Há quem não se mostre muito de acordo (ANDAEP, SIPE, ANDE, SINDEP, ANPCV, AEEP e FNE estão de acordo. Já o conselho das escolas, alega que a existência de um regime específico para os professores criaria sentimentos de injustiça e desigualdade).
Mas finalmente saiu alguma coisa da Comissão de Educação e Ciência sobre este tema. Falta, agora, que aqueles que em junho do ano passado se mostraram tão solícitos aquando da apresentação de uma outra proposta idêntica, apresentem uma iniciativa legislativa ou tomada de outras medidas…
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17 comentários
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Esta petição possui três pilares fundamentais na sua fundamentação:
a) o esgotamento a que estão sujeitos os docentes e que se agravam em função da idade, sendo o desgaste acumulado enorme. Neste sentido, importa ter presente que as condições de “exercício da função docente” são de um continuo stress devido à indisciplina reinante na esmagadora maioria das Escolas, ao número de alunos por turma, à obrigatoriedade da escolaridade até aos 18 anos de idade (em que muitos são já verdadeiros delinquentes)…São, por isso, muitos os fatores que contribuem para um desgaste crescente dos docentes.
b) uma escola mais atrativa, motivadora, próxima dos alunos exige um corpo docente mais jovem (uma Escola nada tem a ver com um Lar de Idosos). Os alunos tem uma maior receptividade perante alguém que etariamente esteja mais próxima, isto é, que seja mais jovem;
c) quando um Governo (como é o caso do actual do Governo Socialista) diz que quer fixar os Jovens recém formados… quando afirma que pretende estancar a Emigração dos mais qualificados… quando afirma que quer diminuir o Desemprego Jovem. Enão, se assim é, deve o Governo ser COERENTE e agir em conformidade, permitindo a aposentação aos mais idosos e, desta forma, DESBLOQUEANDO os QUADROS DOCENTES permitindo o ACESSO AOS MAIS JOVENS PROFESSORES.
Ainda bem que este conjunto de peticionários decidiu agir…cabe ao GOVERNO ser COERENTE na ação governativa.
Vamos ver se a GERINGONÇA (PS+BE+PCP) são coerentes com o que anunciaram antes de chegarem ao poder.
A coerência é realmente fundamental na credibilidade daqueles que nos governam.
Neste particular é importante perceber o posicionamento do PSD e do CDS porque também eles se mostraram sensíveis a esta questão.
O Senhor Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, possui aqui uma oportunidade única de mostrar a sua força politica.
Vamos ver!
Vamos ver se querem continuar com os QUADROS DE PROFESSORES completamente BLOQUEADOS e a negar o emprego aos mais JOVENS PROFESSORES…ou se, PELO CONTRÁRIO, pretende como fez Pedro Passos Coelho (relativamente aos professores) mandá-los EMIGRAR…
Vamos ver!
Vamos ver a consideração que o ESTADO tem para com os seus PROFESSORES permitindo-lhes uma saída digna e em idade adequada dos respectivos quadros…
Vamos ver!
Eu acho que o Ministro Vieira da Silva (o tal que anda a estudar a questão da Segurança Social) é que manda e não Tiago Brandão Rodrigues.
O Ministro Tiago Brandão Rodrigues não me parece ter força e peso politico suficiente para abrir caminho. Deus queira que esteja enganado….
No entanto, feitas as contas e mesmo que se venha a permitir uma saída a todos aqueles que ocupam o 7º, 8º e 9º escalões da Carreira Docente (que oscilam entre os 2.473,46 / 2.718,99 / 3.091,82 Euros) mesmo com algum tipo de corte em termos remuneratórios, o Estado lucra em abrir vagas para professores recém formados pois vão ocupar um índice remuneratório 167 = 1.518,00 Euros (ilíquidos). Se souberem fazer as contas direitinho o Estado pode ficar a ganhar duplamente, isto é, por um lado abre um conjunto alargado de vagas para jovens qualificados e, por outro, consegue anular os custos de abrir a porta ás reformas (basta fazer contas e encontrar a dita cuja formula que não é linear)….
Mas é como diz…..”Vamos ver!”
