Cursos para formação de professores esgotaram vagas na 1.ª fase

Os 21 cursos de Educação Básica, para a formação de professores, esgotaram as quase mil vagas disponíveis na 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, cujos resultados foram divulgados hoje

Cursos para formação de professores esgotaram vagas na 1.ª fase

De acordo com os dados do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), os 997 colocados em licenciaturas de Educação Básica ocuparam todas as vagas que tinham sido disponibilizadas.

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24 comentários

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    • Mainada on 25 de Agosto de 2024 at 9:25
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    Dois sinais: a) A coisa está realmente mal; b) A atitude do ministro dá frutos.

    • Padre Marx on 25 de Agosto de 2024 at 10:50
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    A falta maior está nos grupos do terceiro ciclo e secundário e esses cursos de chacha ultra-mega-polivalentes só dão até ao segundo ciclo que foram criados com o objectivo de exterminar o segundo ciclo e continuam o erro dos cursos das ESE em que qualquer um dá para primeiro ciclo e uma área do segundo (o que fez com o que grupo 110 tenha gente mais e muitos deles com pouca vontade/motivação para o primeiro ciclo).
    O problema continua com mestrados em educação da treta com estágios da treta que poucos alunos seguem depois da licenciatura e os poucos que seguem têm uma base muito fraquinha. É preciso voltar aos estágios a sério e remunerados depois de uma formação científica sólida, mas entretanto desperdiçou-se o saber e experiência de anos a favor de umas fantochadas. E é preciso acabar com cursos que dão para tudo e mais alguma coisa (ao contrário das engenharias que ainda continuam com cursos separados da porca e do parafuso).

      • António Silva on 25 de Agosto de 2024 at 11:49
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      Eu proponha tirar a carteira de docente profissionalizado a todos os professores no ativo que tenham formação em Engenharia pré-Bolonha e com um mestrado em pedagogia no Piaget… É inconcebível que Engenheiros dos anos 70, sem qualquer base sólida em programação e matemática, possam estar a dar aulas, para mim era colocá-los todos a fazer uma licenciatura como deve ser e bem exigente.
      Se vamos ser parvamente exigentes, então que seja para todos…

        • Uau on 25 de Agosto de 2024 at 12:03
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        Tirar-lhes a carteira de docente profissionalizado? Uau! Se bem que o mais certo é já estarem todos na reforma… Quem é que está a ser parvamente exigente e porquê? Genuína curiosidade…….

          • António Silva on 25 de Agosto de 2024 at 13:05

          Está no dicionário das reivindicações…
          Parvamente exigente: “Professor profissionalizado com licenciatura pré-Bolonha em Engenharia que se acha superior aos outros e no direito de criticar a formação de todos os novos professores”
          Na minha genuína curiosidade porque razão Engenheiros Pós-Bolonha não podem ser professores, mas os Engenheiros Pré-Bolonha já podem ser, sem qualquer tipo de necessidade de mestrado em ensino.

        • Arrogãncia on 25 de Agosto de 2024 at 13:02
        • Responder

        A arrogância da “juventude”

        Será que prensa que os conhecimentos que adquiriu no curso ainda estarão totalmente atualizados 20. 30 ou 40 anos após a conclusão do mesmo?

          • António Silva on 25 de Agosto de 2024 at 14:08

          Por essa ordem de ideias os professores com mais de 60 anos não deveriam dar aulas, dado que existem estudos científicos que demonstram a perda de capacidades cognitivas a partir dessa idade… É melhor não entrarmos pela questão da “juventude” versus “velho”. O importante aqui é saber qual a razão que leva um engenheiro Pré-Bolonha a ser professor sem mestrado de ensino ao passo que um mesmo engenheiro Pós Bolonha já tem de ter mestrado em ensino… Gostava muito que me pudessem dar uma única razão lógica.

        • Paulo on 26 de Agosto de 2024 at 14:15
        • Responder

        Não sei que realidade é essa em que vive? comparar uma licenciatura atual de 3 anos com menos carga horária por semestre onde a exigência é mínima, com uma antiga é obra….se estiver a dar aulas sabe bem que escrevia melhor um aluno com a 4 classe antiga que hoje com o 12.ano….

      • Ana Almeida on 26 de Agosto de 2024 at 11:46
      • Responder

      Quem fala assim, não é gago!

