Nova Queixa ao Provedor de Justiça sobre a PACC

Que me chegou por e-mail para divulgação.

 

 

Exmo. Senhor Provedor De Justiça

Rua Pau Da Bandeira, 9

1249-088 Lisboa

Assunto: Prova de avaliação de conhecimentos e capacidades, prevista no Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário.
_______________________, Professora Contratada, portadora do CC ___________, residente em _________________________________________________________________ vem, mui respeitosamente nos termos do artigo 23º da Constituição da República Portuguesa, solicitar a intervenção de V. Exa. para que seja reposta a justiça e a legalidade, para o facto dos professores com menos de 5 anos de serviço terem de fazer a PACC (Prova de acesso à carreira docente). É completamente discriminatória essa decisão pois tenho _____________ de serviço, tenho de fazer a prova e colegas meus que se licenciaram no mesmo ano e na mesma instituição superior, só porque têm 5 anos de serviço, já não fazem a dita prova. Fui submetida aos mesmos exames, estágio profissional durante a Licenciatura e não é pelo fato de não ter os 5 anos de serviço que deixei de ser competente ou ter a habilitação profissional para o cargo de professor. Estou licenciada desde _________ e estou a exercer a profissão há __________ anos. Não tenho culpa de durante estes anos apenas ter sido colocada em horários incompletos ou em parte do ano letivo. Por vezes um professor trabalha 3, 4, 5 e mais anos seguidos para o ministério da educação e apenas consegue obter 1 ano de contagem de serviço. Todos os anos sou posta à prova nas escolas onde trabalho. Considero que a PACC seja uma violação do princípio de igualdade, pois se temos todos a mesma Licenciatura e pretendemos todos candidatarmo-nos ao mesmo emprego, não poderá haver requisitos diferentes para cada candidato. Não são 5 anos de serviço completos que tornam um professor melhor ou mais competente do que aquele que não tem o mesmo tempo de serviço. Aliás, nenhum professor tem culpa de ter horários incompletos ou de estar no desemprego. Não deve ser sujeito a uma prova por esses motivos. Além do critério dos 5 anos de serviço ser desprovido de qualquer fundamentação lógica, sendo que não são 5 contratos a termo de horário completo que definem um professor como competente, é uma injusta penalização para aqueles que têm vindo a enfrentar vagas de desemprego, aliadas a horários reduzidos, na última década. Estes mesmos professores foram sendo sempre reconhecidos nas escolas por onde passaram, pelo profissionalismo demonstrado. Acrescentar ainda o facto de existirem colegas colocados com menos de 5 anos, que não precisam de obter aprovação na PACC para concorrer, o que constitui mais uma violação do direito de igualdade e de acesso a concurso público. Por fim, esta PACC, contrariamente ao seu nome, não permite o acesso à carreira, uma vez que os professores aprovados na mesma continuarão a ingressar as listas de não colocados, junto a outros milhares de professores. Assim, esta prova não trará nenhum benefício, apenas prejuízo financeiro e moral aos professores que a fizerem. Os professores não aprovados serão impedidos de concorrerem, tornando inválida a licenciatura a que foram sujeitos e os 5 anos em que realizaram todo o tipo de provas e estágio, reduzindo a licenciatura a um grande nada, sem valor algum.
Antecipadamente grato (a) pela atenção dispensada, apresenta a V. Exa. os mais respeitosos cumprimentos.

Data ________________________

O subscritor,

É FÁCIL:___________________________________________________________________
ir ao site:
1ª página 
Preencher a 1ª pagina com dados pessoais
Apresenta a queixa no interesse: 
X Próprio.
_ De outra pessoa.
_ De pessoa coletiva.
2ª página –> (nao escrever nada)
3ª página 
1.   Ministério da Educação e Ciência
2.   Realização de uma prova de avaliação de conhecimentos e capacidades para os docentes não integrados na carreira.
3.    2013 Mes: Outubro dia: 22
4.     Não
5.     Pretendo que seja pedida a fiscalização da constitucionalidade do diploma que institui a prova
6.     nao
6.1   nao
7.     nao
8. —> (nao escrever nada)
clicar em seguinte e anexar a carta DESTE E-MAIL devidamente adaptada a cada um.

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2013/12/nova-queixa-ao-provedor-de-justica-sobre-a-pacc/

28 comentários

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    • Sílvia on 12 de Dezembro de 2013 at 15:53
    • Responder

    Obrigado. Vamos tentar mais uma vez, não custa nada. A esperança é a última a morrer, lutaremos até ao último dia.

    • Liliana pereira on 12 de Dezembro de 2013 at 16:04
    • Responder

    Acabei de emviar a minha. 🙂

    Recomendo que todos façam o mesmo!

