiores, eram alunos fracos e que, face à iníqua criação de prioridades, têm ficado colocados à frente de outros com uma avaliação muito superior na sua formação (onde me incluo). E quem não sabe de situações de professores com pouco tempo de serviço a ficarem mais perto do seu domicílio do que outros que há décadas andam a percorrer o país? Então, a graduação profissional serve para quê?
É lamentável que uma classe que deve valorizar o valor da justiça na avaliação dos seus alunos, esqueça este conceito quando se trata de relações profissionais entre pares, seja nos concursos de professores, seja na avaliação de desempenho, revelando elevados níveis de hipocrisia, oportunismo e deslealdade.
Em resultado desta tendenciosidade, já são muitos anos com professores prejudicados no seu tempo (desperdiçado em horas ao volante), financeiramente (pagando as deslocações e alojamento) e emocionalmente (tendo de ficar privados da companhia das suas famílias).
Bem vistas as coisas, se calhar este assunto é bem mais doloroso e tem mais repercussões na vida das pessoas do que muitos querem fazer crer tentando abafá-lo.
Não sendo possível alterar o passado e corrigir as injustiças cometidas sobre tantos, para evitar que no futuro se repitam, seria bom que, nas reuniões com a tutela, os sindicatos puxassem este assunto para o topo das suas agendas reivindicativas.
Suponho que esta situação só tem acontecido e continuará a arrastar-se, porque aos beneficiados não lhes convém perderem este privilégio, aos sindicatos não lhes interessa criar problemas a uma parte dos seus associados e à tutela pouco lhes incomoda o que se passa de infausto na vida dos professores.
Perdoem-me não poder partilhar da mesma euforia de outros colegas, porque não tenho nenhum motivo para celebrar, bem pelo contrário. Não será com gosto nem com motivação que, eu e tantos milhares de professores que ficaram prejudicados, irão encarar o próximo ano letivo.
Afinal, muitos de nós andámos a queimar as pestanas a estudar tanto e a percorrer tantas escolas do país ao longo de tantos anos, para quê?
Neste sistema, onde estão valorizados a meritocracia e os anos de entrega à profissão?
À margem desta situação, consciente da dificuldade crescente no desempenho desta profissão, desejo a todos um bom ano letivo.
Carlos Santos
29 comentários
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“Suponho que esta situação só tem acontecido e continuará a arrastar-se, porque aos beneficiados não lhes convém perderem este privilégio, aos sindicatos não lhes interessa criar problemas a uma parte dos seus associados e à tutela pouco lhes incomoda o que se passa de infausto na vida dos professores.”
A questão é mesmo essa: os beneficiados ficam caladinhos, porque com o “mal dos outros, podem eles bem”. E ainda gozam com os colegas que ficaram “menos beneficiados.
É o retrato da sociedade que se tem.
Concordo com tudo o que foi escrito, inclusive a questão das “notas” das licenciaturas, ou “pseudo-licenciaturas”.
Mas tantos erros, tantas injustiças ao longo de anos e anos…
Corrigir e ressarcir todos aqueles que foram prejudicados, é impossível. Mas, sim, era bom que pudessem rever os critérios dos concursos.
Quanto aos sindicatos, nenhum deles, e, muito menos, a Fenprof representa os professores e os interesses dos professores.
Pelo contrário! Foram responsáveis pelo apoio à “vinculação dinâmica”, algo criou ainda mais injustiças!!!!
É vergonhoso ver pessoas a entrar para o quadro, com critérios duvidosos e sem fundamento legal!!!
Mas alguém se mexeu e fez queixa no Tribunal Europeu? Nada…
Há uma “coisa” que se chama karma…e a vida encarrega-se de colocar tudo no seu devido lugar…a seu tempo!
Aos colegas que, como eu, temos sido vítimas de inúmeras injustiças, é continuarmos a procurar seguir as regras, porque a seu tempo, tudo vai colocado no seu devido lugar…
Mas que palermice, sempre houve prioridades nos concursos, é óbvio que quem escolhe ser quadro de escola é para ficar e não andar a saltitar. A desculpa que este ano foram obrigados a concorrer a quadro de escola não cola… Se não queriam concorriam primeiro para QZP e só depois para os quadros de escola. Ficavam Qzp, não tinham escola e esperavam pela roleta do concurso, muito fácil basta ter dois dedos de testa. Esta treta dos quadros de escola terem a mesma prioridade é completamente absurda. Mais vale acabar com os quadros de escola, todos concorrem, todos os anos, com base na graduação. Querem o melhor de dois mundos… Já enjoa…sempre houve prioridades.
