A prova de 4º ano de Português

Hoje, os alunos do 4º ano realizaram o exame da 1º chamada de Português.

Na minha opinião, e isso que fique bem vincado, o exame não foi acessível, foi fácil. Um exame como este serve unicamente para viabilizar politicas, para justificar a sua implementação. Um exame em que um dos textos foi, obrigatoriamente, trabalhado em sala de aula na Educação Literária e que consta de pelo menos num manual (Hans Christian Anderson, «Rouxinol», in Três Contos de Anderson, Texto Editores, 2013) (entre outros exemplos que se podem apontar), não me transmite o tal “rigor” e “exigência” que tanto tem sido “propagandeado”… Mas fica aqui o exame, cada um que tire as suas próprias conclusões, sejam elas quais forem…

PS: será que a febre das eleições já chegou a este ponto?…

 

clicar nas imagens para aceder às provas de português (prova 41) e aos critérios de classificação.

caderno1 caderno2 critérios

 

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17 comentários

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    • Nuno Oliveira on 18 de Maio de 2015 at 19:38
    • Responder

    Caro amigo,
    Como professor de Português, fico muito feliz que considere a Prova Final fácil. Par o seu nível de escolaridade, fico muito feliz por sabê-lo. Mas olhe que conheço muitos colegas nossos que não conseguiriam ter grande resultado, a ver pelas atas que por vezes me chegam às mãos…
    Agora, para o nível a que se destina, achei que a Prova não era assim tão acessível, partilhando a opinião que publicou há pouco, uma vez que exigia dos alunos um grau de conhecimentos que não lhes é exigido pelas tão famosas metas curriculares…

      • Rui Cardoso on 18 de Maio de 2015 at 19:45
      • Responder

      Caro amigo,
      Por comparação com as provas de outros anos, esta, é por mim, considerada fácil. Mas é claro que falta contabilizar com o fator surpresa, a interpretação dos critérios…

        • Sónia Fonseca on 18 de Maio de 2015 at 23:56
        • Responder

        Pois eu, caro colega, acho que falou num ponto chave…. os criterios. Parece-me critérios para retirar pontos e não dar pontos….. mas não sou professora do 1º ciclo mas sim do pré, mas gostava de saber a vossa opinião quanto aos critérios, principalmente quando numa resposta de gramática se acerta tudo ou é 0. Ou estarei enganada???

          • Lisa Ventura Garcia on 20 de Maio de 2015 at 16:22

          Concordo consigo. Independentemente do nível médio de dificuldade ser percecionado como menor ou maior, o problema grave que encontro nesta prova é o facto de existirem exercícios (identifiquei 2, se bem me lembro) cujo objetivo parece ser, mais claramente, “tramar” o aluno do que propriamente avaliar o que este sabe. Depois vamos ver os critérios de avaliação e parece-me que obtemos confirmação disso mesmo. Estaremos, portanto, a treinar crianças na fina arte de aldrabar e vamos fazer disso estandarte nacional chancelado pelo Ministério da Educação?

  1. Em comparação com anos anteriores a prova não é das mais complicadas.
    Nos aspetos relacionados com o funcionamento da língua atrevo-me a dizer que era claramente fácil.
    No que concerne à interpretação, parece-me que é mais complexa do que aparenta e aí alguns (muitos?) perderão alguns pontos. É aguardar pelos resultados.

    • moimeme on 18 de Maio de 2015 at 20:59
    • Responder

    Atenção ao caderno2 que vale 30 pontos! Não me parece nada fácil pôr um rouxinol a revelar-se receoso…

      • Silviacon on 18 de Maio de 2015 at 21:13
      • Responder

      Comparado com outros exames e com a exigência das metas e de outros textos trabalhados no dia a dia. No entanto, as questões de escolha múltipla requerem uma atenção redobrada e alunos mais impulsivos normalmente falham aí.

    1. Nenhuma abstracção é fácil, até a raíz quadrada de menos um é imaginária!

    • marcelo on 18 de Maio de 2015 at 21:25
    • Responder

    vamos ver o que acontece, os meus alunos disseram que foi fácil, mas agora que vejo o exame parece-me que não o foi assim tanto, vamos esperar e ver as notas. obrigado

    • Miguel Silva on 19 de Maio de 2015 at 0:09
    • Responder

    Boa noite colega,

    Ao contrário do que diz o texto “Rouxinol”, não é de caráter obrigatório…no meu agrupamento por exemplo, ninguém o trabalhou…no entanto, considero o exame acessível…mas julgo que o caderno 2, aparentemente fácil, poderá não o ser, porque há uma tendência natural dos alunos para complicarem coisas que são simples.