        • Ana Almeida on 26 de Agosto de 2024 at 11:57
        • Responder

        Refiro-me ao primeiro comentário, o do Padre Marx😉 Que Nick name mais original!
        Estás conversas sobre engenheiros que são professores… Não levam a nada de interessante.
        Útil mesmo, era termos direito a uma pré reforma decente a partir dos 60 anos de idade escalonada consoante os anos de trabalho (seja ele qual for). Só quem não passou dos 60 a trabalhar no duro desde novo, é que não compreende o esforço sobre humano que nós, professores séniores fazemos cada dia!!

  1. Sr António,

    Os engenheiros pré-bolonha que conheço , ainda a dar aulas, tiraram os cursos em 5 anos (e não em 3). Todos têm a profissinalização em serviço e são excelentes profissionais.
    Há uma coisa que se chama desenvolvimento profissional docente/ formação contínua, que fizemos ao longo da carreira docente, não para subir de escalão , mas para atualização de conteúdos/conhecimentos/competências.
    Quanto aos estudos sobre a perda de capacidades cognitivas depois dos 60 anos …fale por si!

    Já agora sou de uma área completamente oposta, das Humanidades, com 64 anos e orgulho-me do caminho percorrido até aqui! Depois dos 50, fiz um mestrado e duas pós graduações…para me atualizar.

      • António Silva on 25 de Agosto de 2024 at 16:03
      • Responder

      Realmente as pessoas não percebem e não querem perceber que a maioria dos mestrados integrados são cursos de 5 anos.
      Sim, essa profissionalização em serviço que muitos com habilitação própria querem fazer está vedado aos profissionais Pós -Bolonha, inclusive é exigido às pessoas com cursos Pós-Bolonha a fazer créditos em áreas cientificas do grupo de recrutamento… Agora diga-me, os engenheiros pré-Bolonha tiverem no máximo 30 créditos em matemática nos anos em que estiveram na faculdade, mas já uma engenheiro pós-Bolonha tem de fazer 90 créditos… Onde está a equidade? Não interessa os anos que passam na faculdade, interessa sim a componente científica de matemática que tiveram na faculdade. Essa coisa da duração dos cursos é um mito, um autêntico chavão de quem já não sabe como funcionam a faculdade.

        • Bolonhês on 25 de Agosto de 2024 at 16:28
        • Responder

        Sei que os alunos que levaram com Bolonha em cima (sim, porque ninguém escolheu ter o curso assim ou assado, são sempre decisões dos powers that be) sempre tiveram direito a facilitismo, quer no 3º ciclo e Secundário, quer no Superior. São, em regra, pouco preparados. A geração digitalizada, quando o conhecimento se varre mal passa. O mestrado não são cinco anos – são três anos, seguidos de uma coisa a que chamaram mestrado, com a duração de dois. Na verdade, o curso são cinco anos, só que resolveram chamar aos dois anos finais mestrado. Bom, é o que há e ninguém tem culpa. Créditos? O que é isso? Uma abstração? Quanto à reforma após os 60, não poderia estar mais de acordo. Costumava ser assim. Mas não é pelo declínio de blá-blá-blá… É meramente porque quando lá se chega já se trabalhou demais e o resto começa a parecer-se com escravatura.

          • António Silva on 25 de Agosto de 2024 at 17:24

          A bom da verdade nós não tivemos escolha, contudo condeno dizer que o processo de Bolonha veio facilitar o percurso académico dos alunos. O mestrado integrado de 5 anos era o equivalente à antiga licenciatura de 5 anos, pois o que se perdeu com Bolonha na maioria das Engenharias foi os anos de estágio.
          Quanto à questão dos créditos, ou noutra designação os tais ECTS, pode-se dizer que foi a melhor coisa que Bolonha trouxe para as Universidades. Pois com os ECTS a análise matemática obtida em Lisboa tem o mesmo valor que uma análise matemática obtida em Milão, ou seja, existe um sistema uniformizado de acreditação Europeia que permite a mobilidade dos estudantes pelas melhores faculdades da Europa. Eu por exemplo estive em Turim, e não houve lá facilitismo nenhum… Tudo graças aos programas Erasmus e aos famosos ECTS. Uma coisa o pessoal pós-Bolonha não teve, foram passagens administrativas devido à turbulência política de Portugal nos anos 70… Mas pronto, nós é que estamos na era do facilitismo.

          • Mainada on 25 de Agosto de 2024 at 17:29

          Não tens obrigação de o saber, mas só houve as célebres passagens administrativas em 74/75, em resultado direto do 25 de abril.