Obviamente que és QZP ….e já agora tu não tens dois dedos de testa és um verdadeiro xico esperto.
Já tu és um mentecapto que nem sequer sabe escrever português, escreve-se chico esperto. Espero que não sejas professor, sinceramente. Por estas e por outras é que sou a favor de uma prova para limpar a classe ou até mesmo para estabelecer prioridades.
E tu, ChoraBebé, estarás “xexé” ou “cheché”?
https://dicionario.priberam.org/xexé
Qual é o problema de haver tanta gente a escrever “xico esperto” em vez de “chico esperto”? Vais apresentar queixa à SPL?
Vai-te catar, pá!
E tu um naião ( vai ao dicionário-pode ser que aprendas a escrever em português)!
DM = Débil mental
Com a obrigatoriedade de concorrer no concurso interno a todo o seu qzp não tarda nada e teremos o “umbigueiros” a sentir na pele a injustiça que agora defende. É aguardar, portanto…
Faltou-me chamar a atenção para essa situação. Seria lindo limitar os QZP a concorrer só para o seu qzp. Os xicos e ou chicos espertos haviam de gostar.
Sim, qual o propósito deste post? Quem é este senhor que escreve ou a sua importância?
Sempre com lamúrias. Nem se percebe muito bem o que o colega Carlos Santos especificamente reivindica. Ah é injusto e tal e coiso… Generalizações.
Quiseram mudar as prioridades no Concurso Interno. QA e QZP em pé de igualdade. OK. Conseguiram. Provavelmente agora que entraram em QA (diretamente de contratados ou vindos de QZP) já querem também na MI ir em pé de igualdade. Objetivamente o pressuposto da MI é para colocações temporárias. Já se sabia de antemão, e há muito, que na MI, os QZP vão à frente de QA.
As aberrações deste concurso/herança do anterior governo ao longo de vários anos foram:
– Considerar quem entrou na Vinculação Dinâmica (VD) , no ano passado, na mesma prioridade daqueles que há mais tempo se encontravam no Quadro. (E injusto até para quem não concorreu à VD, pois não tinha conhecimento desta artimanha, que só veio favorecer alguns. A obrigatoriedade de se concorrer ao país todo foi uma falácia.)
– Abrir vagas especiais para Norma Travão, sem que os restantes colegas de Quadro pudessem aceder às vagas de QZP (abrir sim, mas com acesso a TODOS)
– Desconsiderar a 1ª prioridade que era dada aos QA (no Concurso Interno), uma vez que os colegas iam efetivar longe, ficavam 4 anos a aguardar, e por aí tiravam algum benefício desta situação.
– Não resolução do real problema da falta de professores a Sul (Lisboa e Algarve). Não tarda nada, virão as notícias dos coitadinhos que vivem a norte, mas que concorreram (de livre e espontânea vontade, diga-se), ficaram colocados a Sul e agora choram mais um bocadinho a ver se cola. É dar incentivos financeiros a esses professores (tal como há câmaras a fazerem com os médicos; 1000 euros a mais de salário se aceitarem ficar 2 anos ou mais; ajudas de combustível e oferta de casa ou isenção de IMT – São João da Pesqueira)
Gostava de saber se por ser QA não tenho direito a mudar de escola temporáriamente? A vida pessoal de cada um diz respeito a cada um. O que não é certo nem correcto é alguém com baixa graduação e menos experiência passe à frente de todos os “velhinhos do sistema”.