Um contratado custa ao Estado 1.018,00 Euros. Portanto feitas as contas:
um docente do 7º escalão que se reforme com 1.500,00 euros
um docente do 8º escalão que se reforme com 1.700,00 euros
um docente do 9º escalão que se reforme com 2.000,00 euros
….o custo para o estado é tendencialmente nulo.
A dita formula não é difícil de encontrar
As contas são tão fáceis de fazer que não entendo como é possível os Governantes não conseguirem fazer as contas de forma a que os custos sejam tendencialmente nulos.
Eu até conseguia construir uma formula em que saía tudo a ganhar ….até o próprio erário público e, com essa metodologia, obtinha um rejuvenescimento muito significativo dos quadros no Ensino e, em simultâneo, abria milhares de vagas para recém formados em educação.
Não conseguir fazer isto é ser completamente incapaz, porque perdem todos: -perdem os mais velhos que se arrastam pelas Escolas sobrecarregando o sistema de saúde e de segurança social (com baixas médicas); – perde o erário público que podia obter ganhos com a saída dos mais velhos e entrada dos mais novos; – perdem os jovens mais qualificados que não encontram emprego em Portugal e que tem que Emigrar; – perdem os alunos porque se sentem mais distantes de professores idosos do que de professores mais jovens; – perdem as Escolas porque tudo isto gera problemas a vários níveis….
O BIGODES, mais conhecido Mário Nogueira está muito atento e produziu uma documentação vasta sobre o assunto.
Quanto à FNE …andam desaparecidos….documentos nem vê-los!…
Aliás, digo que são uma verdadeira anedota neste particular. Ver aqui:
http://fne.pt/uploads/cms/cision/20151124185030_61992244.pdf
http://www.spzc.pt/content/fne-pede-reposi%C3%A7%C3%A3o-de-sal%C3%A1rios-em-2016-e-regime-especial-de-aposenta%C3%A7%C3%A3o
Não entendo este rapazola de óculos!……
A GERINGONÇA está aqui:
http://geringonca.com/2016/04/04/escola-publica-e-igualdade-de-oportunidades/
Quanto à GERINGONÇA importa dizer que o Sr. Ministro está a estudar a questão da “aposentação dos docentes”, sendo uma das variáveis os custos associados a problemas de saúde que estes evidenciam com o decorrer da idade. Existem, porém, outras variáveis que não são despicientes e que tem a ver com com o “quadro de professores”, “desemprego docente”, “equidade na administração pública”….
Sobre este assunto qual é a opinião da FNE?
Diz a FNE no seu comunicado:
http://www.fne.pt/pt/noticias/go/acaosindical-fne-pede-reposi-o-de-sal-rios-em-2016-e-qregime-especial-de-aposenta-oq
“regime especial de aposentação”
(…)
“A criação de um regime especial de aposentação é outra das reivindicações que a FNE pretende apresentar ao próximo Governo, justificando a limitação do tempo de trabalho com o “desgaste psíquico e físico associado à profissão docente”.
Uma das propostas da FNE é que os professores possam pedir a aposentação antecipada a partir dos 55 anos de idade “desde que cumpridos 30 anos de serviço” e onde se aplicaria uma taxa de penalização não superior a 4,5% por cada ano a menos, em relação aos 36 anos de serviço”.
(…)
…e por aqui se fica!…
Não sei bem qual a posição da FNE nesta matéria.
Talvez o Arlindo dado dominar a ferramenta EXEL consiga demonstrar aos companheiros da FNE que os custos são praticamente nulos com a aposentação de docentes um pouco mais cedo.
É preciso saber fazer contas!
a FENPROF foi a unica central que expressou claramente a sua visão sobre o assunto.
http://observador.pt/2015/12/02/fenprof-quer-professores-na-reforma-ao-fim-de-36-anos/
http://www.esquerda.net/artigo/fenprof-quer-aposentacao-dos-professores-ao-fim-de-36-anos/39981
http://www.spn.pt/Artigo/peticao-aposentacao-voluntaria-com-36-anos-de-servico
http://www.sindep.pt/Imagens%20sindep/Regime_aposentacao_docentes.JPG
Gostava de ter acesso ao documento que fundamenta esta reivindicação da FENPROF dado que a organização sindical referiu a dada altura que as “medidas propostas” teriam impacto NULO em termos orçamentais.
