17 de Maio de 2015 archive

Resumo Do Fim-De-Semana

Dedicado a alguns frutos, fruto de muitos resumos extensos. Alguns já cá cantam afinados, aos restantes canto-lhes salmos de esperança.

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A Minha Escolha da Semana

O concerto completo dos U2 em Vancouver, dia 14 de Maio de 2015.

 

 
Até para isto deu. 😉
 

 
Com esta setlist

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As 50 sombras da minha docência

As minhas agruras com o 7ºG prosseguem. Porém, a verdade é que, por esta altura, confesso que atingi, entretanto, mais metas dos que as esperadas:

  1. Colocar o dedo no ar antes de falar (‘tá quase);
  2. Não se levantar sem mais nem menos, nem deambular pela sala de aula (check!);
  3. Não falar sem ser solicitado (‘tá quase);
  4. Trabalhar com o par ou com o grupo (say what?);
  5. Não trazer assuntos exteriores para a sala de aula (‘tá quase);
  6. Não atirar aos colegas O.V.Es – objetos voadores não especificados (check!);
  7. Trazer o material solicitado – caneta, papel, borracha (‘tá quase), manual… (esquece lá isso);
  8. Não escrever nas mesas, não colar pastilhas nas paredes ou nas costas dos colegas (check!);
  9. Não atender telefones / fazer chamadas à socapa, enviar ou receber mensagens (check!);
  10. Fazer, pelo menos, um tpc mensal (check!);
  11. Dar 15 minutos ininterruptos de matéria numa aula de 90 min (YES!!!!!!);
  12. (…)

A última aula, porém, véspera da reunião com os encarregados de educação, finalizou de forma promissora. Depois de lermos e interpretarmos um texto, chegou o momento da análise do mesmo. Apesar de perceber que o Diogo, bem ao fundo da sala, se contorcia na carteira em silenciosos esgares de dor, dobrado sobre a barriga; como o rapaz é um fiteiro de 1,75 com seus catorze anitos, ignorei-o um bom bocado.

– A metáfora é uma comparação, mas sem o “como”, por exemplo; “a torre de marfim” transmite a ideia que a torre era…

– Jandira, dás-me uma folha?

– Pede à Joana!

– “Branca como o marfim”. O “como” já indica que…

(Ao fundo da sala o Diogo parece ensaiar palavras com os lábios a mexerem em surdina…)

– Muito bem, indica uma comparação, quem me dá outro exemplo que distinga a metáfora da comparação?

(O Diogo começa a erguer o braço timidamente no ar, hesitando se o faz ou não.)

– Nelson, trouxeste…? Desde 2ª feira…

– Pedro, és bué de estúpido, não me riscas mais o caderno, ouviste?

– Temos, também, a hipérbole…

– Priscilla cala-te, ‘tás-me a irritar! Nunca mais sou tua amiga…

– Ó Pedro, a Maria gosta de ti…..

– Quem me dá um exemplo de hipérbole?

– Stora, doem-me os tes-tí-cu-los!

Depression (Por amor de deus, eu estou MESMO a ouvir isto???

Ok, respira. RES-PI-RA!!! Pensando bem, é bonito ouvir a língua portuguesa tão bem empregue, não é?)

No início todas as cabeças se voltam para trás, estupefactas. Porém, depressa as gargalhadas mandam a sala abaixo. O Diogo, finalmente, disse o que tinha a dizer para toda a plateia o ouvir. Mas eu tenho mesmo de me manter séria, pois percebo que o seu sofrimento é sincero e que, pela primeira vez, desde que o ano começou, teve o mérito de ponderar as palavras a usar, antes de o fazer. Se pensar em todo o vocabulário que empregou anteriormente e espoletou a sua ida para a rua, parece-me até que temos aqui uma nova meta alcançada. Respiro fundo enquanto me viro dois segundos para o quadro para suster o riso desprevenido e volto a olhar o miúdo nos olhos.

– Diogo, vai um bocadinho lá fora, pode ser que se andares te sintas mais confortável…

(Posso lá eu saber se é essa a solução, mas numa altura de aflição, tem de se pensar em algo rá-pi-do para não aumentar o sofrimento – nem o dele, nem o meu…)

Quando, finalmente, dá o toque e eles saem, sozinha na sala, rebento num riso incontrolável. Não sei se é da situação em si ou se começo mesmo a ceder à pressão do final do ano… Feitas as contas isto tem corrido muito bem até aqui.

Por outro lado, só de pensar que, agora que quase domestiquei estas feras, vamos voltar a separar-nos uma semana inteira, não sei se hei de sentir medo ou alívio. Como se trata de uma turma com horário de manhã, vai ser brindada com cinco dias inteirinhos de férias (sim, porque, para eles, a sexta-feira é, definitivamente, dia em que não trabalham, dê por onde der), enquanto os seus colegas fazem exames. Antevejo já um recomeço muito penoso – mesmo antes de acabar, não haja qualquer dúvida que, para estes alunos, o ano letivo já chegou ao fim.

 

 

NOTA: Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência…

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Obviamente

Que até as “mães” do ensino doméstico pretendem fazer uso desse campo de treino.
É ver os alunos do 4º ano em roda viva com simulações práticas para a realização dos exames e da matéria que fica suspensa apenas para rever provas e exames de anos anteriores.
Mas não são apenas os alunos do 4º ano que já estão sujeitos a estes níveis de stress. Também muitos alunos do 2º ano estão a preparar as provas intermédias da mesma forma.