    • Ana G on 19 de Maio de 2015 at 11:13
    • Responder

    Só tenho pena que haja colegas que tentem ajudar os meninos na prova. Ao contrário do que se diz nem todos os meninos foram para a sede de agrupamentos. Na Madeira, onde não há agrupamentos, os alunos fazer a prova na sua escola vigiados por professores de 1º ciclo de outras escolas. E alguns destes senhores, durante a realização da prova, corrigem erros ortográficos, dão resolução de questões entre outras coisas. Anda uma pessoa a tentar educar os filhos para o rigor depois isto. Sinceramente até senti vergonha!

    • Carla on 19 de Maio de 2015 at 13:47
    • Responder

    Boa tarde,
    gostaria de saber quais são os alunos que fazem a prova final de português lingua não materna. Obrigada

    • Elisa on 19 de Maio de 2015 at 14:27
    • Responder

    Não acho que seja grave ter um texto que faça parte de obras trabalhadas, como comenta Ana Sofia, pelo contrário, na escola não se deve andar a brincar às casinhas. Nesse caso, nos outros anos de escolaridade, em exame, também não deviam sair as as obras literárias. De pequenino é que se torce o pepino!

    • Ana Freire on 19 de Maio de 2015 at 19:14
    • Responder

    Boa tarde.
    Relativamente a professores a ajudarem alunos não é preciso estarem na sua sala de aula. Houve quem fosse ao agrupamento fazer o exame e professores vigilantes deram uma ajudinha…. No caso da minha filha, quase nem podiam respirar. Afinal são os alunos que estão a ser avaliados ou os professores?
    Relativamente ao Rouxinol, a escola da minha filha não trabalhou essa obra.
    Apesar de o Caderno 2 ser só a composição não lhe tira o seu valor nem a sua complexidade. Escrever e ter imaginação nos dias que correm não é fácil.

    1. É tudo fácil se quisermos olhar as coisas por esse prima e também é tudo difícil pelo mesmo critério… Contudo a maioria dos professores não conseguiu trabalhar as obras todas e lembro que eram nove, com o rigor e o critério daqueles que refastelados falam de exames a ver um qualquer jogo de futebol. Digam que é fácil dar nove obras literárias a crianças de nove anos em diversos contextos de aula e de diversos contextos familiares e diversos niveis de aprendizagem, de preferência na véspera de exame, pois caso contrário correm o risco de esquecer ironicamente, algumas pequenas coisas. Digam que era preferível ter saído uma outra obra qualquer, de preferência que os alunos nunca tivessem ouvido falar, para assim agravar um pouco mais o estado de ansiedade que a maioria dos alunos sofre e está sujeito. Pois é! Já não basta ter que despejar ou engolir a matéria toda do 4º ano até abril (a português e matemática) mais as tais nove obras literárias, mais o Estudo do Meio, mais a Educação para a Cidadania, mais as Expressões (teatro, dança, música, desporto, plástica), mais os projetos de escola e da comunidade, mais os rankings, mais as metas, mais … mais,mais…mais o exame, para agradar as hostes deste público insaciável. Querem afinal o quê? Espectáculo?…ou matar as crianças ou a infância deste país?

  2. Para quê uma prova tão fácil ,se os critérios de classificação são os mais absurdos de sempre ?
    Ou se acerta toda a pergunta ou então a criança tem zero pontos. Nunca vi tamanho absurdo. Isto só se deve aplicar em perguntas de escolha múltipla ( apenas 1 correta) ou na sequência dos acontecimentos num texto. Nunca em perguntas como a penúltima e a antepenúltima dessa prova final.
    Quem fez estes critérios não percebe nada de avaliação…….

  3. Quando faço critérios de classificação vou sempre distribuir a cotação por várias etapas ou por várias alíneas.
    Não se compreende na antepenúltima pergunta se a criança erra apenas numa frase ( onde troca um adjetivo por um nome) que obtenha zero pontos.
    É o mais absurdo que já vi em toda a minha carreira de educação….
    Onde está a lógica?
    A criança acerta três quartos da pergunta e tira zero pontos….. Que absurdo!!!!
    Assim como nesta, há mais…….. a pergunta dos pronomes e outras…
    Coloquem professores com capacidades no terreno, pois isto é brincar com avaliação e com os nossos alunos.

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