Se assim é seria bom aceder a esse documento para perceber de que forma se obtém um efeito nulo a nível orçamental.
A aposentação com 36 anos de descontos está aqui:
http://www.arlindovsky.net/2016/02/propostas-da-fenprof-para-a-discussao-e-aprovacao-na-especialidade/
Resta saber onde está o documento de sustentação!….
Se existe porque razão não é divulgado?
Este assunto é demasiado importante para todo o Sistema de Ensino Público e para a fixação no País de Jovens qualificados, nomeadamente aqueles que se encontram formados para a docência.
Desbloquear postos de trabalho na Administração Pública (como é o caso da Educação) devia ser um desígnio nacional,
Não entendo o exercício de funções docentes por parte de professores com idade superior a 55 anos de idade. Isto é o maior absurdo pedagógico que existe na Escola.
Como é possível gente com mais de 55 anos ainda andarem a aturar meninos?
Absurdo Pedagógico
Aborto Pedagógico
Vergonha
Talvez seja a expressão ideal para caracterizar a situação. Se assim é, não peçam milagres….porque estes não vão ocorrer…
Precisa-se de juventude nas salas de professores
Espero que o novo ministro empreenda o rejuvenescimento do corpo docente. Nada na educação será tão urgente para o presente e nada será tão promissor para o futuro.
1. O recém-empossado ministro da Educação é uma pessoa jovem. Trabalhando com formação de professores, tenho verificado, cada vez mais, um deserto de professores jovens. Neste momento em todas as universidades portuguesas não se estarão a formar mais de meia dúzia de estudantes como futuros professores de ciências físico-químicas. Noutras áreas é quase a mesma coisa. Um conjunto significativo de docentes com cerca de 60 anos aposentou-se recentemente, tendo o grosso dos profissionais entre os 45 e os 55 anos. Entrar numa sala de professores de qualquer escola básica e secundária, principalmente nas grandes cidades, suscita-nos preocupação: faltam jovens!
2. A expectativa do decréscimo demográfico no nosso país agudiza este problema. A contabilidade dos alunos por turma com base nos nascimentos dramatizam a situação. O Estado deveria cumprir o seu papel de superar os imperativos dos dados da demografia e as balizas do mercado de trabalho. É em nome do futuro do país e da indiscutível relação entre a educação e o desenvolvimento que o Estado deve antecipar e prevenir uma situação que, deixada ao sabor da actual natalidade e da pressão laboral, conduzirá a salas de professores desertas. Quem está na formação de professores já compreendeu o óbvio: como aconteceu na Inglaterra e noutros países, que tiveram antes de nós um excesso de docentes e agora os importam, faltarão professores no sistema dentro de alguns anos.
3. Mas não é só a falta de professores no futuro que me preocupa. Entretanto verifica-se um hiato geracional e os professores mais antigos não podem transmitir a sua experiência aos jovens professores. Perdem todos. Os professores mais jovens, porque não contactam e não herdam dos seus pares mais velhos a sabedoria profissional. A fruta amadurece melhor junto de outra fruta. Os professores mais velhos, por seu lado, não veem rejuvenescidas as suas práticas letivas e não letivas com novas metodologias e novos entusiasmos. E os alunos, que, com o vazio de uma geração mais próxima da sua, perdem oportunidades de diálogos mais próximos e actualizados.
4. Alinho algumas ideias que podem ajudar a minimizar os danos do envelhecimento do corpo docente. Concentro-me nos ensinos básico e secundário e deixo de fora o ensino superior, que é palco do mesmo problema mas cujo caminho passa pela urgente contratação de mais jovens para as nossas universidades e politécnicos.
a) Incentivar decisivamente o trabalho parcial. Por cada professor com mais de 50 anos que trabalhe a meio tempo ou de outra forma parcial, pode libertar-se quase um horário para um outro professor. Uma das possibilidades objetivas será ampliar a alternativa penalizante da Lei nº 7/2009 de 12 de fevereiro e aproximá-la do permitido pela Lei n.º 84/2015 de 7 de agosto, independentemente da existência de filhos ou netos menores. Dessa forma não se compromete a contagem total do tempo de serviço.
