Perto de 13.500 inscritos na prova de docentes
O presidente do Instituto de Avaliação Educacional (Iave), Helder Sousa, adiantou nesta quarta-feira que estão inscritos “aproximadamente 13.500” candidatos à realização da prova de avaliação de conhecimentos e capacidades (PACC) dos professores.
Isso quer dizer que quase todos os que tinham mais de cinco ano optaram pela anulação da inscrição.
O que não deixa de ser curioso.
Segundo as minhas contas havia cerca de 28 mil docentes nestas condições e segundo contas provisórias do MEC no final do prazo de inscrição estavam 40 mil inscritos. A diferença dos 40 mil para os 28 mil são 12 mil docentes, pelo que apenas 1500 docentes com mais de 5 anos de serviço optaram por fazer a prova. Segundo sei, alguns esqueceram-se de anular a inscrição e acredito que nestes 1500 a larga maioria tenha sido por essa razão que se mantém inscrito.
Se a dispensa da prova para quem tinha mais de 5 anos foi uma má solução, resta perguntar a cada um dos 26500 docentes que pediram a anulação se concordam com essa dispensa ou não.
Ou alguém hoje ainda imagina que caso os 43 mil docentes fossem obrigados a realizar a prova que a mesma não se ia realizar?
15 comentários
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Claro que se ia realizar! Somos uma cambada de tansos!
E esses 13 500 que se inscreveram…. fazem parte do grupo.
Não tenho pena.
1500! Chama-se amnésia colectiva!
Ou, oportunismo sem princípios e sem valores!
Não acredito em cegonhas, nem no Pai Natal, mas tenho de acreditar em Vampiros, pois eles existem!
05/12/2013 – 13:24
“O dirigente da FNE, que acordou com o Governo libertar da prova de avaliação os professores com cinco ou mais anos de serviço, diz que na sequência desse entendimento o teste só terá implicações para menos de 400 pessoas. É para elas a legislação que se discute esta quinta-feira na Assembleia da República, sublinha.”
Pergunta: Como é que é possível este senhor fazer afirmações destas: 400??????????????? Haja decência! Pouca vergonha!!!!! Vendidos, traidores, SABUJOS!!!!!!!!!!!!!!!!
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Os outros 13100 mesmo que aprovados na prova não vão trabalhar no próximo ano. É a triste realidade.
http://www.arlindovsky.net/2013/12/a-prova-da-inutilidade-da-prova/
Os professores de Espanhol poderiam trabalhar…
cada tiro cada melro… então e esses 13100 só porque provavelmente não serão colocados já não são professores? para eles a prova já faz sentido? porque se a teoria é essa, infelizmente, uma boa parte dos 28 mil dispensados tb não irá ser colocada…
Agradeço à FNE o que fez pelos contratados com menos de cinco anos…
Penso que o mais certo seria que os 40000 a tivessem de realizar… mas seria mais incerto do que agora com os cerca de 13500; por problemas legais que gritariam “ainda mais alto” e, quanto mais não fosse por uma questão de logística e recursos humanos: é que é mais difícil ter gente sem escrúpulos que vigie e corrija provas a 40000 contratados do que a 13500. Portanto, só para ser menos injusto para os 13500 que ainda têm de a realizar e porque não se devia “vender” 1 único colega tenha ele o tempo de serviço que tiver; continuo a achar que não devia haver dispensas da prova – o que devia acabar era a prova em si.
Para se supor que quase todos os que tinham mais de cinco anos pediram a anulação, tínhamos de supor que todos os que têm menos de cincos anos fazem a prova. Eu não faço e tenho alguns colegas na mesma situação que também não fazem…
“Ou alguém hoje ainda imagina que caso os 43 mil docentes fossem obrigados a realizar a prova que a mesma não se ia realizar?”
Parece-me que para alguém que martela tanta estatística neste blogue que ou estás a ficar com sérias limitações… ou estás a ficar com alguma (bastante!) desonestidade intelectual… Como é óbvio é bem mais fácil implementar a prova a 13.500 que a 43.000. Por um lado porque uma boa parte dos dispensados (a maioria) está bem mais calma e sossegada agora que está dispensada… por outro porque o número de vigilantes necessários foi reduzido substancialmente. No final do ano passado, quando foi a greve de professores no dia do exame de português, as escolas onde mais alunos ficaram sem fazer o exame de português foram as escolas com mais alunos… e não necessariamente as escolas onde a adesão à greve foi maior…
Deste modo… a M***A de acordo que tu tanto defendes viabilizou (ou não!) o que era inviável (pelo menos nas escolas onde houvesse mais profs a fazer a PACC e onde era necessário mais vigilantes disponíveis).
Mas lá no fundo parece-me que a ideia do acordo não foi salvar os 28 mil… mas salvar o Crato da embrulhada que era haver pelo menos uma dúzia de locais onde as provas não se tinham conseguido realizar a 100%. E tu e eu sabemos que se isso acontecesse a PACC morria…
Eu fiquei dispensado de fazer a prova. Mas isso não quer dizer que concordo com a prova e muito menos que os outros a façam! Não sou daqueles que quando a “coisa” não me bate à porta me esqueço! Por isso hoje vou a uma reunião para o boicote da prova. O que acho é que os professores contratados já foram tão mal tratados, já levaram tanta porrada na vida que estão descrentes de tudo! Não têm força animica para se revoltarem…E os colegas que agora maldizem os que se inscreveram pois não estão dispensados, pensem bem…A não inscrição era um adeus definitivo à profissão. E os colegas mais jovens concerteza não estão preparados para eles próprios se excluirem. Infelizmente vai ser o MEC que o vais fazer, pois não quer ter lugar para eles. E já agora também para alguns (muitos) de nós! Agora vou lançar uma bomba!! Mas concordo que deve haver uma avaliação séria de professores pois infelizmente a formação dos professores não é equatitativa em todo o território nacional. Não por culpa de quem se formou, mas de quem fiscaliza. Mas isso são outras histórias!
Concordo plenamente… Em especial com a parte final do seu comentário, até pelo conhecimento de situações vividas numa das nossas universidades, em que para os primeiros alunos a saírem dos mestrados bolonha, as notas mínimas de mestrado não podiam ficar abaixo dos 16 valores… Quando apenas no ano antes, para os últimos licenciados pré-bolonha, a nota máxima atribuída pela mesma universidade não podia ultrapassar os 17 valores… Quanto à prova… Não vou, e muitos dos colegas que estudaram comigo (a maioria mesmo), também não vai…
E de quem é a culpa?? Quem dá avaliações positivas a esses cursos??
Podem culpar tudo menos esses jovens desgraçados, cujo futuro será bem longe de Portugal…
E, já agora, de parte dos 28 mil contratados com mais de 5 anos.
Eu já desisti…
Eu concordo plenamente que a culpa não é de quem se formou.
Eu tenho menos de 5 anos de tempo de serviço e não me inscrevi. Tenho, também, vários colegas que, não tendo os 5 anos, fizeram o mesmo, por isso estes números parecem-me muito estranhos, sinceramente…