Presidente da República vai “estudar” queixas dos professores relativas aos concursos
O Presidente da Republica prometeu analisar as razões do protesto de um grupo de professores que lhe apresentou um conjunto de “situações de irregularidades e de alguma ilegalidade” nos concursos.
O Presidente da Republica prometeu analisar as razões do protesto de um grupo de professores que este sábado, no Porto, lhe apresentou um conjunto de “situações de irregularidades e de alguma ilegalidade” nos concursos de professores.
Os professores queixam-se que devido às alterações feitas pelo Ministério da Educação às regras dos concursos, fazendo com que “milhares de professores continuem colocados a centenas de quilómetros das suas residências e das suas famílias”.
O Presidente da República conversou com os docentes à chegada a Serralves, para uma visita à Festa do Outono, que decorre até domingo.
Marcelo Rebelo de Sousa pediu documentação relativa às queixas e reivindicações dos professores, garantindo-lhes que iria analisar o processo.
Os professores explicaram que “foram subtraídos ao processo concursal os horários incompletos com duração anual que teriam de ir a concurso. Houve alteração sem aviso prévio”.
“Houve preferência de horários completos, mas, ao contrário do que é alegado, as nossas preferências são feitas em função de agrupamentos de escolas e não por horários completos ou incompletos”, afirmaram.
“Já percebi, mas para já vou estudar”, disse o Presidente da República.
O denominado Grupo Luta Por Concursos de Professores Mais Justos explicou que, embora o Ministério da Educação não o reconheça, “este ano letivo houve milhares de docentes que foram ilegalmente colocados nas escolas”.
Segundo afirmaram aos jornalistas, logo após o dia 25 de agosto (data em que saíram as primeiras listas de colocação) houve movimentações para que essa situação fosse resolvida.
Os docentes acreditam, e disseram-no hoje ao Presidente da República, que “havendo vontade é possível repor a legalidade” e facilitar “a vida destas pessoas”, muitos deles “professores mais graduados que continuam a ser ultrapassados, por outros menos graduados, sendo lesados na sua situação profissional”.
Para Manuela Almeida, uma das porta-vozes do grupo, trata-se do “incumprimento do que está no decreto-lei”. Por isso, esta situação já foi denunciada ao Governo e a todos os grupos parlamentares.
“Os grupos parlamentares não admitiram ilegalidade no processo, mas admitiram a falha e a injustiça. Acreditamos que havendo boa vontade é possível resolver a situação”, sublinhou.
O grupo de docentes já interpôs várias providências cautelares, mas ainda não obteve qualquer resposta.
“Mantemos e manteremos a luta para que a situação seja retificada, propondo a retirada das listas de colocação, devendo publicar-se outras que respeitem a lei em vigor e que os professores sejam colocados com base na sua graduação e manifestação de preferências”, frisou Manuela Almeida.
Depois de se manifestaram junto do presidente da Republica, os professores repetem a ação no local onde decorre esta tarde uma iniciativa de campanha do Bloco de Esquerda, que conta com a presença de Catarina Martins.
“Queremos estar com Catarina Martins para lhe dizermos que a resolução proposta pelo grupo parlamentar do BE de que são a favor de uma resolução já no próximo ano, é tardia, é insuficiente e também dar-lhe conta de que o erro não é dos professores, mas sim do Governo”, afirmou Manuela Martins.
PM // JPS
Lusa/fim
19 comentários
Passar directamente para o formulário dos comentários,
Ainda não percebi. Se os professores não queriam ir para tão longe de casa, porque é que concorreram para lá? Ou houve erro do ministério e foram colocados longe de casa. Eu também ficava aborrecido se fosse colocado num sítio onde não tivesse concorrido.
É fácil, os docentes de QZP concorrem a todas as escolas do seu QZP tenham concorrido ou não para elas.
Mas há QZP com distâncias de 250 – 300 km??? É que eu vi e ouvi que tinham sido colocados a mais de 250 km de casa. E tantos? Continuo a não perceber!!!
Os QZP’s são bastante grandes e se o docente viver numa extremidade do QZP e for colocado na outra extremidade podemos ter distâncias acima dos 200 km. Mas o que acontece na maior parte dos casos é que os docentes residem num determinado local que pertence a um QZP que não é o QZP da sua colocação. Por exemplo, reside no Porto e é efetivo no QZP 7 (Lisboa), sempre teve colocação no Porto e este ano não.