b) Garantir, isto é, não fechar e até sobrefinanciar, se necessário, um número mínimo de cursos de mestrado de formação de professores, nas diversas áreas e zonas do país, com um planeamento eficaz,
independentemente da pressão atual de empregabilidade.
c) Afetação voluntária dos docentes mais velhos a funções de gestão e coordenação, com libertação de horários para jovens professores. À semelhança do que acontece em vários países desenvolvidos, a estes professores mais antigos poderiam ser dadas missões de coordenação de projetos, participação em comissões de inovação, formação docente, acompanhamento de casos difíceis e complexos na escola, etc.
d) No caso das ciências exatas, a ampliação da componente laboratorial e a redignificação do 12.º ano, que tem sido esquecida (a Física e a Química não são obrigatórias para quem vai seguir Ciências ou Engenharia), poderiam conduzir, também, à necessidade de mais horários, onde mais professores jovens, recém formados e com particular robustez, ajudariam.
e) Incentivar projetos de natureza camarária, estatal ou outra para atividades pedagógicas complementares, onde estejam envolvidos jovens professores.
f) Promover de alguma forma, dentro dos limites legais, que sejam favorecidos professores mais jovens em concursos docentes.
5. Se nada for feito, haverá também um desvio colateral nefasto que nos pode custar muito caro: atuais alunos do ensino secundário e superior, com vocação e gosto pela profissão de professor,
poderão ser desencorajados a seguir a via educacional, com medo do vazio de mercado. Este desperdício vocacional pode deixar sem rumo a escola de amanhã. Arriscamo-nos a ter no futuro, quando a necessidade for premente, gente medíocre que se abeira da profissão docente, sem qualquer gosto e inclinação. Tal aconteceu no final do século XX em Portugal, quando foi preciso ter muitos professores para haver ensino para todos.
6. É certo que um ministro da Educação, por mais jovem que seja, sabe que tem diante de si uma das pastas mais difíceis de gerir. É complexa porque praticamente toda a população, de forma direta ou indireta, se interessa e não resiste a intervir, ora de mais ora de menos. É sistémica porque tudo está fortemente ligado. Mexer aqui significa perturbar acolá. É também por isto que, na política em geral e na gestão educativa em particular, será aconselhável que um ministro da Educação faça poucas alterações, mas cirúrgicas e sustentáveis, apontando sempre para o futuro. Mesmo reconhecendo alguns assuntos modificáveis e reajustáveis, será benéfico contar até dez (ou vinte…) antes de entrar nas múltiplas intervenções, reformas e contrarreformas, que deixam o sistema pouco estável e alunos, professores e encarregados de educação cansados de alterações. Nesta escolha de prioridades para a educação, oxalá que poucas, pequenas e possíveis, espero que o novo ministro empreenda o rejuvenescimento do corpo docente. Nada na educação será tão urgente para o presente e nada será tão promissor para o futuro.
Professor na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
https://www.publico.pt/sociedade/noticia/precisase-de-juventude-nas-salas-de-professores-1718327?page=2
Professor na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
jpaiva@fc.up.pt
Rejuvenescer as escolas é uma prioridade.
Sair com o mínimo de dignidade da carreira docente um imperativo.
https://www.youtube.com/watch?v=NH6vR9arBAc
Será que a Comunicação Social não se interessa por esta temática?
Será que a Comunicação Social só se interessa por alguns quadros EXEL aqui depositados no BLOGUE?
Importa dizer que este tema devia ser alvo de uma abordagem séria porque tem implicações em toda a sociedade portuguesa – emprego/desemprego/sucesso escolar/organização das escolas….
Se os responsáveis soubessem o número de docentes que se andam a arrastar pelas Salas de Professores e aqueles que se encontram de baixa médica, resolviam a questão rapidamente. Como preferem meter a cabeça na areia fazem de conta que não se passa nada…
Deixar andar e nada ligar a este problema da Aposentação dos Docentes tem como consequência elevados custos para o erário público (saúde, baixas médicas…), para a organização das Escolas (alunos com professores a faltar), para os alunos, para os próprios docentes de faixas etárias mais elevadas…..
Talvez este Governo olhe para esta realidade e faça contas!…