    • Liliana pereira on 12 de Dezembro de 2013 at 16:05
    • Responder

    *enviar

    • Mario Castro on 12 de Dezembro de 2013 at 16:23
    • Responder

    Com muita honestidade, julgo que devemos manifestar o nosso problema junto do Provedor de justiça, no entanto, julgo que esta queixa está mal redigida apesar de ser verdade o que lá está escrito, a questão é que a justiça não julga com base em comparações mas sim com base na lei, e nesta queixa não existe uma única invocação à lei.

      • Sílvia on 12 de Dezembro de 2013 at 17:04
      • Responder

      Também estou de acordo. Mas que leis invocar numa situação particular como esta? Não vejo outra maneira que não nos restringirmos ao termo de comparação. Só se for a lei do direito à igualdade de oportunidades ou código de trabalho…sei lá!!!

    • Patrícia on 12 de Dezembro de 2013 at 17:00
    • Responder

    Aceitam-se outras versões 😉

    • ojcarvalho on 12 de Dezembro de 2013 at 17:04
    • Responder

    Nesta fase o que é preciso é que a prova não se realize – está na vontade daqueles que ficaram, aleatoriamente, de fora, contribuir para que o boicote à prova seja efectivo.

      • Sílvia on 12 de Dezembro de 2013 at 17:06
      • Responder

      Concordo plenamente.

    • Anita on 12 de Dezembro de 2013 at 17:29
    • Responder

    Como podem argumentar assim… Não concordo com estes argumentos! Todos os professores sabem que melhoram com a prática pedagógica, logo um docente com mais experiência “retocou” e “melhorou” sem dúvida a sua prática pedagógica. E a lei?? Nada é mencionado… Segundo o Estatuto Docente, professores com mais de 5 anos de serviço ficam isentos da prova… Acho que nenhum Provedor irá dar andamento ou razão a estas acusações… 🙁

      • Pedro on 12 de Dezembro de 2013 at 18:05
      • Responder

      Posso ser professor há 20 anos e ser um incompetente

        • Sílvia on 12 de Dezembro de 2013 at 18:18
        • Responder

        E é o que mais há…

        • Anita on 12 de Dezembro de 2013 at 18:59
        • Responder

        Como em todas as profissões há bons e maus, mas não me vai dizer que não é com a prática que se melhora, cresce, aperfeiçoa, evolui …

          • Sílvia on 12 de Dezembro de 2013 at 19:22

          Sim é verdade, mas há sempre quem pare no tempo e não mais evolui. O que está aqui em causa é a injustiça de submeter quem tem menos de 5 anos a provas de capacidades e competências, quando todos sabemos, ou pelo menos alguns sabem, que esta prova não prova nada e que só se consegue avaliar as capacidades e competências de um professor em aulas assistidas, não é em 120 min que se avalia isso, muito menos numa prova com este tipo de questões.

      • Pedro on 12 de Dezembro de 2013 at 18:06
      • Responder

      Por isso, a experiência não significa qualidade no desempenho.
      Estou de acordo com o texto.

      • Patrícia on 13 de Dezembro de 2013 at 11:16
      • Responder

      Aceitam-se outras versões 😉

    • Pedro on 12 de Dezembro de 2013 at 18:04
    • Responder

    Já enviei e acrescentei coisas

    • Pedro on 12 de Dezembro de 2013 at 19:27
    • Responder

    A fundamentação continua a ser a mesma: retroatividade da prova e a Constituição da República Portuguesa, tomando este artigo como fundamentação:

    Artigo 47.º
    Liberdade de escolha de profissão e acesso à função pública

    1. Todos têm o direito de escolher livremente a profissão ou o género de trabalho, salvas as restrições legais impostas pelo interesse colectivo ou inerentes à sua própria capacidade.

    2. Todos os cidadãos têm o direito de acesso à função pública, em condições de igualdade e liberdade, em regra por via de concurso.

    A Constituição não confere a ninguém nenhum regime de exceção, nem de isenção nesta matéria! Duvidar-se de uns em detrimento de outros é uma violação dos direitos de igualdade ao concurso numa sociedade democrática e no acesso ao trabalho. O critério “mais experientes” não é sinónimo de maior competência. Quais são os parâmetros pelos quais se balizam 5 anos como critério para isenção????

    • Pedro on 12 de Dezembro de 2013 at 19:43
    • Responder

    “no relatório divulgado pelo FMI em janeiro deste ano, quando se refere uma alegada necessidade de afastar 14.000 docentes dos quadros para a “mobilidade especial” – prevista para aplicação no próximo ano letivo – é sugerida a realização de uma prova como forma de decidir quem, na Administração Pública, deverá ser afastado e, como se sabe, propostas do FMI são ordens para este governo.”