“ESCOLAS TRANSFORMAM-SE EM CAMPOS DE TREINO PARA EXAMES”

 

exames 2

Mais de 200 mil alunos realizam, a partir de amanhã, os exames de Português e Matemática do 4º e 6º ano, que contam 30% da nota final do aluno.

 

Integradas num sistema de ensino assente em provas nacionais que avaliam várias centenas de metas curriculares, “as escolas transformaram-se em campos de treino para exames”, criticam professores, diretores, pedagogos e psicólogos. Segundo Manuel Pereira, presidente da associação de dirigentes escolares (Ande), as escolas “deviam preparar para a vida. Não se pode ensinar apenas o que vai ser avaliado nos exames”.

As críticas recaem, não só sobre a aplicação dos exames, mas também sobre a valorização social excessiva que lhes é cedida, insistem, mais uma vez em uníssono. “Valem 30% da nota final. É mais um teste”, explicam.

Dirigentes das associações de diretores, das associações de professores de Português (APP) e de Matemática (APM), o coordenador do grupo de psicólogos escolares e o pedagogo Renato Paiva, pensam que as metas são desadequadas para a faixa etária destes alunos e tornaram, ainda, os programas demasiado extensos. Consequentemente, este modelo de ensino que valoriza a memorização, mas desvaloriza a capacidade de raciocínio e de compreensão, desvalorizando a aprendizagem, defendem.

Segundo Renato Paiva “há pouca consistência nesta numerologia estatística. Ainda que atinjam as metas, não quer dizer que alcancem automatização. Por exemplo, podem ler as 95 palavras num minuto, o não quer dizer que as compreendam”.

Por sua vez, Filomena Viegas, da APP, julga assustador o facto de as metas insistirem em verbos como “identificar, classificar e reconhecer em vez de sistematizar, aprofundar, aplicar e justificar”.

Os responsáveis acham, ainda, que os programas, especialmente o do 1º ciclo, são demasiado extensos. “Não há tempo para consolidar as matérias”, frisa Filinto Lima, vice-presidente da associação de diretores de agrupamentos e escolas públicas (Andaep).

Em relação à pressão psicológica, Jorge Humberto Costa, do grupo de psicólogos escolares (Psiscolas) alerta que com estas metas e programas é inevitável que professores e alunos se sintam pressionados e sofram de ansiedade.

Renato Paiva afirma que cada vez mais cedo, os alunos sentem-se desmotivados por não conseguirem acompanhar o ritmo imposto. “Como se todos os meninos fossem iguais”, insurge-se Filomena Viegas.

Os exames vão ser realizados entre amanhã e quinta-feira. Será mais uma pausa letiva para milhares de alunos, já que centenas de escolas básicas têm de encerrar para receber a realização de exames.

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O Que Não Fazem os Créditos de Horas

“Escolas baixam notas internas para as fazer coincidir com as externas”

 

Presidente do Conselho Científico do Iave critica Crato e defende que é “normalíssimo que exista uma diferença de dois ou três valores entre as classificações internas e as que resultam dos exames nacionais.

 

 

exames

O presidente do Conselho Científico do Instituto de Avaliação Educativa (Iave), João Paulo Leal, criticou neste sábado o facto de Nuno Crato ter decidido avançar com o incentivo às escolas que consigam baixar a diferença entre as classificações internas e as externas, apesar de alegadamente ter sido avisado pelo presidente do Conselho Directivo do Iave “de que isso teria efeitos perversos”, que na sua opinião “já se estão a verificar”. “Já há escolas a baixarem de forma artificial as notas internas”, disse.

João Paulo Leal referia-se ao chamado “indicador de eficácia educativa”, um dos critérios para a atribuição de crédito horário que as escolas podem usar para actividades educativas. Neste caso, a tutela compara os resultados das escolas com a média nacional nos exames, avalia os progressos, de um ano para o outro, bem como as diferenças entre as classificações que os alunos da escola obtiveram nas provas e aquelas que lhes foram atribuídas pelos professores. O número de horas de crédito a atribuir ao estabelecimento de ensino varia em função dos níveis de superação atingidos. Por exemplo: se um agrupamento ou escola do básico conseguir uma média de exame que fique 0,50 pontos (numa escala de 1 a 5) acima da média nacional recebe 30 horas.

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Notícias Soltas do Dia de Hoje

IAVE: «Professores precisam de menos carga horária e burocracia» – presidente do Conselho Científico | Diário Digital

“Professores têm sido sobrecarregados para além do razoável”, diz elemento do Ministério da Educação – Renascença

IAVE afinal quis pagar só 80% – Correio da Manhã

Aulas de compensação. Matéria dada, alunos exaustos – Observador

Aluno atacado por colegas no autocarro já tinha sofrido mais agressões – JN

 

Braga quer proteger direitos das crianças e jovens | Gazeta do Rossio

Educação em empreendedorismo sem impacto significativo nos alunos que optam pela criação dos seus negócios Notícias de Aveiro

“Temos de gerir a tensão entre fuga e circulação de cérebros” diz investigador irlandês – TSF

Expresso | Portugal recebe mais estudantes de Erasmus do que “exporta”

Manifesto para a Ciência em Portugal, de José Mariano Gago: 25 anos depois – PÚBLICO

 

Alunos da Rocha Peixoto conquistam título nacional de dança pela 4ª vez | Mais Semanário

O Notícias da Trofa – Jornal do concelho da Trofa – Educação Rodoviária nos Parques

Primeiro CD de peças para guitolão e contrabaixo editado na próxima semana – Cultura – Notícias – RTP

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E Não é o IAVE um dos Principais Responsáveis

… pelo excesso de trabalho burocrático dos docentes e acréscimo da respectiva carga horária?

 

iave

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