Com todo o respeito, os “velhinhos do sistema” [ipsis verbis] têm muitas vezes menos experiência do que os “novos” que por aqui andam há 20, 25 ou 30 anos e que, além de terem tido os níveis e percursos todos, assumiram os cargos todos na altura em que “os velhinhos do sistema” não os queriam ter e tinham essa possibilidade. Até como contratados recebiam de presente coordenacões de tudo. As Direções de Turma e o serviço de exames, esses permaneceram sempre acoplados a si. Estes novos, não ficavam com 1 ou 2 níveis por ano, não escolhiam turmas XPTO, não estavam efetivos um par de anos depois de acabar o curso, não progrediram como os outros. Andaram pelo país, tiveram aulas em 3 turnos no mesmo dia (sim, 3), passaram pelo regular, profissional, ensino recorrente, CEF, PCA, PIEF, EFA, RVCC, etc., etc., adiaram a formação de família ou até desistiram dela. Muitos destes “novos” não subiram pontos na graduação como alguns “velhinhos do sistema” (alguns), com baixa atrás de baixa, ano sim, ano sim, por motivos que às vezes sabe Deus. Muitos destes “novos” perderam avaliações de Muito Bom e Excelente, por falta de vaga (a bela da justa avaliação!) para alguns “velhinhos do sistema” que tinham lugar cativo nos AE e ENA.
Pois é… Graduação é uma coisa. Experiência é outra.
(Aos velhinhos do sistema que, tal como os novos de meia idade, continuam a passar por estes caminhos preenchidos, o meu merecido reconhecimento. Mas sei – sabemos – que não são todos e que muitos nem em novos por lá passaram.
Eu nunca gostei de futebol, talvez porque nunca o soube jogar. Na escola tinha de correr muito para chegar à bola e depois sempre me pareceu muito mais fácil passar a bola aos outros com a mão.
Como na minha turma eramos poucos rapazes, eu acabei por ficar para guarda-redes da equipa. Com o tempo fui melhorando e acabei o meu percurso futebolístico como um excelente lateral direito, nos meus longínquos anos 90. Fui também percebendo um pouco melhor esta coisa das equipas, das regras dos jogos, dos campeonatos, dos jogadores, dos equipamentos, etc…
Uma das coisas que aprendi é que para fazer uma equipa é necessário ser bom em alguma posição. Depois as equipas surgem por naturalidade. As equipas futebol são apoiadas por outras equipas, as financeiras, que lhes dão muito dinheiro e permitem que as equipas de futebol continuem a jogar e a ganhar. Sem as equipas financeiras as equipas de futebol não vão muito longe.
Depois as equipas de futebol, apoiadas pelas equipas financeiras, começam a jogar em escalões mais pequenos e, à medida que vão ganhando jogos, passam a jogar em campeonatos maiores até chegar ao campeonato maior que é jogado a nível nacional.
Isto do futebol pode-se, portanto, resumir assim: os jogadores juntam-se, recebem apoio dos seus pares, começam por jogar em campeonatos pequenos e, depois, à medida que ganham jogos, passam a jogar em campeonatos maiores até chegar ao maior de todos.
A classe docente apostou numa série de clubes para participar no campeonato educativo… e foi com estas equipas perdemos o campeonato! Ganhou o ministério da educação, que, ao que me parece, jogou sempre sem o guarda-redes na baliza!
Agora é tempo de levar outras equipas… com as que foram a jogo neste campeonato não vão lá! Com elas não ganharemos o campeonato educativo. Não quer dizer que estas equipas devem sair de cena… nada disso. Até porque se vivem tempos de inclusão e de igualdade de oportunidades, até porque estas equipas foram protagonistas de grandes jogos de futebol, alguns deles pertencentes aos anais da história do campeonato da educação!
É altura agora de a classe docente adotar outra estratégia e se confrontar ela mesma neste campeonato educativo. Para isso temos de começar de novo, primeiro, em campeonatos mais pequenos, em cada uma das nossas escolas! Deixar de apoiar as equipas antigas, que já têm apoio que chegue, e não estão a jogar da melhor maneira e, pacientemente, ir conseguindo apoios de outros descontentes. É preciso que cada um de nós seja uma equipa em cada escola, juntar-se a outras iguais e ir jogando os jogos. Julgo que assim, mais cedo ou mais tarde, estaremos todos juntos a jogar no campeonato educativo e, pelo que me parece, com aquilo que temos hoje em campo, seremos capazes de chegar lá e golear a equipa do ministério da educação e festejar neste campeonato educativo!
