A arte de fazer as coisas às 3 pancadas

Como se pode perceber pelas tabelas divulgadas pelo Arlindo e pela imagem abaixo, setembro e outubro trarão mais ordenado líquido, para compensar o imposto cobrado a mais desde janeiro.


Pode a ingenuidade fazer-nos crer que foi implementada por ser a forma mais imediata do governo fazer refletir a alteração das tabelas de IRS, mas é claramente uma estratégia de manipulação da opinião pública para trazer uma pressão extra numa altura de aprovação do orçamento de estado.

O meu maior problema nem está nas estratégias políticas utilizadas, porque elas fazem parte do jogo democrático, mas no facto dessas estratégias, de forma grosseira, trazerem danos para muitos professores:
– Quem não estiver colocado em setembro ou outubro, pagou imposto a mais durante o ano e, injustamente, não será agora compensado;
– Quem começar a trabalhar em setembro, não pagou nenhum imposto durante o ano e será injustamente compensado agora.

Temos ainda a recuperação do tempo de serviço envolta em névoa com o caos na plataforma do IGeFE; ajudas de deslocação limitadas a determinadas escolas e grupos de recrutamento; concurso extraordinário, em moldes desconhecidos; o reforço do financiamento das escolas com contratos de associação, …

Estas alterações às 3 pancadas, na tentativa de trazer um “cheiro de mudança” acabam por arrastar também um “cheiro a esturro” que deve deixar todos os professores de sobreaviso. Estejamos atentos!

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2024/08/a-arte-de-fazer-as-coisas-as-3-pancadas/

13 comentários

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    • Cecilia Silva on 27 de Agosto de 2024 at 15:20
    • Responder

    Quem não estiver colocado em setembro ou em outubro terá direito a receber o imposto que pagou através do IRS. Não poderá ser ptejudicado!
    Neste caso, a secretaria da escola onde trabalharam no ano letivo anterior tem de o “devolver” agora, por uma questão de justiça!!! 🙁

    • IRS on 27 de Agosto de 2024 at 16:00
    • Responder

    Será que o autor pensa que estas tabelas de IRS apenas se aplicam aos professores???

    1. Acho que não 😉… mas como este espaço é para professores… se calhar faz sentido!

    • trocatintas on 27 de Agosto de 2024 at 16:13
    • Responder

    A propósito do igefe, o que quer dizer este pesado silêncio? Só os meus dados é que estão todos a precisar de correções que depois não me são permitidas fazer nos parcos itens manhosos disponíveis na aplicação de correção? Que silêncio é este?…

      • Maria on 27 de Agosto de 2024 at 16:25
      • Responder

      Enviar as retificações para chefe dos serviços administrativos e direção.

    • PTR on 27 de Agosto de 2024 at 17:06
    • Responder

    Finalmente, após dezenas de post’s a defender este governo neste blog, há quem já tenha os olhos abertos para o que se pode passar: se o OE 2025 não passa, vamos ter crise governamental e o país terá que ser gerido com duodécimos. Assim, não há RTS, ajudas de custo, etc.
    Nunca vi tantas promessas despesistas como este ano!
    As jogadas políticas em Lisboa continuam. Nem o sismo os demove desta política que “acabam por arrastar também um “cheiro a esturro” que deve deixar todos os professores de sobreaviso”.

    • A.silva on 27 de Agosto de 2024 at 18:54
    • Responder

    Sabe o autor deste “texto/manifesto” quando (e por quem) foram aprovadas as alterações ao IRS para 2024?

    Sabe o autor deste “texto/manifesto” quando foram publicadas em Diário da República as duas leis que alteram o IRS para 2024?

    Sabe o autor deste “texto/manifesto” o que significa “A presente lei entra em vigor no dia seguinte à sua publicação.” que aparece nas duas leis acima referidas?

    Sabe o autor deste “texto/manifesto” que entre a publicação das leis e a saída do despacho com as tabelas só decorreram 20 dias?

    Porventura quereria o autor deste “texto/manifesto” que o governo não cumprisse a lei e aplicasse as leis, talvez, para as calendas gregas, para não importunar a discussão do Orçamento de Estado.

      • A.silva on 27 de Agosto de 2024 at 19:09
      • Responder

      Relativamente à preocupação do autor deste “texto/manifesto” com a situação dos professores que, tendo trabalhado de janeiro a agosto não se encontram colocados em setembro, e com a situação dos professores que estando colocados em setembro, não trabalharam de janeiro a agosto, devo dizer para não ficar preocupado pois a Autoridade Tributária fará o acerto do IRS.

        • Sandra Calas on 28 de Agosto de 2024 at 0:29
        • Responder

        Bem: a carneirada anda muito ativa a lamber as botas deste governo. E eu até simpatizo com o governo, mas aqui esteve claramente MAL: porque haverá de sujeitar alguns contribuintes, com o mesmo vencimento a emprestar à força dinheiro ao estado, para depois o receber daqui a um ano? Valha-me a santa paciência, onde pararemos com tanta cegueira?

    • Su Ferrer on 27 de Agosto de 2024 at 20:02
    • Responder

    Enfim, mais uma artimanha para atirar areia para os olhos dos contribuintes PT. O dinheiro é dos contribuintes e só significa que em 2025 ou recebem muito menos ou pagam muito mais de acerto de IRS.
    Em Lx faz-se o milagre da multiplicação dos €€€. O próximo orçamento será um ato de fé com todos a viver nas nuvens antes da grande tromba de água. É assustador.

    • Helena on 28 de Agosto de 2024 at 0:08
    • Responder

    É raro ver tanto disparate junto num texto.
    Essa de existirem iluminados que “topam” as artimanhas e armadilhas e avisam os “tolos” dos perigos é de uma falta de discernimento…

      • Sandra Calas on 28 de Agosto de 2024 at 0:35
      • Responder

      Oh minha santa: foi uma artimanha que cola em certas que pessoas desculpam tudo desde que sejam do seu “clube”. Foi propaganda pura e tolice é acreditar que não. Valha-me a santa paciência, onde pararemos com tanta cegueira?

    • Lourenço on 28 de Agosto de 2024 at 12:34
    • Responder

    Deixem os partidos e valorizem o que está melhor e critiquem o que está pior. Todos achamos que é pouco e queríamos mais, mas se em vez de recebermos este pouco a mais se nos fosse retirado esse mesmo valor ninguém ía dizer que era um valor insignificante.

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