Desta Vez um Estudo Mais Alargado

Quase dois terços dos professores admitem que a motivação para estar na escola diminuiu nos últimos anos

 

 

Fenómeno revelado por estudo pioneiro da Universidade do Minho começou no anterior Governo. Projecto traçou um retrato de uma escola burocrática na qual os docentes se sentem cada vez menos realizados.

 

Perto de dois terços dos professores do pré-escolar e do ensino básico e secundário em Portugal admitem que a sua motivação em relação ao trabalho tem vindo a diminuir. Esse sentimento agudizou, pelo menos desde 2009, data a que se reporta um estudo pioneiro do Centro de Investigação em Estudos da Criança da Universidade do Minho (UM), que é apresentado esta sexta-feira. Ao mesmo tempo, a realização profissional de quase metade dos docentes também está em queda e a burocracia e o volume de trabalho também aumentaram, aponta o mesmo trabalho.

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17 comentários

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  1. A solução está nos desmotivados. saiam! Ha milhares de fora à espera com vontade de fazer melhor

    1. Sim, abram alas para o noddy

      • Ibabel on 23 de Maio de 2014 at 20:13
      • Responder

      Claro, sempre houve quem gostasse de realizar trabalho escravo

      • Alberto Miranda on 24 de Maio de 2014 at 11:08
      • Responder

      “Conheço um velho ditado, que é do tempo dos agais
      Diz que um pai trata dez filhos, dez filhos não trata um pai
      Sentindo o peso dos anos sem poder mais trabalhar
      O velho, peão estradeiro, com seu filho foi morar
      O rapaz era casado e a mulher deu de implicar
      “Você manda o velho embora, se não quiser que eu vá”
      E o rapaz, de coração duro, com seu velho foi falar

      Para o senhor se mudar, meu pai eu vim lhe pedir
      Hoje aqui da minha casa, o senhor tem que sair
      Leve este couro de boi que eu acabei de curtir
      Pra lhe servir de coberta aonde o senhor dormir

      O pobre velho, calado, pegou o couro e saiu
      Seu neto de oito anos que aquela cena assistiu
      Correu atrás do avô, seu paletó sacudiu
      Metade daquele couro, chorando ele pediu

      O velhinho, comovido, pra não ver o neto chorando
      Partiu o couro no meio e pro netinho foi dando
      O menino chegou em casa, seu pai foi lhe perguntando
      Pra que você quer este couro que seu avô ia levando

      Disse o menino ao pai: Um dia vou me casar
      O senhor vai ficar velho e comigo vai morar
      Pode ser que aconteça de nós não se combinar
      Essa metade do couro vou dar pro senhor levar”

      • Maria on 24 de Maio de 2014 at 14:26
      • Responder

      É graças a colegas como os que comentaram este post que trabalhamos todos mais horas e em piores condições. Quando quiser trabalhar mais do que já trabalho (e não é pouco, podem acreditar) abro uma empresa, mas aí trabalho para mim.

      1. Maria, está à espera de quê? Aproveite essa capacidade de trabalho em seu proveito.

          • Espartano on 24 de Maio de 2014 at 15:04

          Força Maria!

        • Maria on 24 de Maio de 2014 at 18:09
        • Responder

        Estou à espera de decidir o ramo, colegas. 🙂

          • luis on 24 de Maio de 2014 at 18:16

          Que tal uma escola para dar emprego aos colegas desmotivados?

          • Maria on 26 de Maio de 2014 at 16:56

          Há muito que penso nisso Luís… Mas não poderia acolher todos os colegas desempregados… Escolhia a nata :-D.

  2. Fazer melhor??? Ah, ah, ah!

    • Marta on 24 de Maio de 2014 at 14:30
    • Responder

    E viva a neo-escravatura!!!

    • Maria do Campo on 24 de Maio de 2014 at 22:47
    • Responder

    Vejam vejam onde chegámos depois de 40 anos de socialismo e social-democracia no país.

  3. Se pudesse abandonava este emprego imediatamente. Sou professor há 19 anos e sempre detestei esta profissão, cada minuto passado a aturar garotos boçais custou-me imenso. A estupidez e a inconsequência da maioria das atividades desenvolvidas nas escolas ainda mais – reuniões de Conselho de Turma que mais parecem terapia de doentes mentais, o preenchimento de documentos que não são mais que farsas, o repetir de lenga-lengas idiotas (estratégias, critérios e outras merdices), o número estúpido de atividades que nada têm a ver com aprender – festinhas, dias abertos, dormir em bibliotecas, jornalecos escolares pindéricos, websites escolares ridículos…
    Toda esta miséria que é a instituição escolar dá-me vontade de vomitar desde que lá fui parar. Porque aguento isto? Porque as alternativas são empregos muito mal pagos ou inexistentes, ao contrário da maioria dos profes, cheguei a esta profissão depois de oito ou nove trabalhos diferentes e só não a largo porque tenho de pagar as contas e já estou demasiado velho para arranjar outra coisa. Uma vida de merda.

    1. Quem perde com a postura do Potatohead é a educação como um todo e os docentes profissionais. É um reflexo de que o sistema educativo em Portugal foi construído ao longo das últimas décadas sem seriedade, com muitos “professores” que são restos de licenciados fracassados em suas áreas. Estive em uma escola como contratado (pela primeira e única vez desde que concluí o mestrado em ensino) onde os professores efetivos de arte eram na verdade arquitectos… eu me pergunto: por que não estão construindo edifícios ao invés de dar aulas (ou ser educador) para adolescentes?

        • Maria on 26 de Maio de 2014 at 16:59
        • Responder

        Filipe, noto um sotaque brasileiro???? Tem razão, os arquitetos e outros que tais não têm que estar no ensino, mas estão há muito e ninguém os vai tirar de lá.

  4. Sou arquitecto e dou aulas de EV há anos e anos. E até estou convencido que sou melhor professsor por acumular as duas profissões. 🙂

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