Professores exigem retirada de amianto nas interrupções letivas – Sintra Notícias
Um grupo de professores protestou esta manhã, nos Paços do Concelho, em Sintra, por não concordarem que as obras para retirar o amianto das onze escolas do concelho de Sintra, decorram durante o fim de semana, propondo que as mesmas sejam feitas durante as pausas lectivas.
Para estes professores que foram recebidos por Basílio Horta, no largo fronteiro à Câmara de Sintra, se as obras decorrerem durante o fim de semana, “as partículas de fibrocimento ficam ar e não têm tempo de assentar e serem removidas em segurança”, antes do início das aulas.
Não obstante a autarquia já ter agendadas as datas de intervenção para retirar o amianto das escolas em falta, estes professores pretendem que essa intervenção seja realizada no decorrer das interrupções lectivas do Natal ou da Páscoa.
“As obras deviam ser feitas nessa altura, porque há várias semanas [de férias] e assim permite que as obras decorram e se cumpra um ou dois dias de pausa, para posterior análise”, disse uma das professoras à SIC Notícias. Por outro lado, “há escolas que têm há várias décadas camadas de amianto tão envelhecidas que quando se fizer a remoção, há um risco maior de libertação de partículas de amianto no ar”, acrescentando que as normas comunitárias, aconselham no mínimo “um ou dois dias de pausa total das obras, para posterior análise da qualidade do ar”.
“Se há inconvenientes, vamos estudar com os nossos serviços e com os professores a melhor maneira de resolver o problema”, começou por dizer Basílio Horta, adiantando que, “se puderemos resolver [obras de remoção] fora do fim de semana, porque não fazê-lo? Faremos com toda a certeza”, disse o presidente da Câmara de Sintra.
Problema resolvido até final do 2020
Recorde-se, recentemente e no âmbito do protesto nacional sobre a presença do amianto em muitas escolas do país, a autarquia de Sintra, faz saber que todas as escolas básicas do concelho de Sintra estarão livres de amianto até final de 2020, lamentando as greves “injustificáveis” convocadas pelo Sindicato de Todos Os Professores (S.TO.P.).
Em comunicado, a autarquia de Sintra, recorda que “substituiu, em menos de um ano e meio, as coberturas em fibrocimento em 29 escolas do 1.º ciclo, faltando apenas uma que tem a intervenção prevista para o próximo ano”.
“No caso das EB 2,3, está prevista a substituição em 11 das 20 escolas durante o próximo ano, garantindo que todas as escolas EB 1 e EB 2,3 do concelho de Sintra sejam consideradas livres de fibrocimento até ao final de 2020”, lê-se na nota.
Na nota, a Câmara de Sintra salienta que, até ao final de 2020, serão investidos mais de 30 milhões de euros para resolver o problema do amianto nas escolas do concelho.
Imagem: SIC Notícias