20 de Agosto de 2017 archive

Acho Que Já Todos Perceberam que as Contratações a Norte Vão Escassear

E esta notícia não é novidade alguma para quem vai acompanhando o blogue.
Muitos dos docentes que vincularam nas zonas mais a sul são docentes do Norte que vão querer ocupar os lugares próximos das suas casas.

E se todas as vagas anuais abrirem entre a Mobilidade Interna e a Reserva de Recrutamento 1 esses lugares serão quase todos ocupados por docentes dos quadros.

E mesmo assim, muitos dos docentes do Norte que vincularam na zona sul não terão muitas possibilidades de colocação nas escolas do Norte do país.

 

 

“Migração” de docentes do Norte baralha colocações

 

 

Para garantir uma vaga, muitos docentes do Norte do País concorreram quadros no Sul. Agora arriscam não conseguir voltar à origem. E ameaçam hipóteses dos contratados

 

 

Um número significativo de professores que davam aulas e viviam no Norte do País entraram este ano para os quadros nas zonas pedagógicas (QZP) de Lisboa e de outras regiões ainda mais a Sul. A contagem total destes casos é nesta fase impossível mas, de acordo com a Associação Nacional de Professores Contratados (ANPVC), só no grupo 500 (Matemática do ensino secundário) já há dezenas de situações confirmadas.

“Nesse grupo, grande parte dos professores nossos associados foram vincular a Lisboa e nos últimos anos trabalharam todos no QZP 1, que é o Porto”, confirmou ao DN César Israel Paulo, porta-voz desta associação, que explicou esta “migração” com o facto de os professores em causa terem “apostado” em quadros onde tinham mais probabilidades de entrar. “Claro que em última instância o candidato é opositor ao seu próprio QZP mas na prática vai entrar onde houver uma vaga disponível para ele”, explicou.

Este ano, além dos casos de cerca de 300 professores que entraram no quadro ao abrigo da chamada norma-travão, por terem cinco contratos completos sucessivos, o Ministério da Educação promoveu uma “vinculação extraordinária”, com 3019 lugares a concurso. O QZP7, de Lisboa, foi de longe aquele que mais lugares abriu: 1295. Já o QZP1, do Porto, ficou-se pelas 548 vagas (ver caixa).

 

Estes lugares foram apurados com base nas necessidades permanentes das escolas e, teoricamente, destinavam-se aos professores que já lá lecionavam como contratados. Mas nem sempre isso sucedeu: as regras dos concursos permitem aos docentes concorrerem a diferentes pontos do país e, na altura de atribuir a vaga, o critério decisivo é a posição nas listas graduadas, que consideram o tempo de serviço e a nota final de curso dos candidatos.

De acordo com Arlindo Ferreira, diretor de um agrupamento e autor de um blogue especializado em contratação de professores, “a maioria dos lugares de quadro foram ocupados pelos professores mais graduados” entre os que já davam aulas nas diferentes zonas. Mas “uma parte” acabou por sobrar para docentes que decidiram tentar a sorte noutros locais.

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