Já tu és um mentecapto que nem sequer sabe escrever português, escreve-se chico esperto. Espero que não sejas professor, sinceramente. Por estas e por outras é que sou a favor de uma prova para limpar a classe ou até mesmo para estabelecer prioridades.
Média de 13 no meu tempo era acima da média. Agora é que a nota mínima é 18. Até o Macaco do Porto obteve 17 valores.
A alegoria do futebol, vulgo ópio do povo, é o melhor comentário, por aqui! Está muito bom.
Desafio de hoje: Qual dos comentários mostra um daqueles gajos (ou senhoras), passando o coloquialismo que, a escrever Português, já se nota que acabou com 13,14, mas a média dava 11 e, para serem fixes, os bons dos stores subiram 2 valores ao rapaz, einh?
Um chupa chupa a quem acertar!
“Qual dos comentários mostra um daqueles gajos (ou senhoras), passando o coloquialismo que, a escrever Português, já se nota que acabou com 13,14, mas a média dava 11 e, para serem fixes, os bons dos stores subiram 2 valores ao rapaz, einh?
Um chupa chupa a quem acertar!”
A minha aposta vai para aquele gajo (ou senhora), passando o coloquialismo, que escreve “chupa chupa” em vez de “chupa-chupa” (com hífen).
(E não vale a pena vir com a desculpa de que não segue o Acordo Ortográfico).
Ainda faltam as reservas de recrutamento e as bolsas de contratação. Mais ultrapassagens para os que com médias brutais e montes de tempo de serviço e mesmo com a divisão dos Qzp`s continuam longe de casa. 😀 LOL
Realmente, há filhos de um Deus menor… mas nos QA, nos QZP e nos contratados.
Praticamente todos foram alvo de injustiças ao longo deste milénio, pelo menos.
Mesmo aceitando o que disse, quantos outros QZP percorrem o país há décadas porque durante anos e anos não houve vagas de QA no país nos seus GR e, atualmente, as mais próximas para a sua idade e graduação, não obstante as décadas de tempo de serviço, ficam a horas de viagem por dia?
Quantos QZP não puderam ser QA perto de casa porque tiveram a infelicidade de nascer 1 par de anos depois?
Quantos QA queriam a MI para mudar para o AE a 100m de distância? (Sabemos que acontecia)
Quantos QZP “devolveram” o lugar aos QA (e aqui muito bem), mas depois estes nunca lá puseram os pés em período letivo durante 2 ou 3 dos 4 anos em que o QZP poderia ter estado mais perto, passando o horário para contrato?
Quantos colegas, bons alunos, bons profissionais, com pós-graduação, mestrado, doutoramento permanecem ou permaneceram a contrato por décadas devido a um sistema injusto que não se coibiu de abrir vagas nas universidades para depois os atirar para a precariedade?
Quantos QZP não continuam este ano sem ser QA porque sabiam de antemão que isso significaria ficar ainda mais longe?
A lista seria infinita. Não retirando a verdade de parte do que escreveu, parece-me lacunar e enviesado.
Escrito por alguém que correu o país, viveu aqui e ali, passou por acidente grave, foi trabalhar meio ano de canadianas todas as semanas a 300km da casa, fazendo a viagem semanalmente, perdeu parte de si numa partida anti-natura da vida e ainda nos últimos anos fez 4 a 6h por dia para poder dar um beijo de boa noite aos filhos. Neste exato momento, o desafio da distância mantém-se, com problemas de saúde também pelo meio. E não é um concurso de mazelas ou de coitadinhos. É apenas o reconhecimento de que as injustiças não são unilaterais.
Pouco importa se estou a contrato, se sou docente de nomeação definitiva e se, dentro destes, sou QZP ou QA. Gosto normalmente de o ler, mas desta vez não concordo consigo a 100%. Há desigualdades, sim, mas não é direcionando o descontentamento a uma fração da classe que a situação se resolve. Isso só serve para os “senhores que mandam nisto tudo” continuarem a manietar-nos, perpetuando a boa politica do dividir para reinar.
Completamente de acordo com o seu texto de opinião. A graduação profissional deveria ser o critério principal em todas as fases do concurso. A mobilidade interna é uma verdadeira falácia. Atrair os professores jovens, chamar os reformados e perpetuar as péssimas condições de quem, diariamente, assume as funções docentes é o convite ao abandono precoce da docência.
