Professores e pais dizem que as escolas não estão preparadas
O ministro da Educação, Nuno Crato, acredita na vontade dos alunos e dos encarregados de educação para, já este ano, ter metade dos estudantes do 10º ano a frequentar o ensino profissional, nas escolas e através do ensino dual, ministrado nos centros de formação profissional. Mas mesmo contando com esta possível ajuda, tanto os pais como os professores temem que o objectivo seja “chumbado” pelas escolas.
Na óptica da Confederação Nacional de Associações de Pais (CONFAP) e da FENPROF não existe, actualmente, capacidade nem “física” ( faltam oficinas), nem “humana” (não existem docentes especializados), nos estabelecimentos de ensino para atingir a meta governamental.
2 comentários
A CONFAP e a FENPROF partem de um pressuposto errado, é que o objetivo do MEC não é ministrar o ensino profissional nas escolas, mas sim entregá-lo a entidades de formação privadas e a empresas privadas nas quais os alunos (?) irão desenvolver a formação em contexto de trabalho. Esta estratégia terá, mais uma vez, como resultado a redução das necessidades de professores nas escolas públicas, passando a formação a ser ministrada por formadores do IEFP e das empresas pagos a recibos verdes.
O MEC diz o que quer fazer, mas não diz como. Se dissesse as reações e os comentários seriam muitos mais e mais violentos. As pessoas não estão bem a ver o impacto que esta medida vai ter no ensino público, no despedimento de professores e nos percursos dos alunos.
Concordo plenamente com a Zaratruska. Anda tudo com os olhos fechados e portanto … cegos! A ideia do Mec não é NUNCA beneficiar os alunos, mas sim promover uma éspecie de “educação” a baixo custo, porque o que é realmente importante para o Mec é … não gastar dinheiro.