Concorreram porque achavam que eram espertinhos e podiam aproveitar-se do sistema. Eram de Braga e foram vincular ao Algarve, fiados que na mobilidade conseguiam colocação perto de casa, porque o ME, durante alguns anos, fez colocações em horários de poucas horas. Este ano, com tanta vinculação o ME quis, na 1ª lista do ano, colocar primeiro em horários completos e os espertinhos deram-se mal, lol! adoro este governo!
O problema é que tu não és muito esperto! És superficial e mesquinho na análise e não consegues disfarçar a inveja com que te alimentas. Podemos ou não concordar com a forma como decorre a mobilidade e até é saudável apresentar pontos de vista diferentes, para que os concursos sejam mais justos para todos. Mas alterar as regras instituídas sem uma palavra àqueles que serão afetados por essas alterações não é justo. Palerma!
O problema. caro defesa4 é que OUTROS professores menos graduados ficaram COLOCADOS nos sítios para onde os mais graduados TAMBÉM concorreram. Se concorreram para essas áreas, porque não foram lá colocados e foram colocados lá outros?
Sim, ficaram colocados nos locais para onde concorreram, é verdade, mas também concorreram para outros locais bem mais próximos das suas residências e onde havia lugar/vaga para eles. Vagas essas que foram ocupadas 1 semana depois por professores muito menos graduados. Os 2ºs colocados ficaram nas vagas das suas primeiras opções e os 1ºs nas últimas opções.É justo?
Isto até parece que foi um concurso feito à medida de alguém que estava no final da lista…
https://duilios.wordpress.com/2017/09/23/no-muro-da-minha-escola/
Vai estudar…
Espero que não estude o suficiente para perceber que a reivindicação era ficar colocado em agosto em vagas de componente letiva reduzida! Vê-se bem o quanto gostam de dar aulas, estes meninos chorões! Só “empenho”, baba e ranho em praça pública por causas erradas. Já para não falar que se queixam das colocações que são longe, mas para andar atrás dos políticos a chorar não tem faltado tempo…
Retirado
Ainda não faltei a nenhuma reunião, aula ou outra actividade que fosse!
Talvez até nem faça parte dos que mais deveriam chorar “baba e ranho em praça pública” (sic), mas estou 100% na Luta e na Profissão.
Estudem a legislação, apresentem argumentos fundamentados e sejam um exemplo, se não para os vossos filhos, pelo menos para os vossos alunos. O exemplo vem “de cima”.
Saudações!
Belo exemplo que vocês estão a dar!!! Choram porque não ficaram com meios horários e fazem birra porque os outros tiveram e vocês não!!!
A situação dos horários incompletos é delicada, não pode ser tratada assim em praça pública. Um elefante numa loja de porcelana não fazia tanto estrago. Trapalhões!
Vergonha alheia!
Palerma!
Palerma és tu, achavam-se muitos espertos…vai a tua vidinha palmilhar km que só te faz é bem.
Lara leia o que a Helena escreveu. Fala em horários incompletos…. Não sabe do que fala. Tem que ler, interpretar e depois comentar. Se uns são “Trapalhões outros mostram uma falta de conhecimento total. Isso tem um nome (b….).
E os sonsos que deve ser o seu caso.
Se não fosses idiota, o que gostarias de ser?
Esquecem-se sempre de dizer que há anos que há QE/QA colocados bem mais longe e que não conseguem aproximar-se de casa porque estes “meninos” bem menos graduados concorrem sempre à frente dos mais graduados na Mobilidade Interna! Nunca os ouvi dizer que isso é uma injustiça praticada há muitos anos. Vêm com o argumento de que os QE/QA já têm escola! Pois têm, mas estão longe, são mais graduados e concorrem atrás!!! Se a MI fosse por graduação, os mais graduados deixam as vagas que libertam para os menos graduados. Assim se faz no concurso interno.
Tenham vergonha, de uma vez por todas!
Depois de todos os comentários ainda fiquei mais confuso. Parece-me o jogo de quem mais engana quem !!! De quem é o chico mais esperto. Conheço inúmeros professores entre os 57 e os 63 anos que andaram anos e anos longe de casa, quando não havia estradas em condições. A maior parte não tinha meio de transporte. A 50 km de casa já implicava alugar casa na proximidade da escola. Naquela altura também havia famílias. Mas… eram outros tempos, em que ensinar era um orgulho e não apenas o interesse em ganhar dinheiro, e os outros que…………..se lixem.