          • Mainada on 25 de Agosto de 2024 at 17:47

          Peço desculpa, deveria ter sido mais claro e ter escrito 1974, já que 74/75 pode dar a entender, erradamente, que a situação ocorreu em dois anos seguidos.

        • Paulo on 26 de Agosto de 2024 at 14:23
        • Responder

        Não sei que realidade é essa em que vive? comparar uma licenciatura atual de 3 anos com menos carga horária por semestre onde a exigência é mínima, com uma antiga é obra….se estiver a dar aulas sabe bem que escrevia melhor um aluno com a 4 classe antiga que hoje com o 12.ano….o que mostra que não sabe o que se passa nas faculdades… antigamente uma disciplina valia 5ects hoje vale 6,8 ou 10. Mestrado em ensino e 1 ano na universidade e outro a trabalhar o que não é mais do era dantes….vamos ser sinceros nunca andou numa faculdade em 2004 e veria que não tipo e-learning bota para lá como acontece hoje….

          • António Silva on 26 de Agosto de 2024 at 15:41

          A comparação deve ser feita entre o mestrado integrado Pós-Bolonha de 5 anos com a licenciatura Pré-Bolonha de 5 anos, e nessa comparação verifica-se que na maioria das engenharias manteve-se o mesmo plano curricular tendo-se apenas eliminado a cadeira de estágio… Não querer assumir isso é apenas desonesto e faltar à verdade.
          Quanto à questão dos ECTS, é lógico que existiu uma alteração no seu valor mas isso não implica que a cadeira tenha ficado mais fácil, a título de exemplo no IST (Universidade de referência) as análises mantiveram o seu programa e apenas diminuíram a carga das aulas teórico-práticas… aumentando e muito a necessidade de trabalho autónomo do aluno.
          Já estou farto dos saudosistas da velha senhora que em nada respeitam os novos colegas nem as novas valências que os mesmos podem trazer, seria bom introduzirem na Escolas unidades curriculares de programação… a ver se limpava mais o ar.

          • António Silva on 26 de Agosto de 2024 at 15:50

          É a antiga filosofia do antes de mim nada existiu e depois de mim nada melhor vai existir… Será que para os vossos filhos e netos também apresentam o mesmo tipo de tratamento? Agora percebo porque a malta jovem anda toda no psicólogo…

  2. Acredito que será uma nova geração por ventura menos resiliente e disposta a prescindir do seu bem estar em prol da profissão, o que na minha opinião poderá trazer benefícios. À custa do espírito de missão de muitos professores é que chegamos onde chegamos. Uma geração mais relaxada, menos permeável à burocracia e com “backgrounds” mais distintos, é o que espero numa perspectiva otimista. Numa pergunta mais pessimista espero uma geração mais individualista, mais competitiva, com menos experiência de vida e iludida em relação às necessidades das escolas e dos alunos. As generalizações valem o que valem…

    • Camões, o poeta zarolho on 25 de Agosto de 2024 at 20:43
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    Porquê o básico dos básicos? Porque não do secundário? Será mais difícil? Aborrecido? Um pouco mais trabalhoso?

    • Carlota on 25 de Agosto de 2024 at 21:45
    • Responder

    Sou professor e estou satisfeito em saber que há falta de professores. Fomos e continuamos a ser maltratados. É um escândalo. Querem profissionais qualificados, mas com ordenados de trabalhadores indiferenciados. Não me esqueço quando a lurdinhas disse que “perco os professores, mas ganho os pais” e o valterzito nos chamar de “professorzecos”.
    Agora têm a outra face da moeda e a menos boa. É um escândalo o presente ministro da educação continuar a não tratar todos os professores da mesma forma. Usa a velha técnica – dividir para reinar. Quando chega a hora da aposentação os professores dão à sola sem olharem para trás.

    • Carlos Moreira on 26 de Agosto de 2024 at 16:10
    • Responder

    Não fazem ideia do que os espera!!!!

    • Se forem bons venham eles. on 26 de Agosto de 2024 at 16:23
    • Responder

    Mas que discussão estéril. Esta dos cursos pré Bolonha e pós.
    E qual é melhor e pior!!!
    Onde é que eu já ouvi isto. No tempo do meu avô é que as licenciaturas é que eram!
    E ridícula. Não têm mais nada para discutir?
    Ainda bem que se fez o acordo de Bolonha e os miúdos podem transitar de pais para pais europeu.
    Devia era ser um acordo mundial . E pudéssemos aproveitar as pessoas com o que trazem de melhor: o que sabem fazer bem independente do pais e da origem social . Se forem bons, venham eles.

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