Haja pachorra para tantas lamúrias. Mudem de QA/QE para QZP e passam a concorrer na 1ª prioridade na MI. mas não se esqueçam que os QA/QE podem concorrer todos os anos para se aproximarem, já os QZP podem ficar amarrados 4 anos a uma escola de que não gostam.
Imaginem 100 professores na fila da cantina, ordenados por graduação e que não sabem quais os pratos que vão sair; saem 50 pratos de frango de churrasco e muitos dos mais graduados, com medo de que a seguir venho peixe cozido tiram o prato de frango, a seguir saem 50 pratos de naco de vitela e, porque gostam mais deste prato, muitos dos que já se tinham servido de frango por serem mais graduados acham que podem servir-se de naco de vitela e rejeitar o frango, ficando esse prato rejeitado para os menos graduados.
Em que mundo vive???
Está tudo dito. Não diga mais nada. 😂
Só um néscio poderia fazer uma analogia tão fraquinha.
Em tempos que já lá vão dizia-se que, mesmo que no Privado se pagasse melhor, era mais seguro procurar trabalho no Estado porque “o Estado é pessoa de bem e não engana ninguém.”. Onde isso já vai…
Quando muitos professores iniciaram a carreira o “contrato celebrado” previa 10 escalões com um tempo de permanência de 3 anos em cada um (se não estou em erro). Assim do nada e sem qualquer justificação lógica ou legal, a Lurditas, a Alçada e por aí fora, determinaram que o tempo de permanência passasse para 4 anos em cada escalão (excluindo o 5º) e com quotas no acesso ao 5º e ao 7º escalão. Como se não bastasse (e suponho que para acertar as contas em termos de tempo de permanência) muitos professores baixaram de escalão. E ainda tiveram tempo de inventar uma ADD que só serve para “salvaguardar” os compinchas. Tudo isto perante a aparente passividade/impotência dos Sindicatos, apesar das supostas “longas rondas de negociação”. E, por qualquer razão que me escapa, ninguém pôs em causa a legalidade desta alteração de “contrato celebrado”.
Ora como isto se fez com a maior impunidade, outros abusos se seguiram (também com a maior impunidade). Por isso, não é de admirar esta alteração unilateral das regras dos concursos.
E os Sindicatos, Senhor! Andamos nós, anos a fio, a pagar quotas para quê?
Quanto às pessoas que acham que isto não tem nada de mal, que basta fazer “assim e assado” que fica logo tudo resolvido, só espero que não venham depois lamentar-se se um dia se fizer uma alteração unilateral que os venha a prejudicar (e que, nessa altura, nos mostrem como se faz “assim e assado”).
P. S. Quantos aquela chungaria, que gosta de armar em valente com os (que julgam?) mais fracos e indefesos, que andam sempre a dar lições de moral (e de “leitura e escrita”), que é liderada por uma tal Pandora (que deve saber tanto de Psicologia quanto eu sei de Astronáutica) e mais um jumento a querer passar por cavalo mustang e que – vá-se lá saber porquê – pretende expulsar-me deste blog, alegando que não sei ler nem escrever, que escrevo segundo um AO anterior a 1945 (esta não percebi se foi mesmo para mim), que já morri (suponho que em termos sociais) e mais não sei quê, vão-se catar! Já deu para perceber quem precisa de lições sobre “saber ler e escrever”. Pensando bem, nem vale a pena perder tempo convosco.
LEIA-SE:
“E os Sindicatos, Senhor? Andamos nós, anos a fio, a pagar quotas para quê?”
“Quantos aquela chungaria, que gosta de armar em valente com os (que julga?) mais fracos e indefesos, que anda sempre a dar lições de moral..”
NÃO SEI SE ME ESCAPOU MAIS ALGUMA COISA. MAS PARA QUEM É, BACALHAU BASTA!
QUANTO aquela…
PORRA! “Quanto ÀQUELA chungaria…
Totalmente de acordo com o seu texto de opinião. O mérito e a experiência sao premiados neste xadrez de prioridades e atalhos na carreira docente!
…NÃO são premiados…