    • Contratado on 12 de Dezembro de 2013 at 20:10
    • Responder

    Afinal, o problema é a prova em si ou é a prova não ser para todos? É assim que querem união? Não vai ser a atacar os mais experientes que a vão conseguir.

      • Pedro on 12 de Dezembro de 2013 at 20:29
      • Responder

      Argumentar utilizando o critério de isenção/punição é meramente uma forma de conduzir à abolição da PACC. Nunca houve, nem há união, porque em tempos de crise a maioria olha para a sua sobrevivência. União passa a ser uma forma de entretém! A união foi desvalorizada pela FNE e pela UGT, pois à socapa livraram uns e condenaram outros. Desta forma, ao minimizar os estragos, legitima-se a existência de uma Prova, que, após implementada, será alargada à maioria. É assim tão difícil de compreender? É tão justo que muitos a não façam, como o é igualmente injusto que uma minoria a faça. A questão não são os isentos, mas a quase obrigatoriedade dos outros a fazerem, mas não pode haver condenação moral para que não se fale de regimes de exceção! Sendo o sentimento de injustiça tão condenável em todo este processo …

    • Goma on 12 de Dezembro de 2013 at 20:38
    • Responder

    Sou a favor da prova para todos, sejam contratados sejam do quadro.

    Ironicamente quem vai fazer a prova é quem já não está e provavelmente tão cedo não irá estar a leccionar. Uma verdadeira inutilidade.

      • Ana on 13 de Dezembro de 2013 at 19:23
      • Responder

      É a favor porquê?

    • João on 12 de Dezembro de 2013 at 22:38
    • Responder

    “Oficialmente, a FNE diz que em vez de ter 100 mortos, só terá 50 e por isso salva 50 vidas. É um argumento pouco consistente, porque tem dois problemas: retira o argumento fundamental contra a prova propriamente dita e deixa de fora os docentes mais frágeis.

    Por outro lado, a FNE, numa aposta claramente partidária, opta pelo PSD, deixando de fora os outros sindicatos. A FNE estava desde a semana passada envolvida num processo de luta com outros sindicatos e, sem dar cavaco às tropas, avançou sozinha. Nem um telefonema, nem um simples sms. Os Dirigentes da FNE, tiveram, por isso, um comportamento deplorável e, quanto a isso, não há cosmética que resista.” Aventar

    • AnaD on 12 de Dezembro de 2013 at 22:40
    • Responder

    Acrescentei isto:
    “Por vezes um professor trabalha 3, 4, 5 e mais anos seguidos para o Ministério da Educação e Ciência e apenas consegue obter 1 ano de contagem de serviço, o que acontece nas Atividades de Enriquecimento Curricular onde, apesar de desempenhar funções de docente, sou tratada como Técnica Superior, auferindo valores inferiores à metade da remuneração que seria a correta caso estivesse a ser paga pelo índice 151 da Tabela de Remunerações dos Docentes da Educação Pré-escolar e dos Ensinos Básico e Secundário. “

    • Luís on 13 de Dezembro de 2013 at 0:58
    • Responder

    “Que posso dizer de Nuno Crato? Que não tem escrúpulos! Que posso dizer dos sindicatos que “palaciaram” com ele? Que se prostituiram! Que posso dizer aos professores sem castas? Que resistam em nome da decência e da dignidade!

    Uns lambem e esperam que as migalhas tombem. A escolha é livre. ”

    SANTANA CASTILHO

    • Democrato on 13 de Dezembro de 2013 at 2:02
    • Responder

    Muito do que está descrito não faz grande sentido, tirando o facto de a prova não fazer sentido. Pois parece eleger como alvo os docentes que apresentam mais de 5 anos de serviço. Destacando o facto de: por acaso, quem tem mais de 5 anos de serviço também não percorreu o país de lés-a-lés e também com horários incompletos e anos de desemprego? Por fim, se diz que não vai ter emprego porque se sujeita a esta prova indigna e vergonhosa? Parece que a motivação é só uma: ultrapassar alguns para continuar no desemprego… enfim… absurdo ético!

    • HELENA on 13 de Dezembro de 2013 at 10:07
    • Responder

    JA ESTÁ.

    • Tu e Eu on 13 de Dezembro de 2013 at 12:32
    • Responder

    A sua queixa foi rececionada com sucesso e recebeu a identificação provisória n.º 2013N12013

    E sim, editei o texto, acrescentando e retirando o que fazia ou não sentido.
    Parece-me lógico que isso nem se questione.

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